Helana O'hara 02/10/2020Um livro que toca o coraçãoQuando pegamos o livro na mão, de imediato vamos lembrar dos campos de concentração e os uniformes listrados que os judeus era obrigados a usar. A própria capa do livro nos trás isso.
Não é um livro grosso, ele tem cerca de 240 páginas, 28 capítulos, dois epílogos, contando sobre Lale e um posfácio. O livro tem diagramação simples, não existe nada de diferente nele, apenas o conteúdo que deixa o leitor emocionado.
Lale foi enviado para Auschwitz, assim como tantos outros Judeus, na Segunda Guerra Mundial. Ele narra como foi os dias de concentração e as dificuldades. Quando Lale se apaixona por Gita, quase morre, é cuidado por seus colegas e pelo tatuador. Para ajuda-lo o tatuador usa dos privilégios que tem e consegue que Lale seja assistente dele, e logo depois ele vira o próprio tatuador – a pessoa que tatua um número em casa judeu que entra no campo.
Lale então começa ajudar as pessoas, esconde alimentos para seus colegas, usa do privilégio que tem. Mas as coisas não saem exatamente como deveria, ele é descoberto e acaba pagando por isso.
Lale é um dos personagens mais amáveis que li na minha vida, talvez por ele ser real, acabei gostando mais dele. Inteligente, fala várias línguas, ensina seus colegas, os ajuda. Escondia pedras preciosas dos Nazistas e ainda tentava suprir seu amor por Gita em inúmeros obstáculos.
Ele consegue segurar sozinho o livro do começo ao fim.
Confesso que quando comecei a ler, esperava uma história mais triste, cheia de mortes e muito sangue (ah, não vou mentir), mas na verdade a história nos mostra um homem que luta por sua vida apenas para sair dali com seu amor.
A Guerra não trouxe apenas coisas ruins, claro que lembranças dolorosas fazem parte da memória. Mas Lale de alguma forma conseguiu amenizar toda a dor.
É um livro lindo! Que vale muito a leitura.