Rosana - @tudoquemotiva 26/07/2018Não seja padrão, seja feliz. O livro vai apresentar a protagonista Nanette O'Hare, ela tem 18 anos e é a típica boa aluna, boa filha, boa amiga. Porém, ela sempre se sentiu meio fora do grupo, meio sufocada pelas pessoas ao seu redor e meio deslocada, apesar de fazer parte do grupo popular. No último ano do colégio as coisas mudam um pouco. Ela acaba ganhando um livro de presente de seu professor preferido, um clássico que há anos não é mais falado "O ceifador de chicletes". No mesmo dia que recebe o livro, ela faz a leitura e fica fascinada com o livro, a ponto de reler em seguida e só começar a falar dele.
O professor sabendo da fascinação dela pelo livro, acaba apresentando ao autor do mesmo, e os dois passam a ser amigos. Nanette, a jovem popular que sente-se deslocada, que achou refúgio no livro e o autor recluso que não quer falar sobre seu livro, mas que quer essa amizade mesmo assim.
Essa amizade, apesar de bem estranha, começa a florescer e ela fica encantada com as oportunidades que surgem. Ela percebe, pela primeira vez, que ela precisa começar a todas as próprias decisões, que precisa dar um rumo para sua vida. Começar a pensar por ela e não apenas ir na onda do que os outros estão dizendo. Nanette O'Hare está em busca de liberdade, mas até onde ela está disposta à ir para conseguir?
Como disse lá em cima, eu nunca tinha lido nada do autor e, à princípio a narração dele me incomodou um pouco, mas depois consegui me acostumar. O livro está cheio de quotes maravilhosos que valem para a vida, além de te dar vários tapas na cara.
Quando a gente é mais novo (ou não, necessariamente) sempre buscamos o padrãozinho, o que os outros então fazendo, assistindo, vestindo. Mas e se eu não quiser seguir a moda, não quiser fazer as mesmas coisas que meus amigos, ou festejar igual eles? Também há beleza nisso, e o livro tenta salientar que tudo bem você não seguir os padrões. Afinal, o que é padrão?
"Quando foi a última vez que alguém lhe perguntou se você era feliz e olhou no fundo de seus olhos, de um jeito que fez você sentir que a pessoa de fato estava interessada em saber?"
O livro é bem leve e tem uma história simples. A protagonista, apesar de muito passiva e até um pouco grossa, soube lidar bem com as situações. E é possível ver o quão confusa ela está e quanto ela precisa de ajuda. Não importa a idade que você tenha, você ainda vai se encontrar tendo as mesmas dúvidas da protagonista.
É livro para você ler, parar e pensar na vida, nas suas decisões e escolhas. Refletir sobre onde você está e onde quer chegar. Se, tudo o que você está fazendo para chegar onde quer, vale realmente a pena ou você só está seguindo o que estão dizendo e não o que realmente sente?!
"Você nunca teve vontade de largar alguma coisa que todo mundo faz você sentir que precisa continuar fazendo? Nunca teve vontade de... parar?"
"Todas as coisas belas" não tem muitas reviravoltas, mas é sincero na mensagem que quer passar. É uma leitura rápida, mas isso não quer dizer que seja superficial, muito pelo contrário. É um livro denso com várias camadas.
Apesar de ter gostado muito da história, teve algumas situações que me incomodaram, por isso não dei 5 estrelas, mas recebeu 4 que ~para mim~ já é uma ótima nota. Vale a leitura do livro e as reflexões que ele proporciona. Recomendadíssimo.
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