O deserto dos tártaros

O deserto dos tártaros Dino Buzzati




Resenhas - O Deserto dos Tártaros


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Limoraiis 05/09/2021

O Deserto dos Tártaros
Um livro que com uma reflexão muito profunda, sobre o desperdício do tempo, o comodismo com as atividades, o esperar por algo sem saber se vai acontecer e deixar passar anos, ter oportunidades de mudar mas preferir o que já se conhece os velhos costumes, a escrita é bem poética, no início a leitura e bem lenta, mas a partir da metade passa a ser mais rápida.
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ju pazzoti 17/08/2021

E se os tártaros não vierem?
Apesar de ter apenas 200 páginas, é um livro denso com partes em que aparentemente nada acontece e com muitas reflexões existenciais.

Acredito que as partes monótonas transmitem exatamente a sensação que o autor queria: mostrar os anos se passando enquanto Drogo continua no forte Bastiani à espera de sua grande batalha contra o tártaros. Mas e se os tártaros não aparecerem? Como recuperar os anos preso no forte? Vale a pena viver a vida esperando que alguma conquista grandiosa aconteça no final ou mais vale uma vida com pequenos prazeres e pequenos sentidos no dia a dia?

"Era evidente que as esperanças de outrora, as ilusões guerreiras, a espera do inimigo do norte não passavam de um pretexto para dar um sentido à vida", cap XXI

Terminei me perguntando se eu vivo com base em algum "deserto dos tártaros".
Recomendo demais.
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Julio.Jose 14/08/2021

Alegoria belíssima sobre o tempo, a espera, sonhos e a vida
Por ser curto, é muito difícil falar sobre ele sem falar demais sobre o enredo.

Em suma, o jovem Giovanni Drogo é designado para servir no misterioso forte Bastiani que fica na fronteira norte de algum país em um deserto inóspito.

Desde o início percebemos certo estranhamento e ao avançar na leitura descobrimos que o forte tem um quê de místico e que Drogo está vivendo uma experiência Kafkiana.

Muito bem escrito e de linguagem fluida, o leitor vai se angustiando e esperando como o personagem que alguma coisa aconteça e?ao final realmente acontece, o que presenteia a todos que desfrutam essa obra. Recomendo!
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Srta Nane 30/07/2021

?Bom seria cavalgar ao léu pelo campo. E se por uma estradinha, em meio às sebes, viesse uma moça bonita, e quando se passasse a cavalo a seu lado ela cumprimentasse com um sorriso? Mas que ridículo: num oficial do forte Bastiani podem-se admitir pensamentos tão tolos??

Envolta nesse instante deleitável não sei em que forma eu seria mais afortunada: sendo a moça, o cavaleiro ou o cavalo.

O livro trata-se da trajetória do tenente Drogo Giovanni em busca de uma história heroica, digna de valorização de si próprio e reconhecimento dos outros, porém, sobre possibilidades contingentes e numa realidade monótona, sem lógica de ser.
Não se trata de um livro bélico, mas de primorosa filosofia. Um banquete, preparado por quem confundiu açúcar com sal, posto para consumo consequente de dias para sua digestão. Uma reflexão sobre nossas perspectivas de vida e a importância do tempo. E um dos finais mais maravilhosos que tive a sorte de encontrar.
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Lara 13/07/2021

A solidão de uma vida sólida.
A princípio fiquei em crise existencial com o livro, depois percebi que esse deve ser o propósito, um apelo a movimentar-se, a sair dos hábitos que nos prendem dos Fortes existentes na nossa vida. Tempo, por mais que a gente não o perceba passando e não faça nada de novo, vai nos esculpindo. É isso que senti com essa leitura, enquanto os militares se prendiam a uma rotina infrutífera, fazendo algo sem sentido, vivendo seu dia de modo geral apático, suprindo apenas o básico, as coisas não paravam de acontecer ou de descontinuar. Como a perda de vínculos afetivos que está bem presente, pois ao jogar-se tudo numa esperança de coisas futuras, não desenvolveram nada no real. Queriam encontrar novidades numa paisagem fixa, Drogo e seus colegas ansiavam por uma coisa que eles não construíram: mudança. O apego à rotina é tão viciante que tudo para os personagens foi perdendo tanto o sentido que não ter mais sentido em nada tornou-se o normal. Assim, podemos refletir com esse livro quão apegados somos nas fantasias criadas por nós, uma reflexão que muitos filósofos se propõe a fazer.
Por fim, posso dizer que esse livro é um convite a revoltar-se, mudar (não digo só no sentido físico, mas no metafísico também), fazer qualquer coisa que traga mais vida ao que temos chamado de vida. Ademais devo completar, a leitura me deixou bem melancólica, as sacadas do autor são boas demais para não efervescer algo nos leitores.
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Aline Maia 15/05/2021

Senti uma mistura de sentimentos em relação ao livro. Triste e reflexivo, mas o que me impressionou foi a forma como a escrita me fez me sentir dentro do forte. Foi uma leitura muito imersiva e intrigante.
O fim me incomodou demais, mas sempre penso que se um livro causa sentimentos assim, é um livro bom.
Imaginei um mistério maior ou coisa do tipo, porém no fim, era uma história sobre a passagem do tempo, onde vamos observando o processo de uma juventude perdida.
A narrativa caminha e levanta muitas reflexões sobre tentar entender o seu propósito/seu lugar no mundo e a grande chance de isso não existir.
Mas achei que foi mais um livro sobre solidão.
Vale a pena a leitura com calma, marcando frases e pensamentos.
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Ana Clara 03/05/2021

Gostei da leitura. Apesar de não ter conseguido me conectar com o enredo. Mas é um bom livro
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Ellen Rayane 28/04/2021

O tempo....
Esse livro é sobre passar toda a vida esperando um grande acontecimento...
A vida acontece e muitas vezes essa expectativa não é atendida.
Gostei do livro, não acontece muito coisa fora a expectativa e o final... O final me surpreendeu!
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Livia.Gabriela 25/04/2021

A leitura é fluída, você consegue avançar facilmente. Torci por Giovanni ao longo de toda a história, assim sendo, fiquei com raiva no final.
Aline Maia 14/05/2021minha estante
Eu também ?




Conça 23/04/2021

Minhas impressões, opniões e sentimentos:
Essa é uma obra para ler não como a história de Drogo. Mas a sua história. A minha história. É arrastado e cansativo assim como nosso dia a dia enquanto ansiamos por um amanhã diferente sem fazer nada para que a mudança aconteça.
Durante toda a leitura, senti angústia e apreensão para saber o que iria acontecer nas próximas páginas. Acho que a intenção de Buzzati era fazer essa alusão: cada página um dia de cada indivíduo:
Amanhã será diferente. Não. O amanhã será o mesmo dia de ontem. A rotina. O desejo de dias melhores sem alterar suas escolhas. Vivendo e sonhando com o que não é real. Uma ilusão. A sensação contínua do não pertencimento seja lá onde esteja.
Não reconhecermos a nós mesmos, como também já não reconhecermos as pessoas ao nosso redor.
Nascemos para morrer e passamos a vida inteira morrendo para viver e/ou sobreviver. Uma luta constante entre ficar ou ir, entre esperança e desesperança, frustração e vitórias. A vida tem seu regulamento, não importa o que aconteça, é preciso seguir o regulamento. O que faz a mudança são suas escolhas.

?A dúvida entre ficar ou ir embora. Abandonar as pequenas alegrias por um grande bem a longo e incerto prazo. Sempre existirá tempo para decidir.
Palavras de nossa vida, que se estava sempre prestes a entender, mas que na verdade nunca se entendia?.

Morrer como um grande soldado. A guerra é interna. Fazer carreira. Ter sucesso. Ser reconhecido por algo grandioso como um ato de coragem. Nada disso será possível se vivemos um dia igual ao outro achando que somos jovens e que sempre haverá tempo.
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Ramon 17/04/2021

O deserto dos Tártaros: Em busca de sentido
O romance O Deserto dos Tártaros, escrito pelo italiano Dino Buzatti, revela a universal busca pelo sentido da vida.

Nele, o personagem Gionanni Drogo, cadete recém formado, é designado para servir num longínquo forte, próximo ao deserto, local onde esperava ser o início da sua gloriosa carreira como militar.

Ao colocar nossas esperanças no trabalho, somos facilmente frustrados, assim como Drogo, quando percebeu que o forte onde fora designado a servir era praticamente inútil. Ele sonhava com as glórias militares, mas agora estava preso na rotina enfadonha do militarismo.

O romance nos conta que Drogo teve a oportunidade de ir embora, mas percebeu que, após sair de sua casa, a vida de sua família e amigos seguiram normalmente e que sua ausência já não era mais sentida.
A expectativa de uma batalha era a única coisa que trazia sentido para ele e para as pessoas do forte. Algo simplório, mas com uma fagulha de esperança. Como Drogo afirma: "é preciso ter esperança em alguma coisa."

Nos assemelhamos a Drogo quando nos apegamos à expectativas de realizações próprias e quando colocamos a nossa esperança nas coisas perecíveis. Dizemos o tempo todo a nós mesmos: “Quando tiver aquele trabalho tudo será perfeito”, “ quando tiver aquele salário tudo ficará bem”, “ quando terminar a faculdade estarei completo”. Puro engano!

O que tem nos movido? O que nosso coração tem buscado? O que nos faz acordar todos os dias e encarar as dificuldades da vida? Será que apenas as vaidades superficiais são suficientes para satisfazer a nossa alma e a nossa busca por significado? Acredito que não.

Mesmo com o passar de vários anos, o envelhecido Drogo mantinha firme sua esperança na batalha. Aquela centelha de esperança por encontrar um sentido de vida ainda existia.
A batalha improvável enfim chegou, mas Drogo, velho e cansado, já não podia participar dela, e foi enviado para casa. Todos os anos de espera foram em vão.

Assim é a nossa vida. Vivemos com o coração insatisfeito, e buscamos novamente algo para nos satisfazer. Passamos a vida presos num ciclo de ansiedade e insatisfação. Isso acontece porque não fomos feitos para esse mundo; nosso coração aponta para Algo fora dele. "Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não repousar em ti.", diz Santo Agostinho.

Em Cristo temos o ponto onde todas as coisas convergem: A nossa salvação e plenitude de vida. Nele está o sentido da história, da vida e de todas as coisas, principalmente o do nosso coração.


site: https://www.instagram.com/contramundum1/
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Srta.Jay 08/04/2021

O livro é sobre a espera por um momento improvável e o passar da vida.
Pode parecer um livro arrastado, demorei um pouco para entrar no ritmo da leitura, mas acredito que foi intencional, pois a narrativa utilizada pelo autor faz com que experimentamos a espera do personagem principal, a monotonia e o passar de sua vida.
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Niz @mundo.literario 30/03/2021

Espera...
Esse livro tem um ritmo lento, mas traz boas reflexões sobre a vida e sobre o que vale a pena. Para quem gosta de uma "pegada" mais filosófica esse é o livro certo. Foi uma boa leitura.
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Paulinha 23/03/2021

Bom livro
Um livro muito bom só um pouco cansativo, a narrativa é um pouco parada...
Me cansou um pouco
Mas super indico mostra como a gente não pode se acomodar.
Leiam
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Giu 18/03/2021

?O deserto dos tártaros? é um livro inteiramente concebido como uma metáfora, e cumpre lindamente o objetivo a que se propõe: refletir sobre a eterna espera pela oportunidade dos sonhos, que nos leva a ignorar a passagem do tempo até que não sobre nada além de arrependimento e frustração.

A forma como a paisagem e o clima são usados para ajudar a construir essa metáfora é impecável.
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