A História de uma Serva

A História de uma Serva Margaret Atwood




Resenhas - A história da aia


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wesley silva 30/04/2024

Religião e o Patriarcado
Não e um livro que te prende por ser imersivo o por ser prazeroso e creio que não e a ideia aqui. Porem eu senti falta de acontecimentos até mais da metade do livro,muitas vezes eu ficava perdido entre as 3 linhas do tempo e a falta de profundidade nos demais personagens também faz falta porem e justificada quando se percebe que na vdd e um diário e apresentar a visao dela sobre esse mundo e como ela está em um mix de emoções confusa e solitaria. E uma valiosa leitura que te poe para refletir sobre questões como de uso da religião como reafirmação do patriarcado e como suas regras so valem para alguns e ao fato de apesar de ser uma distopia e muito palpável e em uma certa escala ja acontece nos países autodeclarados estado islâmico por exemplo.
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Marcos Hübner 30/04/2024

Desconfortável
Não é uma leitura prazeirosa. E imagino que nem seja feito para ser. A verdade é que sua narrativa em primeira pessoa faz sentirmos o sentimento de angústia que a narradora personagem sente ao longo da trama. Sua confusão mental onde havia conflito constante entre passado e presente, desejo e disciplina, trazidos em uma escrita pessoal e tocante. Alguns pontos, no entanto, há uma compreensão prejudicada e a leitura não é tão imersiva. Senti falta de uma profundidade maior dos personagem e de uma sucessão maior de acontecimentos no tempo presente principalmente na primeira metade do livro. Enfim, uma clássica distopia com os dois capítulos finais muito bons, válida leitura.
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Guilherme.Vinicius 30/04/2024

O Conto da Aia
Acho que (Quase) todo mundo conhece a trama, afinal o livro foi lançado a décadas e tem uma série mega famosa, mas esse foi o meu primeiro contato com a Margaret Artwood. Ele representa um futuro distópico onde a nação de Gilead surgiu após um golpe militar nos EUA, levando a uma teocracia que acaba por dividir as mulheres em "castas" de acordo com sua função na sociedade, sendo a protagonista uma aia - Por diversos fatores, a esterilidade cresceu no período em que o livro se passa, e várias mulheres acabam contratando outras para gerarem uma prole para seus maridos. O livro não é sutil no quesito de querer discutir uma realidade onde os direitos femininos modernos seriam revogados, levando a um retorno à religiosidade fervorosa. Não vou comentar especificidades, mas achei que para o que se propõe, a construção de mundo e personagens é primorosa e merece o seu destaque como um clássico moderno, ainda que seja uma leitura bem desconfortável em vários pontos. Senti ansiedade, desgosto, nojo, raiva, frustração e todo um leque de emoções negativas junto da protagonista, que é exposta de forma maravilhosa, pois a escrita aqui é de alto nível. Nada a criticar, recomendaria pra qualquer um (Mas avisando dos possíveis gatilhos quanto a estupro, execuções, automutilação, aborto e temas similares);
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Geovanna.Cookie 30/04/2024

Um estudo do papel da mulher na sociedade
Por mais que seja uma ficção, O Conto da Aia trás muitos elementos reais em sua narrativa o que foi feito propositadamente pela autora.

É assustador. Principalmente por que sabemos que existe a possibilidade de acontecer na vida real, qualquer instabilidade política pode resultar na perda de direitos da mulher (Um exemplo atual é a revolução do acesso ao aborto seguro nos Estados Unidos).

Outro aspecto perturbador da narrativa é a mentalidade adotada pelas pessoas, tanto as oprimidas quanto as opressoras.

Por fim, gostei muito do final. Esperançoso apesar de incerto, um final feliz seria contraditório com o que tinhamos visto até então.
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ingred 28/04/2024

Assustador
Durante toda a leitura eu só conseguia ficar assustada com o tanto que os pensamentos por trás das ações e comportamentos que a gente considera horríveis nessa ditadura, são semelhantes aos que vemos na nossa sociedade hoje em dia. o livro tem muitas partes com bastante descrição mas nada que atrapalhe a leitura e faz sentido também, já que ele é como uma gravação que a offred conta sua vida e seu dia a dia. enfim, esse livro é incrível e um alerta de como realmente nossos direitos, os direitos das mulheres, são ainda tão frágeis, já que quando o poder está nas mãos de pessoas filhas da puta são uns dos primeiros a serem revogados. recomendo muito a leitura!!
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anabomi 27/04/2024

Um diário de guerra basicamente
Lembra um pouco O diário de Anne frank, só que com uma proposta mais estudada. E uma visão mais adulta também, já que a protagonista é uma adulta vivida e seus direitos foram tirados de si.
É um livro calmo, não me prendeu mas me fez refletir e sentir muita raiva dessa distopia ser uma possibilidade em qualquer lugar em que o patriarcado prevaleça.
E dá nervoso não saber o fim da protagonista, mas isso a gente trabalha na terapia fazer oq
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vinizambianco 27/04/2024

[sobre distopia, feminismo e religião como forma de controle]
PARTE I

Meu primeiro contato com #OContoDaAia foi quando a primeira temporada da série estreou em meados de 2017, a série era uma adaptação de um livro distópico escrito por #MargaretAtwood e acompanha uma distopia futurística seguida de uma guerra civil americana onde uma sociedade autoritária controla cada passo de seus habitante utilizando religião e fé depois que um atentado tirou a vida dos governantes dos EUA, e como decorrência desse regime as mulheres perderam todos seus direitos e são divididas em classes, desde as Esposas até as que dão nome ao livro, as Aias (mulheres férteis que são obrigadas a terem os filhos dos poderosos, e agora mais de dois anos depois consegui ler o livro.

O livro segue a história de Offred que está em seu segundo posto, sendo obrigada a servir como Aia para um casal poderoso da república de Gilead, durante a narrativa seguimos sempre tendo ela como narradora, vemos o nascimento do regime totalitarista até as características mais marcantes daquilo.

Um dos maiores trunfos do livro na minha opinião, é conseguir fazer com que a protagonista seja muito relacionável, desde a primeira página somos tragados para a história dela e em nenhum momento deixamos de nos importar com ela. Outro ponto muito bom é como a autora consegue mesclar vários acontecimentos em um mesmo capítulos, flashbacks e lembranças são colocadas de maneira delicada e bem doloridas pra falar a verdade.

Outro grande trunfo da narrativa é como a história parece não ter um pano de fundo temporal definido, sabemos que o livro foi escrito da década de 80 e que logo no final temos uma data futura definitiva, porém a história principal pode se passar em qualquer época o que é bastante assustador. Uma critica também que a autora faz que merece destaque, é como os religiosos fervorosos utilizam a bíblia para controlar e punir as pessoas, porém só usam as partes que bem entenderem, me lembrou até certas pessoas.

O único ponto que me deixou incomodado, creio que essa nem seja a palavra certa, acho que intrigado é a melhor, foi o fato de que muitas informações são apresentadas de maneira superficiais e deixam margem para mais perguntas do que respostas, porém é compreensível visto que seguimos uma narradora que também tem as informações que nos é passada.

Antes de finalizar, tem dois momentos no livro que merecem destaques, o primeiro é o momento em que a Offred fala que a questão do regime totalitário foi instaurado aos poucos, desde o dinheiro das mulheres tirado aos poucos até as demissões e as perseguições, foi gradativamente acontecendo. E outra citação bastante pontual é quando a Offred pergunta para o comandante sobre o começo de tudo aquilo e o porque deles terem feito aquilo e o comandante fala “Pensamos que estávamos fazendo o melhor, mas melhor nunca significa melhor para todos, sempre significa pior para alguns”. Isso é muito importante, visto que não é porque alguém é privilegiado que outras pessoas dividam de seus privilégios, é uma questão para questionar o nosso lugar dentro do ambiente que vivemos.

Com uma trama extremamente pontual e com personagens fortes e interessantes, O Conto da Aia é uma leitura quase que obrigatória para as pessoas, porque além de colocar em cheque convicções que possamos ter nos abre os olhos para as pequenas coisas que deixamos passar no cotidiano, desde a violência contra os marginalizados e excluídos até as pequenas baixadas de cabeça que damos. É necessário lutar pelos nossos direitos antes que estejamos dizendo “Abençoado Seja O Fruto”.

Quando eu estava escrevendo a resenha d’O Conto da Aia, algunaspectos importantes acabaram ficando de fora e por isso achei que era necessário falar um pouquinho sobre eles que complementam ainda mais a resenha.

O primeiro é sobre privilégios, eu como um homem branco sei muito bem dos meus privilégios quanto a sociedade da qual faço parte, porém sei também que como jovem queer dentro de uma sociedade preconceituosa e vindo de uma família classe baixa também tenho meus percalços, mas porque falar disso? Falo disso porque O Conto da Aia é um livro que com toda certeza ira tocar muito mais as leitoras femininas, mas isso não quer dizer que os homens não consigam se sentir espelhados pela história de Gilead, eu queria deixar bem claro que a palavra feminismo não restringe a história em um nicho feminino e por isso é tão importante que homens também entendam que o feminismo não é uma questão das mulheres terem mais que os homens e outras bobagens que me dói os olhos ler, pelo contrário, quando um homem pratica qualquer tipo de violência contra quem quer que seja, há todo um background por trás daquilo e por isso é tão importante ir a fundo nisso, mas entender o local de fala de cada um, todos nós passamos por dificuldade e cada um de nós sabe o que passou para chegar até o dia de hoje, mas é sempre necessário reconhecer dos degraus do privilégio.

E por fim outro ponto muito importante a respeito do livro, é que em dado momento a Offred relembra uma conversa a respeito de como para as próximas gerações, toda aquela questão ditatorial de Gilead será de muito mais fácil absorção, visto que as mulheres e homens já terão nascidos dentro dali, por este motivo que é proibida a leitura, quando lemos e aprendemos sobre períodos do qual não fizemos parte conseguimos sentir o que aquelas pessoas sentiram durante aquele período, é aquela velha questão de não repetir os erros do passado. Ao proibir a leitura e os livros em geral, Gilead não só impede as mulheres de aprender, mas também as impede de ser, uma vez que elas deixam de ter identidade e de poderem contar suas histórias elas não existem, e mulheres/pessoas que não existem, não podem ser encontradas. Uma vez eu assisti uma palestra do Andrew Solomon em que ele fala que os que nos faz humanos é a oportunidade de contarmos nossas histórias, e frisa que o que constitui nossas identidades são essas histórias, as histórias que contamos, então é muito importante que possamos ter a oportunidade de contar nossas histórias desde as pessoais até mesmo as profissionais porque uma vez que passamos essas histórias para a frente deixamos de estar e passamos a SER.
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jiangslore 25/04/2024

[5/5]
Quando mais experiência de leitura adquiro, mais percebo que o que mais valorizo em um livro é a forma que ele é pensado e executado. Não tem nada como observar uma obra literária e perceber que há intenção em todas as escolhas do autor e que, além disso, todas essas intenções foram cuidadosamente executadas - e foi exatamente essa sensação que tive ao ler "O Conto da Aia". Tudo nessa obra é tão intrincadamente elaborado que fica até difícil separar cada um dos aspectos principais do livro e apontar o que gostei neles (porque, sinceramente, não teve nada que não gostei, apesar de eu reconhecer que a obra possui aspectos relevantes que não vão agradar todos os leitores - até porque isso é impossível).

Mas, em primeiro lugar, acredito que o que torna "O Conto da Aia" um livro tão especial é a sua temática; porque é ela que permeia todas as outras escolhas feitas pela autora nos outros aspectos - principalmente construção de mundo, enredo e personagens. Acredito que, em razão de diversos eventos históricos relevantes, é relativamente comum que as pessoas se perguntem como indivíduos "normais" podem aceitar ideologias extremistas ou que submetam outros grupos de pessoas a opressões extremas. Mas não é tão comum assim refletir sobre por que as pessoas que são parte dos grupos oprimidos "aceitam" essas situações - e essa diferença é compreensível. A própria estrutura da opressão dificulta que o oprimido seja colocado no centro da narrativa (e nem mesmo essa nuance escapa da construção de "O Conto da Aia").

A construção de mundo é, em qualquer distopia, um elemento fundamental. E, em "O Conto da Aia", ela é simplesmente fantástica. Na obra, é possível encontrar diversas estruturas e especulações relacionadas ao gênero e à política que foram executadas com maestria e nuance impressionantes. Até mesmo o que é ignorado ou pouco mencionado pela protagonista mostra-se interessante, porque dá para perceber que essa ausência não decorre da inexistência, mas sim das limitações inerentes ao ponto de vista escolhido para contar a história.

O enredo, por outro lado, é um ponto que penso que pode desagradar alguns leitores. Acredito que distopias mais tradicionais possuem, via de regra, uma tendência a focar mais na construção de mundo do que em elaborar enredos com muita ação - e "O Conto da Aia" não é uma exceção a essa regra. Particularmente, adoro livros considerados "lentos" e que sejam bastante detalhados, então adorei essa escolha. Acredito que ela é coerente com tudo que é feito no livro e com as mensagens que ele busca passar, além de ter sido muito bem executada: o desenvolvimento do enredo, principalmente em suas partes menos agradáveis, possui uma relação íntima com o desenvolvimento da protagonista. E, por fim, embora a conclusão do enredo possa não ser catártica e "satisfatória" no sentido emocional do termo, ela é todas essas coisas no sentido de sua coerência.

Ainda com relação ao enredo, as notas históricas acrescentam ainda mais camadas às temáticas do livro - embora essas camadas não pareçam nada otimistas. A vida de uma pessoa, quando vira história, está sujeita a novas perspectivas e especulações que nem sempre colocam uma visão positiva - mas penso que, considerando o contexto das aias, é uma visão realista.

Os personagens de "O Conto da Aia" também são muito interessantes. Muitos deles têm a finalidade de mostrar as diferentes posições que as pessoas passaram a ocupar em Gilead, e isso é feito com uma maestria incrível - as pessoas não são colocadas em posições estanques de "heróis" e "vilões", apesar de ser evidente quem tem mais a ganhar e quem tem mais a perder na estrutura estabelecida naquela sociedade. Na minha opinião, esse é o melhor modo de encarar a questão; porque usar posições maniqueístas prejudica demais a forma de observar situações reais (nas quais ninguém precisa ser um vilão caricato para oprimir outras pessoas).

A personagem principal, por sua vez, é extremamente interessante por ser uma pessoa absolutamente normal. O desejo simples (e não muito heroico) dela pela sobrevivência é algo que coloca ainda mais realismo na história. Muitas pessoas gostam de pensar que teriam a coragem de enfrentar um sistema como o de Gilead, mas a verdade é que a maioria de nós não faria isso; e é por isso (entre várias outras coisas) que esses sistemas funcionam. Apesar disso, há vários aspectos na narrativa e no desenvolvimento da personagem que mostram que as escolhas dela não são levianas, mesmo quando não são boas; o que coloca a discussão muito além do julgamento que pode ser feito sobre ela.

Além de ser um livro cuidadoso e incrivelmente elaborado - e, provavelmente, por ter essas características - "O Conto da Aia" é incrivelmente realista. Só uma observação muito astuta da realidade seria capaz de criar uma obra assim. Por isso, o livro virou um dos meus favoritos e recomendo muito a leitura.
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Caroline.Brunoni 25/04/2024

Leitura necessária
Que livro!!! Essa distopia suscita tantas reflexões acerca de revoluções que, nós mulheres, ignoramos, delegamos ou simplesmente abraçamos, mas estas últimas, não são nossas.
Um livro, sem dúvidas, para refletir acerca da nossa inércia, muitas vezes, e o que dela pode resultar...
Só digo uma última coisa: LEIAM!
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yasmimdeluca 24/04/2024

Visceral
Uma história terrível e magnífica, pronta pra acabar com qualquer esperança de que um dia a mulher será vista como ser humano pelos homens. Escancara muito bem a realidade da materialidade sexual, joga na nossa cara como podemos ser vistas facilmente apenas como incubadoras, dá a sensação que aquela distopia está a um fio de cabelo de ser tornar realidade.
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camilla220 24/04/2024

Bom mas não é pra mim
Foi um livro que eu fui com poucas expectativas por não saber da história ( e nem vi a série) e percebi que esse livro não fui pra mim.
achei interessante o universo, como funciona,os personagens e fiquei perplexa como muitas vezes eu vi um pouco da nossa realidade nesse livro mas não foi uma história que me conquistou (e nem a escrita)
porém estou animada para ver a série e vê se é melhor,pior ou a mesma coisa que o livro.
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Clara3361 23/04/2024

Distopia bem feita
Eu adorei a leitura, por mais que o assunto do livro seja um pouco pesado, o livro é muito bom.
É uma distopia muito bem escrita que pontua muito bem como é viver em uma ditadura.
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Ju Reis 23/04/2024

June
O livro é uma obra prima da literatura, faz você se questionar o tempo inteiro, principalmente se você é mulher você ficar com incômodo mesmo quando acaba o livro. É uma história onde não tem como não se colocar no papel de June, passar por todo o sofrimento que ela passa juntamente e ficar se questionando se isso pode acontecer na vida real? minha opinião: SIM, tudo o que acontece nesse livro pode vir a acontecer na vida real, e tudo o que nos enquanto pessoas sensatas e com bagagem intelectual precisamos fazer é combater, precisamos ser fortes e nunca deixa que isso venha pra o mundo real.
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