yokiitos 18/07/2022
Eu gosto TANTO de Sherlock Holmes! Essa é a primeira vez que encontro com o personagem original, mas já tive contato com ele em outro momento. Conheci o Holmes (pelo menos até onde lembro, já que o detetive faz parte da cultura pop desde que nasceu) através da série da BBC, estrelada pelo talentosíssimo Benedict Cumberbatch, e me tornei totalmente obcecado. Tenho os livros da editora Harper Collins já faz um tempo, mas nunca tomei coragem de começar a leitura, porque uma vez iniciada, em breve teria um fim, e eu queria que o Doyle ainda estivesse vivo pra criar mais aventuras pra esse personagem tão distinto. Estou lendo os livros do box com bastante calma, aliás, pra ver se a leitura dura mais tempo. Mas ainda que eu termine todos, com certeza absoluta vou reler cada um deles centenas de vezes! (Pausa para que eu possa compartilhar a minha vontade de dividir essas histórias com meus futuros filhos.)
Em comparação com Um Estudo em Vermelho, devo dizer que O Sinal dos Quatro foi um pouco menos empolgante. Mesmo assim, li o romance inteiro constantemente sedento pela próxima página. Gostei particularmente do final, porque no último capítulo fazemos uma visita à Índia, conhecemos brevemente os Sikhs e testemunhamos um conflito entre eles. Não que eu seja um consumidor de conteúdo indiano, mas a narrativa tornou tudo muito eletrizante. Aliás, uma coisa interessante sobre a escrita do Doyle neste trecho é justamente a forma que é narrada. Dá pra notar o quanto o escritor entende sobre o que está fazendo. Ele mescla as falas de Watson, de Jonathan Small e dos personagens que fazem parte do passado narrado pelo mesmo. Tudo isso com uma fluidez tão sutil e fascinante que apaga as palavras impressas no papel e te faz ouvir as vozes dos personagens em alto e bom som.
Para falar sobre os contos, achei que seria interessante convidar uma grande amiga especialista em resenhas e impressões no geral, Isabela Boscov:
- Escândalo na Boêmia: Naqueles dois minutos e pouco tem mais tensão, tem mais excitação, mais perigo, aventura e senso de novidade do que nas outras duas horas e tanto.
- A Liga dos Ruivos: Mas do meu ponto de vista pessoal eu vou dizer: É uma obra-prima!
- Um Caso de Identidade: Não importa o que a pessoa pareça à princípio, dê um tempinho pra ela e você vai descobrir que ela não presta.
- O Mistério do Vale Boscombe: É inovador e revolucionário? Não. Mas durante aquela meia hora cria ali pra você um lugar tão aconchegante, tão reconfortante...
- Os Cinco Caroços de Laranja: Eu tô aqui colocando na categoria das experiências interessantes, mas nem de longe na categoria das experiências arrebatadoras.
- O Homem de Lábio Torcido: Ai... Eu achei tão bobo. Achei tão sem graça; achei tão batido, na verdade.
- A Pedra Azul: É muito bonito, é muito silencioso, é muito discreto, é muito contido e eu amei!
- A Banda Pintada: Eu queria gostar muito dele, mas eu percebi que eu estava me esforçando e não estava obtendo nenhum resultado.
- O Polegar do Engenheiro: É impossível imaginar o que move uma pessoa a aguentar tudo isso.
- O Nobre Solteiro: Eu imediatamente tenho crise de ansiedade!
- A Coroa de Berilos: Ia precisar uma renovada ali, mas uma reforma total pra fazer algum sentido no presente.
- As Faias Roxas: Me parece um sujeito de muita personalidade, você vê que tem ali uma pessoa realmente ditando as regras conceituais.
P.S.: Eu amei com todo meu coração cada um dos contos. No mais, Sherlock Holmes, eu te amo!