Marjory.Vargas 16/07/2023“As pessoas dão a entender que é errado, até mesmo pecado, amar a si mesmo. Não é. É o amor básico, essencial. Quando você não ama a si mesma, não tem condições de amar mais ninguém. Não de maneira completa e verdadeira.”
Esse é o primeiro volume da série “Clube dos Sobreviventes”. São sete livros, que contarão a história de pessoas que sobreviveram à guerra, porém, cheias de sequelas (físicas e psicológicas). Após ler a série “Os Bedwyns” da autora, confesso que fui com altas expectativas para a leitura dessa série, mas o primeiro volume foi bem decepcionante.
Eu tive muita dificuldade em gostar dos personagens, principalmente o Hugo, que mais parecia um velho ranzinza. Quando a gente descobre exatamente o que aconteceu com ele na guerra, fica compreensível algumas atitudes dele, mas isso acontece tão tarde no livro que ele já foi estúpido tantas vezes e não tem como passar pano. O ranço já se instalou.
Sobre o romance: achei que eles se apaixonaram muito rápido. No segundo dia já não “conseguiam resistir à atração” e quando a Gwen vai embora, cinco dias depois, é como se estivessem apaixonados à semanas.
Gosto da maneira adulta que a autora trabalha os traumas dos personagens, mas isso meio que acabou ofuscando o romance. Eu queria mais saber o que tinha acontecido com eles do que torcia pelo romance dar certo.
Falando dos traumas, de um lado temos a Gwen, que viu o marido se suicidar na sua frente, e carrega a culpa de não ter conseguido impedi-lo. De outro, Hugo, um herói de guerra, que carrega o fardo de ser o único sobrevivente de uma batalha épica.
Só que eu senti uma baita falta de química nesse casal. Tudo bem que o negócio era negar os sentimentos, mas mesmo nos momentos de romantismo parecia forçado. Me ganhou mais pelos traumas dos personagens – que foram muito bem trabalhados – do que pelo romance em si.
Apesar de o primeiro volume não ter dado tão certo, pretendo continuar a leitura da série, e venho aqui compartilhar com vocês.