Allegro em Hip-Hop

Allegro em Hip-Hop Babi Dewet




Resenhas - Allegro em Hip-Hop


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Tracinhas 03/11/2019

por Lídia Rayanne
Vou começar essa resenha dizendo apenas umas coisa: se no livro anterior tive dificuldade para me conectar emocionalmente com a protagonista (confira a resenha em nosso perfil), nesse me identifiquei com a personagem principal de tantas maneiras que esse livro acabou se tornando meu favorito dos escritos pela Babi Dewet até agora.
A história acompanha dois protagonistas: Mila, uma garota descendente de japoneses que foi criada para apenas se concentrar no balé e não perder tempo com garotos. Seu maior sonho é se tornar uma bailarina profissional e ser reconhecida por algum olheiro internacional. O caminho para isso? Conseguir o papel principal na apresentação de O Lago dos Cines no fim do semestre. Mas, para isso, ela precisa fazer 32 fouettés perfeitos (e se você não faz ideia do que sejam fouettés e do qual difícil eles podem ser, assista esse vídeo aqui: https://www.youtube.com/watch?v=eqF6p35DPEo).
Do outro lado temos Vitor, um ruivinho super fofo que, apesar de amar música clássica e tocar violino, não resiste a um bom Hip-Hop. O desejo dele é de deixar alguma marca no mundo e fazer com que a Academia Margareth Vilela quebre o preconceito com ritmos mais modernos para que ele possa tocar Drake sem receio.
Só que, apesar de parecer tranquila por fora, Mila passa por um imenso turbilhão por dentro. A necessidade constante de sempre se provar como a melhor de todas acaba desencadeando uma série de crises de ansiedade que podem roubar seu maior sonho.
Amei a forma como a autora fez a Mila lidar com sua ansiedade. Como alguém que passa pelo mesmo problema, é importante abordar esse tema em livros, especialmente juvenis, e lembrar a todos que sofrem da necessidade de ter controle sobre tudo que é necessário sim buscar ajuda profissional. E o que dizer do Vitor, gente? Ele foge do estereótipo de mocinho “boy lixo”, sendo um verdadeiro suporte para a Mila. A amizade que nasce entre os dois é muito linda de se ver e o romance acaba apenas se tornando consequência.
A autora também aborda outros temas relevantes, como o preconceito que os descendentes de orientais passam ao ouvir piadas bobas e de como garotas podem e devem apoiar umas as outras. Tudo isso permeado por uma narrativa leve, doce, e cheia de música, tornando o segundo livro dessa série o meu favorito até o momento.

site: https://jatracei.com/post/188791486312/resenha-334-allegro-em-hip-hop
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garotadovlog 24/08/2019

IMPRESSÕES: ALLEGRO EM HIP HOP (BABI DEWET)
Eu sei que fazia um tempão que não aparecia aqui, mas é como dizem: "O bom filho a casa torna!" e bem, cá estou eu novamente. E o post de hoje é uma breve impressão sobre o livro "Allegro em Hip Hop", da nossa queridíssima Babi Dewet.
Para quem não sabe, este é o segundo livro da série Cidade da Música - o primeiro foi, "Sonata Em Punk Rock" (que eu li se não me falha a memória em 2015 e aparentemente, amei. Bom, vamos começar!
No segundo volume da série, nós somos apresentados a protagonista Camila ou mais conhecida por todos como Mila, ela é uma dos grandes talentos da dança no conservatório Margareth Vilela. A garota é descendente de japoneses e vem de uma família muito rigorosa com relação aos estudos, desde pequena aprendeu que deveria se esforçar ao máximo para ser a melhor em tudo o que fazia, principalmente na dança, ou mais especificamente, no balé.
Mila deixou de lado as festas e as diversões de lado para treinar sua dança, sua vida já estava toda programada até aparecer Vitor, um estudante de violino ruivo e cheio de sardas. O garoto passou a ajudar Mila em suas crises de ansiedades que a estavam atormentando, daí nasce uma amizade com grandes chances de se tornar algo mais que isso. O garoto e a vida vai mostrando a garota que esta tudo bem em dar uma pausa as vezes para também, se divertir um pouco!
Eu, particularmente, amo a escrita da Babi. Desde o primeiro livro que li da autora me apaixonei pelo modo como ela descreve os momentos vividos pelos personagens em seus livros, tanto como ela dá vida a eles e constrói os diálogos ao longo da história.
Alguns personagens são extremamente cativantes, como a amiga da nosso protagonista principal - Clara - e o amigo do nossos protagonista - Sérgio. Porém, não consegui gostar tanto assim do nosso casal, Camila e Vitor.
Em alguns momentos do livro somos relembrados dos personagens principais do livro anterior- Valentina e Kim. O problema deste ponto do livro pra mim, foi a autora estar sempre relembrando de que o Kim era o filho da diretora do colégio, três vezes ou mais em mais de um capítulo - o que acabou se tornando algo repetitivo na minha visão.
Outro fator que não me fez amar o livro, foi a infantilidade que acabei sentindo em nossos personagens principais. No livro, Mila tem 18 anos, mas infelizmente em certas partes da obra, senti como se a garota estivesse com seus 14 anos.
Babi tratou alguns pontos legais, como: ansiedade e diversidade de grupos e gêneros, porém, de uma forma bem rasa. A autora também colocou um ponto em relação a protagonista com seu peso, mas o assunto não foi aprofundado e nem mesmo abordado de certo modo, não pelo menos como eu gostaria e acredito que pudesse ser.
De fato, é um livro escrito para um público mais novo e talvez, por eu já ter os meus 22 anos, a obra não tenha me agradado tanto como eu desejava. Mas, sem dúvida, é um livro com uma escrita extremamente deliciosa de ser lido e super bem escrito. No final das contas, acabamos torcendo por todos os personagens.
Levou um classificação de 3 estrelas no Skoob! E você, já leu o primeiro livro da série ou este segundo? O que achou? Me conta ai, eu vou adorar saber sua opinião.
Beijos da Cah ♥

site: http://garotabibliotecaria.blogspot.com/2019/08/impressoes-sobre-allegro-em-hip-hop.html
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Juliana 13/07/2019

Clichê adolescente previsível e personagens que mostram a língua o tempo todo
História chata e cansativa. Não costumo fazer isso, mas tive que pular vários capítulos para chegar ao final, que já é bem previsível desde o começo.
Eu gostei do primeiro livro, apesar de alguns personagens, como o próprio Kim, não me convencerem, achei os personagens artificiais demais. Entendo a necessidade e importância da representatividade, mas nessa série isso jogado de qualquer jeito, só para falar que existem pessoas diferentes na Academia. Se quisessem falar mais sobre representatividade, deveriam abordar melhor o tema e não apenas colocar personagens com caracterísicas diversas para encher o livro, o que acontece durante toda a história.
O livro dessa vez fala sobre a bailarina Mila, uma menina certinha que vive pela dança, e seu par romântico, Vitor, que gosta de hip hop e toca violino na academia Margareth Vilela. O enredo é bem clichê adolescente, porém a academia de música é como uma universidade, com alunos adultos, então por que eles agem conforme adolescentes de filme americano? Se o universo fosse uma escola de ensino médio e que tivesse ensino de música e dança, estilo High School Musical, aí sim faria sentido, visto que muitas situações são aceitáveis para adolescentes, mas para universitários na faixa dos vinte anos já acho exagero, pois as atitudes infantis são bem irritantes. Outra coisa irritante é o fato de todo mundo mostrar a língua o tempo todo. Isso não é coisa de criança de, sei lá, uns cinco anos? Achei preguiçoso colocar isso no livro toda hora, a autora poderia ter usado outras formas de expressão, como revirar os olhos, dar de ombros etc. Então é isso. A história seria muito acertada se o ambiente fosse uma escola porque querer personagens adultos infantilizados não deu certo. E talvez focar mais no romance do que nos personagens que no fim não cumprem seu papel de representação da sociedade. Adoro clichês adolescentes e darei uma chance para o próximo livro para terminar a história.
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Terapia em Livro 05/07/2019

"Allegro é um andamento ligeiro e alegre de uma composição musical,ou seja,o quão rápido as notas devem ser tocadas."

Camila Takahashi (Mila) uma garota extremamente focada e determinada a ser a melhor no que faz: Ballet. Por nascer em uma família de japoneses extremamente rigorosos, ela se esforça a ser a melhor bailarina de sua turma e assim conseguir o papel tão sonhado de O lago dos cisnes. Porém tudo começa a dar errado quando tem uma forte crise de ansiedade que coloca seus planos em risco. E em meio ao caos ela conhece Vitor um violista esquisito e fofo na opinião de Mila, que ajuda a bagunçar ainda mais sua vida mas de forma positiva.⠀

Todo mundo imagina que quem faz ballet são anjos, perfeitos. Esse livro mostrou que não é bem assim, que todo mundo tem suas histórias e cicatrizes por trás da beleza mostrada no palco. Esse além do primeiro, fui um livro muito gostoso de se ler, mostrando ainda mais a força de uma amizade, não só da sua melhor amiga, mas de outros amigos, seu namorado e sua família também. Mostrando assim que o amor pode curar e ajudar a superar.⠀

Mila amadureceu muito desde o começo do livro, buscou ajuda assim que percebeu sua ansiedade piorando, começou a ver que existem outras pessoas como ela lutando pra se mostrar digna de estar onde está.⠀

O livro não poderia ter terminado tão perfeito da maneira que terminou. Mila dançando, não uma dança coreografada mas dançando o que seu corpo estava sentindo, felicidade e liberdade.⠀

Quem já leu? Só sei que preciso do próximo livro, estou apaixonada pela série

site: https://www.instagram.com/p/BoPtw8PA7hj/
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Gabriela3115 09/05/2019

Allegro em Hip-Hop
Allegro em Hip-Hop
Escritora @babidewet
Editora @editoragutenberg
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Informações :
331 páginas + 2 páginas de agradecimentos + playlist de músicas
Capa dura
Comprei na @saraivaonline .
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Eu dou ?????
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Sinopse
Por que você seria parte de um grupo de bailarinos se pode fazer o solo da sua vida?
No segundo livro da série Cidade da Música, você vai conhecer Camila. Ela é neta de japoneses e filha de pais muito rigorosos que têm grandes planos para ela e para sua irmã. Desde pequena, aprendeu que precisava se esforçar mais, que precisava ser melhor, que não existia tempo a perder na adolescência e que sua inteligência e seu talento deveriam levá-la longe. Camila, então, trocou as festas das amigas por treinos de balé, e a vontade de viajar o mundo afora pela consagrada Academia Margereth Vilela. Sua vida inteira estava programada e organizada. Até que uma crise de ansiedade a fez perceber que tudo ainda podia mudar e, depois de conhecer Vitor, um garoto desengonçado e cheio de sardas que tocava violino, a vida mostrou à Camila que uma dose de hiphop poderia fazer os dias dela mais felizes.
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Bia 28/04/2019

Ameeei muito
Esse livro conta a história de uma bailarina (mila)e seus problemas diários com a ansiedade.Esse livro é òtimo em todos os sentidos e bem interessante para quem trabalha neste meio artístico.
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BlancBunny 19/04/2019

Allegro em hip-hop
Um livro maravilhoso, leitura indispensável. Através dessa arte a Babi Dewet consegue nos passar uma mensagem incrível e importante, que é: "a vida é feita de pequenos momentos de felicidade". Nos ensinado a nos encontrarmos, superarmos os preconceitos que muitas vezes não percebemos a gravidade, e os obstáculos muitas vezes colocados por nós mesmos por medo de magoar alguém sendo quem somos de verdade, e acima de tudo, descobrir o que nos faz feliz e não ter medo de seguir em frente, não se importando com aquilo que dirão de nós.
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Bia Sousa 19/03/2019

Fofinho
Em Allegro em Hip-Hop, segundo livro da trilogia Cidade da Música da autora Babi Dewet conheceremos Camila Takahashi, uma estudante de ballet.

“A vida para algumas pessoas, pode ser como uma orquestra, cheia de instrumentos que compõem uma mesma música. Para outras, é como um número de dança. Pode ser coreografado, como uma rotina, cheia de altos e baixos, objetivos e expectativas, em que você sabe o começo, o meio e o fim. Ou pode ser livre, sem pensar no movimento seguinte, só deixando o corpo se mover e viver, com ou sem medo, entre os erros e acertos, seja guiada pelo ritmo ou pela melodia.”

Que ballet é uma das danças mais lindas e delicada, todos nós sabemos, mas poucas pessoas chegam a pensar o que cada bailarino(a) passa antes de chegarem em apresentações tão lindas, e é justamente os bastidores dessa profissão que conheceremos.

Mila, desde muito pequena era cobrada pela sua família no que diz respeito ao Ballet, e esperavam nada mais nada menos que a perfeição. Devido a isso, Mila se dedicava inteiramente a dança, ensaiando por horas a fio, sofrendo com dores no corpo, cobrança da família e professores, ansiedade e etc.

“O que importa é seguir em frente, sempre. Ao vivo, não existe pausa nem playback. É só você, o palco, seu corpo e a música. A plateia é só parte do seu show, não a protagonista.”

Tudo isso piora quando Mila passa no teste como bailarina principal da peça O Lago dos Cisne, na apresentação final do semestre do conservatório Margareth Vilela. A cobrança encima de nossa protagonista é enorme, pois era a oportunidade dela ser vista e conseguir entrar no The Royal Ballet em Londres.

Mila estuda na Margareth Vilela graças a uma bolsa que conseguiu, e pretende fazer dessa bolsa a oportunidade de sua vida. Mas depois de conhecer alguns alunos e principalmente Vitor, ela passa a se perguntar que vida é essa, que gira em torno apenas do ballet. Ela quase não tem amigos, mal consegue dormir, e nunca experimentou quase nada que uma garota da sua idade já se permitiu na vida.

“Era engraçado como a força podia vir de pessoas que nem conhecia ou de pequenos momentos ou detalhes. A cada dia isso ficava ainda mais claro.”

Do outro lado conheceremos Vitor, um rapaz de família rica, que sempre teve tudo e que toca violino na Margareth Vilela, pra ele nada precisa ter tantas regras, ele tem vários amigos, é comunicativo e adora sair, completamente o oposto de Mila.

Mas existe aquela história de “os opostos se atraem”, e é justamente isso que acontecerá com os dois. Com o tempo os dois viram amigos e acabam se apaixonando um pelo outro. Juntos eles descobrirão que o mundo não é como eles imaginaram, e que muita precisava ser descoberto pelos dois.

“- Acho que as pessoas tendem a pensar que, porque somos bailarinas e porque ouvimos música clássica, dançamos com leveza e que por isso nossa cabeça não é uma bagunça. Mas tudo é uma bagunça, se querem saber! Desde a ponta dos meus dedos tortos do pé até os grampos do meu cabelo, que doem demais.”

Mais uma vez Babi trás muita representatividade em um livro seu, além de abordar sobre ballet que na maioria das vezes é visto como dança para mulheres, trás personagens masculinos que também fazem parte da turma de Mila. Trás também sobre o preconceito étnicos, e esteriótipos criados com asiáticos, muçulmanos e etc.

O livro também é regado a música, muita música clássica e hip-hop, o que deixa a história ainda mais empolgante.

“-Acho que nada na nossa vida vem sem explicação. E acredito que tudo o que vem para a gente é coisa que podemos suportar. Às vezes, a gente nem sabe que pode, mas a vida vai te mostrando que superar cada coisa é uma vitória.”

Com uma leitura leve, rápida e gostosa, Babi nos apresenta um livro de excelente qualidade e que vale muito a pena ser lido. Temos um romance bem adolescente, até porque são personagens com seus 18 anos de idade, mas que ao mesmo tempo trás muitos assuntos que devem ser discutidos por todas as idades.

Não vejo a hora de ler o terceiro e último livro dessa trilogia, pois a Babi me ganhou de uma forma que jamais poderia imaginar, e tenho certeza que você também irá se render ao talento dessa autora linda de cabelos coloridos.

site: https://bercoliterario.wordpress.com/2018/10/20/resenha-allegro-em-hip-hop-babi-dewet/
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Karinevozniak 20/02/2019

Maravilhoso
Esse livro mostra a vida de uma bailarina atras do palcos, o medo a competição em que vivem, a ansiedade, e a Babi soube retratar isso de uma maneira muito legal!
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isyfoxdiaz 29/12/2018

Música, dança e ansiedade. Essa série é linda
Custei a gostar do livro e dos personagens. O jeito inseguro e ansioso de Mila abalava minhas expectativas, assim como a falta de amor próprio de Vitor quando falava da garota. Julguei o livro até o final, mas só depois de inicar outra leitura e de fazer uma autoavaliação eu percebi que sou bastante parecida com Mila, por isso me senti incomodada. E percebi também que o que eu preciso está nas sensações que Vitor trouxe para a vida dela. Não era como se Mila fosse uma protagonista ruim, ela era REAL e isso me assustou. O que sinto por conta da ansiedade sendo narrado ali foi o que me desconcertou. A Camila e o Vitor juntos passava uma sensação de algo certo e bom, algo concreto. Depois de terminar a leitura eu pude compreender isso muito bem. Os personagens da Babi são tão maravilhosos que eu queria que tivesse mais livros sobre eles na série.
A Babi Dewet não me decepcionou (mesmo quando eu acreditei nisso). Essa série é incrível, "Sonata em Punk Rock" é um dos meus livros preferidos e agora a Mila faz parte da lista de personagens femininas que me identifico.
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Tati Iegoroff (Blog das Tatianices) 15/11/2018

Um livro que fala sobre dança, música, amor e ansiedade!
A série Cidade da Música se passa no Conservatório Margareth Vilela, mas como cada volume conta a história de um personagem diferente, podemos ler os livros na ordem que quisermos. Eu gostei muito de Sonata em punk rock e estava bem ansiosa para Allegro em hip-hop. Ansiedade, aliás, é um elemento muito importante nessa história.
Camila Takahashi — mais conhecida por Mila — é uma jovem bailarina descendente de asiáticos e que sempre deu duro, seja pela cobrança familiar, seja pelo fato de que o ballet era sua maior paixão. Por seu esforço e seu talento, consegue uma bolsa para estudar na Margareth Vilela, um renomado conservatório de música que abriu também um curso de ballet, para que os músicos pudessem tocar para os bailarinos.
Apesar de se exercitar diariamente e se alimentar de maneira relativamente balanceada, Mila não levava uma vida realmente saudável: ela treinava noite e dia, até não aguentar mais, e mesmo exausta treinava mais um pouco. Ela se cobrava de maneira assustadora e não tirava nenhum tempinho para conhecer um pouco mais sobre si mesma. Ao menos não até que tanta coisa começasse a acontecer em sua vida que ela se viu obrigada a refletir um pouquinho sobre seus sentimentos. E é lindo ver como essa personagem amadurece ao longo do livro.
Ao longo da história vamos acompanhado a progressão dos sintomas da ansiedade de Mila, que passa a ter de compreender o que acontece consigo mesma para poder superar seus próprios obstáculos. O mais interessante deste livro, porém, não é somente o fato de termos uma protagonista com ansiedade (e descendente de asiáticos, ainda por cima), mas também o fato de que ele nos mostra o quanto há pessoas ao nosso redor que estão dispostas a nos ajudar.
Mila, por exemplo, tem uma melhor amiga no Conservatório, chamada Clara. Elas são muito diferentes entre si, em inúmeros aspectos, inclusive na questão familiar: enquanto a família de Camila é extremamente conservadora e tradicional, Clara tem duas mães que, segundo as personagens, são incríveis.
É nos corredores da Margareth Vilela que Mila conhece, também, Vitor, um violinista ruivo extremamente paciente, simpático, atrapalhado e compreensível.
Apesar do romance que se instala entre eles, fazendo Mila repensar diversos aspectos de sua vida, percebemos que esse não é o foco dessa história e que Vitor poderia até aparecer como um simples amigo. A presença dele, no entanto é indispensável, pois é ele quem faz o elo entre o ballet de Mila e o hip-hop de seus amigos músicos.
Mila ainda conta, ao longo do livro, com o apoio do Clube da Diversidade, que faz com que ela enxergue a importância de lutar pelo respeito às minorias e combater os preconceitos cotidianos. Muitos outros personagens também lhe estendem a mão, assim como ela busca sempre fazer o bem aos que estão perto dela. Allegro em hip-hop, portanto, também nos fala muito sobre empatia, como não poderia deixar de ser.
Outro ponto interessante da história de Allegro em hip-hop é que apesar de se passar numa escola fictícia, em que convivem apenas músicos e bailarinos, trata-se de uma realidade que podemos encontrar facilmente fora das páginas desse livro. Todos os personagens ali são extremamente palpáveis, cheio de sonhos, sentimentos, medos, vontades. Mas ao colocar tudo isso em um Conservatório, Babi Dewet nos permite conhecer mais a fundo, também, as dificuldades que bailarinos e músicos encontram em sua formação e carreira.
A única coisa que não me pareceu muito real ou que não entendi muito bem ao longo da história foi o fato dos personagens mostrarem a língua um pro outro o tempo todo! A gente faz isso na vida real em todos aqueles contextos???
A narrativa de Allegro em hip-hop é em terceira pessoa e a maioria dos capítulos, claro, são centrados em Mila, mas há alguns mais voltados para Vitor também. Além disso, podemos encontrar, também, diversos diálogos e mensagens de texto trocados entre os personagens. E claro, não poderia deixar de mencionar que cada capítulo traz como “título” uma música diferente.
Eu poderia passar horas e horas falando sobre esse livro, que realmente me fisgou, mas vou parar por aqui com o pedido de que leiam essa belezura. Quando terminei de ler eu não sabia como reagir. O final da história deixa um enorme gosto de quero/preciso de mais. É um final bem aberto, mas ao mesmo tempo, perfeito para o caminhar da narrativa.
Recomendo muito para quem ama ballet e música; para quem quer compreender melhor aqueles que sofrem de ansiedade; para quem quer um livro que apresenta e representa com responsabilidade minorias; para quem, em resumo, quer ler uma boa história, leve e, ao mesmo tempo, profunda.

site: https://blogdastatianices.wordpress.com/
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Três Leitoras 12/11/2018

Resenha: Allegro em Hip-Hop
Há poucos dias conversei com vocês sobre Sonata em Punk Rock e hoje é dia de falarmos do segundo livro da série Cidade da Música.



Neste livro, a personagem principal é Camila, uma neta de japoneses que foi criada de forma rígida para que seja a melhor em tudo que se propor a fazer. Então por isso, desde sempre ela se esforçou sempre mais e aprendeu que apesar de jovem não existe tempo a perder, ela é talentosa e deve aproveitar todas as oportunidades, sendo sempre a melhor, é claro.

Mesmo vivendo na Academia Margareth Vilela e tendo festinhas vez ou outra nos dormitórios, Camila só pensa no balé, sua rotina é ocupada pelas aulas e treinos na academia. Tudo em prol do seu crescimento e desenvolvimento enquanto bailarina. Seus dias são bem programados, nada sai do que ela pré estabeleceu, ainda mais agora que ela está concorrendo pelo solo na adaptação de O Lado dos Cisnes, ela quer muito representar Odette e Odile.



Só Camila não percebe o quanto ela cuida tão mal de si, se alimentando pouco, dormindo menos ainda e se cobrando demais, tudo isso e mais um pouco fará com que ela comece a ter vários quadros de ansiedade, fazendo com que ela entre em conflito e lá no fundo sente que tudo pode mudar.



E essa ideia de mudança será intensificada depois que ela conhecer Vitor, um ruivo bem desengonçado que toca violino e que ama a música clássica na mesma proporção que é encantado pelo hip hop.



E é essa dose de hip hop que trará uma nova visão sobre a vida e as coisas para a Camila.



Diferente do primeiro livro, desta vez fiquei encantada com os dois personagens, Camila e Vitor são daquelas pessoas de aura boa, que iluminam onde chegam e são realmente do bem. Pontos positivos do livro foi termos tido mais cenas na parte externa a Academia, a autora tratar do preconceito com minorias e de certa forma falar da importância do acompanhamento psicológico; e o ponto negativo, para mim, foi que desta vez não achei a leitura fluida, a sensação que eu tive foi que a história demorou de acontecer. Mas nem por isso digo que o livro não vale a pena ser lido, vale sim! Principalmente se você for fã da Babi Dewet.

site: http://www.tresleitoras.com.br/2018/10/resenha-allegro-em-hip-hop.html
Liachristo 06/04/2019minha estante
Você teve praticamente as mesmas sensações que eu tive lendo. Demorou muito pra realmente engrenar.




Nath Nakaishi 30/10/2018

Esse livro foi escrito para mim?
Gente, eu achei que ia ser mais um romance adolescente... bem previsível. Eu só ia ler porque queria participar do encontro na Martins Fontes.
Eu terminei de ler o livro a caminho do encontro e fiquei tão mexida que tive que ir embora Ahahahaha
De fato, eu não seria uma boa companhia naquele momento.

Tudo que a Mila sofre por ter um estereótipo oriental é tão verdade, a autora falou com tanta precisão que parecia que era ela!
Sim, eu sou brasileira. Eu não torço pro Japão durante a copa do mundo, não precisa fazer piada.
Eu não sou Japonesa do Paraguai só pq não como comida crua.
Se eu tiro uma nota melhor que a sua é porque eu estudei para isso. Ninguém nunca me deu nada, eu trabalhei para isso.
Meu rosto é sério pq ele é assim! Eu não estou 24h do dia brava, nem sou arrogante. Só sou assim mesmo!

É uma coisa q ninguém fala sobre, como se o preconceito com orientais fosse de alguma forma mais leve em comparação com outros. Vamos combinar que não tem preconceito melhor ou pior q outro?

Eu acho q independente, do gênero, da cor, da opção sexual, todo mundo já ouviu algum comentário sem graça de gente engraçadinha... só acho que as pessoas tinham que pensar mais para falar. Para saber se o que falam realmente é necessário.

Achei muito fofa a história! Recomendo super! Já estou procurando outros da autora!
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Gramatura Alta 09/10/2018

http://gettub.com.br/2018/10/09/allegro-em-hip-hop/
Já conhecendo SONATA EM PUNK ROCK (resenha no blog), da Babi Dewet, consegui matar a saudade que estava dessa lindeza de escrita em ALLEGRO EM HIP-HOP. Eu, definitivamente, achei algo bem mais impressionante que o primeiro livro. Não sei se foi porque me identifiquei bastante com a Camila, personagem principal, mas achei que a Babi deu uma evolução na escrita. E com essa evolução, ela trouxe algo que muita, mas muita, gente tem: ansiedade.

Na história, Camila Takahashi é uma bailarina, mas não uma qualquer, ela é a melhor do Margareth Vilela, e isso faz com que ela tenha muita pressão sobre si. Uma garota que nunca aproveitou muito sua adolescência, por sempre ter que ser a melhor em tudo. Mila sempre conseguiu aguentar toda essa pressão, até que os sintomas de que seu corpo não está bem, começam a aparecer.

Lembrando que, se você percebe que tem algo de errado com seu corpo, procure ajuda, não tente achar que vai passar sozinho, não vai. Alguns sintomas da Mila, são: insegurança, angustia, preocupação exagerada, dificuldade para dormir, sensação de que algo ruim vai acontecer constantemente, tonturas, desmaio e queimação no estomago.

Mila é tão forte que, se fosse eu no lugar dela, já teria desistido e me escondido debaixo das cobertas, mesmo no começo, quando ela é mais ingênua. A nossa garota evolui bastante quando ela começa a ver que não deve mais aturar certas brincadeiras sobre seu perfil físico. Outro ponto que a autora acertou.

Voltando, isso que a nossa protagonista sente, não acontece muito quando ela está com Vitor, que, gente, é um amor de garoto, sério, onde vende?

Okay, acredito que a proposta do livro não era essa, de você, para melhorar, precisar de um namorado/homem para conseguir melhorar, mas, sim, de alguém que se preocupe com você. Acho até que foi por isso que a Babi não explorou o lado romântico logo de início, o que foi realmente ótimo, deu pra se apaixonar pelo personagem sem que ficasse algo fixo naquilo.

O romance entre a bailarina japonesa e o violinista ruivo é bem Young Adult, não é muito explorado esse lado sexual no livro, é uma leitura bem leve, algo que não vai te deixar de ressaca, mas provavelmente vai te tirar dela.

A Babi realmente sabe fazer personagens cativantes, e um deles que me conquistou, foi a Clara. Nunca vi uma personagem secundária mais maravilhosa. Sério, imaginem uma garota com a cabeça raspada, feminista, livre, que adora sair, beijar, curtir, filha de duas mulheres, e que, simplesmente, fala as verdades na cara de quem quer que seja. Gente, eu não sabia lidar com essa garota, realmente foi um dos presentes desse livro.

Acredito que o foco da história é fazer que o leitor se identifique, que tenha empatia, que veja que o mundo não gira em torno de si mesmo, que saiba respeitar as diversidades, e que nunca julgue o próximo por supostamente ser perfeito o tempo todo, ninguém é.

Foi uma leitura emocionante, e eu me vi como a Mila, eu senti essa pressão pela qual ela passou, eu tive que lidar com isso, então acredito que a forma como você pensa sobre si mesmo, também ajuda. Nunca pense que você é menos do que você se vê, e você não vai ser sempre o melhor em tudo, mas isso não importa de verdade, porque você vai ser o seu melhor.

Obs: dá para matar saudade do meu Kim e da minha Tim!!!

site: http://gettub.com.br/2018/10/09/allegro-em-hip-hop/
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