As garotas Madalenas

As garotas Madalenas V.S. Alexander




Resenhas - As Garotas Madalena


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Luana.Bodart 15/06/2020

Livro bom
O livro conta a história de Tiernan e Nora, que vão parar no convento,como " Madalenas", pois de alguma forma elas levaram perante a igreja ou conforme julgamento de suas famílias.
A história é narrada em terceira pessoas, mas intercala entre os pensamentos e acontecimentos de Tirnan e Nora. Juntas, elas tentam escapar desse convento, já que elas são maltratadas, pelas irmãs.
Esse convento é administrado pela irmã Anne, que acredita que faz tudo o que faz, pois ama as meninas, e acredita que com as penitências e com o trabalho essas meninas vão ser perdoadas e alcançaram o paraíso.
A leitura do início do livro é beeeem devagar, e para mim ela só engaja mesmo, quando as duas personagens vão para o convento.
Outro ponto que eu não gostei, porém é uma opinião, é do final da personagem de Nora, que fez com que eu diminuísse um pouco mais a nota do livro.
É um livro bom, com uma história pouco explorada, que infelizmente foi real para muitas mulheres e meninas em um passado não muito distante.
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Prih Aguiar 11/04/2020

As Garotas Madalenas
Comprei esse livro com grandes expectativas não vou negar, mesmo sempre sabendo que grandes expectativas literárias é a receita para decepção, ainda assim comprei.

A história é ambientada em um local onde garotas com problemas são enviadas, e quando digo problemas, não se trata de delinquentes, mas garotas que a igreja por algum censo moral ridículo da época repudiava.

Ao entrarem neste local, elas são obrigadas a abandonarem seus nomes, sua estética e qualquer ideal que um dia já tiveram, sabendo que pelo restos de suas vidas terão de lavar roupas em condições deploráveis.A grande vilã dessa história é a Madre Superiora,irmã Anne essa mulher desde o inicio demonstra esconder algo de todos, algo tão pesado que faz com que ela desconte sua frustração ao torturar meninas que para ela apresentem mal comportamento.

Nora, Teagan e Lean são as que mais sofrem em suas mãos.Tudo porque apesar de suas diferenças, não se deixaram apagar em um local sem esperança.

Preciso dizer que esperava mais,comprei este livro pensando no quanto ele abordaria um tema que ainda hoje é pouco tratado, como se tivesse sido apagado. Esquecemos que a poucos anos atrás mulheres que engravidavam antes do casamento ou que simplesmente pensavam de forma não tão recatada para época eram tratadas como escórea e jogadas em locais onde eram obrigadas render trabalhos forçados com o mínimo de alimentação, seus cuidados básicos eram negligenciados e o pior tudo em nome de Deus. Serio vocês não sabem o quanto isso ainda me traz indignação.

Porem apesar do titulo e ate mesmo a sinopse demonstrar que iríamos analisar e debater tal tema, ele é simplesmente negligenciado por um romance clichê e bem cansativo.Tudo é extremamente óbvio do começo ao fim. Talvez se o seu interesse não for somente no romance leve, seja um livro muito bom, talvez se você não tiver tantas expectativas como eu tive também goste...como falei, o meu problema é a expectativa...hahaha

site: @prihmont_
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Paulascrap 14/03/2020

Enriquecedor!....
.....📝A intolerância religiosa da Igreja Católica, em relação à mulheres consideradas fora do padrão aceitos pela sociedade conservadora, deu origem aos Asilos ou Lavanderias de Madalena em 1758 e ativos até 1996. Alguém sabia da existência deles? ......................📝 Em um romance baseado em fatos históricos o autor contará a história das internas Nora , Teagan e Lea .................📝 Os motivos para internação das mulheres perdidas : ser bonita de demais é um risco de sedução para os homens , gravidez fora do casamento, distúrbios mentais e simples envio pelos pais ........................................................................📝Dentro do convento trabalhavam exaustivamente confinadas em uma lavanderia sem condições nenhuma de trabalho, comiam e dormiam pouco e eram submetidas a castigos cruéis para redenção de seus pecados pelo período em que viveriam como penitentes........,........................................................................📝 As reclusas grávidas após o parto encaminhavam obrigatoriamente seus filhos para a adoção, mas em 1993 uma vala foi encontrada em uma lavanderia de Dublin com crianças enterradas, mas a polêmica entre crime e ações reabilitadoras realizadas nesses instituições nunca foi encerrada................................................................................📝Como no livro anterior o autor traz um romance que nos faz querer pesquisar mais sobre o assunto , embora não ache uma escrita muito fluída, e o tema seja um pouco cansativo foi uma boa leitura , personagens bem construídos e nos prende para saber cada vez mais como essas mulheres irão escapar ou não desse inferno em vida , acho que você nunca mais irá ver uma freira da mesma forma !!
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Paty 09/03/2020

Impossivel ler sem sentir nada.. impactante e doloroso, transmite os sentimentos de forma real.
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Carol Vidal 02/03/2020

Uma história potente e sombria
Uma história potente com personagens muito bem construídas. O autor soube diferenciar bem as vozes das personagens, dependendo de qual ponto de vista estava sendo narrado. Apesar de haver um elemento na história que achei conveniente demais pra criar o clímax, é uma leitura que indico muito, especialmente por ser baseado em uma história real, o que torna tudo ainda mais sombrio.
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Andrea.Allegrini 19/02/2020

Gostei muito
Valeu muito a pena a leitura. Recomendo... Doloroso e muito real.
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KARLA.BULHOES 17/02/2020

As Garotas Madalenas
É um livro que aborda as personalidade de uma mulher, e que na época que se passa estoria é vista como pecadora, e não uma mulher de espirito livre. Vale a pena ler esse livro
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Nana 11/02/2020

Aprendi mais um pouco sobre a igreja católica!
Gostei! Um livro de ficção que tem como pano de fundo os "asilos de Madalena" que realmente existiram entre os séculos XVIII e XX, onde eram colocadas as mulheres consideradas "perdidas" pela sociedade. As mais rebeldes, as mães solteiras que os pais por vergonha e incapacidade de aceitar na família colocavam nesses locais.
Lá elas deveriam se reabilitar para voltar ao convívio da sociedade, só que na verdade eram maltratadas pelas freiras, obrigadas a trabalhos forçados, punidas como se estivessem em uma prisão.
Para quem gosta de livros que além de contar uma boa trama, ainda nos ensina sobre a história, este é uma boa opção!
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Natalia Noce 06/02/2020

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Primeiro livro do ano terminado. Menos um na minha longa listinha.
Vou admitir que gostei e senti raiva na mesma proporção enquanto lia esse livro. Todos os absurdos cometidos por "pessoas de bem", toda a hipocrisia que vemos em tantos "religiosos" e muito machismo junto me deixaram louca da vida, mas todo o amor que pode ser conseguido mesmo em situações tão ruins me fez querer continuar lendo até o final.
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Três Leitoras 18/01/2020

Resenha: As Garotas Madalenas - Quem poderá salvá-las?
Este é o tipo de livro que te faz refletir, que com certeza mexerá com as suas emoções e mudará algo dentro de você. Durante a leitura, precisei parar algumas vezes para respirar fundo e de alguma forma me acalmar.

O autor ganhou um pedaço especial na minha vida de leitora, justamente por trazer histórias que retratam situações que realmente aconteceram.

A história se passa na Irlanda e tem como cenário no convento das Irmãs Sagrada Redenção administrada pela Irmã Anne, que recebe o apoio de outras irmãs e juntas elas operam as Lavanderias de Madalena da cidade.

As "trabalhadoras" são meninas/mulheres que pecaram, não seguindo os preceitos da Igreja Católica, envergonhando as suas famílias e comunidade e por esta razão precisam ser reformadas. Mas o que vemos, não é um lugar de acolhimento e apoio, mas sim um reformatório onde além de fazê-las cumprir um trabalho forçado, são maltratas de várias outras formas.

É para lá, que nossas personagens principais são enviadas, de forma completamente injusta, mas ninguém as ouviu, apenas julgou e condenou-as a viver neste lugar que só cumpre com uma tarefa: sugar a vida de todas que lá se encontram.

Teagan, aos 16 anos, se viu envolvida em uma situação com um jovem padre. Nora, com a mesma idade, era meio rebelde e queria se ver livre da sua vida familiar. As duas se conhecem no convento, acabam se tornando amigas e possuem um único objetivo: fugir daquele lugar.

Devido aos seus comportamentos e algumas tentativas de fuga, as duas acabam sendo perseguidas pela Madre Superiora, sofrem diversas punições e aos poucos vão descobrindo o quanto é triste a vida de uma mulher com a reputação manchada.

Toda a dor que elas sentiram, foi passada sentida por mim enquanto leitora. O autor com certeza minimizou (mas não romantizou) as situações vividas e o pouco que ele mostra já nos é completamente repugnante.

A sua escrita é completamente envolvente, narrando fatos históricos sem tornar a leitura enfadonha ou cansativa, com lições primorosas de amizade, companheirismo, coragem, solidariedade e amor. Um livro que recomendo para que todos conheçam detalhes da história que não nos foi ensinado na escola, de forma crua e verdadeira, mostrando o quanto é importante não nos calarmos diante das injustiças, pois uma coisa é fato, a história dessas meninas poderia ter sido completamente diferente se a verdade houvesse sido dita.

site: http://www.tresleitoras.com.br/2019/08/resenha-as-garotas-madalenas-quem.html
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Lusia.Nicolino 09/01/2020

De muito, apenas silêncio e trabalho
Não ignore a história real que é pano de fundo nesse romance. A verdade da Igreja Católica é feia em vários aspectos e aqui nos deparamos com mais um, menos conhecido do que os escândalos sexuais, mas também abominável.
Estamos em Dublin, 1962, e Alexander nos apresenta uma trama de amizade com um misto de esperança e desencanto de meninas retiradas da sociedade por seus comportamentos inadequados: mães solteiras, as que cometeram pequenos delitos, algumas prostitutas e até mesmo inocentes vistas de maneira distorcida pelos que tem conduta ilibada.
Por trás dos portões do Convento das Irmãs da Sagrada Redenção as freiras fazem dinheiro com o trabalho análogo à escravidão com a Lavanderia de Madalena. Pouca comida, pouco descanso, nenhuma liberdade. De muito, apenas silêncio e trabalho.
O que reserva o destino de cada uma das três meninas que se tornam amigas, Teagan, Lea e Nora? Entre padres, namorados e a verdade sobre o passado você vai sofrer com elas, mas a leitura vale a pena!

Quote: “As mentiras nos protegem. Acho que Deus sabe que as mentiras são frequentemente necessárias, apesar do que Ele pensa delas. Eu não seria um bom padre se tivesse de contar a verdade toda vez que surge um problema.”

site: https://www.facebook.com/lunicolinole
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Claudia Cordeiro 05/12/2019

5 estrelas com louvor. Merecido. Livro bem realista, pesado, mostra mais "pecados" da Igreja católica sem ser a pedofilia. Neste caso, praticamente trabalho escravo, prisão, maus-tratos beirando a tortura. Tudo, é claro, em nome do amor.
Bom, o livro fez o que eu espero sempre: me fez mergulhar na história, não querer largar, tentei até postergar a leitura para não acabar tão cedo. Infelizmente uma hora acabou. Vou atrás do outro romance dessa escritora, de tanto que gostei deste.
Vinny Britto 05/12/2019minha estante
Gostei da resenha. Vou procurar pra ler também.


Claudia Cordeiro 05/12/2019minha estante
?????


Nana 05/12/2019minha estante
Dessa autora tem "Um Banquete Para Hitler" já leu? É muito bom!


Vinny Britto 05/12/2019minha estante
Quis dizer que vou procurar esse livro para ler.


Claudia Cordeiro 05/12/2019minha estante
Ah, esse e o outro suponho? Eu não li Um Banquete para Hitler




Ronaldo 04/09/2019

Com o pretexto de reabilitar meninas desajustadas, as freiras desse convento exploravam sua mão de obra, colocando-as para trabalhar nas lavanderias, e certamente lucravam com isso prestando serviços para grandes hotéis, repreendiam qualquer insubordinação com castigos físicos e as alimentavam com parcas refeições. Ou seja, era um trabalho escravo. Uma vez ali dentro o destino dessas garotas estava selado. Fugir poderia ser uma opção, mas o estigma era tão grande que elas eram delatadas pela primeira pessoa a quem pedissem ajuda, fazendo-as voltar derrotadas para sua clausura e, assim, muito mais subservientes. Com um texto fluído o autor narra a história pregressa de algumas das jovens antes de serem trancafiadas no convento, sua rotina ali dentro, seus planos de fuga e a amizade que floresce entre três delas. Teagan, filha de um pai alcoólatra, uma moça inocente que tinha um namoro casto com Cullen, que por sinal, se revela um verdadeiro príncipe durante o desenrolar da história; Nora, uma jovem rebelde, de temperamento explosivo, que tem uma pose de malandra, mas que logo mostra que é tão ingênua quanto às outras; e Lea, um espírito elevado, que aceita com resignação a vida que leva ali, chega até a ser feliz dedicando-se à sua pintura, mas que se solidariza com a inconformidade de suas amigas. Gostei do desenvolvimento das protagonistas, mais como personagens individuais do que como um trio, porém a amizade delas também era muito bonita. Outra personagem interessante foi a Madre Superiora Anne, que me deixou com muita raiva por sua hipocrisia, sempre justificando suas atitudes como se as barbaridades que cometia fossem atos de extrema generosidade, salvando a alma daquelas meninas perdidas através da disciplina, quando na verdade ela só alimentava seu próprio sadismo. E o pior é que existem muitas pessoas insanas desse tipo em cargos de poder, deturpando a verdade pra que se ajustem aos seus próprios delírios. Esperava um trabalho mais aprofundado por parte do autor, pelo fato desse tipo de convento representar algo tão abominável, um verdadeiro crime contra a liberdade, destruindo os sonhos, o futuro e a vida de muitas garotas, e o que é pior, um episódio que faz parte de um passado tão recente. Alguns deles permaneceram em atividade até pouco mais de vinte anos atrás. Mas nessas páginas há o suficiente pra conhecermos um pouco dessa realidade, livro enxuto, com bastante ritmo e muitos momentos emocionantes.
Claudia Cordeiro 09/12/2019minha estante
Acho q o autor só desenvolveu a história a partir desse... como vou dizer? Episódio não, pq não é um caso isolado; a partir DISSO que era conseguir $ e mão de obra grátis através das meninas, digamos. Ele não teve interesse em pesquisar, mas para mim não fez falta. Essa história conta praticamente tudo, acho.




ELB 05/08/2019

Eu fiz já fiz uma resenha aqui para o blog de um livro desse autor – Um banquete para Hitler – achei extremamente bem escrito e você pode achar a resenha aqui. Sendo assim eu esperava com ansiedade pelo próximo.

Nesse livro, V. S. Alexander segue a base do primeiro que escreveu e usa fatos históricos e tece sua historia de ficção em cima desses fatos, mais uma vez também as mulheres são as protagonistas, o que entrega a preocupação do autor com o universo feminino e o seu apoio a causas feministas, ressaltando também nesse livro o excesso de poder do patriarcado e da igreja sobre as mulheres.

Para entender a história é necessário entender que existiam lavanderias espalhadas pela Europa desde os meados de 1700 até o ano de 1993, que funcionavam a pleno vapor lavando a roupas das famílias que se dispunham a pagar, as roupas eram lavadas, alvejadas, cerzidas se necessário, engomadas e passadas e então entregue as famílias. Quem fazia esse serviço? As mulheres jovens que caiam em perdição, as jovens pecadoras que ganhavam o nome de Madalenas nessas instituições clericais cristãs comandadas por freiras. O lucro ficava para a igreja e as madalenas faziam todo o trabalho supervisionadas pelas freiras e castigadas fisicamente e psicologicamente tudo em nome do amor cristão para que se regenerassem.

A história que resenho hoje não se passa em 1800 e por isso as informações seriam poucas, época mais patriarcal, seria mais condizente coma historia... mas não, ela se passa em 1962, já existia rádio, televisão, jornal, faculdades, mas a mão de aço da igreja ainda era muito forte em determinadas partes da Europa. E o que faziam essas meninas para serem madalenas? Por vezes nada, elas apenas tinham a culpa de serem muito bonitas e por isso ‘tentarem’ os homens com sua visão, ou eram envolvidas em intrigas, ou ainda eram mães solteiras, vítimas de estupro ou não. Eram mulheres que caíam em má fama e por isso deveriam encontrar nesse trabalho forçado a redenção de seus pecados.





Assim, três jovens de 16 anos de diferentes áreas de Dublin, se encontram vítimas desses sistema. O pecado de Tiernan nascida na parte rica de Dublin é ser bonita demais e tentar um padre com a sua beleza, sem se insinuar nem nada, o padre resolve contar a seu superior, que conta ao pai da moça que ela é uma perdida, pois seduz padres e o pai define assim o destino de Tiernan entregando a moça as madres. A segunda jovem é Nora, nascida na parte pobre de Dublin, tem o pecado de ser muito liberal para a época e ser vista pela mãe em uma posição comprometedora com um rapaz muito canalha, que a julga e conta ao pai que determina seu futuro; e por último Lea, nascida na parte rural, perde sua mãe e seu padrasto não tendo como lhe sustentar a entrega as irmãs.

O objetivo do convento é quebrar o espírito dessas pecadoras através de muitos trabalhos e castigos, para que elas se arrependam e assim achem salvação. Ao entrarem as jovens são destituídas de seus nomes e recebem nomes de santas, os cabelos lhe são cortados, todos os objetos pessoais retirados e devem se enquadrar em um regime de trabalhos forçados e uma alimentação insossa e pouco nutritiva. Não podem sair nunca mais do convento a não ser que um parente lhes busque.

As três se unem planejando sair dali, Lea é a única que não se importa de ficar no convento aonde recebe um trabalho que ama e menos cansativo pois tem o dom para as artes e cópia livros, as outras duas, trabalham ativamente na lavanderia, Nora o dia inteiro e Tiernan meio período pois a tarde trabalha com bordados. As meninas fazem de tudo para escapar, Nora é a primeira a fugir, mas não se dá bem sem perspectivas de abrigo e vida lá fora, é recapturada, tenta assegurar sua liberdade com sexo e assim perde sua virgindade e ainda volta grávida; Tiernan é a segunda a fugir e também acaba por ser recapturada, o livro segue assim, a contar as desventuras das meninas e tem um final realístico e não de romance.

Muito bem escrito, com forte crítica a igreja e ao patriarcado, baseado em fatos reais, levanta mais uma das polêmicas que a igreja luta por esconder e expõe mais uma das injustiças que muitas mulheres sofreram, simplesmente por terem nascido mulheres e serem sempre julgadas pela sociedade.

Achei que o escritor desenvolveu bem as personagens tanto das madres com suas variações de caráter e dedicação, quanto das garotas madalenas e suas nuances de personalidade. Foi possível ver a evolução da escrita do autor, nesse livro, ele se empenha em três protagonistas em um universo preenchido de mulheres e explora ao máximo cada sentimento, de revolta, tristeza, resignação e dor.

Achei o livro muito bom por revelar mais uma faceta do mundo feminino e indico sobretudo para uma ampliação da realidade das mulheres e para entenderem a busca por direitos iguais.

site: http://www.everylittlebook.com.br/2019/07/resenha-as-garotas-madalenas-quem.html
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Tamara 31/07/2019

Na primeira vez que ouvi falar de As garotas Madalenas, logo me surgiu uma grande vontade de ler esse título, especialmente pelos dizeres presentes na sinopse de que esse era um livro baseado em fatos reais, um fator que sempre me agrada nos livros. Então assim que pude comecei lê-lo, e essa experiência literária foi para mim intensa, diferente e dramática.
EM primeiro lugar, foi muito interessante descobrir sobre as lavanderias implantadas dentro dos conventos e sobre aquelas mulheres que eram chamadas de Madalenas e eram acusadas de serem sujas e pecadoras, mulheres que ousaram simplesmente olhar para um homem, possuir desejo, ter um filho fora do casamento ou outros fatos que eram considerados por seus semelhantes transgressões imperdoáveis. Ao mesmo tempo que foi interessante do ponto de vista histórico conhecer esses fatos, foi também muito chocante, pois esses acontecimentos não se deram na idade média ou nem na idade das trevas e sim há cinquenta poucos anos atrás, o que nos indigna e revolta, tamanha a crueldade com a qual as mulheres eram tratadas, e é impactante ver o modo como hoje essas coisas são normais e há pouco tempo atrás não o eram. Ainda, o cenário da Irlanda foi um bom pano de fundo, ainda mais porque lá é um país extremamente católico, e aqui podemos comprovar um tênue limite entre religiosidade e fanatismo que existia muito e infelizmente ainda existe.
Além disso, através desse enredo conseguimos estar dentro da igreja católica por meio dos conventos, e conhecemos e entendemos os diversos episódios negativos dessa instituição e vemos como pessoas que diziam cumprir os desígnios divinos se utilizavam desses argumentos vazios para maltratar aqueles que não seguiam o que era esperado deles. No sentido de intensa, essa leitura me marcou pois as suas descrições são muito vívidas e dolorosas, e quando o autor falava da apatia das Madalenas, de suas perdas de sanidade mental trancadas naquele lugar sombrio e enquanto praticavam um trabalho pesado e monótono nas lavanderias, conseguíamos imaginar as situações ali descritas e aquilo era tocante, desolador, emocionante e dramático, o que foi outro ponto de destaque durante a minha leitura, porque sim, o livro é dramático e quem deseja lê-lo deve saber de antemão que apesar de haver momentos de coragem, esperança e amizade entre as personagens, a história possui muitos episódios tristes que não podem ser apagados, então para os leitores que resolverem lê-lo é preciso ter a certeza de que não é um livro com final feliz, ainda que possamos ver vislumbres de uma vida melhor para alguns personagens. Apesar de ter dado cinco estrelas para a obra, eu não acho que ela seja a mais marcante que eu li nos últimos tempos embora traga um tema único, porém, posso afirmar que foi uma história que mexeu comigo, que me prendeu e que fez com que eu devorasse cada capítulo em busca de uma saída para aquelas mulheres. Recomendo essa leitura para os leitores adeptos de livros pesados, dramáticos e que trazem fatos históricos em toda a sua trama.
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