O Alforje

O Alforje Bahiyyih Nakhjavani




Resenhas - O alforje


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neudsonpenha 30/07/2018

Um primor de obra. Um primor de edição. Um primor de narrativa.

O Alforje da escritora iraniana Bahiyyih Nakhjavanni

Um primor de obra.
Um primor de edição.
Um primor de narrativa.

A escritora nos leva ao Oriente Médio do séc XIX. Uma misto de fábula antiga e moderna, um enredo envolvente e uma escrita intrigante. O livro nos lembra "as mil e uma noites" e já pode ser considerado um clássico.

Pela primeira vez no Brasil e editado em parceria com ##TagExperienciasLiterarias, é um presente para os adoradores de uma boa leitura e aos que acreditam ser capazes se debruçar por culturas distintas e ampliar a sua.

A cada leitura realizada, mais acredito que as culturas tem muito mais "proximidades" que "distanciamentos" e é salutar a constatação disto, principalmente nestes períodos de "intolerância" e "desrespeitos" vivenciados ao redor do mundo.

O Alforje também é redentor. São nove histórias contanto a perspectiva de nove personagens acerca do seu contato com "um alforge".

Os personagens são distintos e suas visões de mundo também, mas tem uma unidade entre eles: a humanidade redentora em suas vidas.

☀️É uma fábula narrada na mesma sintonia criada por "Sherazade". Nos prende e nos faz tecer um diálogo conosco acerca de nossas subjetividades religiosas.
Mas não é um livro religioso, é humano demais para isso.

Não posso contar mais, perderia a graça dialógica com os personagens e o alforje: ladrão, noiva, líder, cambista, escrava, peregrino, sacerdote, dervixe e o cadáver.

Recomendar é pouco. Eu super indico como leitura obrigatória.

Vale conhecer a escritora também!!!

O Alforje. Nakhjavanni, Bahiyyih. Tradução: Rubens Figueredo. Porto Alegre: Dublinense, 2017. 336p
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Mariana.Fernandes 25/07/2018

Envolvente e bem escrito!
Amei ler cada capítulo. Já havia lido spoilers que cada capítulo trataria de um personagem e que, no fim, todos estavam entrelaçados na história. Então, desde o começo fiquei atenta a todos os personagens, de modo que foi mais fácil relacioná-los. Muito bem escrito, me prendeu e li em menos de três dias! A escrita apesar de não ser simples e contar com um vocabulário diferente, flui bem, e ao final do livro há um glossário. Gostei muito de conhecer mais sobre a fé Bahai'i, com certeza tem muito a ver com as noções de muitos acerca da espiritualidade!
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Sabrina 13/07/2018

O alforje de Bahiyyih Nakhjavani
? [Lido] O alforje de Bahiyyih Nakhjavani.

Trazendo o feedback final sobre essa leitura, e ainda assim sei que será insuficiente, porque esse livro merece uma discussão longa pela riqueza nos detalhes.
A partir de 9 pontos de vista diferentes é que chegamos no todo dessa narrativa: o ladrão, o líder, a noiva, o cambista, a escrava, o peregrino, o sacerdote, o dervixe e o cadáver. As conexões entre as histórias de cada um e como o conteúdo do alforje os atinge.
A história de início pode parecer simples, uma caravana leva uma noiva virgem e seus dotes pelo deserto para chegar no destino final, o marido prometido. Mas o que ocorre durante esse trajeto e em especial durante um dia em específico para todos esses protagonistas é que faz a beleza da história. Diferentes religiões se encontram nesse livro, diversas formas de fé e esperança (também a falta dela em alguns casos), e assim esse quebra cabeça da narrativa vai sendo montado. É uma leitura com constructos sociais distintos do nosso, regras, crenças, núcleos sociais e familiares diferentes do que vivemos aqui e isso também dá o tom da história para além apenas do que está escrito. Existe uma geografia muito particular e distinta da nossa, inclusive foi uma ideia que tive de desenhar esse espaço no qual a história se passa. Não o fiz, mas no grupo da TAG teve sim gente que fez o mapa do livro. A forma de narrar remonta a uma história antiga, me lembrou Malba Tahan, de certo modo também As mil e uma noites, pelo espaço e modo de ir costurando a história aos poucos, a cada personagem algo novo surgia.
Definitivamente foi uma leitura inesperada e deliciosa. Esse deserto também percorrido por nós leitores causou muita surpresa e pregou armadilhas que foram aos poucos sendo descobertas e isso foi gostoso ao passo que era descoberto.
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@Marverosa 28/06/2018

Bom livro
Excelente livro. Tive uma limitação cultural mesmo, me perdi nos nomes e vocábulos orientais, mesmo o livro tendo um glossário, pois não tenho tanto conhecimento.
Entretanto é um livro de detalhes. Demorei mais a leitura porque no fim das contas todos os capítulos estão conectados entre si.
A forma como a autora desenvolveu o texto e espetacular na minha opinião.
Ela constrói a narrativa indo e voltando no passado e presente na visão de cada personagem, mas faz isso sem se perder. Quando você retorna a um capítulo anterior e ?checa? você percebe como tudo foi bem construído.

Até o último capítulo que ao ler pela
Primeira vez não achava que seria o último, relendo o primeiro capítulo ACHO que consegui entender por que ela deixou o cadáver por último.

Acho que vale a pena a leitura
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Camys 24/06/2018

Trajetórias
Esse livro é incrível! Ele é dividido em personagens e cada um deles conta a história de como se depararam com o alforje e o que ele representou para cada um deles. É sobretudo um livro sobre religiosidade e sobre como é uma experiência muito individual.
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Juh 04/06/2018

Uma aventura pelos desertos e consciências
Acho que a coisa mais linda desse livro foi a escrita poética da autora que permitem que o leitor acompanhe de perto as personagens e as transformações delas ao longo da história. O pano de fundo da história é relativamente simples, mas o livro é uma obra prima e traz para nós um contexto bem diferente do nosso.

Ele me inspirou a fazer um mapa. Também estou querendo ler mais sobre os países do oriente médio, nos quais a história se passa. Se alguém quiser ver o mapa ou tiver indicações, pode me chamar :)
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Bella 31/05/2018

O Alforje
É um livro que gostei muito, diferente de todos que já li e que não compraria, graças a Tag o conheci.achei que nao ia gostar por não ter quase nada de diálogos porém foi Muito interessante a forma de narrar da autora, gostei da continuidade a partir de casa ponto de vista. O que mais me marcou foi a relatividade mostrada na obra: faz refletir o quanto erramos em nossos julgamentos externos e o quão complexo é cada ser humano, cada um um universo diferente. As formas como um simples Alforje adquiriu importancia para cada um dos personagens faz refeltir: as coisas tem a importancia que demos a elas. Uma obra linda, que flui muito bem. Adorei!
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Karen Silva 25/05/2018

Falando em diversidade
Tudo se inicia com um ladrão que decide se separar do grupo de bandoleiros ao qual estava unido por sobrevivência e sabotar seu plano de assaltar uma grande caravana que prometia muitas riquezas. Porém, seu caminho se cruza com o de um alforje, ao qual ele rouba acreditando ter conquistado uma grande riqueza, mas logo descobre que era um tipo completamente diferente de riqueza.

Quando os bandoleiros traídos armam uma armadilha para se vingar do ladrão, o alforje passa para as mãos de um novo dono. Por ação do destino, irá ser passado para viajantes cada vez mais inusitados - e, ainda que tenham origens, crenças e desejos muito diferentes, todos terão a vida transformada por seu conteúdo.

Um ladrão ambicioso, uma noiva que viaja para encontrar o futuro marido, um padre em peregrinação, um beduíno de alma livre, uma escrava falacha e mais quatro personagens terão suas trajetórias costuradas por um misterioso alforje.

Com uma narrativa quase inteiramente sem diálogos, O Alforje é uma leitura densa e por vezes cansativa. Esse é um livro para ser lido com calma e atenção aos fatos e, principalmente, à escrita da Bahiyyih Nakhjavani que é encantadora ao ponto de dar vida ao deserto e ao objeto inanimado em torno do qual sua história é desenvolvida.

O fato de ser narrado por diversos personagens com características completamente diferentes, traz um nível de realidade ao livro que me surpreendeu. A cada capítulo tinha a impressão de que estava lendo uma história diferente e chama a atenção para o quão distinta pode ser a perspectiva de cada pessoa diante das situações.

Sobretudo, diria que O Alforje é um verdadeiro exercício de empatia. Bahiyyih vem nos mostrar que não existe uma verdade absoluta e evidencia isso a medida que vai mudando o cenário, pessoas e objetos de acordo com o narrador. Esse é um livro que celebra a diversidade e nos incentiva a exercitar um olhar mais humano sobre o próximo.

site: www.instagram.com/lendodepijamas/
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Marco.Berton 06/05/2018

Diferente
Muito bem escrito, apresentando personagem a personagem e suas impressões da história! Além de se viajar por esse misterioso mundo do Oriente Médio!
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Toni 02/05/2018

Já nos advertia Edward Said em um livrão que recomendo demais — "Orientalismo" — que o Oriente como o conhecemos é uma ficção ideológica perpetrada pelo Ocidente e, como tal, exige um esforço constante pelo seu desbaratamento. Se lido com espírito hospitaleiro "O alforje", livro da @taglivros de fevereiro deste ano escrito pela iraniana Bahiyyih Nakhjavani, é um passinho poético, elegante e transformador rumo àquela síntese (impossível mas almejada) do conhecimento do outro defendida no longo ensaio do Said. Lindo.
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O romance está dividido em 9 partes, cada uma seguindo o ponto de vista de personagens diferente que são aproximadas pela passagem de uma caravana pelo deserto entre Meca e Medina, assim como pelo alforje que dá título à narrativa. Densamente sensorial, filosófica e lírica, a escrita de Nakhjavani, oriunda dos mil focos da cultura árabe, dos textos de diferentes religiões e da tradição literária de outras línguas (como The Canterbury Tales e o Decamerão) se lê como um complexo bordado (para lembrar outra iraniana, a Marjane Satrapi) de motivações, angústias, encontros com o divino, com a morte, com a felicidade e o nirvana, mistérios inexplicáveis e iluminadores da verdade que cada um leva dentro de si. De novo: lindo.
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Como a linguagem dos desertos, mutável e transformadora, a autora subverte a apresentação de seus capítulos (nomeados pela condição de cada personagem — o ladrão, o cambista, a noiva) e traz dentro deles uma miríade de novas facetas para cada protagonista, quebrando, com isso, as posições estanques e muitas vezes maniqueístas das narrativas focadas em tipos. Somos universais, parece dizer a escritora, e dentro de cada um cabe o mundo inteiro. Sim, muito lindo.
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Bê. 27/04/2018

Surpreendente e mágico!
Foi um livro muito especial! Acho que o ponto de alto é a construção da narrativa que é especialmente diferenciada! Me surpreendeu a forma como a autora entrelaça os destinos dos personagens e em como algumas informações são reveladas através de novas perspectivas inesperadas.
A história se desenvolve não apenas no plano externo de convivência dos personagens, que é o cenário exótico do deserto, mas também explora com muita minúcia o mundo interno de cada um deles, seus sonhos, individualidade e crenças.
De todos os capítulos, os do Cambista, da Escrava, do Peregrino e do Sacerdote me tocaram de uma forma muito especial e me emocionei bastante!
Confesso que reli o capítulo final duas vezes, pois vem com uma carga enigmática bem acentuada, mas quando entendi - pelo menos, acho que entendi (hahahah) - achei de uma beleza poética e que foi uma excelente forma de finalizar o ciclo da história!
Achei a história bem poética e bonita, simples em sua linha de acontecimentos, mas complexa nas diversas perspectivas trazidas pelos personagens, que traz aprendizados universais e atemporais!
Gostei muito!
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Victor Vale 26/04/2018

O alforje como um enviado de Deus muda a vida e a perspectiva sobre ela de todos os personagens que a encontram. O encontro com o sagrado pode ser cruel, porém sempre transformador.
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