O Amante da Princesa

O Amante da Princesa Larissa Siriani




Resenhas - O Amante da Princesa


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Aione 29/05/2018

O Amante da Princesa é o primeiro romance de época de Larissa Siriani. Publicado pela editora Verus, que já havia lançado Amor Plus Size da autora, o livro parte de dados históricos para nascer como uma ficção que assume os próprios caminhos — de maneira muito similar a como também faz a protagonista do enredo.

Maria Amélia de Bragança, princesa do Brasil, mora com a mãe em Portugal e foi prometida ao arquiduque da Áustria, Maximiliano Habsburgo. Apesar de ciente de seus deveres reais, a princesa não está nem um pouco ansiosa para seu casamento, já que não consegue se imaginar compartilhando a vida com alguém por quem ela, talvez, jamais se apaixone. A chegada do arquiduque ao Palácio das Janelas Verdes traz consigo uma surpresa: seu noivo vem acompanhado do amigo, Klaus Brachmann, que desperta a atenção de Amélia. E quando Klaus decide seduzi-la apenas pelo prazer da conquista, dá início a uma perigosa — e irresistível — jornada para ambos.

O Amante da Princesa já ganha destaque como romance de época por seu próprio contexto: em vez de nos vermos em meio à sociedade londrina do século XIX, como na maioria dos livros do gênero, estamos aqui em Lisboa, o que implica em não raramente nos deparamos com traços do português europeu no linguajar das personagens. Ainda, o fato de estarmos falando de figuras que, de certa maneira, realmente existiram cria um olhar paralelo ao daquele que acompanha um enredo ficcional, fazendo surgir o interesse pela busca de mais informações e detalhes desse momento em específico na história.

Contudo, independentemente de sua ligação com fatos verídicos, O Amante da Princesa conquista por si próprio. A escrita de Larissa Siriani envolve desde as primeiras páginas especialmente por não demorar a jogar o leitor para dentro dos acontecimentos. Não há rodeios no enredo, ao mesmo tempo em que nada é contado de maneira abrupta demais: a autora é capaz de encontrar o meio termo entre agilidade narrativa e capacidade de envolvimento. Sua escrita é, ao mesmo tempo, leve, direta, sensível e intensa.

E se a narrativa da obra já não cativasse o bastante, seus outros elementos contribuem para fazer de O Amante da Princesa um prato cheio em termos de leitura, desde o próprio rumo da trama às diversas referências literárias até as personagens em si, que cativam mesmo quando secundárias. Maria Amélia tem uma personalidade que garante força à história, é sua determinação e sua individualidade que movem o enredo como um todo, ao mesmo tempo que sua sensibilidade garante suavidade às páginas. Klaus é igualmente intensidade, ternura e mistério e a combinação de ambas personagens só pode resultar em combustão instantânea. Somos tragados pelo romance e envoltos por sua força e sensualidade em um caminho que só pode levar a um lugar. E quando descobrimos, juntamente dos protagonistas, a força indomável do amor, sabemos que não há como voltar atrás.

O Amante da Princesa me proporcionou uma leitura rápida, envolvente e repleta de altos e baixos. Já havia ouvido alertas sobre me preparar para seu final, mas, ainda assim, não tive como evitar o impacto que ele me causou. Finalizei o livro em lágrimas e encantada pela história de amor criada por Larissa Siriani. Para quem gosta de romances intensos, sensuais e arrebatadores, a história de Klaus e Maria Amélia é mais do que recomendada.

site: https://www.minhavidaliteraria.com.br/2018/05/29/resenha-o-amante-da-princesa-larissa-siriani/
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Erika 27/05/2018

Decepcionante - em todos os aspectos!
Respeito o romance histórico no qual, mesmo havendo situações e diálogos criados (sendo isso já sabido pelo leitor), há forte alicerce de pesquisa e verossimilhança dos fatos narrados, sem haver vilipêndio aos personagens existentes e tampouco graves afrontas ao que efetivamente ocorreu.

Contudo, não é o caso da obra em questão. O livro “O Amante da Princesa” narra um falso (e tórrido) caso de amor envolvendo Maria Amélia de Bragança (filha de D. Pedro I e da Imperatriz Amélia de Leuchtenberg) e Klaus, personagem 100% ficcional. Entretanto, tal episódio não ocorreu de forma alguma e vários aspectos da vida da protagonista são distorcidos, colocando-a em ações constrangedoras e incompatíveis com sua biografia.

De histórico não há nada senão dados básicos acerca de sua vida, de fácil obtenção pela internet. O resto é pura criação. Seu noivo (e grande amor, na realidade), o Arquiduque Maximiliano de Habsburgo-Lorena, é propositalmente retratado como um rapaz inculto, desinteressante e ainda detentor de uma amante (o que também é uma inverdade). Tudo isso para antipatizá-lo perante o leitor, a fim de exaltar o co-protagonista, Klaus (bem clichê esse recurso, não?).

E, para quem não se importa com esse aspecto, vamos à análise da narrativa: é vulgarmente comum, previsível, de fórmula facilmente encontrável em romances do gênero (que se vendem aos montes nas livrarias) e novelas de época, cheia de lugares-comuns e diversos clichês (ex: o casal que no início se embate e depois se apaixona, o cafajeste redimido, o romance proibido, a falsa amiga, etc – deixo de listar mais para não dar spoiler). Os conflitos se resolvem facilmente e mesmo os momentos de maior tensão não convencem, pois toda a estrutura do livro já indica como irão ser finalizados. Enfim, nada, mas nada especial mesmo. Talvez por isso o recurso de lançar mão de personagens históricos: chamar a atenção para o livro e elidir sua banalidade.

Pessoalmente, penso ser desrespeitoso usar de uma pessoa que realmente existiu e colocá-la em situações vexatórias (como nas cenas praticamente explícitas de sexo no livro), devassando sua memória. Imagine seu nome usado em um livro e a você sendo atribuído um ato não praticado e contrário aos seus princípios (que não seja sexo ou traição, mas um crime, por exemplo).

Enfim, seja pela questão histórica, pelo desrespeito à memória da Princesa Maria Amélia e do Arquiduque Maxilimiliano, ou pela fraca e rasa narrativa, não recomendo.
Arish 28/05/2018minha estante
Detesto quando isso acontece, se vai distorcer TANTO a história real não é melhor criar todos os personagens e não utilizar pessoas reais?


Erika 28/05/2018minha estante
Certamente!


Lídia 20/06/2018minha estante
Concordo com sua resenha. Acho que nao foi certo a autora usar personagens reais se ia modificar tanto a história deles. Isso sem contar que a história da princesa Maria Amélia e do Arquiduque Maximiliano e linda e trágica. Eles já se conheciam e se amavam muito. Algo que não acontecia nos casamentos arranjados daquela época. Os dois estavam muito felizes com o casamento. Mas, infelizmente, a princesa morreu de tuberculose antes do casamento. Deixando o arquiduque infeliz até a sua morte. Depois da morte da princesa ele usava um cacho do cabelo dela dentro do seu anel. Ele se casou, mas não por amor, mas por dinheiro. Anos depois ele visitou a casa onde ela morreu e escreveu em uma carta o quanto sentia a falta dela. Escreveu que ele era infeliz, que um futuro feliz ele só podia ter com ela. Anos depois ele morreu fuzilado no México e antes de morrer ele pediu que entregasse para a mãe da princesa um medalhão que ele usava e que tinha a imagem da princesa. Até antes da sua morte ele pensou nela. Uma história de amor muito linda para a autora ter transformado nisso.


MayLestat 06/07/2018minha estante
O pior é ter gente achando que é baseado em fatos reais, tirando conclusões a partir daí e achando lindo. É uma verdadeira pichação na memória da princesa e do arquiduque que teria sido seu amado marido se não fosse pela morte prematura dela (a história de amor na verdade era deles dois e não envolvendo um tal de Klaus). Ou seja, é ficção da cabeça dessa autora que pegou uma personagem real e "repintou" como achou melhor.

Maria Amélia, apelidada 'Princesa Flor', certamente não achou nenhuma graça e se revirou no túmulo depois de ter sua vida exposta dessa forma. Isso porque ela está morta há séculos, mas tem algum parente ou descendente da família por aí... Eu, como alguém que gosta de História, me importo com esse aspecto, e muito. A fidelidade aos fatos é inexistente aqui. Simplesmente acho ridículo, para não dizer falta de originalidade.


Markarroni 15/07/2018minha estante
Não sei em que lugar vocês viram que é um romance biográfico. É uma FICÇÃO. Joga no Google pra saber do que se trata. Inclusive no final do livro tem uma nota da autora dizendo que a obra foi INSPIRADA por personagens reais e que a história diverge da realidade. Vamos procurar saber mais sobre o livro antes de passar vergonha falando mal dele injustamente, né!? Não gostou do livro? Ótimo, seu direito. Mas falar que não gostou porque a história é um insulto à Princesa... Se poupem.


LBL 18/07/2018minha estante
Tb detesto quando o autor se utiliza de pessoas da vida real para criar uma ficção...se a autora queria falar sobre a corte brasileira ou sobre o império Áustro-húngaro, poderia ter situado o livro em uma dessas cortes e trazido personagens fictícios. Tirei da minha lista!


Carous 07/09/2018minha estante
Detesto quando isso acontece, se vai distorcer TANTO a história real não é melhor criar todos os personagens e não utilizar pessoas reais? [2]

Depois de tudo o que eu li fico pensando se não seria melhor que ela tivesse escrito um romance de ficção entre Maria Amélia e o Arquiduque. Pra que formar um triângulo amoroso e destruir uma história de amor que realmente existiu?


Silvia AC/DC 21/03/2020minha estante
Ainda bem que li a sua resenha. Me salvou de gastar com esta porcaria! Obrigada!


Mel 15/04/2020minha estante
Puxa, que triste saber disso. Sou uma admiradora da casa imperial brasileira, e sei o quão pura foi a princesa Maria Amélia, e o quanto era apaixonada pelo arquiduque Maximiliano. Era conhecida como a princesa Flor. Fiquei decepcionada por saber disso. Estava ansiosa para ler mais autores brasileiros, e até marquei esse livro como "quero ler". Mas não sei se vou aguentar ler tanto insulto à memória da princesa, que morreu tão jovem de tuberculose.


oluccaspedro 05/06/2020minha estante
Uma análise sensata e ponderada.


David.Silva 13/07/2020minha estante
Poderia ter sido uma grande tragédia romântica para se tornar uma fanficiton de amor proibido.


Mika 24/02/2022minha estante
Que ódio que tô. Anem. Não quero terminar. Ela tá doente, e eu esperava um final totalmente diferente. Que raiva.




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