O crime do cais do Valongo

O crime do cais do Valongo Eliana Alves Cruz




Resenhas - O crime do Cais do Valongo


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Cristiane Roveda 28/08/2021

Livro fundamental para se conhecer de perto a história (apagada) dos escravizados.
Escrita ágil, direta e objetiva. Sem floreios, Eliana Alves Cruz utiliza dois narradores para contar o verdadeiro crime do cais do Valongo.
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Leonardo.Ataide 19/08/2021

Um breve relato do dia a dia no cais do Valongo no Rio
Escreve com detalhes momentos vividos por pessoas ao longo da jornada entre continentes. Informação que não aprendemos nos livros da escola.
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Ritaeseuslivros 30/07/2021

Por que ler O crime do Cais Valongo
O segundo livro de Elaine Alves Cruz tem o enredo em torno do assassinato de Bernardo Lourenço Viana, um branco sovina que tem a pretensão de ser alguém importante na corte portuguesa.
A história é narrada por dois personagens que apresentam perspectivas diferentes: Nuno e Muana. Nuno devia muito dinheiro ao morto e para se livrar dessa dívida, se aproxima do investigador do caso e começa a nos contar sobre a investigação. Muana era escrava de confiança do falecido e nos conta sobre a vida do morto além de nos contar também como foi parar no Brasil. Ela também nos conta como era em seu país de origem (Moçambique) e conta também sobre a religião que seguia.
O livro é bem mais curto que Água de Barrela e a perspectiva dividida nos tras a ideia de algo ligeiro. Apesar disso, o livro é cheio de referências históricas que nos ajuda a conhecer um pouco mais sobre a crueldade da época escravista.
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Marcia 19/07/2021

O romance se passa no Rio de Janeiro do séc XIX. O cenário é o Cais do Valongo, no bairro da Saúde, por onde milhares de homens, mulheres e crianças africanas chegavam ao Rio para serem escravizados.
O livro é sobre o assassinato de Bernardo Lourenço Viana, conhecido comerciante de escravos. A narração é alternada por duas pessoas: Nuno, o mulato livre e Muana, escrava africana. Temos também muitas surpresas pelo meio do caminho.
Com essa receita temos um livro extremamente interessante de se ler.
@pedacosdeu
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Toni 10/07/2021

Leitura 47 de 2021

O crime do Cais do Valongo [2018]
Eliana Alves Cruz (RJ, 1966-)
Malê, 2018, 202 p.

Há 4 anos, em 9 de julho de 2017, o sítio arqueológico do Cais do Valongo, localizado no Rio de Janeiro, recebeu o título de Patrimônio Histórico da Humanidade (UNESCO) por ser considerado o único vestígio material da chegada de cerca de 1 milhão de africanos escravizados às Américas. O Cais operou por quase 40 anos até ser parcialmente aterrado e reformado em 1843, quando passou a se chamar Cais da Imperatriz. No início do século XX foi novamente aterrado e transformado na Praça do Comércio, e assim permaneceu por 100 anos. Em 2011 foi redescoberto durante as escavações para as obras do Porto Maravilha das Olimpíadas.

Lançado em 2018, este 2º livro da Eliana Alves Cruz materializa em nossa imaginação moral o grande crime do Cais que a branquitude e a história dos vencedores tentou soterrar e, com isso, matar a morte e a memória de tantas vítimas. A história de O crime do Cais do Valongo é uma de muitos resgates, construída a partir de 2 vozes que se complementam narrativamente. Muana é uma africana de Moçambique escravizada que consegue se comunicar com o mundo espiritual. Nuno, um negro da pele clara “aspirante a livreiro” que consegue transitar galhofeiramente entre diferentes grupos sociais. De certa forma, enquanto Nuno representa um olhar voltado ao futuro, as conexões de Muana com a terra e sua vivência em África a mantém sobretudo no passado, de maneira que o presente permanece (como hoje) interdito ou impossível de ser vivido em sua plenitude por conta da escravatura e seus desdobramentos mais perversos.

É evidente que o Cais simboliza a chegada e enraizamento da escravidão no Brasil. Mas será outra história de violência—o assassinato de um comerciante do Valongo—que costurará as vidas de Nuno e Muana às de muitas outras personagens, reais e inventadas. Longe de aprisionar suas criações a um lugar de puro sofrimento (ainda que este não seja esquecido), O crime do Cais do Valongo celebra a resistência, o feminino e a ancestralidade sem perder de vista as bases desumanas de um sistema que ainda mata, fere e humilha apesar de sua pretensa abolição.
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Janaí­na 29/06/2021

E o que é crime mesmo?
O pano de fundo é um crime. Uma pessoa detestável foi assassinada de jeito específico. Gostei que ela coloca anúncios de jornal ao iniciar os capítulos. Logo vc percebe que não se trata só de um romance policial histórico bem escrito. As histórias dos personagens se entrelaçam e lembrei da frase de Luiz Gama - note que isso não é um spoiler, mas acho que é natural ao se referir ao cais do Valongo - "O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa". Ela escreve muito bem. Meu segundo livro dela, sigo fã.
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Isabela 15/06/2021

O mar é o maior cemitério do mundo
O Crime no Cais do Valongo é um romance histórico que começa em Moçambique e termina no Rio de janeiro do início do século XIX.
Tendo como pano de fundo o terrível cenário da escravização de pessoas negras e a colonização, o livro apresenta um crime misterioso quando um corpo de um homem branco é encontrado em um beco faltando um dedo mínimo e a genitália.
Em meio a suposições de vingança e feitiçaria, é contado as torturas e abusos aos quais os escravizados eram submetidos, mas também aspectos das múltiplas culturas presentes em África, principalmente através dos relatos de Muana Lomuè, uma mulher negra com um dom e uma missão.
?
O Crime no Cais do Valongo é mais uma obra-prima da Eliana Alves Cruz. A autora tem um dom maravilhoso para reconstruir espaços históricos com uma riqueza de detalhes minuciosa e de uma forma muito poética.
Sem dúvida vale muito a pena a leitura para que nunca esqueçamos essa barbárie que durou (legalmente) mais de 300 anos!
Por último segue trecho sobre este cais:
"O Cais do Valongo, localizado na Praça Jornal do Comércio, é símbolo da dor de milhares de negros escravizados trazidos para o Brasil por mais de 300 anos.
Em 20 de novembro de 2013, data em que se celebra o Dia da Consciência Negra, o Cais do Valongo foi declarado Patrimônio Cultural da cidade do Rio de Janeiro, por meio do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH)."
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isa.dantas 10/06/2021

Eliana consegue dar voz a dois personagens distintos através de uma escrita gostosa de se ler, que te deixa intrigado e com muito estudo histórico. Um livro que merece ser lido e uma história que não pode ser esquecida.
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Beto | @beto_anderson 07/06/2021

Ótima contextualização
Uma leitura simples, fluida e que prende. Li em poucas horas. O mistério é interessante e a resolução também. Gosto das personagens. O Nuno dá um ar mais divertido à história que mostra as dores dos homens e mulheres negras que sofreram com a escravidão. A editora só precisa ter um poco mais de cuidado com a revisão do texto.

site: https://www.instagram.com/beto_anderson/
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elainegomes 28/05/2021

Fui levada pelo título O Crime do Cais Valongo e criei uma expectativa de investigação criminal inserida dentro do contexto histórico real da comercialização humana.

Mas na verdade o livro tem outra proposta, ele nos apresenta personagens escravos simplesmente maravilhosos, eu particularmente sai do livro apaixonada por Muana Lomuè.

E sob o ponto de vista de Muana e de Nuno, o mestiço que resiste ao embranquecimento, conhecemos detalhes do crime ocorrido no cais Valongo e principalmente do crime contra a humanidade que o cais, suas pedras redondas e irregulares, sua terra, seu ar pesado e ensolarado, sua lama foram testemunhas.

Chão este enterrado para que novos nobres pudessem pisar, pra que se pudesse esquecer.

Chão que hoje ainda possui suas marcas embora sepultadas para não serem vistas, ainda refletem em cada humano que carrega a dor e a beleza de seus ancestrais.

?A verdade tem o dom de enlouquecer. Talvez por isso tantos vivam na mentira? - Eliana Alves Cruz.
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Alessandra 27/05/2021

Não me tocou
Uma leitura que passaria sem com certeza. Não me tocou de nenhuma das formas. De Crime não tem nada, o crime na verdade será falado apenas em 80% do livro onde se descobre tudo: motivação e quem é o assassino. Até lá vamos saber mais sobre a vida da principal escrava da vítima: Muama. Ela conta sobre sua infância, suas tradições em Moçambique, seus costumes na tribo em religião, mulheres no poder, vida após morte, família e o amor. Mostra como ser tornou escrava e sua luta para aceitar a condição em um país distante. A história dos três escravos é bastante interessante, mas não me motivou. Ao ler a sinopse estava procurando outro tipo de livro.....
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Gabi 15/05/2021

Um romance histórico de peso
Li esse livro junto com outras amigas para um grupo de leitura que construímos juntas e me vi muito contemplada pelas resenhas delas (inclusive sugiro que as leiam). De antemão deixo dito que indico muito a leitura. O trabalho de pesquisa e ambientação histórica que baseou a autora em sua criação é sensacional. São muitos detalhes da História do Brasil e muitas, mas muitas mesmo, referências à história da escravidão do Cais do Valongo, onde hoje se localiza o sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos.
O Bernardo (sujeito assassinado) não é só um barão fajuto que causava repugnância, mas é uma representação de como sujeitos brancos foram autorizados durante muito tempo a tratar outros seres humanos da forma como ele tratava. Por isso a morte dele, da forma como aconteceu, é tão simbólica.

Sem me alongar demais, só queria reiterar o que já li na resenha de uma das gurias: a história apresenta muito do mundo, da história, das crenças e da resistência dos escravizados, que são personagens centrais da história. Assim como denuncia o verdadeiro crime do Cais do Valongo (e porque não dizer do Brasil, a última nação das Américas a abolir a escravidão).

site: Museu Memorial: Cemitério dos Pretos Novos - https://pretosnovos.com.br/museu-memorial/
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Tatiana.Junger 13/05/2021

Ficção?
O Crime do Cais do Valongo, da autora @elialvescruz, é uma ficção (“ficção”) histórica policial, em que, cometido o assassinato de um comerciante branco no Cais do Valongo, seguido de uma investigação policial, estabelece-se o mistério quanto à autoria.
Embora seja uma genuína narrativa policial, uma das vozes narradoras (são duas, que vão se alternando no contar da historia), uma moçambicana escravizada, deixa claro pelos seus relatos sensíveis que o crime do Cais do Valongo representado no título não se trata do assassinato do homem branco… O assassinato ilustrado pode até ser uma ficção, mas o crime do Cais do Valongo não é.
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