O fim de Eddy

O fim de Eddy Édouard Louis




Resenhas - O fim de Eddy


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Steph.Mostav 11/07/2021

"(...) aquela violência de classe que o havia excluído do mundo escolar (...)"
Mais um relato triste e (por isso, infelizmente) realista lido nessa #MLI2021. Dessa vez, a autobiografia no formato de romance do autor, um homem gay nascido em uma cidade conservadora no interior da França. É nítida a influência opressora que a homofobia, a xenofobia, a misoginia sistemáticas tem sobre o pensamento desse garoto desde a infância; dele, que sempre soube dentro de si que não encaixava nos padrões exigidos por uma população pobre, com pouco estudo e muito preconceituosa, e por esse motivo esforçou-se até o limite do inaceitável para anular-se e tentar pertencer a essa comunidade. É um livro muito doloroso, muito gráfico, muito violento em vários aspectos, mas principalmente no psicológico. E é muito bom saber que o autor rompeu esse ciclo que mantém as pessoas presas não só à miséria e à falta de oportunidades, mas também ao pensamento excludente, machista, racista e que hoje em dia ele possa compartilhar conosco o processo, difícil mas bem sucedido, de sua libertação.
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Shanahan (Me Acabei de Ler) 25/06/2021

Excelente!
Relato extremamente relacionável (principalmente se você faz parte da comunidade LGBTQIA+) da vida do autor, desde a sua infância até a adolescência!

É um livro muito bom, mas não é necessariamente para todo mundo! A escrita é muito boa, mas as descrições de alguns acontecimentos podem afetar muito pessoas mais sensíveis por serem muito gráficas.
Altieris 21/03/2022minha estante
Eu estou lendo este livro seguindo uma recomendação sua e estou gostando mesmo entendendo que se trata de um relato sensível da infância do autor. Obrigado pela recomendação.




César | @extratextos 14/06/2021

Todo mundo deveria ler esse livro
Não tenho o costume de ler autobiografias e sempre tenho a impressão de que são livros densos, difíceis de serem lidos. Édouard Louis vai na contramão ao escrever um livro delicado, triste e bonito sobre a sua infância e adolescência enquanto um garoto desajustado, "diferente" e "estranho".

Lidar com o descobrimento de sua sexualidade (mais especificamente ser gay) em uma cidade do interior não é fácil: estamos vulneráveis e muito além da margem do que é considerado "normal" e "correto". A aceitação é inexistente e dolorosa, tanto da família quanto dos outros círculos sociais, mas principalmente de si mesmo: ser gay se torna um fardo e um peso incorrigível.

A escrita de Édouard é muito fluida e a descrição dos eventos contribui para a identificação de leitores LGBTQIA+. Mas não está restrito a esse círculo: é acessível para qualquer leitor, que provavelmente não terá bagagem de vivência, mas pode se tornar ainda mais empático com relação às dificuldades e desafios enfrentados.

Acho que todo mundo deveria ler esse livro. 173 páginas, escrita fácil e um pouco de comprometimento ajudam a manter uma leitura rápida e necessária!
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Caio Mário 02/06/2021

Muito bom!
Livro muito bem escrito, com um ótimo enredo e temas sociais bastante presentes. Achei muito interessante a perspectiva francesa sobre a violência contra os corpos, contra os homossexuais, e ainda mais por lá ser bastante parecido com a realidade no Brasil, uma crítica bem pertinente. Porém, é bastante triste, é não por ter muito sofrimento depressivo e tals, mas porque retrata a fome, miséria e, como disse, a violência de corpo, e com isso quero dizer violência sociocultural. Muito, muito, forte.
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Douglas P Da Silva 22/05/2021

Recomendo.

É difícil mensurar a força desse livro, o modo como ele nos provoca e choca ao mostrar uma triste realidade que persiste ainda nos dias atuais. Eddy sofre pela sua condição social e ainda precisa enfrentar a homofobia gigantesca que uma cidade do interior pode carregar.

O Fim De Eddy nos faz olhar para o próximo, sentir sua dor e revolta. Apesar do sofrimento que ele carrega, serve como uma crítica e reflexão da nossa sociedade.
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Sadraque 09/05/2021

Um gay em um vilarejo pobre
O fim de Eddy trata da vida complicada que é ser gay, afeminado desde que se lembra gente, em um vilarejo pobre no norte da França. O livro trata da questão da homofobia violenta sofrida pelo Eddy, a onipresença do machismo no comportamento de toda vila e a questão da pobreza dessas pessoas quase à margem da sociedade.

A leitura é rápida, fluida. Vale muito à pena.
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ajuhbs 09/05/2021

Uma história triste
Gostei muito da forma como o autor narra os acontecimentos da sua infância, sem se prender muito a uma linha do tempo. Os relatos vão e voltam no tempo, mais preocupados em formar a personalidade e as características que constroem o personagem. A história é triste e muitas vezes pesada, me causou uma pouco de angustia imaginar que tantas pessoas ainda hoje em dia passam por situações parecidas. A relação familiar complicada onde existe amor e ao mesmo tempo desprezo é uma caricatura de tantas relações familiares, mesmo que em contextos diferentes, e consegui enxergar em alguns momentos situações que já vivenciei ou vi acontecer com quem eu gosto. Senti falta de saber o que aconteceu com Eddy, seu fim é muito claro, mas seu novo começo é incerto. Um livro que vale ser lido.
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Daniel Andrade 16/04/2021

O Fim de Eddy.
Muito difícil falar deste livro. O Eddy é um dos personagens (será mesmo um personagem?) por quem mais senti pena em toda minha bagagem literária. Apanha daqui, apanha de lá, sozinho aqui, sozinho lá. O livro é incrível, mas é uma leitura muito pesada. O final pra mim decepcionou um pouco pois eu queria saber mais do futuro. Quando a sensação de que as coisas melhorariam pro Eddy surgiu, o livro acabou.
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luamagnetica 03/04/2021

Um livro um pouco desconecto em sua linha do tempo mas muito realista quanto a maneira que os traumas de infância te seguem na vida adulta, com pequenos flashbacks e gatilhos de momentos e sentimentos tão específicos que eu achava que só eu havia sentido antes. Édouard Louis consegue com excelência trazer uma obra que representa bem como é carregar traumas da sua infância constantemente flutuando em sua mente. Das muitas formas que alguém pode experienciar a violência desde criança, vinda dos pais, dos colegas da escola ou de estranhos na rua e como é revoltante como esses momentos são memórias de curto-prazo para o violentador mas são um filme em constante replay na memória da vítima. Esse livro me trouxe, a cada página, lágrimas e memórias da minha própria biografia e em muitos momentos me deixou tão angustiada a ponto de não conseguir respirar até o capítulo terminar.


Eddy vive em um vilarejo conservador onde a masculinidade, alcoolismo, misoginia e heteronormatividade é culturalmente vangloriado aos extremos e desde criança, com seus trejeitos afeminados, recebia olhares e comentários desagradáveis apenas por - existir errado -
E com toda negligência e ignorância diante de sua homossexualidade velada teve suas primeiras relações (sexuais ou não) com homens e mulheres de maneira pertubadora o que, infelizmente, é a realidade de muitas pessoas LGBTQI+. Em um desses relatos das experiências ele diz algo que considero destaque do livro: "Brincar de homossexual era uma maneira que eles tinham de mostrar que não o eram. Era preciso não ser bicha para poder brincar que era, por uma noite, sem ser xingado"


Obras autobiográficas como essa que mostram como a homofobia e a violência atingem uma vítima são de extrema importância para pessoas que se colocam em cima do muro na luta, cruzam os braços e aceitam que o mundo seja como é. Dos olhares e comentários mais discretos diante dos trejeitos afeminados de Eddy até a violencia verbal mais direta e a violência física mais dolorosa, todos foram responsáveis por fazer uma criança constantemente odiar sua própria existência e viver em torno de mudar sua essência, sua natureza.
Também é uma bela obra àqueles que não conseguem entender pessoas que não são apegadas ou nem mesmo sentem amor pela sua familia. Quando a sua casa é cheia de violência, racismo e rejeição à tudo que você é não dá para sentir amor pelas pessoas apenas por dividirem o mesmo sangue.

Recomendo muito mas aviso que tem muitas partes de revirar o estômago, cuidado com os gatilhos!
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Clarispectiana 28/03/2021

O fim de Eddy
Literatura francesa contemporânea, em que Èdouard conta sobre a sua própria vida. Seu relato perpassa por lembranças amargas, descobertas, exclusão,o repúdio e a própria negação.
Essa é a história de um menino gay no interior da França, que reflete o binarismo, a violência, machismo, xenofobia e etc.

Recomendo muito esse livro, é sensível, comovente, necessário. As vezes duro, outras poético, esperançoso e fragmentado.
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@wesleisalgado 11/03/2021

Viadinho
Percebeu como você se sentiu ao ler essa palavra? Independente do seu sexo, ela causou uma reação em você, não causou? Quase uma reação física de desconforto. E não foi boa, foi? É exatamente assim que eu me senti lendo O Fim de Eddy.
Romance onde o autor narra a infância (sua) em um bairro operário francês nos idos dos anos 90. Eddy, o garoto que não se encaixa, desconfortável no próprio corpo, com trejeitos afeminados e por isso rechaçado por todos, inclusive sua família.
O livro tem vários socos no estômago e expõe algumas verdades difíceis de ler. Para quem, como eu, teve a infância nos anos 90, se lembra que na escola todo mundo mexia com todo mundo, e os problemas eram resolvidos ali, sendo que bullying nem era uma palavra conhecida. E eu fiquei pensando depois, várias pessoas (eu inclusive) conseguem rir das coisas que aconteceram na escola durante a infância, mas e as pessoas que não conseguem, até mesmo hoje?
É exatamente aí que o livro coloca o dedo na ferida. Leitura não necessariamente agradável, mas acho que, precisa.
"-É você o veado?
Quando a pronunciaram, eles a inscreveram em mim para sempre, como um estigma, aquelas marcas que os gregos infligiriam a ferro em brasa ou a faca no corpo dos indivíduos desviantes, perigosos para a comunidade. E percebi a impossibilidade de me desfazer desse estigma. Foi a surpresa que me atravessou, mesmo que aquela não fosse a primeira vez que me diziam algo semelhante.
A gente nunca se acostuma às ofensas."
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Luizgustavo 20/02/2021

APENAS LEIAM.
Que todo menino e menina se sinta encorajado, com a história do pequeno eddy, que passou as piores misérias no seu tempo de escola. Livro muito bom.
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