Vagner 02/05/2021
Você acredita mesmo que não era dependência emocional?
Acredito que tive uma experiência muito parecida com muitos que leram esse livro. Acompanho a Fabi no YouTube há bastante tempo e quando ela falou sobre o livro fiquei, claro, interessado. Assistindo os vlogs via pessoas se emocionando com a leitura (consigo lembrar bem da Niina Secrets, irmã da Fabi, e também youtuber), e as pessoas comentando sobre os seus sentimentos de raiva do Leandro e da mãe dele, fiquei mais curioso ainda. Comprei o livro na 4a. edição há algum tempo, mas não me sentia tão estimulado a iniciar, ficou na estante. Recentemente, tomei comeragem e comecei. Claro, senti os mesmo sentimentos já tão descritos sobre o livros e os 'personagens'. O que parece fato é que é um texto de memórias, sendo assim não preocupou-se muito com elementos narrativos que enriqueceriam a história e que prenderia o leitor, além da curiosidade de saber uma fofoca da vida de uma famosa. Os personagens são rasos e estereotipados como o boy lixo, a sogra megera, a mocinha inocente, já a história é rasa e repetitiva e essencialmente descritiva, sem muitas reflexões. Pontos como o porquê do Leandro ter sido tão avesso a compromissos foram só jogados brevemente quase ao final, quando poderiam ter sido melhor explorados pra melhorar a qualidade da narrativa, mas acredito, que ela quis ser 'fiel' a visão que ela teve na época. Ele seria um personagem muito mais interessante, pois acompanhando ela e vendo a personalidade dele e até a relação deles hoje, ele tem mais facetas que apenas a que foi mostrada no livro. Outro ponto é como ela começa a conhecer o 'amor próprio', igualmente pouco explorado e tratado de maneira rasa. O livro poderia ser um capítulo (arrastado) de uma biografia, mas só. Ah, e a emoção das pessoas, acredito que foram as memórias apenas, deve ter um sigficado pessoal a elas. E o título? Bom, foi uma frase retirada do texto, mas que não representa o livro. Pois se ela queria dizer que não foi, e que ela construiu o amor, não foi o que pareceu. Pareceu que ela tinha uma obsessão desde o início e que tinha uma dependência emocional, que não sei se foi reconhecida. Se fosse, seria mais um elemento narrativo interessante, como falar do MADA e mostrar como superar suas dificuldades e sofrimento, mas a autora, aparentemente, só quis fazer uma fofoca sobre a própria vida sem a preocupação de tornar o livro útil e um apoio às pessoas que vivem a mesma dependência. P.S. queria tanto conhecer o mineirinho rs...