Ley 07/05/2020Uma ficção que recomendo para quem quer começar a ler o gêneroEm minha primeira experiência com a escrita da autora, posso considerar desde já que estou totalmente rendida. Nesta ficção, que também promete romance, perspicácia e jogos, é fácil se render se você também gosta desse tipo de enredo. A escrita também é um dos fatores que me conquistaram desde o primeiro momento em que comecei a ler.
O livro é protagonizado por Emika, uma jovem hacker, órfã e que vive em uma situação precária. É uma personagem com uma notável inteligência e com uma personalidade marcante. Ela possui cabelos coloridos, como arco-íris, e tatuagens por todo o braço. Sua aparência diferente e sua personalidade introvertida logo me fizeram lembrar de Lisbeth Salander, protagonista da Trilogia Millennium.
A semelhança entre as duas facilitou para que eu logo gostasse de Emika. No mundo que a acompanhamos, há um jogo chamado Warcross que pode muito bem se qualificar como um modo de vida em geral. A tecnologia também está avançada e esse progresso faz com que o jogo seja ainda mais real. Ao fazer uma interação não autorizada, com suas habilidades hackers, Emika é chamada para um trabalho junto com o próprio criador de Warcross.
Hideo criou o jogo ainda na adolescência e desde então Emika o admira. Essa relação dos dois logo me fez imaginar se haveria ou não um romance ali. Em um plano bem elaborado, Emika trabalhará para Hideo para encontrar a possível ameaça contra Warcross.
Emika usa suas habilidades hackers para isso e o livro também adquire traços investigativos. A busca por um suposto culpado, por querer derrubar Warcross, também acarretará em outras consequências e descobertas sobre Emika, Hideo e o mundo do jogo.
Durante esse período de descobertas, algumas pistas são dadas e é possível teorizar quem seriam os culpados. Minhas tentativas de acertos estavam corretas, mas mesmo assim isso não tirou a emoção do plot do livro. Warcross é narrado em primeira pessoa, pelos olhos de Emika, portanto somos totalmente influenciados por sua percepção a respeito dos personagens.
Hideo se torna presente na trama ao longo do livro e por fim podemos conhecer esse personagem tão admirado por Emika. As revelações a seu respeito são de extrema importância para a trama. O personagem parece emanar uma áurea de mistério desde sempre. A compreensão que temos dele consegue nos fazer entender suas motivações por trás de toda a criação de Warcross.
Preciso falar de Emika novamente para lhe convencer de que é uma personagem maravilhosa. Além de hacker, sua história é uma das principais características que nos emociona. A personagem, que no início parecia não ter um papel importante, passa a ser crucial para o desenvolvimento do livro. Ao final vemos que isso é cada vez mais evidente pelo desfecho.
O mundo de Warcross parece futurístico, porém não sabemos exatamente em que época se passa. O livro pode passar uma ideia de enredo complicado, porém tudo nele é simples de entender, desde o funcionamento de Warcross, às investigações a respeito dele. A obra é uma ficção juvenil e o primeiro livro de uma duologia.
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