Se a rua Beale falasse

Se a rua Beale falasse James Baldwin




Resenhas - Se a rua Beale Falasse


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Nay 06/02/2023

Mais um livro que não sei o que dizer! Gostei muito, mas esse final, eu preciso de mais. Preciso do restante? cadê?
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Pedrão 12/01/2023

O amor de Tish e Fonny
O livro conta a história de um casal negro americano, Tish e Fonny, nos anos 70, sofrendo com a desigualdade racial vivida na época.
Intercalando entre presente e passado, Tish vai relembrando o início do relacionamento e atualizando os acontecimentos da luta para tirar Fonny da prisão.
Importante observar que esse preconceito racial ainda existe, os abusos cometidos pelas autoridades também e o quão doloroso é para o casal ter que conviver com essa realidade.
Recomendo a leitura!!!
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Tuts 12/01/2023

Uma história sobre opressão
?Ele era incapaz de montar suas defesas porque não podia dar a si mesmo uma razão para estar ali?

Em ?Se a rua Beale falasse?, temos uma história envolvendo dois principais personagens,a narradora Clementine ?Tish? e seu noivo Alonzo ?Fonny?. A trama tem como conflito a prisão injusta de Fonny,quando o mesmo é acusado de estuprar uma porto-riquenha chamada Victoria Rogers.

Os acontecimentos do livro não são narrados de maneira linear e sim de forma mesclada com as memórias da protagonista,alternando fatos futuros,passados e presentes. O livro retrata não somente essa situação difícil vivida por Fonny,mas também vários outros problemas vividos pelo casal-protagonista e seus familiares num cenário de opressão. Os personagens principais são negros que vivem em bairros de maioria branca,numa época onde o racismo e os resquícios do Apartheid era muito presente.

O autor consegue desenvolver uma história num tom melancólico num cenário desesperanço,mas que no fundo você ainda consegue ver uma luz ao final do túnel. Como bem diz Márcio Macedo no posfácio(por sinal,muito bons os textos finais),a escrita do autor parece o trabalho de um artista,dando várias pinceladas sobre vários aspectos da trama.

Confesso que até os 30% do livro estava achando a leitura cansativa por não ter me adaptado a escrita do autor,mas depois fluí normalmente quando você se acostuma. De forma geral o livro é uma obra muito boa,a única coisa que realmente me incomodou foi o final. Eu fiquei assim : ?Ué já acabou?? depois da última página. Não entendi porque o final foi tão abrupto,deixando várias pontas soltas que eu achei que seriam respondidas ao final.

Mas ainda assim é uma leitura que eu recomendo muito,porque é um livro muito bom e que retrata a injustiça da nossa sociedade marcada pela opressão e discriminação.
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Gabriela.Pereira 11/01/2023

Lindo
O autor escreveu um romance que levanta muitas questões da vida cotidiana, descreve muito bem a importância da relação dos protagonistas com suas famílias, conseguiu falar da história dos dois trazendo as problemáticas sociais sem perder a sensibilidade da história. Eu gostei muito da escrita dele e com certeza vou atrás de outros livros, muito bom!
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Elói 09/01/2023

Verossímil, dramático e metafórico
Linda e forte narrativa de uma história tão triste quanto comum. A leitura dos textos após o fim da história nesta edição acrescenta muito contexto e camadas no romance. O texto é permeado de relações entre liberdade e prisão, nascimento e morte. Uma sensação de urgência e esperança seguem misturadas durante toda a narrativa em primeira pessoa.
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victoria. 06/01/2023

James Baldwin, Angela Davis e o pilar entre a dor e o amor.
Não esperava que essa obra me atingisse da forma como atingiu.

No ano de estreia do filme, fui capturada pelo trailer e por aqueles personagens que demonstraram tanto amor e dor num vídeo de um minuto. Entretanto, nunca assisti ao filme.

Ano passado, redescobri essa história e ela me tomou mais uma vez, me levando à comprar o livro.

Quando li ?Mulheres, raça e classe?, da grandiosa Angela Davis, me vi dentro de um lugar muito ruim. Sai machucada. Sai com raiva. Queria chorar e gritar devido a dor e a força com que essa mulher consegue escrever.

James Baldwin me causou o mesmo. Tish e Fonny são a representação dos diversos amores interrompidos - mesmo que braviamente - pelo poder que o homem branco exerce em todo o lugar por onde passa.

Tive um pouco de dificuldade para engatar na leitura (mais por questões minhas do que pela obra em si, porém, mais ou menos na metade, me vi imersa na fúria e desespero daquela família tentando provar a inocência de um homem muito amado.

Baldwin escreve lindamente, como se as palavras apenas dançassem, como se o lápis tivesse passeado pelo papel na hora da escrita.

Extremamente forte e bonito, o livro traz para o leitor um incômodo ainda muito atual no que se refere à situação de homens e mulheres negros em todas as partes do mundo, especialmente nos Estados Unidos.

O amor entre Tish, Fonny e o bebê, Fonny e o pai, toda a família de Tish e Fonny é, com certeza, uma das coisas mais bonitas que a literatura já me apresentou.

?Foi o amor que te trouxe até aqui. Se você confiou no amor até agora, tente não entrar em pânico.?
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brunapcorreia 05/01/2023

Acho que vou assistir ao filme essa semana. Tem na netflix. Muito triste essa realidade, o sentimento foi de total impotência. Gostei e nem precisava ser mais longo pra cumprir o objetivo
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Leninha 03/01/2023

O simples bem feito
Não existem grandes efeitos nessa narrativa, é um bom escritor, com bons personagens, um bom enredo, e isso simplesmente funciona. Baldwin nasceu pra escrever e isso fica nítido em sua narrativa, não há nada mais a ser dito, só lido.
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Barb @soueubarb 30/12/2022

Uma música em forma de livro
No início eu não estava embarcando tanto no livro. Demorou um pouco para eu entender e me por no lugar dos personagens. Mas, conforme o livro vai acontecendo ele vai te imergindo, vai te colocando no desespero de uma família que luta por justiça. Vai te mostrando o que é estar com a batalha perdida mesmo antes de lutar. Para mim, não foi 5/5 porque eu esperava um final mais elucidativo, mais amarrado, visto que toda narrativa foi bem pontual.
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Luiz.Goulart 27/11/2022

James Baldwin precisa ser lido
Na década de 1980, emocionado, li O Quarto de Giovanni, publicado em 1956 pelo norte-americano, ativista gay e militante negro James Baldwin, livro que conta a história intensa e tristíssima do amor do jovem garçom italiano Giovanni e do norte-americano David, um complicado bissexual numa Paris do pós-guerra.

O livro, lançado originalmente no Brasil com o título resumido de Giovanni, mexeu tanto comigo que o reli muitas vezes ao longo dos anos, sempre com imensa pena por nunca mais ter a chance de poder lê-lo pela primeira vez.

Vários dos meus amigos foram obrigados a ler a minha cópia mas, infelizmente, preciso admitir que nenhum deles teve um décimo do meu entusiasmo. Cheguei mesmo a considerar romper uma das amizades quando o meu então amigo leitor declarou sua torcida pelo personagem mais odioso do livro.

Em 1986, tive o privilégio de assistir sozinho à peça homônima, apresentada uma única vez em Salvador pelos então atores globais Caíque Ferreira e Hugo Della Santa, ambos vitimados pela AIDS dois anos depois. Foi a primeira vez que fui sozinho ao teatro e lembro que chorei muito no final.

Muitos anos depois de ter lido O Quarto de Giovanni, acabo de ler outra obra de Baldwin: Se a Rua Beale Falasse, de 1974, quinto livro do autor e cuja adaptação para o cinema deu o Oscar e o Globo de Ouro à atriz Regina King.

O livro se passa no bairro negro do Harlen em Nova Yorque e conta a história de Tish que aos 19 anos se descobre grávida do noivo Fonny, um escultor negro preso injustamente pelo estupro de uma porto-riquenha. Tish, a narradora, fará de tudo para libertar Fonny, cuja mãe Sharon viaja até Porto Rico para confrontar a suposta vítima do estupro que também é, a seu próprio modo, outra vítima do sistema. É uma cena intensa e que, no filme, demonstra o enorme talento da premiada Regina King.

A história tem o mérito extra de ser escrito por um homem, mas que tem como narradora uma moça negra grávida, o que demonstra uma imensa sensibilidade do autor de narrar a história sob o ponto de vista de uma jovem numa condição impossível de ser plenamente sentida por um homem.

Fonny, Tish e suas famílias e amigos, enfrentam o peso do racismo estrutural e sistêmico da Polícia e do Judiciário. Em um desabafo, Fonny diz: “Acho que não tem um branco neste país que não fique de pau duro ao ouvir um preto gemendo de dor”.
Tanto em O Quarto de Giovanni quanto em Se a Rua Beale Falasse, James Baldwin trata de temas espinhosos, como homofobia e racismo internalizados. No primeiro livro, publicado mais de uma década antes da Revolta de Stonewall, catalizadora dos movimentos LGBT, Baldwin aborda no subtexto a discriminação sexista interna entre homens bissexuais, que, mesmo vítimas do patriarcado heteronormativo, se consideram superiores aos gays afeminados, às drag queens e às mulheres trans graças à sua passibilidade heterossexual,

Já no segundo livro, além da discriminação sofrida pelos negros, alguns dos personagens têm que enfrentar, dentro do seu próprio núcleo familiar, um preconceito hoje conhecido como colorismo, em que alguns negros se julgam melhores do que outros por serem menos escuros.

O Quarto de Giovanni e Se a Rua Beale Falasse merecem ser lidos tanto por negros quantos gays, mas muito também por aqueles leitores que, não pertencendo a nenhuma dessas categorias, têm a corajosa empatia para tentar conhecer um pouco do drama pelo qual essas pessoas passam.

site: https://www.blogger.com/blog/post/edit/32639542/4829465670287523123
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Vanessa 14/10/2022

A história continua sendo atual
É com tanto pesar quê corriqueiramente ainda vemos a história de Fonny retratada por aí.

É de uma dor tão grande essa leitura, que é impossível não chorar e se revoltar. Narrativa com doses cruéis de realidade com recortes de violência de gênero e principalmente raça.

Um livro muito necessário e atual, infelizmente.
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Bruno Malini 13/10/2022

Muito bom
apesar de ter um crime como pano de fundo, é um drama que foca nos sentimentos das pessoas, e como suas vidas são impactadas pela prisão de uma pessoa amada, ainda mais pela certeza da inocência dela.
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Camila | @abismos.literarios 11/09/2022

"Espero que ninguém seja obrigado a ver a pessoa que ama através de um vidro."
(Resenha publicada no IG: @abismos.literarios)

"O riso e o amor vêm do mesmo lugar: mas pouca gente vai lá."

Você está vivendo um grande momento da sua vida; está com a pessoa que ama e planejando um futuro ao lado dela. A vida está lhe sorrindo. Até que seu namorado é preso injustamente, acusado de violência sexual. É preso porque é preto; é preso porque a polícia não fez o que precisava ter feito.


Baldwin explora nessa história o lado mais perverso do ser humano; o lado cruel de uma sociedade racista; o reflexo de uma justiça falha e ignorante, onde sua cor é um crime. Ser preto é tido como mau, como ruim, como culpado.

É um livro pesado, é uma história triste, porque sabemos que tudo que está aqui é real. Tudo acontece diariamente em qualquer lugar do mundo. Anos após sua publicação, não mudamos em nada quanto sociedade. Tudo se repete. O sistema carcerário segue sendo injusto e um fracasso.

"As pessoas nos fazem pagar pela fisionomia que temos, que é também a maneira como você se imagina ser, e o que o tempo escreve numa face humana é o registro dessa colisão."

Quando Tish tem seu mundo virado de cabeça pra baixo, ela precisa ser forte e fazer tudo para provar que Fonny é inocente. Fonny: o homem que ama, o homem que conhece desde que criança, o pai do filho que está esperando. A família de Fonny, com exceção de seu pai, que o ama, pouco se importa. É a família de Tish que está movendo céus e terras para tirá-lo do inferno.

"Ter um problema quer dizer que você está só."

Será possível vencer uma sociedade racista? Será possível vencer um sistema tão cruel? Não há provas que coloquem Fonny na cena do crime; não há provas que o culpem, além de ele ser preto. E isso bastou para que o policial determinasse que fosse ele.

Baldwin é um autor incrível; escrevendo de forma poética e sensível, ele traz a tona o mais profundo do sentimento humano, da sociedade, da religião e da vida. Não tem como não se emocionar com essa história, ao mesmo tempo que vai suscitando um asco enorme por viver numa sociedade assim. Terminei essa leitura com um embrulho no estomago, e me perguntando: será que um dia superaremos essa ignorância? Eu realmente espero que sim.


site: https://www.instagram.com/p/CiXu541LFjr/
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Eliana 04/09/2022

Uma leitura para refletir
"Espero que ninguém seja obrigado a ver a pessoa que ama através de um vidro?.


O livro narra a trajetória do casal Tish e Fonny. Dois jovens apaixonados que planejavam se casar, até um infeliz acontecimento estragarem os seus planos. Fonny é preso injustamente, acusado de estuprar uma mulher. A partir daí suas vidas se tornam um grande tormento, Tish e sua família e advogados vivem agora numa tentativa incessante de reunir provas para libertá-lo da prisão.

Se a rua beale falasse é um romance doloroso que tem o Harlem da década de 1970 como o pano de fundo. Nos entrega uma narrativa de incertezas e injustiças que cerca os personagens, mostrando as facetas do racismo estrutural, que estão enraizados tanto no cotidiano como no sistema criminal.

A narrativa é intercalada entre presente e passado, Tish é uma narradora onipresente ou seja ela descreve todas as cenas mesmo as que não está presente, é uma leitura que desperta no leitor uma tensão que só fica ainda mais forte ao avançar da leitura, é muito angustiante de imaginar que tantos casos como esses aconteceram e continuam acontecendo tanto nos Estados Unidos, como no Brasil.

O livro possue muitos personagens secundários que se destacam o que eu achei bem legal, conhecemos um pouco das duas famílias e suas personalidades totalmente diferentes. Tiveram duas personagens além da Tish que me marcaram Ernesrine, a irmã e Sharon, a mãe. Três mulheres que vão unir forças no momento tão difícil, tentaram de tudo que for necessário para conseguirem provar a inocência de Fonny.

O livro tem uma narrativa lenta, e alguns acontecimentos que deveria ser descritas de forma mais detalhada são contadas de maneira rápida demais.
Porém após alguns dias refletindo cheguei a conclusão que esse talvez tenha sido o propósito do James Baldwin, a historia não é somente sobre a injustiça sofrida por Fonny e sim, sobre um sistema racista no qual tem o propósito de encarcerar pessoas pretas.

Se a rua beale falasse aborda temas como racismo, violência policial e constitucional, colorismo e encarceramento em massa.

Fazia muito tempo que eu sentia vontade de ler esse livro, semana passada assisti o filme e recomendo pra quem não tem o livro e mais facilidade com filmes. A Netflix tem Se a rua beale falasse em seu catálogo com alguns poucos ajustes na sua história.
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