Érica | @aquelacomlivros 26/11/2018
Que história FOFA!!!!!
Como estou em período de provas e trabalhos, escolhi esse livro para ler no trem durante minhas idas e vindas para a faculdade, então comecei bem devagar, lendo aos poucos e sem grandes expectativas.
De repente, me peguei saindo do trem com o Kindle na mão, lendo enquanto andava, lendo em casa, lendo durante a aula, lendo antes de dormir, lendo, lendo, lendo, lendo, lendo…
EU. NÃO. CONSEGUIA. PARAR. DE. LER!!!!
Oi? Provas? Que trabalhos? Nunca nem vi!
Tá certo, eu me enrolei toda e tive que passar a noite em claro estudando para a prova de hoje porque priorizei terminar a leitura ontem, MAS valeu MUITO a pena!!!!!!!!!!
Agora que a saga da minha leitura foi contada, vamos à história.
Sabe aqueles golpes que a pessoa compra uma residência que outra pessoa também comprou? Então, em um cenário muito divertido (para nós porque os personagens odiaram a ideia!), Alice e Theo se encontram dentro do mesmo apartamento. Sem entender o que aquele estranho estava fazendo na sua sala, Alice o ameaça com uma VASSOURA!! Theo, claro, não estava gostando nada de ter uma louca, aparentemente agressiva, dentro do seu apartamento novo e depois de uma conversa amistosa resumida em: "Ladrão!", "Maluca!" e "Esse apartamento é meu!!!", Theo mostra a escritura já registrada no cartório, provando que falava a verdade. Após esclareceram que foram vítimas de um golpe, Theo foi oficialmente apresentado como o dono do imóvel, já que a escritura de Alice não era registrada.
Percebendo que havia se tornado a verdadeira intrusa, Alice se desespera, pois não tinha mais para onde ir e seu dinheiro estava reservado para pagar a internação de seu pai que estava em coma. Vendo a desolação dela, Theo se compadece e oferece dividir o apartamento até que o golpista fosse preso e devolvesse o seu dinheiro. Sem alternativa, ela acaba aceitando e os dois darão início a uma história divertida, emocionante e muito fofa!
Não vou entrar em detalhes sobre a convivência dos dois porque eu me surpreendi com cada situação e não quero estragar isso para você, mas vou dizer o que pode esperar da história. Os personagens secundários são muito bem desenvolvidos, tanto que eu queria que a Deborah Strougo escrevesse livros sobre eles (Nanda, Miguel e Victor, seus lindos!). O drama com a situação do pai foi espalhado pelo livro inteiro e a gente acompanha uma luta na mente de uma médica que, por saber da gravidade do estado de seu pai, precisa se esforçar para manter as esperanças. É o tipo de detalhe que faz toda a diferença numa história. O romance é a melhor parte, claro! E já aviso que foi construído com muito capricho pela autora. A gente assiste ao desenvolvimento como se estivessem subindo degrau por degrau na escadaria do amor. O estranhamento do primeiro encontro, uma convivência forçada, a bandeira branca da paz sendo estendida, a timidez na primeira tentativa de uma aproximação, o começo de uma amizade, a atração ficando insustentável, uma paixão que pode colocar tudo a perder, o medo e a insegurança atrapalhando tudo, os pingos nos "is" e, finalmente, o amor sendo encontrado. É incrível mesmo! Nada foi de repente ou num impulso feroz por atração sexual. É fácil se identificar em vários momentos porque o Theo e a Alice são gente como a gente. Espere uma história bem completinha.
Ah! E espere dar umas boas risadas das trapalhadas da Alice. Só vou dizer isso: Barata voadora, sal no olho e campainha na hora do banho. Hahahahaha...Impossível não rir, gente!
Tô apaixonadíssima pela escrita da Deborah e com certeza lerei todos os livros que ela escrever. Ela é uma preciosidade da literatura nacional e espero mesmo que ela conquiste o seu espaço na estante e no coração de cada leitor brasileiro.
Está indicadíssimo!!!! =D
"Theo, eu te encontrei da forma mais inusitada possível e me apaixonei por cada pequena parte sua. De repente, um apartamento vazio se tornou um lar, o nosso lar. Eu construí uma família ao seu lado e encontrei tudo o que precisava para ser feliz. E tudo isso porque o meu coração escolheu, inesperadamente, você."