Helana O'hara 27/01/2019Um livro sensível, assim como sua protagonistaA Irmã da Lua, segue o mesmo padrão as publicações anteriores dos livros da autora, letras grandes, uma capa azul belíssima e uma mulher de costas olhando uma paisagem, é isso que encontramos na capa. Outro ponto interessante é que esse livro tem cerca de 590 páginas, sendo que ainda temos uma pequena degustação da próxima história Electra.
2007.Depois que Pa Salt faleceu, Tiggy decidiu que iria seguir seu coração, sem saber exatamente o que iria encontrar, em uma simples, porém, interessante entrevista de trabalho, ela é levada para terras Escocesas onde poderá trabalhar no meio da natureza, com animais, principalmente é responsável por gatos selvagens, na qual tem todo seu zelo. A Propriedade de Kinnaird é o que ela queria.
Porém um senhor cigano chamado Chilly diz a Tig que ela possui um dom ancestral e que deveria explorar e descobrir mais sobre isso.
Sabendo de suas raízes espanholas e que sua herança a levaria para o País, Tiggy resolve prestar mais atenção nisso. Ela descobre que é descendente de ciganos de Sacromonte e que La Candela uma famosa dançarina em forte ligação com ela.
Tiggy então resolve ir atrás de seu passado, para poder descobrir mais sobre seus dons no futuro.
Já no passados, precisamente em 1912, vamos conhecer María e toda sua família de Sacromonte, Lucía uma menina astuta que tem o dom do Flamengo nos pés. que deseja mostrar isso para as pessoas, o pai que percebe o poder que a menina tem nos pés. O sucesso de Lucía com o tempo é evidente, ela desce, vira mulher, mimada e quer tudo que pode ter. Porém o que ela não sabe é que muito que o sucesso trás nunca é bom.
A Irmã da Lua, é um livro sensível. Diferente das outras irmãs, Tiggy é a mais sensível de todas, muito romântica, uma personagem leve que vez e outra até some um pouco em sua própria história e talvez tenha sido isso que fez o livro ter tanta graça. A protagonista pode até ser Tiggy, mas atenção, com certeza é da comunidade cigana e toda a história do Flamengo – que é linda.
Lucía, é a personagem central do livro, a história da personagem é forte, por ela mesma ser assim, ela tem ambição e isso mexe com todos ao redor dela.
Lucía tem o que Tiggy não tem, uma personalidade marcante e isso faz com que as partes dela no livro chamem muito atenção.
Obviamente Tiggy por ser mais sensível não fica para trás. Todo amor que ela tem pela natureza e animais, dão um ar leve a Irmã da Lua – talvez isso tenha sido de propósito, eu não sei.
Fiquei tão apaixonada por esse livro que não tenho palavras para descrever o que achei dele. Algumas resenhas que li falaram que é o livro mais fraco da série. Eu tenho que discordar, talvez seja por eu me identificar muito com Tiggy, sua sensibilidade, e se dom, ou talvez por ter gostado muito da história.
Apenas posso dizer que Lucinda Riley mais uma vez conseguiu juntar presente e passado de uma forma única. Nos mostrando um pouco da comunidade Cigana, da Espanha e como são calorosos. Amei, certamente.