Tícia 19/09/2020
Não sei você, mas se falou que é pra rir; eu já tô na roda.
Rir desopila a alma.
Arreda encosto.
Estropia ranço.
E é de graça.
Ainda.
Sophie Kinsella é dessas.
Se tem uma autora que me induz a descontroladas gargalhadas é ela. Nunca vi gostar tanto de enfiar seus personagens em situações embaraçosas. Eu nunca sei se fico com pena deles, se desando a rir ou se me identifico, afinal, não posso ver um constrangimento que já tô passando.
Mas tem gente que não gosta, que passa o livro inteiro tentando entender onde tá a graça. A princípio eu achava que era só problema de cabeça, mas depois me forcei a lembrar que o cômico é um troço muito pessoal. Ou seja, o que é hilário pra mim, pode ser um cocô pra você.
Mas tem que ser mesmo para sempre? é ótimo.
Amei e tô de cara com a nota baixa no Skoob. 3,9. Sério isso? Um monte de livro bosta por aí com 4,5 e esse só esse cadim?
Depois eu vou atrás da família de quem qualificou ele tão toscamente e geral me alcunha de perturbada.
Sobre a história, é o seguinte: Sylvie e Dan estão juntos há dez anos e casados há sete. Sabe aquele casal que você nutre recalque porque são a encarnação do “perfeitos um para o outro”? Pois é, também nem queria mesmo.
:/
Bem, um dia os dois recebem a notícia do médico de que viveriam mais 68 anos.
Resumindo, eles surtam porque é tempo demais juntos e começam a pensar no que fazer pro casamento não degringolar na mesmice.
Aí é que a coisa vai ladeira abaixo. Tudo que os dois tentam acaba dando errado e é nessa confusão que está a graça.
Porém, nem só de gargalhadas é feita a história. Pelo contrário, tem assunto tenso. Aliás, como a maioria dos livros dela, aqui também segue a fórmula “Começa tudo bem -> coisas hilárias acontecem -> a jiripoca pia -> o negócio fica sério -> desafios são superados, lições são aprendidas -> tudo termina de boa”.
Fora que amo histórias sobre relacionamento já consolidados que passam por alguma crise. Além de serem ótimas, é praticamente impossível encontrar a desgraça do amor instantâneo que gosto tanto quanto gosto de alcachofras e fim de domingo.
É isso. Não sei se todo mundo vai gostar tanto quanto eu porque muito do humor aqui se baseia no não dito, num humor ácido meio subentendido, no deboche não escrachado.
É chegado nisso?
Manda ver.
Gosta, não?
Vai comer chocolate.
Recomendo demais da conta!
;)