spoiler visualizarBochannie 22/06/2022
Meu amor
Sinceramente, sou suspeita para falar desse livro, pois da para ver muito bem a avaliação que eu dei para essa obra: perfeita. Porque, para mim, ela é perfeita. Independente de seus furos e defeitos.
Não quero falar da história em si(na realidade quero e com certeza vou falar), porque ela aborda tantas coisas que eu escreveria um texto enorme só falando dos personagens, de suas personalidades e do desenvolvimento deles, das teorias que podem muito bem entrar na história para uma compreensão maior pois está muito envolvido na cultura da China. Enfim, falar de tudo.
Não irei, mas poderia. E por horas sem fim. Sem nem cobrar pela palestra.
Quero mais falar do sentimento que ela me trouxe conforme eu ia lendo. Um de pertencimento a história. Ela me deixava tão, tão envolvida, que eu as vezes nem tinha noção de que ria que nem uma descontrolada, chorava tão intensamente que parecia que era eu quem estava no lugar do personagem.
Sinceramente, era uma sensação de pertencimento que não havia sentido com nenhuma obra.
Ela fala sobre altos e baixos, sobre um príncipe que saiu da glória para o abismo que manteve o seu coração no paraíso e sobre um príncipe que independente do que passasse, nunca mudou. Sempre manteve-se fiel a si mesmo.
Fala sobre um devoto fiel que cumpriu a sua promessa até depois da morte e superou-se cada vez mais pelo seu amado. Alguém que demonstrava indiferença, mas que de certa forma pregava o que o seu deus acreditava: salvar as pessoas comuns.
Eles se complementam, e o príncipe não julgava o seu devoto, pois por mais que doesse, tudo o que ele passou fez com que o tornasse mais sábio. E o seu devoto fiel entendia o seu tudo e sempre estaria do lado de seu príncipe.
É um companheirismo sem fim, uma compreensão em relação ao outro que quando eu vejo tomo como meta de relacionamento, porque é algo tão lindo, tão tocante que por mais que na minha mente tenha tantas coisas a dizer, eu simplesmente não consigo deixar escrito aqui porque é algo intenso e confuso, difícil de se pôr por escrito.
Fui tão tocada pela obra que quando olho para os personagens sinto uma saudade genuína que chega a apertar o peito e deixar um vazio nele. Da mesma forma que o príncipe e o devoto preenchiam um ao outro, me preenchiam por inteiro.
E, entre toda essa maravilha, a história tem um plot incrível e um vilão maravilhoso e bem desenvolvido que carrega uma semelhança em relação a sua história com a do príncipe.
O vilão foi aquele que também estava na glória, mas desceu para o abismo e nunca mais saiu, deixando-se sujar pela lama e perdendo a si mesmo no caminho. Com isso, conseguimos ver que por mais a história do príncipe e do vilão tenha uma semelhança, elas se diferem nesse ponto.
O vilão mudou, mas o príncipe não.
E por fim, uma cena que eu amo muito:
"Também houve um período em minha vida que não foi fácil, e durante aquela época, eu constantemente pensava que, se alguém presenciasse o eu que rolou na sujeira e não conseguiu se levantar e ainda fosse capaz
de me amar por quem eu sou, isso seria maravilhoso. Contudo, eu não sei se há alguém assim, e eu não ouso mostrar aquela parte de meu passado para ninguém também."
"Mas, se é alguém que San Lang anseia, eu acho que, mesmo que a pessoa o visse em sua pior forma possível, não diria algo como "ah você não é tão incrível afinal"."
"Para mim, aquele que se deleita em glória infinita é você; aquele que caiu da graça também é você. O que importa é 'você' e não o estado de 'você'."
"Eu... admiro muito San Lang, por isso, eu quero entender o seu tudo. Então, eu estou com muita inveja que alguém já tenha conhecido aquela parte de você. É uma afinidade que vem pelo acaso e não poderia ser implorada, e se esta ligação deve continuar ou não, depende trinta por cento do destino, e setenta por cento de coragem!"
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