Coisas de Mineira 27/07/2020
Nesse período de pandemia/quarentena estou buscando ler alguns livros leves e fofos e um gênero que se encaixa muito bem, é o romance de época. Por isso, hoje é a resenha de um livro que estava namorando desde o lançamento: “A dama mais desejada”. Uma história que foi escrita por Julia Quinn, Eloisa James e Connie Brockway.
Hugh Dunne, o conde Briarly, precisa de uma esposa e pede ajuda a sua irmã para encontrar sua futura condessa. Para ajudar o irmão, Carolyn, a marquesa de Finchley resolve fazer uma temporada social no campo, na mansão Finchley.
Entre os convidados estão a incrivelmente bela e tímida Gwendolyn Passmore (a dama mais desejada da temporada), a sincera e adorável Katherine Peyton e a viúva (e melhor amiga de Carolyn) Lady Georgina Sorrell. Além das damas, alguns condes e um arrojado herói de guerra também foram convidados.
Durante todo o evento, Hugh tem a chance de conhecer as garotas e escolher aquela que mais deseja. Mas com tantos cavalheiros solteiros, se juntando a temporada, é melhor que ele seja rápido, porque pode ser que as damas sejam cortejadas por outros e ele acabe cortejando alguém que não está mais na temporada para se casar.
Já havia lido um livro um livro escrito em conjunto antes e gostei muito da proposta. Quando li a sinopse desse fiquei animada, afinal, vão estar todos em uma casa de campo e em nenhum momento a sinopse diz quais são os casais a serem formados. Só conseguimos descobrir isso, com o passar das histórias.
O livro é dividido da seguinte forma: O primeiro capítulo é escrito pelas três autoras; do capítulo dois ao capítulo oito é a vez de Julia Quinn continuar a história contando um pouco do que está acontecendo com o seu casal; o capítulo nove é uma passagem entre as autoras e foi escrito novamente pelas três; do capítulo dez ao dezesseis é a vez de Connie Brockway contar a história; o capítulo dezessete novamente temos as três autoras; do capítulo dezoito ao vinte seis é a vez de Eloisa James; o livro finaliza no epílogo, com as três autoras juntas escrevendo o final da história.
“Depois de anos sendo alvo de risadinhas, gritinhos e crises de riso descaradas, Hugh Theodore Dunne, o conde de Briarly, entendia perfeitamente bem que um irmão mais velho existe, antes de mais nada, para a diversão das irmãs mais novas.”
O que eu achei legal em “A dama mais desejada” é como a história é toda interligada, mesmo com a passagem entre as autoras, a história ainda mantém o mesmo ritmo. A ideia de irmos descobrindo os casais apenas com a mudança das autoras me deixava intrigada e eu tive que lutar contra a curiosidade de pular umas páginas para saber quem ficaria com quem.
Quero dizer que logo no início, eu comecei a supor quem seria o par de Hugh e fico aliviada de ter acertado. Acho que eu não conseguiria imaginá-lo com outra pessoa. Hugh é um cavalheiro bem ligado ao trabalho. Apesar de ser conde e ter sua fortuna, ele não gosta de se afastar dos estábulos, inclusive seus cavalos são premiados e, é a oportunidade de ver um deles de perto, que leva um certo duque a temporada social.
Não pense que todas as damas e cavalheiros que terão seus nomes citados no livro, encontrarão um par romântico. Por isso eu disse que os pares ficam um pouco no mistério. Outro fato interessante é que, apesar de Carolyn já estar casada, os capítulos de transição são todos focados na marquesa (e no marquês também), afinal ela está tentando bancar a cupido do irmão.
Carolyn é uma personagem maravilhosa e muito engraçada, caso Julia queira aprofundar na história dela, estou a disposição para ler. Sobre personagens divertidos, não podemos deixar todo o crédito para Carolyn. O livro é muito divertido, de verdade. Em vários momentos eu me pegava dando risada. Principalmente com a Katherine, que tem uma atitude muito espontânea. Mas, cada um dos casais tem seu jeito especial que encanta o leitor, ou pelo menos, me encantou.
Não foi surpresa nenhuma para mim, que quando cheguei ao final queria já ler o segundo volume. Sorte a minha que havia comprado os dois juntos na Amazon, mas sobre o segundo eu falo em uma outra oportunidade.
Julia Quinn, rainha dos romances de época, já atingiu a marca de 10 milhões de livros vendidos, tendo seus romances lançados em 29 países. Aqui no Brasil, Julia Quinn, a Arqueiro já traduziu e lançou quase 30 livros da autora, tendo como lançamento mais recente a edição de luxo de “O Duque e Eu” da série “Os Bridgertons” que vai ter uma adaptação produzida pela Netflix.
“- (…) É possível amar uma pessoa e ainda assim não ter a menor ideia de quem ela é.”
Eloisa James já escreveu mais de 20 best-sellers, ela escreveu seu primeiro romance logo depois de se formar em Harvard, mas o manuscrito foi rejeitado por todas as editoras. Depois disso, Eloisa estudou mais, conseguiu um emprego como professora especializada em Shakespeare, escreveu novamente e ao enviar seu manuscrito, teve sucesso. Eloisa cita em seu site, que uma ironia de sua vida é que, como uma escritora de romance, é casada com um verdadeiro cavalheiro italiano.
Connie Brockway é autora de diversos livros da lista de mais vendido do The New York Times e do Usa Today. A autora foi indicada oito vezes ao prêmio RITA e venceu duas vezes. No Brasil, ela possui apenas os livros em parceria com Eloisa James e Julia Quinn.
Por: Ana Elisa Monteiro
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