Resenhas - A Filha da Fortuna

Elaine Messias 14/05/2024

Um delicioso passeio histórico
Valparaíso, Londres, São Francisco, Cantão, Sacramento? a história dessas cidades tão diversas é matéria prima para a tapeçaria que ilustra os primeiros 20 anos de Elisa. Heróico, místico, poético e encantador, esse romance acabou sendo um retrato dos antepassados das personagens de A casa dos Espíritos.

Marcianeysa 13/05/2024

Isabel Allende escreve sempre muito bem. Gostei bastante do livro, da história e dos personagens, só achei que algumas coisas ficaram mal resolvidas.

carolina :) 04/05/2024

Magia pura
Primeiro romance que li de allende e me apaixonei pela escrita, o realismo mágico me encanta imenso e a estória em si me prendeu muitíssimo.
A forma que o livro vai se desencadeando é encantadora, as tramas, as relações, a busca que se dá por eliza no livro todo. Segredos, amores, vidas, viagens, desafios. É uma aventura literária.
Os personagens incríveis, me fizeram estar muito mais presente dentro do que estava acontecendo; daquelas leituras que marcam por carregarem personalidade nas suas páginas.

Nathaly123 29/04/2024

BABADO FORTE
?Eliza não pensou duas vezes para largar tudo (sua família, sua casa e seu conforto) para encontrar Joaquim, enquanto que Joaquim não pensou duas vezes para largar tudo (Eliza e sua mãe que só tinha a Joaquin) em busca do ouro.
No começo suas ambições eram de ter a mão de Eliza e poder ser digno de te-lá e dar a vida a sua mãe que pudesse invejar os seus familiares.
Joaquim era o jovem que mais gritava sobre equidade e democracia. Joaquim roubou a empresa que trabalhava para poder caçar ouro do outro lado do mundo. Na primeira oportunidade ele tentou entrar em contato para falar com Eliza? Para falar com a sua mãe? NÃO!
Os seus discursos sobre uma sociedade justa foram embora na primeira oportunidade tangível de ficar rico. Ele saiu do Chile, foi pra Califórnia e não ficou rico. O que ele fez? Virou assassino. Eliza viajou 2 meses, teve aborto, ficou anos procurando por ele e no final se encontraram? Sim, mas mais ou menos. Joaquim teve a sua cabeça exposta.

Terminei o livro sem saber que era o final e agora só me resta o vazio.?

Dri 21/03/2024

A saga de Eliza
Minha primeira leitura de Isabel Allende e estou encantada. O livro narra a infância e juventude de Eliza, deixada recém-nascida na porta de uma família inglesa que vivia no Chile do século XIX. A narrativa é envolvente e eu não conseguia parar de ler. A autora entrelaça personagens principais e secundários com fatos históricos com maestria. Aprendi muito sobre o Chile da época e a corrida do Ouro na Califórnia. O que mais me encantou foi a humanidade e complexidade dos personagens, assim como na vida real, ninguém é perfeito, ninguém é totalmente bom ou ruim. Já vou emendar em Retrato em Sepia, continuação da história das famílias retratadas em A filha da fortuna.

Tatiana406 15/03/2024

Sobre coragem, amizade e a vida ser maior que nossas paixões
De todos os livros da Allende que li, achei esse o mais diferente na construção da personagem principal ,a principio , mas depois a gente reconhece a força e coragem de todas as personagens femininas da autora. Não creio que seja sobre ?correr atrás de macho ?, como também achei no começo, e sim do quão essa premissa fez a personagem sair do papel social para o qual ela foi treinada toda uma vida para ser, uma moça de família tradicional que vivia pra aprender a ser esposa , que não iria escolher seu destino, e a colocou num lugar de escolha, ainda que numa jornada caótica, atrás dessa paixão. O livro é sobre essa jornada, por isso super entendo o final e não acho que seja um final aberto, faz todo sentido se focarmos no desenvolvimento da personagem e não no aspecto romântico.

Bia 06/03/2024

?Ele disse que o conhecimento era de pouca utilidade sem sabedoria, e que não havia sabedoria sem espiritualidade, e que a verdadeira espiritualidade sempre incluía o serviço aos outros. Como ele explicou muitas vezes, a essência de um bom médico consistia na capacidade de compaixão e no senso ético, sem as quais a arte sagrada de curar degenerava em simples charlatanismo?

Letícia Vincenzi 14/01/2024

A história da Eliza entrelaça a corrida do ouro na Califórnia com seus desdobramentos políticos, sociais e com a discriminação racial sofrida pelos chilenos, mexicanos e chineses. Particularmente, eu adoro o jeito que a Allende costuma inserir um contexto histórico real em meio aos seus personagens fictícios muito bem construídos e detalhados um a um, desde aqueles com mais destaque aos que aparecem apenas em um capítulo.

melzinhols 05/12/2023

Um livro muito diferente dos outros que da autora, os propósitos são outros, os enfoques são outros, o plano de fundo ao outro, um livro bem denso que junta muita informação......em algum momento fica mais cansativo que interessante, mas com ctz, é um livro que merece uma chance

Bea 21/11/2023

Eu amo a escrita dessa mulher, sempre tem personagens que te prendem e você nunca sabá qual será o próximo ?escandalo?. Ela chega a destruir personagens que são tão bons e até achamos que o livro vai ficar sem graça mas não, ai chega a vez dos personagens que ela estava construindo lá atrás brilhar. Nunca vou me arrepender de começar um livro de Isabel Allende!!!!

Marilia 14/11/2023

Filha da Fortuna
Engraçado que esse livro dos três que já li é o meu favorito, no entanto é o com o final que menos gostei por conta de ciclos que eu queria que tivessem sido encerrados de maneira mais clara.

Jaqueline.Xavier 12/11/2023

Destino
Eu sou muito suspeita pra falar sobre os livros da Isabel Allende, todas os 3 que li até o momento funcionaram perfeitamente pra mim, consigo criar uma conexão surreal com os personagens, com a história em si. Não foi diferente aqui, apesar de ter gostado um pouquinho mais dos outros dela. Eliza é uma mulher que não mediu esforços para encontrar o grande amor de sua vida, embarcou em uma viagem arriscada e sem garantias, viveu grandes acontecimentos. Foi teimosa e destemida, fez de sua vida o que escolheu fazer. O contexto histórico dessa narrativa tbm foi muito interessante, a descoberta do ouro, a ganância das pessoas, a oportunidade enxergada por muitos e o nascimento de um grande estado, tudo se encaixa. Foi uma experiência muito boa e sigo sendo fã dessa grande aurora.

MilenaSales00 29/10/2023

Um final que deixou algumas pontas abertas
É impossível tecer críticas a uma escrita tão envolvente e bem construída. Tudo relatado de forma a nos prender? as expectativas estavam muito altas, mas quanto mais eu chegava perto do fim, menos eu via as coisas de desenrolar.

Achei que algumas coisa ficaram em aberto, mas como não quero colocar alertar spoiler, espero que vocês façam a sua leitura e o seu julgamento.

No mais, a história é Linda. Envolve do início ao fim.

LairJr 24/10/2023

Como sempre vemos em Isabel, a obra é constituída por mulheres fortes e corajosas, dentro de uma trama que se desenrola no tempo e espaço de forma fluída e cativante.

Cida Zientarski 19/10/2023

A Filha da Fortuna (+16)
Meu primeiro contato com a Isabel foi com este livro, que apesar de não ter sido o melhor livro que li em minha vida, explica muito bem a fama da autora. É um clássico que narra a história de Eliza Sommers, uma jovem chilena que foi criada por uma rica família inglesa em Valparaíso. Miss Rose Sommers deu tudo do bom e do melhor para a filha adotiva, que teve, inclusive, acesso a uma educação que outras meninas daquela época não tinham. Então, quando Eliza se apaixona por Joaquín Andieta, um dos empregados do tio adotivo, ninguém imaginava que ela deixaria tudo o que aprendeu para embarcar nas aventuras do amor.

Joaquín é um jovem com os ideais liberais, ideologia que estava, aos poucos, se difundindo pela Europa. Apesar de corresponder aos sentimentos de Eliza, ambos sabem da impossibilidade do relacionamento: naquela época, uma moça bem apessoada casar-se com um "João ninguém" era, no mínimo, uma afronta à sociedade. Sendo assim, quando surge a notícia de que existe ouro na Califórnia, Joaquín não pensa duas vezes antes de ir tentar a sorte por lá, tendo como principal objetivo voltar e dar um casamento digno a Eliza. Meses depois, após uma descoberta que mudaria sua vida para sempre, a protagonista embarca clandestinamente para a Califórnia a fim de encontrar seu amado.

Para quem gosta de livros extremamente descritivos, este é perfeito. Allende fala muito sobre a cultura chilena e diversas outras que acabam surgindo enquanto Eliza viaja escondida no porão do veleiro, o que é legal e interessante até o ponto em que se torna chato e cansativo, pelo menos para mim. A primeira parte da narrativa, que é divida em três, é a mais lenta de todas. Em muitos momentos me deu uma vontade gigante de largar o livro e procurar outra coisa para ler. E é aí que entra o dom de Isabel, que começa a me ganhar no decorrer do texto, como quem não quer nada.

Além disso, eu senti muita, muita falta de diálogos. Eles custam aparecer e, quando finalmente alguém resolve conversar nessa história, não trocam mais do que algumas frases. Acredito que o fato de eu não ter conseguido ler mais do que um ou dois capítulos por dia foi devido essa ausência. Engraçado que a gente não percebe a importância das coisas até que elas nos são tiradas e essa premissa vale muito para os diálogos. Ah, os capítulos são um pouquinho grandes, o que pode incomodar àquelas pessoas que só param de ler quando chegam ao fim deles, como é o meu caso.

O mais interessante é que esse não é um livro sobre um casal que se apaixona e acaba se separando por algum motivo. É muito mais sobre a trajetória de Eliza até encontrar Joaquín do que sobre o encontro de fato. Para uma pessoa que achava que não conseguiria viver feliz e em paz sem um homem, se tornar uma mulher independente e capaz de sobreviver aos piores desafios sozinha foi o melhor aprendizado que Eliza poderia ter, principalmente em um romance histórico que se passa no século XIX.

Acredito que não é aquele tipo de livro que a gente senta e consegue ler de uma vez. Assim como a jornada de Eliza é longa, a nossa como leitores desse livro em especial também é, o que não é necessariamente ruim, afinal. Allende não deu um desfecho real para a história, o que me deixou irada até eu descobri que há uma continuação, Retrato em Sépia.

Quotes favoritos:
"se ela tivesse nascido mil vezes antes e tivesse que nascer mais mil vezes no futuro, viria sempre ao mundo com a missão de amar aquele homem da mesma forma."

"Não diga tontices, o mundo é grande a vida é longa. É tudo uma questão de atrever-se."

"De pouco serve o conhecimento sem sabedoria e não há sabedoria sem espiritualidade." Nem tudo é ciência.

"Nada é em vão. E na vida não se chega a lugar nenhum, Eliza; na vida só se faz caminhar."