Danylo 29/09/2020
Necessário a todos os educadores
Freire se propõe refletir sobre a prática educativa de maneira profunda e apaixonada. Em seu discurso é inevitável acabar analisando nós mesmo e o que queremos enquanto educadores, o que nossos alunos merecem e qual a nossa real função. Em forma de pequenas "broncas" e conselhos, somos levados a entender a interação professor-aluno em outro grau, de diversas outras maneiras e por resultado, temos uma transformação naqueles que se permitem realmente se debruçar sobre os problemas de que fala Freire.
Freire da ao docente, mais responsabilidades e afirma (muito bem argumentado) que conteúdos de matérias específicas que assumimos, são apenas uma parte do trabalho. Somos convidados a gerar autonomia e criticidade no alunado. Discutir fome, miséria, emprego, realidade e meio de sermos transformadores, não só enquanto professores, mas enquanto cidadãos. A prática docente se mistura a nossa vida e convívio social. Somos convidados a refletir sobre a nossa índole, nossa integridade e nosso exemplo. Não nos é permitido senão o mais alto grau de integridade uma vez que o nosso fazer pedagógico está em todas as nossas ações. Não nos é permitido apatia nem despreocupação frente às injustiças que limitam nossos alunos. Não nos cabe só ensinar matemática, física, ou alfabetização, mas também cidadania, empatia e combatividade.
Pedagogia da Autonomia é sobre estarmos cientes, enquanto professores, que podemos fazer um mundo melhor, e para isso, sejamos nós, primeiro, muito melhor professores, defendendo (verbalmente e na nossa prática educativa) a criticidade e a autonomia das nossas próximas gerações.