spoiler visualizarKrislen 14/12/2021
Desculpa por tudo Mãe
Ainda não consigo entender qual motivo me fez abrir este livro. Lembro de ler a primeira frase “Se você nos visse, provavelmente nos odiaria.” E então pensei “Ok Natasha você precisa descobrir o motivo.”
O começo é um bombardeio de faz de conta, ninguém poderia viver tão feliz e grato o tempo todo. Literalmente, é possível sentir nas páginas a fraqueza do conto de fadas que os personagens insistem em manter. Assim como é possível perceber aos poucos Merry caindo aos pedaços emocionalmente.
Estamos falando de uma mulher em seus 30 anos com uma vida muito ativa que morava numa cidade movimentada e de repente abandona o trabalho e amigos para viver isolada numa ilha com o marido e o filho recém-nascido.
Acontece que o inferno pode ter uma bela paisagem e ainda ser a [*****] do maldito inferno.
Foi interessante saber que Merry trabalhava exatamente com isto: Montar cenários falsos.
Mais a frente, Merry e Sam recebem como visita Frank – Arriscando desmascarar a suposta vida perfeita que os dois lutavam tanto manter ou pelo menos Merry tentava. Frank é uma mulher doente de inveja, extremamente nociva. Quebrada em todos os meios possíveis. Frank e Merry cresceram juntas.
Por que as pessoas se metem em amizades assim? Deve ser carência, é só nisso que consigo pensar. A carência é capaz de nos cegar e acabamos nos envolvendo com qualquer pessoa. Qualquer mesmo. Até mesmo com Frank’s e Merry’s.
Só um psiquiatra conseguiria esmiuçar uma amizade assim e me fazer entender. Estou muito longe de entender, mas fiquei intrigada e é isso que busco num livro.
O livro é pesado e eu gostei. Tem um ótimo ritmo. Sério gente, risquei o livro inteiro. Trata de maternidade compulsória, uma possível depressão pós parto, de solidão, de inimizades travestidas de amizades, de traumas[muitos traumas], de traição, de inveja e de prisão mental.
Definitivamente recomendaria a todos. É uma boa história, não é excelente, mas boa.
Sabe o que mais me assusta?
O quanto isso tudo é mais comum do que imaginamos.