Michelle Trevisani 26/08/2022
eu amo essa mulher!
Sobre o livro:
Amy O’Connel é uma mulher que vive o casamento que muitos diriam ser perfeito. Hugh é amoroso, assumiu uma filha do primeiro relacionamento de Amy, assumiu uma sobrinha desgarrada, teve uma filha com Amy e é um ótimo pai. Responsável, nunca deixou as meninas passarem necessidade e foi sempre carinhoso com Amy.
Mas após a morte de seu pai, Hugh está estranho. E após os quarenta anos, está passando por uma crise de meia idade, e Amy assiste seu marido cada vez mais quieto e depressivo dia após dia. Quando ele compra uma passagem para uma viagem maluca e diz a Amy que está de partida, ela não acredita. “Preciso de um tempo”, ele diz. Tempo?
Ele precisa de um período sabático, e decide que vai viajar pelo mundo por 6 meses. Sem as meninas, sem Amy. Precisa se reencontrar. E isso inclui conhecer outras pessoas, outras mulheres. Amy fica confusa. Dá onde Hugh tirou essa ideia? Isso vai destruir o casamento, vai minar a confiança que tinham um pelo outro. Hugh não pode simplesmente pegar umas férias de tudo e voltar 6 meses depois como se nada tivesse acontecido. Mas parece que ele está decidido e sua decisão não tem volta. Só resta à Amy aguardar e também, quem sabe, viver suas próprias aventuras durante os próximos seis meses livre de Hugh e de seu casamento.
Opinião:
Eu sou uma mega fã dos livros da Marian. Ela nunca me decepciona. Eu sei que vou pegar o livro pra ler e não me arrepender. Esse foi assim. Seus personagens nunca são rasos, são bem construídos, com vidas tão enroladas quanto possível e é exatamente assim na vida real.
Fiquei bastante balançada com essa história. Senti um ódio tremendo por Hugh, por estar abandonando sua família dessa forma, sem pensar nas meninas e na esposa. Mas conforme a história foi se desenrolando, a gente vai entendendo o que o levou a fazer suas decisões. Eu entendi, mas continuei o odiando rsrs! Acho que é porque sou mulher e ficava me colocando na situação da Amy. Ela ficou desnorteada com a partida de Hugh. Não sabia como ia contar para as pessoas o que estava acontecendo. Ficou extremamente envergonhada. Mas aproveitou também para viver suas vontades. E tudo foi ficando ainda mais bagunçado.
Mas fiquei realmente furiosa com Hugh quando Amy precisou dele para uma situação com uma das meninas (sua sobrinha, que na verdade era quase que uma filha) e não pôde contar com ele.
Conforme a história foi se desenrolando, meus ânimos foram se acalmando e pude perceber como a vida na verdade é cheia de altos e baixos. E que só a gente tem a opção de conceder perdões ou não. Acho que o que mais passou de lição esse livro pra mim é: se você quer muito algo, se vai fazer bem pra você, que se dane o que os outros vão pensar. Porque os outros vão pensar e falar de você de qualquer jeito mesmo! Hahaha. Então que falem com propriedade.
Gostei muito de todos os personagens, a autora traz muitos temas que merecem debate e o que gosto dela é que esses temas vão surgindo de maneira bastante natural, nada forçada. Um livro profundo, mas ao mesmo tempo leve e divertido, como toda a vida é. Recomendo muito a leitura!