Jess 17/02/2024
Uma história de amor que estava destinada a acontecer no cenário de uma das maiores tragédias da humanidade.
É assim que me parece a história relatada em "O Tatuador de Auschwitz".
Quando Lale chegou a Auschwitz em abril de 1943 não fazia ideia do que viveria pelos próximos anos. Nos seus piores pesadelos não teria imaginado os horrores que seriam cometidos naquele lugar, tampouco, nem nos seus melhores sonhos, teria pensado que lá, no meio de tanto desespero e morte, conheceria o amor da sua vida, a jovem Gita.
O amor deles desafiou as duras regras impostas no Campo, as péssimas condições de sanidade e subsistência que por si só vitimaram milhares de prisioneiros, sem falar na crueldade dos soldados da SS.
Lale fez o que era necessário para sobreviver, proteger Gita e ajudar o maior número de pessoas que pudesse, mesmo que para isso tivesse que trabalhar para o inimigo. Mesmo que o seu trabalho, a cada prisioneiro tatuado, ferisse mais um pedaço da sua alma.
Contada de forma direta e ainda assim com muita sensibilidade, esse livro é mais um testemunho das barbáries cometidas pelos nazistas, um retrato de quão cruel o ser humano pode ser.
Apesar de potente, a história de amor de Lale e Gita é permeada de muita tristeza, dor e sofrimento. Só posso concluir que eles terem sobrevivido a tudo o que enfrentaram é um milagre. Os dois estavam destinados a ficar juntos.