Luiza Helena (@balaiodebabados) 27/12/2018Originalmente postada em https://balaiodebabados.blogspot.com/Quando comecei a ler O Amante da Princesa, pensei que ele seria somente mais um romance de época na listinha. Terminei essa história com sentimentos conflitantes e o coração na mão.
Maria Amélia e Klaus são meio típico padrõezinhos de romance de época. Ela, comprometida com outro cara, sonhava em se casar por amor. Amélia é uma moça gentil e romântica, mas sempre com uma resposta rápida na ponta da língua e de personalidade bem decidida. Klaus é o típico libertino que foge de casamento como gato escaldado foge de água, mas vê seu mundo mudar ao conhecer a noiva do amigo, por quem desenvolve uma atração. No seu envolvimento com Amélia, Klaus vai se mostrando um homem sedutor, envolvente e apaixonante; muito mais do que ele deixa aparentar por baixo da fama de libertino.
O Amante da Princesa é narrado em primeira pessoa, intercalando entre Klaus e Maria Amélia. A escrita é bem fluída e essa alternância de visão nos permite ver os sentimentos dos personagens. O livro não conta com muitas descrições, mas as que são feitas são suficientes.
Maria e Klaus tem uma boa química. De início, Amélia “odiava” Klaus, mas todo mundo sabe que isso é código para desejo. Ambos começam um relacionamento e vemos como vão se apaixonando um pelo outro. As cenas sensuais foram muito bem escritas, sem deixar de fora o romantismo.
Um detalhe que me incomodou era quando os protagonistas falavam frases em alemão e não havia nem uma nota de rodapé com a tradução. Infelizmente, alemão é uma língua que ainda não falo e, particularmente, cortava o clima quando eu ficava tentando adivinhar o que eles queriam dizer.
Outro ponto foi como se deu o início dessa relação entre Klaus e Amélia. O modo como Max e Klaus conversaram sobre como Klaus iria “cuidar” de Amélia durante seu tempo fora me deixou um tanto desgostosa (pra não dizer outra coisa). Praticamente tratando Amélia como uma propriedade.
O final da história não era o que eu estava esperando. Pra que não sabe, Maria Amélia e Maximiliano realmente existiram e, diferente da história apresentada aqui, se amavam loucamente. Quando soube sobre o casal fui atrás da história e, pelo que encontrei, eu deveria já ter me preparado para o futuro de Maria Amélia e Klaus (que foi inventado somente para essa história). Fechei o livro sem ter um rumo na vida. Os acontecimentos finais eu já suspeitava, mas ainda assim ler foi um baita baque para mim, influenciando até na nota que eu daria para a história. Então, pra quem conhece a história de Amélia e Max, já sabe o que esperar. Se você não conhece, bem… prepare o coração.
O Amante da Princesa é o primeiro romance de época da Larissa Siriani. Tirando algumas considerações, foi uma boa história. Recentemente, ela lançou o conto O Natal dos Brachmann, disponível na Amazon.
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