Resenhas - Não Me Abandone Jamais

Iara 11/08/2023

"Então acha que o amor é coisa assim tão simples??
Uma escrita muito bem detalhada, bem explicada e que te prende de forma moderada.

foi uma boa experiência a leitura desse livro, apesar de ter alguns probleminhas com a escrita. melancolia, tristeza, mas também tem seus momentos engraçados.

Maria17758 10/08/2023

Meio chocho
Com uma temática tão boa como essa (sem entrar em detalhes porque qualquer coisa que eu disser é spoiler), esse livro tinha muito potencial e solo pra caminhar por várias direções e abordar vários pensamentos e filosofias, mas ele propositalmente se nega a fazer tudo isso e fica só no superficial, abordando apenas a rotina super monótona dos personagens nada carismáticos. Entendo o por quê de o autor ter optado por não se aprofundar nas questões que poderiam ser abordadas, mas discordo muito dele.
A impressão que eu tive foi que o livro andou e andou (e aaaaandoooou) e não foi para lugar nenhum, e isso tendo uma temática que poderia (e deveria) chegar em tantos lugares e conclusões? Enfim, já estava impaciente para o desfecho e fiquei bem frustada.
A única parte que significou algo para mim foi uma cena, ao final do livro, em que a protagonista tem uma conversa com outra personagem a respeito de um acontecimento passado entre as duas e cada uma das. interpretações que elas tiveram sobre ele. Uma cena belíssima e forte em meio a 400 páginas de nadas.

Josiane 06/08/2023

Essa é a minha proposta de Dissertação
Não me Abandone Jamais foi meu primeiro livro de Ishiguro. Narrativa melancólica, mas distópica? não terá aquelas revoltas revolucionárias contra um governo totalitário e ( particularmente) acho a rebeldia dos personagens muito sutil.
O tema principal A DOAÇÃO DE ÓRGÃOS é na minha opinião um baita tema para ser discutido. Kazuo faz isso com delicadeza. Espero uma continuação ?

skuser02844 30/07/2023

Os olhos são os rios que se cruzam
Ainda tentando organizar as ideias do que senti ao ler o
Livro. Mas algo que percebi é que se comunicar com o olhar e ter intimidade com alguém a ponto de decifrar o que se passa é algo mt marcante dos personagens e mostra o quanto a intimidade pode ser transmitida pelo que não é dito em palavras. Mesmo quando tudo parece ser sistemático e robotizado, como era o contexto no qual estavam submetidos, o olhar não trai a existência da individualidade e confronta o que existe. E foi por meio dele que foram se estabelecendo as duvidas, questionamentos e a intimidade entre os personagens. Falando deles, todos construídos com muitos camadas. Ruth foi uma que em muitos momentos me deixou incomodada, pelo fingimento e tudo mais, mas dps parei e pensei, será que se tivesse sido criada nas circunstâncias que ela foi, em meio a um teatro, n seria plausível criar uma persona? Afinal, se viver é se questionar, ter dúvidas, se perder e se achar, quantos de nós já não fingimos ser algo que não éramos para se encaixar ou tentar sobreviver em algum ambiente. Enfim, me pegou de mtas formas esse livro e pelo visto ainda vou ficar remoendo por um tempo maior

@yoyok_ 27/07/2023

2022
Aqui deixa aquele questionamento se realmente as escolhas que fazemos tem tanto poder para mudar o nosso destino, às vezes ficamos tão conformados com algumas coisas que não deveriam ser assim, mas são, e no final das contas acabamos presos num padrão sem perceber.
Mostra como nós preferimos nos afastar; fingir que não estamos vendo tal situação para que atos cruéis aconteçam com justificativas incabíveis.
O que prova uma pessoa de não ter alma, sentimentos e humanidade?

Juliaochoa 24/07/2023

Quase muito apático.
A história do livro é contada sobre a ótica de Kathy, uma personagem que trabalha como "cuidadora" (que tem o seu significado revelado conforme a leitura). O fato é: Kathy, assim como muitas outras crianças, foram destinados desde pequenos à terem suas vidas traçadas para doações de orgãos, ou seja, nunca foi permitido que sonhassem muito além disso. (Esse fato está já na orelha do livro, então por favor não reclamem de spoiler.)
Além de Kathy existem outros dois grandes persongens na história: Tommy (um menino com um temperamento irritadiço que sofre bullying dos colegas) e Ruth melhor amiga da narradora. O livro se passa primeiramente no internato Hailsham onde todos os outros alunos, futuros doadores, viviam, depois no Casario e nos "dias atuais" já com a Kathy sendo cuidadora.
Agora que sabemos a base do livro podemos discutir mais a fundo a minha opinião sobre. Primeiramente não se trata de um livro que vai te trazer imensas reviravoltas, assim como eu imaginei quando soube do tema que se tratava, a questão da doação de orgãos é super aceita pelos doadores e não existem revoltas o que torna o livro mais sobre a relação de amizade e amor entre os três personagens citados do que um suspense.
A narrativa é bem arrastada e o Ishiguro, autor do livro, te dá pequenas doses de descoberta durante a leitura, porém não existem reviravoltas que eu tenha achado, ao meu ver, muito significativas. A Kathy narra lembrando os acontecimentos com muita nostalgia do tempo em que viveram no internato e no Casario, de fato teve até alguns momentos em que me senti próxima da personagem, mas no fim a achei uma personagem muito apática que não expressava quase nada do que sentia. Sobre Ruth, a melhor amiga, a achei uma esnobe e puxa saco, terminei a leitura sem entender por que qualquer um dos dois gostaria tanto de manter amizade com alguém assim. Por fim o único que realmente gostei durante a narrativa foi o irritadiço Tommy, que parecia sempre querer a amizade de Kathy verdadeiramente, um personagem muito gentil e com várias camadas.
Existe também outros personagens como a enigmática Madame e os professores da escola, mas nenhum desempenha tamanho papel como os três amigos.

Com a leitura concluida posso afirmar que no final você realmente vai ser respondido sobre todas as questões levantadas no livro, então se você odeia finais abertos fique tranquilo. Todavia essa obra vai te deixar com um amargor na boca e você vai se perguntar o que essas pobres criaturas poderiam ter feito de diferente.

giuuzc 23/07/2023

Eu demorei muito pra ler o livro e em parte acredito que seja por ele não ser muito esclarecido sobre o que acontece na história em uma maior parte do tempo.
A Kath, personagem principal, conta sobre a vida dela - desde pequena à adulta, e isso torna a leitura muito boa, como se estivesse ouvindo uma fofoca. Entretanto só a partir de 80% do livro que realmente começam a ser explicadas sobre as doações, o que prejudica um pouco na hora de ler, já que empaca o pensamento.
Então, acredito que eu recomendaria pra aqueles que não tem problemas com uma leitura mais reflexiva e um tanto "parada".

Priscila 21/07/2023

Never let me go
A premissa do livro é boa: um internato para crianças “especiais” que seriam “doadores” no futuro. Porém, na maior parte do livro ele me soou como um YA qualquer e não me apeguei a nenhum personagem específico (talvez Tommy tenha chagado próximo de conseguir). Por conta disso não consegui dar uma nota maior para o livro, mesmo ele trazendo algumas reflexões além da história.

Reflexões:
O que a vida nos reserva? Até que ponto estamos sozinhos? Até onde nossas relações afetivas verdadeiras são nosso suporte e podem prolongar nossa existência?
Acredito que as reflexões do livro vão muito além da produção de clones, ética e a sociedade em que eles poderiam ser reais. O livro me fez pensar nos paralelos presentes entre o que foi descrito na obra e o que temos realmente.

Se já soubéssemos o nosso futuro faríamos tudo da mesma forma? Ou só acreditamos em algo maior pra ter no que nos agarrar e não sucumbir ao nosso trágico destino que é -concluir-?

Personagens principais: Kathy, Tommy e Ruth

Marianelvf 21/07/2023

Avassalador
O tipo de leitura que te tira de orbita, acho que existe você pre leitura e pós leitura, sendo assim acho que a dor é algo que nós leitores compartilhamos após essa leitura. Compreender o que são sujeitos não sujeitos, o debate da clonagem, quão humano é trazer seres humanos com todos seus afetos com toda sua consciência para vida e depois tirar-lhes tudo que construíram. Fico abismada como a narração é tão cuidadosa, na primeira você entra na mente de Kathy, tão singela, fadada ao desamor ao desamparo encontra seus melhores amigos Tommy e Ruth, que em certo momento você fica perguntando quão solitária pode ser a vida acompanhada. Que a trajetória deles todos já está fadada a morte sem ao menos considerar sua autonomia, sua individualidade. Uma leitura dilacerante que nunca vai sair da sua mente.

Kaylaine 19/07/2023

Esse livro me destruiu
Quando comecei essa leitura estava esperando uma ficção científica de aventura e conspiração contra um governo. Mas o que eu recebi foi um livro sobre existência e humanidade.
É um livro super melancólico e nostálgico (as memórias da Kathy), me trouxe diversas reflexões e eu adorei.
Foi uma grande surpresa, gostei bastante da leitura, super recomendo.

Leticia2510 09/07/2023

Amei o conceito do livro, mas a execução me cansou demais, é um livro que não me impressionou em nada, não teve momentos empolgantes, não teve reviravolta, não teve nenhuma revelação interessante, não me deixou curiosa, fiquei o livro inteiro esperando algo que nunca aconteceu, eu ainda dei uma nota boa poorq consegui me afeiçoar com os personagens principais, mas se não posse por isso teria dado uma estrela

Jung TFanny 08/07/2023

Ahh baby baby...
Gabriel García Márquez disse que todo escritor escreve o mesmo livro. Pela minha média experiência com o Kazuo Ishiguro (este é o terceiro), ele escreve o livro da solidão e do arrependimento.
O que eu amo no autor é o nível de complexidade dos personagens, bem como ele te envolve no mistério apresentando aos poucos as peças mais óbvias, e no final deixando claro que todas as pistas estavam dispostas no livro de alguma forma desde o começo. O livro é emocionante e dá vontade de chorar, é impossível parar de ler o final. Recomendo pra quem gosta de ter crise existencial depois de um livro.

panelinharamos 25/06/2023

A
A história pode ser considerada meio paradinha, mas eu amo esse tipo de narrativa! você vai juntando as pecinhas sobre as personagens até tudo realmente fazer sentido. e quanta criatividade o autor tem! uma escrita cheia de detalhes, personagens intrigantes... gostei bastante!

Geórgia 23/06/2023

Não me abandone jamais.
O texto de Kazuo Ishiguro é narrado em primeira pessoa pela personagem Kathy H. que conta sua infância em Hailsham e sua juventude após sair de lá e se tornar cuidadora. Além de todas as etapas que envolvem o amadurecer humano, as personagens do livro enfrentam outro problema, todos foram criados para se tornarem, no tempo propício, doadores de órgãos. É um livro bem triste e que quase não reflete sobre as questões éticas que envolvem a clonagem e a maneira como essas crianças são tratadas pela sociedade. Essa discussão pouco ocorre, sobretudo porque a história é narrada pela Kathy que até o final do livro não sabe nada desse assunto, apenas que foi feita para doar seus órgãos. Deixando de lado as questões mais práticas e científicas pouco abordadas no livro(acredito que propositalmente), o autor consegue construir personagens interessantes. Apesar deles terem crescido no mesmo ambiente, sob mesmos cuidados e circunstâncias semelhantes, eles apresentam caráter e comportamentos distintos, tudo dentro da perspectiva da narradora Kathy. Nesse sentido, a história tem pouco ação, uma vez que os personagens foram ensinados a aceitarem sua condição, sem questionar. E mesmo quando surge uma oportunidade de adiar as doações, tudo é feito dentro de normas que eles acreditam estar estabelecidas e assim prezam por seguir tudo a risca, para que consigam um pouco mais de tempo um com o outro. É um livro bem triste e às vezes causa uma certa revolta em ver tanta injustiça.

Let_almeida 15/06/2023

Perda da inocência em meio à busca por se encontrar
Engraçado, quando estava pesquisando sobre o livro, achei que seria bem mais triste do que foi, mas na verdade é tão triste quanto a realidade de viver. A melancolia das decepções e esperanças perdidas é uma parte integral dessa obra, sendo o pedaço de ficção mais real que já li. Sim, você pode querer colocar culpas e papéis de herói/vilão nos personagens, mas é muito mais do que isso; é uma visão super bem feita da complexidade de cada pessoa e do mundo em geral. Não cabe a nós definir a experiência do outro, apenas tentar compreender que possamos ser diferentes. Acho até um pouco contraprodutivo avaliar essa leitura com estrelas, porque é tão avaliável quanto a vida em si? linda e vulnerável.