Resenhas - Redemoinho em dia quente

thealvesamanda 09/07/2021

Uma vez vi o Alec, do um bookhalolic, falando que gosta de classificar os livros de sofrido até Conceição Evaristo. E esse livro me fez sentir em alguns contos quase o mesmo que conceição fez, enquanto conceição me fez dilacerada, no sentido mais bruto da palavra, esse livro me fez sentir um misto de sentimento, algumas vezes reflexiva, outras bem reflexivas, enquanto outras, com o coração acalentado, como se acabasse de se abraçada.
Esse foi o meu primeiro contato com a escrita de Jarrid e posso dizer sem sombras de dúvidas que amei, que espero ler outros escritos dela em breve, muito em breve.

RayLima 29/08/2021

Eu quero esquecer esse livro só pra poder ler ele todo de novo e sentir tudo que eu senti como se fosse a primeira vez.

afarialima 24/10/2021

Por meio de diversos contos, Jarid nos permite conhecer a história de mulheres diferentes, diversas e complexas que moram no Cariri brasileiro. Religião, sexualidade, poder, amizade, amor, família, violência...tudo está presente nesse lindo livro. Uma leitura muito agradável e instigando, que te faz ter vontade de abraçar e acolher as mulheres da nossa vida

Aline.Shirazi 25/11/2021

Os contos são arrebatadores. De forma simples ela vai te colocando nas situações dos personagens, gerando empatia e se colocando naquele local.
Senti que os contos são ligados entre si . A religiosidade da cidade (com o aparente ateísmo rondando os detalhes), a moto táxi, a culpa pelo sofrimento alheio na infância (de si, dos animais, da família, dos vizinhos), a superação da rotina muitas vezes maçantes (mesmo que com a morte). Amei. Amei. Amei.

samuca 23/12/2021

A força das mulheres do Cariri
Memorável como o sabor de cajuína, esse livro é um convite para conhecer histórias protagonizadas por mulheres do Cariri. Em cada conto é retratado um acontecimento na vida dessas mulheres, os sonhos, dores, alegrias e tristezas.
Um passeio pela tradição cultural regional marcada pela influência religiosa, a crença popular, os confessos ateus.

asaquebrada 05/01/2022

Sentindo o Ceará
O último conto é o meu preferido. É de uma poesia que mergulhei emocionada.

Personagens cativantes, narrativas complexas em sua simplicidade.

Somos transportadas para o Ceará mais através de sensações do que de descrições exatas das localidades cearenses.
Não vi o Ceará, mas senti.

Erica 08/07/2022

Dos 30 contos, seis são muito bons, mas o humor de 'Gesso' e 'Não tem onça na serra' valeram o livro!


Mapa de contos:

1. Sacola ?
2. Cinco mil litros ?
3. Moto de mulher ?
4. Boca do povo
5. Asa no pé
6. Marrom-escuro, marrom-claro ?
7. Mais iluminada que as outras ?
8. Telhado quebrado com gente morando dentro ?
9. Cachorro de quintal ?
10. Bordado em branco ?
11. Amor com cabeça de oito ?
12. Got a flamin? heart, can?t get my fill
13. Viração de tempo ?
14. Gilete para peito ?
15. De melhor qualidade ?
16. Voz ?
17. Até as nove ?
18. As cores das fitas
19. Despedida de Juazeiro do Norte ?
20. Ligar seu fogo lá dentro
21. Gesso ?
22. Nheim nheim ?
23. Santa com a base marcada ?
24. Os fatos dos gatos ?
25. Graça ?
26. Não tem onça na serra ?
27. Beata princesa ?
28. Novo elemento
29. Como é ruim cair num buraco ?
30. Olhos de cacimba ?

Lulys 23/01/2022

Histórias escondidas
Jarid conta histórias escondidas de pessoas do cotidiano. Contos poéticos, contos fantásticos, contos delicados e com uma linguagem que abraça.
Tantas mulheres diferentes e é possível se identificar com várias delas.

Vitor Y. 10/02/2022

Contos de um cantinho esquecido do Brasil
O que mais me chamou a atenção desta reunião de contos foi a criatividade de relatar tantas estórias sem cair na mesmice dentro de em um micro universo tão (teoricamente) restrito que seria o interior do Ceará, Juazeiro do Norte. Embora todas as personagens principais fossem femininos, consegui notar e perceber suas diferentes nuances tanto estilo (alguns na primeira pessoa, outros na terceira) como no ângulo abordado (desde jovens comuns acampando no Mato e jovens trans). Espero conhecer novos trabalhos dessa jovem e corajosa autora.

Ronnayse 20/02/2022

Literatura brasileira e nordestina.

Jarid Arraes, escritora, cordelista e poeta, em “Redemoinho em dia quente” traz contos encantadores, com uma linguagem bem característica, marcada pelo regionalismo, e homenageando a figura feminina.

Misturando ficção e fantasia com crítica social Jarid traz as mulheres da região do Cariri como foco dos seus contos. Eles refletem lugares e vivencias comuns em diversas situações, pessoas verdadeiras; parece que você tá vendo o dia a dia.
Os contos nos levam a refletir diversas situações, como por exemplo o machismo que passa a mulher que é moto-táxi e, até, como um cachorro no quintal pode trazer tantas reflexões, (só leendo). Complexidades da vida...

Tem conto que você lê, sente o remexido que ele lhe faz, mas não consegue nem explicar. Sabe quando você ama uma leitura num tanto... que nem consegue expressar? Pois bem.

Eu adorei a leitura, e recomendo muito. E claro, voltarei para ler novamente.

Gabriel1994 13/03/2022

Gostei muito dos primeiros contos. São lindos e rapidamente nos deixam envolvido com o livro.

Os da segunda parte não gostei tanto, mas sao bons tbm.

Suzart1 19/06/2022

Ameeei!
Uma leitura muito positiva! Como é bom ler uma linguagem que é tão próxima do seu dia a dia, muito poética e nordestina! Nunca tinha me identificado tanto com um livro, suas expressões e suas histórias. Com certeza lerei outras obras da autora. Super recomendo! :)

Fabiana.Amorim 08/01/2021

Gostoso
Livro gostoso demais de se ler numa tarde preguiçosa de verão. Para quem não quer se dedicar a grandes romances, o formato de contos é uma ótima escolha.

A linguagem coloquial de Jared, nordestina cordelista, traz um aconchego, uma familiaridade com as histórias como se a gente estivesse sentada numa varanda comendo bolo com café e ouvindo uma avó contar.

Estranhei um pouco porque a maioria dos finais é repentino, carecendo de desfecho redondinho. Mas é bom assim, talvez. Fica o gosto de quero mais.

Muitas histórias ficam no ar igual àqueles filmes que a gente espera uma conclusão, mas a única coisa que se conclui é que o diretor tirou onda ou a gente é tapado mesmo e quer final de novela. Hahaha

Aegla.Benevides 18/01/2021

A força da mulher sertaneja
Um livro cheio de representatividade e muito simbólico para o Nordeste. Jarid Arraes, natural de Juazeiro do Norte (CE), uniu inúmeras realidades e temas do coração nessa publicação, uma coletânea de contos sobre a vida de mulheres sertanejas, fortes e reais.
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São 29 histórias, com características e personagens diferentes, que cativam o leitor quando trazem o regionalismo, a sexualidade, a devoção, a amizade, a infância e diversas outras temáticas presentes no cotidiano nordestino. Apesar de ser um livro formado contos, o que torna a leitura mais fluida, não é nem um pouco superficial. É singelo, mas cheio de significado e de reconhecimento (quem mora no Nordeste vai entender do que eu falo) nas linhas prosaicas, mas com um fundo de poéticas, de Jarid.
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Para complementar a leitura, acessei o site redemoinhoemdiaquente.com.br, que contém uma coletânea de fotos do Cariri tiradas pela autora enquanto escrevia o livro. Revivi sensações, enchi os olhos d'água, ri, me identifiquei e, como boa cearense que sou, me orgulhei de ter uma literatura tão sensível sendo feita aqui.

lila 16/05/2024

Senti-me muito bem acolhida por esse livro com tantas familiaridades de minha terra que pouco-muito conheço. É uma poética narrativa gostosa e muito interessante, me impressionei e gostei mais do que achei que iria.