miri.miri 27/02/2024
"Um dia, ainda vai ficar feliz por estar vivo"
Boa noite Punpun termina de uma forma triste, mas com um ar de vida que segue. De ciclos que se repetem, depois de tudo, Punpun jamais será o mesmo.
"Mas, o coração humano é um abismo"
Teve um apelo maior de cenas deslumbrantes e muito bem desenhadas, e ainda me pergunto se aquela história do Pegasus fez alguma diferença na trama além da licença poética muito viajada, se a conclusão ia ser só fogo na roupa, dava pra ter encerrado mais cedo esse chato. A Aiko com certeza foi a personagem que mais me encantou na obra, apesar do Punpun ser o mais complexo. Seki e Shimizu dois fofos, não teve muitos detalhes, mas ficou evidente que a conexão deles nunca vai acabar mesmo com as piruetas giratórias do universo.
Pra mim não ficou claro o significado total desse final. Mas o mangá é do gênero vida cotidiana, então por si só um retrato da vida real. Ao longo de cada fase dessa história, foi possível se identificar com um bocado de frases e sentimentos exibidos em diversas cenas.
"Ele pensou como tudo seria muito mais fácil se pudesse ser consumido e desaparecer num instante daquele jeito"
É poético, vale muito a pena ler a obra se você quiser reflexões mais profundas, sendo diretas ou em aberto.
E romance aqui? O amor desmedido também pode ser avaliado, foi estranho, foi lindo, mas bizarro, não era amor? Uma mutação do amor.... Muito provável. Foi loucura. E a mensagem sexual? Essa foi mal, tudo bem que pra quem souber bem distinguir, vai entender o quanto Punpun errou em determinados momentos da obra. Mas se quiser um exemplo claro disso, aqui não tem, não teve consequências esse sexismo do Punpun...
E a depressão? Muito bem retratada, e a forma como ela pode nos destruir de dentro pra fora. Mas foi absurdo o quão sombrio isso se tornou, pra tirar qualquer limitador do Punpun.
Uma vez a Aiko disse:
"Tudo... Devia sumir."
As vezes parece que devia mesmo!