Correndo Descalça

Correndo Descalça Amy Harmon




Resenhas - Correndo Descalça


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Rafaelle 13/05/2020

Correndo descalça
Já tinha lido Beleza perdida e Infinito + um da Amy Harmon e ambos os livros já tinham me deixado com a certeza que a Amy entraria na minha lista de autores favoritos. Correndo descalça foi o livro que deixou o lugar dela eternamente garantido na minha lista.

No livro acompanhamos a trajetória de Josie Jo Jensen. Aos 9 anos de idade ela perdeu a mãe e junto perdeu a infância. Com um pai e três irmãos, ela decidiu assumir as responsabilidades da casa, aprendeu a cozinhar e a cuidar de todos. Amadureceu precocemente e encontrava lazer apenas em seus livros. Quando conhece Sonja, uma professora de música aposentada que acabara de se mudar para Levan, Josie é apresentada ao mundo da música clássica e Sonja passa a dar aulas de piano para Josie, que se revela uma aluna prodígio.

Já com 13 anos Josie conhece Samuel Yates. Ele é um estudante do último ano do colegial. Filho de um homem branco e uma índia Navajo, Samuel é amargurado pelo preconceito que sofre de brancos e Navajos por ser mestiço, sem saber qual seu lugar no mundo. Eles passam a dividir o assento no ônibus todos os dias e dá convivência surge uma amizade linda regada à livros e músicas clássicas.

Josie e Samuel encontram a amizade e o amor. Porém as circunstâncias da vida e a diferença de idade os separam. Muitos anos depois Samuel retorna para a cidade e encontra uma Josie marcada por tragédias e sabe que é a vez dele dar a ela a alegria que um dia ela o proporcionou.

Esse livro é doce, tocante e profundo. Amy Harmon lidou com todos os temas com a delicadeza necessária para construir uma grande história. É um livro sobre perdas, amor, amizade, sonhos, fé, família e segundas chances. A forma como ela retratou a diferença de idade entres os protagonistas foi delicada e muito acertada. Não consigo encontrar nenhum ponto que tenha me desagradado durante a leitura.

Esse é um livro que recomendo para todos. É um livro que nos deixa com o coração quentinho e um sorriso no rosto, perfeito para os dias tão difíceis que estamos passando.
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Sandra 21/04/2021

Perfeito.
Adorei o livro. Uma leitura gostava, que aborda vários temas legais, fala de músicas clássicas (que por curiosidade escutei durante a leitura) e também fala sobre Deus. _ O amor verdadeiro é sofredor, é benigno. O amor não é invejoso... Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Super recomendado esse livro.
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Marí Amo 14/02/2021

Escrevo em meio as lágrimas
Essa história chegou de mansinho, sem muito alarde e foi criando raizes em mim. Literalmente me inundou de amor e conhecimento. Respeito e amor. E Deus. Não são lágrimas de tristeza que de mim transborda ao final deste livro, mas sim de aprendizado, carinho e amor por todos os persongans, lições e por um final tão doce e tocante.
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Mariana_ 21/06/2020

Livros e MÚSICA!
Achei interessante e linda a história. Queria só que não fosse por um único ponto de vista. Recomendo!!!!!
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Stitcha 23/09/2021

Perfeito
Caramba, eu amei esse livro desde o primeiro segundo... É inocente, doce, romântico, doloroso e lindo ??
Me apeguei ao Samuel e a josie demaissssss!! Como eu torci por eles nossa.
A história é linda, amei conhecer os navajos, achei muito legal.
Gente???? O final?? Foi tão lindo que chorei de felicidade, DE VERDADE!
não consigo achar um defeito ?
CALINE 23/09/2021minha estante
O Samuel é tão profundo, tão intenso, tão fofo. A história é realmente linda.


Stitcha 24/09/2021minha estante
Muitooooooo




Helô 27/03/2022

Leitura muito boa
Foi meu primeiro contato com a autora e me apaixonei pela escrita, uma leitura muito boa que te cativa do início ao fim e com certeza eu recomendo, uma leitura que deve ser feita de cabeça aberta sem preconceitos religiosos, entre outros. Adorei essa leitura e pretendo ler outros da autora??
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Queria Estar Lendo 18/07/2018

Resenha: Correndo Descalça
Correndo Descalça é o novo título da autora Amy Harmon - a mesma de Beleza Perdida. Publicado aqui pela Editora Verus - que cedeu o exemplar para resenha - é uma história sobre tragédias e sobre encontrar forças e detalhes em que se prender para não se perder. É uma obra delicada e tocante sobre o poder dos recomeços.

Na trama, acompanhamos a vida de Josie. Ela perdeu a mãe precocemente e acabou por carregar todas as responsabilidades da vida adulta muito cedo, cuidando da casa, dos irmãos e do pai quando deveria estar cuidando da própria adolescência. Com essa realidade, veio o distanciamento de tudo que pertencia à sua idade e uma realidade que ela jamais conseguiria viver. Sem querer, Josie acabou se afastando do mundo, encontrando na solidão a sua melhor companhia.

Até que ela conhece Samuel. O garoto é revoltado e sombrio e parece afastar todos que se aproximam dele, exceto Josie. Ela vê nele o coração de ouro e o espírito abençoado, um amigo para as horas mais difíceis, e decide que quer tê-lo ao seu lado sempre. Mas a vida, com suas complicações, acaba por afastá-los. E a história do livro acompanha toda a trajetória dessa amizade inesperada que, com os anos, se desenvolve em algo mais.

Quando peguei o livro, não esperava encontrar uma história tão sensível e delicada quanto a que a autora entregou. Correndo Descalça fala muito sobre perdas, fé e sobre se reencontrar em meio à tragédias e à falta de esperança; de possibilidades. Josie viu muito dos horrores da vida e aceitou uma realidade ínfima porque torná-la confortável, e o questionamento principal que a trama aborda é se isso é suficiente. Se o conforto vale mais a pena do que os riscos para buscar algo mais.

"Existe uma música silenciosa na alegria, e a música daquela manhã ainda faz meu coração doer quando me permito revisitá-la."

Eu gostei bastante do arco principal da protagonista. Josie é uma personagem empática, fácil de gostar. Ela é gentil, doce e praticamente o sinônimo de altruísmo. Dá até um pouco de nervoso o tanto que ela sacrifica pelas pessoas que ama, sem nem mesmo perceber. Para ela, viver pelos outros é o suficiente porque é tudo o que foi oferecido desde que era pequena. Não é submissão e nem uma servidão, é o que Josie acredita ser o melhor - não significa que seja, mas também não existe espaço para questionamento. Pelo menos não no começo.

Seu arco de desenvolvimento envolve abrir os olhos para isso. Para o fato de ter dado as costas para tantas oportunidades por causa do medo, do trauma que as perdas e as tragédias ao redor da sua vida instauraram em sua consciência. Josie sofreu muito; não é nem exagero falar o quanto ela é coitada. O fato de o livro mostrar isso como uma oportunidade, como ela poderia extrair esperança da dor, é uma mensagem muito bonita. O fato de mesmo as tragédias abrirem espaço para luz e para se reerguer.

E a paixão da Josie pela música clássica, por composições e por seus artistas, o tanto que ela se relaciona com as histórias delas e das melodias criadas, é tudo imprescindível para entender a caminhada da protagonista. A música se entrelaça à sua vida e a tudo pelo que Josie passa, é seu caminho.

"- Acho que eu tenho ouvido para música, e o ritmo da sua voz é como música para mim."

Do outro lado da moeda temos Samuel; uma incógnita, num primeiro momento e por boa parte da trama. Sabemos que ele é descendente do índios navajos, que é amargo e recluso pelo julgamento e pelo preconceito de ambos os lados das realidades em que vive. Sabemos que a diferença de idade entre ele e a Josie é um problema por questão de vivências, de ele ter visto mais do mundo e entendido mais dele do que a garota ingênua da qual ele se aproxima e se torna amigo num primeiro momento. E, com os anos que se passam e as novas experiências que ambos ganham, a trama soma isso à carga dramática que Samuel e Josie carregam - e que vão usar quando forem interagir novamente.

Diferente da Josie, Samuel é muito de reação e de revolta. Um contraponto interessante; às vezes revoltante demais, mas compreensível. Samuel se enquadra naquele estilo de personagem que sofre e reage com frieza e faz sentido se portar assim. Você entende seus dramas e rancores, entende as confusões e o distanciamento. Entende o quanto a amizade de Josie é importante para ele em um momento de sua vida, e o quanto a reaproximação - depois de anos de distância - é essencial para que Samuel se reencontre.

O fato de Correndo Descalça ter esse salto temporal é grandioso para o desenvolvimento da parte romântica. Como eu mencionei, o começo mostra a amizade e a aproximação e deixa claro que a diferença de idade é um problema para qualquer outra coisa que ousasse existir, mas nunca existe - tive medo disso, inclusive, mas a trama tratou com sensibilidade e soube mostrar que Samuel, quase um adulto, não poderia jamais se relacionar com uma adolescente.

O salto temporal acontece, e aí temos a entrada de um relacionamento mais intenso; em corações magoados que se reencontram e parecem pedir por um recomeço, agora com o envolvimento romântico.

A obra dá espaço para discussões sobre luto, religiosidade e preconceito. Relacionamentos com a família, principalmente, são o background de ambos os personagens principais. Josie usa a música, Samuel as lendas navajo, e ambos se encontram em meio a essas duas coisas que são pontos maravilhosos de suas personalidades - de quem eles são. O arco envolvendo os navajo, inclusive, foi uma das melhores coisas do livro. Sensibilidade e sensatez imperaram a narrativa ao falar sobre a cultura e a ambientação dessa parte da vida do Samuel.

"Solidão não me incomodava. Era melhor que a piedade das pessoas me pressionando por todos os lados."

Correndo Descalça é o tipo de leitura perfeita para quem gosta de histórias sobre amizade, companheirismo e um bom romance - o tipo de amor que nasce do entendimento, do apoio e da esperança, principalmente.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/07/resenha-correndo-descalca.html
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A soma de todas as páginas 26/06/2023

Que leitura transformadora...
Falar da escrita da autora é falar de amor, paixão, sentimentos profundos, reações adversas entre outros, que tornam cada leitura uma gama de emoção surreal.

E nesse livro não foi diferente. Sabe aquele momento que você prende a respiração e nem se dá conta? Pois então. Assim foi o processo dessa leitura.

Você consegue imaginar alguém sendo espetacular em sua solidão? Não? Então te convido a conhecer nossos protagonistas Josie e Samuel.

Ela, uma jovem do interior.
Ele, um garoto indígena.
Ambos buscando seu lugar no mundo, diante de muitas adversidades e nunca se encaixando em lugar nenhum.

Mas o tempo passa e eles vão aprendendo. Agora adultos os papéis invertem e chegou a hora de quem ajudou ser ajudado. E diante das descobertas sobre a vida e sobre o amor, uma nova perspectiva de vida se abre a eles. E uma nova história começa a ser contada, ou melhor, vivida.

E só posso dizer que, até aqui de todos os livros da autora esse foi meu preferido, favorito. 3la entregou tudo e mais um pouco. Transformando não somente os personagens, mas nós próprios no caminho.

Conhecer a histórias dos indígenas "Najavo" e o trabalho dos fuzileiros navais americano, foi tão grandioso. Que bela lição de vida aprendemos aqui.

Se chorei? Ah sim, não tenha dúvidas sobre isso. Pois essa é uma trama tragicamente linda que aborda temas sobre amizade, luto, família, doação e vontade de viver.
Foi uma emoção indescritível e uma leitura que tem o dom de transformar.

Então eu super mega indico.
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Alessandra 30/01/2020

Emocionante e Complexo
Li este livro por indicação de uma amiga e porque o livro Beleza Perdida da autora foi um dos meus favoritos em 2019, então fiquei bastante empolgada para iniciar a leitura. O livro conta a história de Josie, uma menina de 13 anos muito madura para sua idade que perdeu a mãe aos 9 anos e teve que cuidar de toda sua família (pais e irmãos). Ela é muito inteligente, adora livros e tem um dom especial para música. No ônibus escolar para ela conhece Samuel, um rapaz de 18 anos que estuda na mesma escola de Josie. Ele tem descendência índia (Navatos) e mora com os avós. Samuel tem um problema muito grande com auto estima, uma relação bem complicada com a família e principalmente por ser mestiço. Ele se apoia na Josie como sua única e verdadeira amiga. Lógico que a amizade evoluiu para algo maior e por causa da diferença de idade Samuel toma uma decisão que muda o rumo da história deles. Será que um amor tão profundo e verdadeiro resiste ao tempo e a marcas tão profundas?
Confesso que Samuel me incomodou muito ao longo da narrativa. Ele fez algumas escolhas que no meu ponto de vista foram bastante egoístas e no fundo quando a Josie mais precisou ele não foi tão amigo dela. Mas é difícil falar na cadeira de espectador pois estamos falando de um amor para uma garota de 13 anos (por mais madura que Josie fosse), imagino que para ele aceitar isso foi bem difícil, até porque era um amor que naquele momento não podia se concretizar. Mas ao longo do livro ele foi me conquistando e fui entendendo o porquê de suas escolhas (apesar de ainda não concordar... rsrsrs) e a volta dele para vida de Josie foi espetacular, com um propósito lindo. Josie me conquistou desde as primeiras linhas, garota forte, decidida e com uma sede de aprender enorme. Mas a vida não foi tão amável com ela que teve muitas perdas e também foi obrigada a fazer escolhas. Josie se perdeu no meio da jornada, mas nem ela sabia que havia se perdido. Samuel volta para resgatar o amor da vida dele e concretizar o que sempre sonhou com Josie ao seu lado, mas o caminho não é tão fácil pois a alma dela foi se perdendo ao longo dos anos.
A narrativa é bem lenta e cuidadosa com os detalhes. Os personagens são complexos e tem uma profundidade gigante. A história de amor é bem construída, te envolve e não faz você querer parar de ler. Me emocionei em várias partes: nas passagens bíblicas (qual a função da religião em nossas vidas ? ), nos significados das lendas indígenas (que ligava a história de Josie e Samuel), com as discussões dos livros clássicos e por fim com a música clássica e seus compositores. Chorei litros com um diálogo especifico entre pai e filha. Enfim um romance com "R" maiúsculo bastante ricos em detalhes. Quer se emocionar ? Correndo Descalça é o livro certo.
Kelly Martinez 30/01/2020minha estante
Fechamos o mês com chave de ouro!




Andreia 10/03/2021

Vale a leitura pelos temas que aborda.
A primeira parte foi muito legal e eu não conseguia parar de ler. Gostei como a autora abordou assuntos diferentes, mas quando foi chegando o final ficou tudo muito chato e corrido, mas mesmo assim recomendo a leitura, quanto termina a gente fica com um sorriso nos lábios e um quentinho no coração.
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Lucia | @lucia_esta_lendo 28/02/2022

Sensível e tocante
Um romance sensível e tocante. Não somente pela fé aplicada por ambos os personagens, mas também pelo desenvolvimento da história de amor entre eles.
Em momentos distintos de suas vidas, Samuel e Josie se alternam salvando um ao outro.
O toque trazido sobre a cultura navajo também me fez apreciar muito a história.
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Bia 05/12/2021

Autora Maravilhosa
Esse é o segundo livro que eu leio da Amy Harmon, e adoro ela já, adoro o jeito que ela escreve, consigo ler rápido e entendo bem, pena que só tem 3 livros dela na versão brasileira. Me identifiquei bastante com a personagem principal, adoro o Samuel não vou mentir, quero um boy desse kkkkkk. Em uma parte o pai dela fala que não entende metade do que ela fala, e eu tbm kkkk, quando eles entram na parte de filosofia sabe, eu bugo e não entendo nada kkkk.
N deu 5 estrelas pq até a metade tava bom e tudo mas depois de falar do Kasey e tals tudo começou a ir rápido demais, parece que ela queria logo terminar aí me desagradou.
N sei pq nenhum livro dela não tem filme viu
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RAFAEL 08/05/2022

O romance é incrível, mas a autora é machista!
O romance em si, é muito perfeito e a escrita da autora usando metaforas e sempre passa um ensinamento em sua palavras. Eu amo muito isso. Mas dei 3.5 pk o protagonista tem falas bem machistas e a personagem tem uma ideia de submissão discrita pelo
cristianismo. A autora trata a personagem como se a mulher fosse quem devesse ficar em casa, a mulher quem tem que cuidar do homem. E nesse livro o mocinho nunca abriu mão de nada por ela, ja a josie abriu mão de tudo por ele. Ela largou tudo pra ir morar com ele pk amava ele, mas antes quando ele pediu pra ele ficar com ela na cidade ele disse que amava ela mas ele não iria ficar, mas ela quem teria que ir atrás dele
Mariimagno 26/04/2024minha estante
Machista e racista kkk uma pegada bem ?evangelizadora? de povos indígenas ?




Bianca | @estanteliiteraria 17/08/2020

Um amor puro
Josie teve que amadurecer muito rápido quando sua mãe faleceu. Ela era a única mulher da casa e se viu tendo que cuidar de tudo que a mãe fazia. Então, quando completou 13 anos seu corpo era mais desenvolvido que as meninas da sua idade e seu modo de pensar era muito adulto para uma menina que tinha acabado de se tornar adolescente. Assim como teve que cuidar da casa, Josie conheceu o piano quando ainda era muito nova, graças a uma nova moradora da cidade. Ela se viu encantada pelas músicas que a mulher tocava e essa mulher sugere se tornar sua professora de piano.

A cidade em que Josie nasceu e cresceu era muito pequena para poder ter uma escola, então, todos os dias um ônibus escolar ia buscar as crianças na cidade para levarem elas a escola da cidade vizinha. E foi assim que Josie conheceu Samuel. Um garoto que tinha raiva do mundo. Ele estava no último ano, mas não possuía nenhum amigo e não via a hora de acabar a escola. Josie e Samuel acabam tendo que sentar um do lado do outro no ônibus todos os dias e é dessa forma que eles começam a construir uma amizade.

Nunca vou me cansar de falar como amo o desenvolvimento da Amy em suas histórias. Ela sempre tem todo o enredo amarradinho e fico maravilhada sempre que termino um dos seus livros. Nesse ela trouxe Josie, uma garota que teve que aprender a se virar muito cedo e amadureceu muito rápido. Apesar de ter perdido alguém tão importante não se rebelou, continuou vivendo a vida da melhor forma possível. De outro lado Samuel, um mestiço que nunca soube o lugar que pertencia, porque sempre que chegava em um local as pessoas o olhavam torto. Além dos problemas familiares que passou após a morte de seu pai com um padastro abusivo e uma mãe que se tornou desleixada após a perda do primeiro marido.

Josie foi um alívio para as dores de Samuel. Os momentos em que passavam juntos Josie mostrava um mundo diferente para Samuel e trazia cores para o mundo preto e branco que ele sempre conheceu. Josie mostrou seu amor pelos livros e pela música, mesmo que Samuel tentasse mostrar que não se importava com tudo aquilo, essas coisas se tornaram seus amores também. Eles se desafiavam em questionamentos, abrindo mais e mais perguntas sobre música e livros. Eles se
encaixavam sem ao menos perceber.

Porém, Samuel se formou e foi embora para seguir o caminho que tinha escolhido para trilhar. Apesar de ter evoluído mais rápido que as outras meninas da sua idade, Josie ainda era uma criança e Samuel tinha conhecimento disso. Estando longe ele percebeu como toda aquela relação, mesmo que fosse pura, não teria como dar certo com uma garota menor de idade. Ele se afastou por anos e quando retornou tudo tinha virado do avesso.

Ao longo dos anos, Josie sofreu muito a ausência de Samuel. Ela sabia que eles jamais poderiam ter um romance, mesmo que ela desejasse muito. Então ela se entregou a outras coisas que a vida trouxe para ela. Novas perdas e novas dores resultaram em uma Josie com raiva mundo, que abandonou suas paixões pela literatura e a música. Ela ficou acomodada, perdeu suas ambições e desejos. Deixando que a vida a levasse como uma folha ao vento. Sem planos.

E então, Samuel se torna aquilo que Josie foi um dia para ele, o seu refúgio.

Quando iniciei a leitura fiquei um pouco preocupada com a idade dos protagonistas e mais uma vez Amy me mostrou que não é irresponsável ao criar uma história. Samuel e Josie começaram a se amar quando muito novos, com idades que seria problemático haver um romance, mas tudo aconteceu no tempo certo. Eles construíram um amor muito cedo, sofreram com a ausência um do outro e se envolveram no devido tempo. Foi lindo como tudo se desenrolou, um slow burn que só a Amy consegue fazer e que me conquista de forma tão profunda. É impressionante a forma sutil da autora de construir relacionamentos. Você não precisa de momentos grandiosos, apenas conversas num banco de ônibus já faz com que um amor se desenvolva e você sente como tudo é natural. Mesmo o amor nunca sendo simples, ele se forma com pequenas falas, conversas, atitudes. Foi assim que esse romance foi construído.

Vou repetir e repetir quantas vezes for necessário, Amy Harmon precisa de mais reconhecimento aqui no Brasil. Ela é uma das autoras mais conscientes e que busca trazer representatividade racial em seus livros. Além de construir enredos lindamente. Ela precisa ser lida.
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Inalda 12/08/2021

Correndo descalça
A autora começa em 1830 falando dos mórmons, desses emigrantes que foram para os EUA. Essa religião mórmons existe até hoje.A autora com muita paixão fala dos indígenas americanos, um livro que fala de perda, amizade, amor.
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