Feliz Ano Velho

Feliz Ano Velho Marcelo Rubens Paiva




Resenhas - Feliz Ano Velho


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Marcos 06/03/2022

Memórias de um esquerdo-macho
Somente na reta final é que percebi a importância do livro, especificamente quando é trabalhado a aceitação das novas condições físicas e a realidade complexa para cadeirantes. Mas se tira isso... Temos um esquerdo-macho falando de sexo sempre que pode. Mesmo tentando entender o momento em que foi escrito (anos 80) tem questões bem preconceituosas difíceis de digerir, sem contar que temos uma família de no mínimo classe média alta e o autor não se considera parte da burguesia, mesmo com tantos privilégios e morando em áreas nobres por onde passou, mas essa é a realidade da maioria até hoje que eu identifico como haribo/hippie de iphone. Mas o que é difícil mesmo é que a tal crueza e simplicidade da narrativa que ouvi outras pessoas elogiando, a meu ver, é muito superficial. Fica uma sensação de que o autor quer ser muito deslocado e evita trazer reais sentimentos, são descritas mais cenas de "expectativa" do que de "realidade" de fato. Se vc pertence à alguma minoria e/ou tem consciência de classe, é difícil não ficar incomodado com alguma parte desse livro.
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Thairini 17/06/2020

Mediano
Comecei a ler com uma baita expectativa, e logo no início até gostei da maneira como o autor trata e ressignifica o acidente, a leveza com o qual aborda o hospital e os profissionais. Porém acho que o autor talvez tenha pesado a mão na "leveza" e muitas vezes me pareceu debochado demais, sem contar todas as histórias e passagens da vida que ele relembra antes do acidente, no qual se coloca num lugar de "garanhão" o que me fez inclusive pensar se de fato todas aquelas passagens de fato aconteceram daquela maneira como foi colocada no livro. No final,(nas 10 ultimas paginas), ao meu ver, o autor volta pro eixo e consegue ao menos terminar bem o livro.
Julianne Dias 21/09/2020minha estante
Eu estava com ele largado há meses, cheguei a pegar várias vezes e nem sequer abrir. Agora tô presa aqui na leitura. Alguns trechos me incomodam tb, mas tem que situar o livro há época em que foi escrita, não esquecendo que ele era um rapaz com muitos privilégios, muito jovem e que só queria saber de diversão.




Viviane.Gomes 14/05/2020

Não consigo achar o autor um coitadinho...
O autor é extremamente machista, racista, preconceituoso, arrogante e prepotente e isso acaba transparecendo na sua história de vida relatada no livro. Em vários momentos suas atitudes, principalmente ao se referir e tratar as mulheres, me causou repugnância. Sim, o livro foi escrito em uma década anterior (de 80) e muito do que hoje é inaceitável não era anteriormente, mas nem pensando por esse ponto de vista consegui mudar minha opinião sobre esse livro. Diversas vezes cheguei a pensar em abandonar, mas acabei terminando a leitura e minha opinião continuou a mesma.
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l0rdsith 30/10/2023

Não gostei muito.
Eu entendo o porquê de ser um livro importante, mas eu simplesmente não consegui genuinamente gostar dele e do protagonista. que cara chato e sem noção.
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Manoela.Carvalho 14/03/2021

Livro muito bom. Conta uma história que fala mais do que de superação. Única coisa que me incomodou foi o constante machismo e socialização durante a história.
Lorena Fernandes 16/03/2021minha estante
Faz muito tempo que eu quero ler esse livrooo




Monique @librioteca 12/05/2020

[Re]Lendo Feliz Ano Velho...
Marcelo, um jovem bon vivant, tem apenas 20 anos quando mergulha (“em pose Tio Patinhas”) num lago raso, fratura a coluna cervical e fica tetraplégico. Em recuperação, começa a escrever como exercício para os braços e, três anos depois do acidente publica Feliz Ano Velho, seu primeiro livro. Resultado?! O título vira best-seller e lidera por quatro anos a lista dos mais vendidos no Brasil. Hoje, a obra que marcou toda uma geração de leitores e tornou-se referência na literatura brasileira contemporânea, e já acumula um milhão de exemplares vendidos.

Mas, o que fez dessa autobiografia um sucesso quase instantâneo na década de 80/90? E, passadas quase quatro décadas, o que faz com que o título ainda seja culturalmente venerado hoje? Bem, uma releitura (de quase 20 anos depois) tratou de responder essas questões.

Quando Feliz Ano Velho atingia sua adolescência, eu também estava lá, no auge da mocidade. (Rs.) Nessa época, em minha mente juvenil, a linguagem livre e coloquial do livro fez um sentido arrebatador, e eu amei a leitura. Para mim, hoje, fica claro que esse é um dos motivos que fez do livro um sucesso à sua época, e que continua arrebatando jovens leitores atualmente, pois sua linguagem continua contemporânea.

Nessa releitura, a elocução irreverente já não é tão importante, mas seu enredo fluido e não-linear continua envolvente. Outros aspectos, como o contexto político e social dos "anos de abertura" do governo militar, o humor ácido do narrador, sua espontaneidade e maneira simples com que trata qualquer assunto, saltaram mais aos olhos de uma leitora mais madura.

O que acho desse livro, agora? Que ele continua sendo uma história sincera e sem delongas, onde um jovem, com seu carisma peculiar, e que não quer ser exemplo para ninguém, enfrenta uma nova condição que vai moldar a sua identidade, renovar sua determinação e alimentar a sua fé diante da vida. Vale à leitura.


site: www.instagram.com/cadernetaliteraria/
I Danielle I 12/05/2020minha estante
Adorei tua resenha Monique! Pretendo ler essa obra.


Monique @librioteca 13/05/2020minha estante
Obrigada, Dani. Espero que goste da leitura.




AndrA131 30/03/2023

Decepção
200 páginas de objetificação feminina. Dane-se Marcelo e sua irreverência, narração totalmente cansativa com a palavra tesão e punh3t* presente a cada 10 páginas.
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Atenasis 30/08/2021

Feliz ano velho
Quando eu comecei a ler já achava que ia ser uma bosta. Minha irmã já tinha começado a ler para a escola 2 anos atrás, mas ela abandonou a leitura (normal dela). Enfim, li por conta da escola e ja estava esperando não gostar. Pensei até em não ler, mais aí achei que deveria me esforçar já que é um clássico da literatura brasileira. O início do livro eu achei MUITO machista, um linguajar chulo desprezível e uma graça com tudo que me deixou bem desconfortável. No final acabei me acostumando com a escrita dele e até que achei ?legalzinho?.
Enfim, é uma leitura super fluida, como uma conversa que você tem com ele. Não gosto muito do fato dele ficar voltando do passado para o presente, mas isso ajuda com a ideia de ?conversa?. Em minha opinião não teve nem meio nem fim. Fiquei extremamente zangada com o jeito que descrevia as mulheres, mesmo ele próprio dizendo que era machista ao fazer isso (E MESMO ASSIM CONTINUAVA).
Enfim eu não recomendaria, mas é fácil de ler. Pelo menos no final ele aceitou sua condição, enquanto no início ficava fazendo piada para (ao meu ver) negar isso.
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Eddy 15/08/2010

Feliz Ano Velho
São 12:56 am. Tem mais ou menos quinze minutos que eu terminei de ler “Feliz Ano Velho”, do Marcelo Rubens Paiva. Não levem muito à sério esses quinze minutos. Não sei informar com precisão. Estou chutando. Pois quando terminei de ler o romance, fiquei parado, olhando para a capa, folheando as páginas durante alguns minutos. E sorri. Constatando que este foi um dos melhores presentes que eu ganhei na vida. Ganhei o livro da minha amiga Vanessa (@Nessa Santa Catarina), num gesto inesperado, coisa de meio da semana, sem muito por quê, nem meu aniversário era. E eu gosto de receber presentes assim. Gosto de dar presentes assim. Ainda mais quando estes presentes são livros.
Marcelo Rubens Paiva sempre foi uma grande incógnita para mim. Sabia quem era, conhecia superficialmente sua literatura – muito mais de ouvir falar – nunca tinha efetivamente lido algo dele. O próprio “Feliz Ano Velho” cheguei a baixar há coisa de uns dois anos atrás, mas não passei da página 35. Não por achar o livro um porre. Muito pelo contrário. Só não tenho paciência para ficar lendo diante de uma tela de computador. Me irrita, a cabeça dói, os olhos pesam... sou um velhinho. Enfim, finalmente pude ter o livro em minhas mãos. Ganhei na quarta à noite, saindo da faculdade. Cheguei em casa, e numa tacada só devorei 135 páginas. O romance é lindo. E quando digo lindo é na acepção da palavra. Do jeitinho que eu gosto. Narrativa simples, direta, abusando dos coloquialismos (isso confere uma veracidade incrível à história, pelo menos pra mim, enquanto leitor), humor, enfim... Uma delícia!
Marcelo é inteligente. Já começa o romance “começando”, sem muito por favor. O livro abre no momento em que ele mergulha num lago de meio metro de fundura a la Tio Patinhas. Mergulho que muda a sua vida por completo. Daí em diante, enquanto ficamos conhecendo a rotina do novo “tetra” (porque tetraplégico é uma palavra horrível... e é mesmo!!!), dividido entre hospitais, exercícios, sondas no pinto, reabilitação... também ficamos conhecendo o Marcelo de antes do acidente. Músico talentoso, apaixonado pela vida, pelas mulheres, pelos amigos. Um jovem comum, normal. Como eu. Como você que está lendo esse texto agora.
“Feliz Ano Velho” não quer ser um livro didático, uma enciclopédia Barsa. Não quer te dar uma lição de moral. Quer apenas contar uma história, uma experiência, da maneira mais simples possível, um papo entre amigos. E sem querer, acaba te dando um enorme soco no estômago. É um choque de verdade. Um tapa na cara. Te faz refletir. A vida de Marcelo deu uma cambalhota de um momento pro outro, por causa de um mergulho besta. Isso pode acontecer com todo mundo. Eu me pus no lugar dele. Fiquei com medo. Olhei para dentro de mim e percebi que devo me corrigir em inúmeros aspectos. Sou muito depressivo, ás vezes. Me irrito com facilidade. Devo rir mais. Curtir mais. Beber mais. Beijar mais. Afinal de contas, nunca se sabe o dia de amanhã.
Enfim, não estou querendo dar lição de moral em ninguém. Sei muito pouco da vida para isso. Só estou dizendo que devemos nos preocupar menos com bobagens, besteiras do dia-a-dia, e curtir o momento. Viver. Viver intensamente. Um cinema com os amigos. Uma festinha. Um porre. Uma transa. Viver, saca? Viver. É isso que “Feliz Ano Velho” deixa pra gente: Viva. Viva o hoje. O agora. O amanhã, a gente vê outro dia, depois. Agora é que é importante. Portanto, sai desse quarto, bicho! Desliga esse computador. Bota a cara na rua. Olha para o céu. O sol. Vive. Vive!
Eddy Fernandes
Manaus, 15 de agosto de 2010
Gabriel.Lima 17/05/2020minha estante
taboca. Onde anda você nessa quarentena, taboca? Que medo, taboca. De virar você dessa nova década, taboca. Tão talentoso, taboca. Tão promissor, taboca. Tão sua década, taboca. Manifestações, taboca. Festa, taboca. As mulher preta, taboca. As bixa preta, taboca. E agora, taboca? Aonde foi parar? Coronavírus, taboca. Outra década, taboca. Loucura. Live. Cachaça em casa. Live. Governo mandando nego bater uma, taboca! Bolsonaro já nem tem mais graça. E nego não percebeu que a gente vai ter que fazer alguma coisa a mais. Superar o melodrama usual da vida usual. Se permitir o fantástico.

Você não é culpado nem vítima, é seu tempo em sua magnitude. Indo de bike, te entendo. Só não quero ser o meu. Quero ser além e quero me sentir acompanhado, taboquita. Como faz? O paiva hoje seria um criminoso, por exemplo. Que loucura, né? ... A gente ainda quer ver o horizonte distante? Eles estiveram certos com seus all stars? Num sei. Sei que olha pra mim e me sinto um pedreiro. Penso se o Choque de Cultura não antecipou o que estaria por vir. Uma juventude conscientemente mondrogueira. Uma coisa como uma moda de "ser brasileiro", aos moldes anos 80. Acho que Bolsonaro é meio isso. E a esquerda já está saturada desse papo de ditadura. Acho que temos que ser uma nova forma de brasileiro, igualmente carnaval e futebol, só que mais. Acho que vamos conseguir. taboca. As camisa de time, Taboca! Tenho que estudar agora. Castelo-Ra-Tim-Bum. Também vi chiquetitas escondido. Mas não sou gay. Só gosto de biscoito de morango, e daí? Brasil. Sil sil sil sil sil sil.




Gaby 03/05/2021

FELIZ ANO VELHO
Um livro que faz o leitor pensar em como é importante valorizar até mesmo os pequenos momentos vividos. Narrado pelo próprio Marcelo, conta a história de como sua vida mudou completamente do dia para a noite, após um acidente que o deixou sem os movimentos do corpo. O machismo presente no livro incomoda, mas em um geral, a história mostra a força que Marcelo tem para recuperar-se, o apoio dos amigos, a trágica perda do pai morto pelos agentes da ditadura militar e as incansáveis aventuras e romances vividos até o momento do seu acidente.
Aline.Rodrigues 08/05/2021minha estante
Mais o livro foi escrito em 1982 não dar pra cobrar muita coisa do autor




Paola 22/11/2022

Geração Beat brasileira fez bem
Fiz um trabalho de faculdade sobre esse livro uns dois anos atrás, sem ler, e carrego ele no imaginário desde então. Eis que finalmente estava lendo On The Road (Jack Kerouac) e no prefácio falavam um pouco sobre o contexto da geração beat e também seus representantes no Brasil, mencionando este aqui e me levando a ler, já que gostei bastante do outro.

Assim como OTR, é um livro que incomoda nos dias de hoje. A mensagem e o sentimento de liberdade e do jovem adulto tentando se encontrar no mundo é intoxicante e muito relacionável, mas pra isso você precisa conseguir relevar todos os comentários machistas, sexistas e homofóbicos envolvidos. Vale a pena leitura, apesar e por também.
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Renata CCS 05/02/2013

Adeus ano novo, feliz ano velho...
Eu li FELIZ ANO VELHO há muitos anos e o que mais me lembro foi o choque de ler sobre uma pessoa tão jovem que vê sua vida mudar radicalmente por conta de um acidente e a maneira descontraída e alegre que o autor usou para narrar sua vida. Não é um livro de ficção, tampouco de auto-ajuda. Como a maioria das pessoas já sabe, é, por assim dizer, a autobiografia de Marcelo Rubens Paiva. É um jovem paulista de 20 anos de classe média alta, vida confortável, inúmeras namoradas, estudante de Engenharia Agrícola na Unicamp, ele vê sua vida mudar drasticamente em poucos segundos. Foi durante um passeio com um grupo de amigos, um pouco antes do Natal de 1979, que Marcelo resolve dar um mergulho em um lago, só que não sabia que era de apenas meio metro de profundidade. Resultado: uma vértebra quebrada e seu corpo não mais responde. É exatamente assim que começa a narrativa de FELIZ ANO VELHO. No livro o autor conta sua vida como quem conversa amenidades: com muito bom humor, realismo e com uma linguagem bem descontraída. Imóvel numa cama, Marcelo dá asas às lembranças e à imaginação. Foram 12 meses de uma recuperação lenta e dolorosa numa UTI e a descoberta de que teria como extensão do seu corpo uma cadeira de rodas. Seus dias no hospital, as visitas que recebeu, as histórias que viveu são relatadas sob uma nova perspectiva: ele conta como é depender da ajuda de amigos e familiares para reaprender a viver, a relação de amor e respeito à mãe, o carinho das irmãs, a camaradagem e encorajamento dos amigos, as baladas, as aventuras como músico, as namoradas, as fantasias sexuais, e até a primeira broxada, sem falar do pai que sumiu durante a época da ditadura militar. Marcelo não lamenta sua sorte, tampouco se considera um derrotado. Apesar do tema trágico, FELIZ ANO VELHO tem seus momentos de ternura e erotismo, além do humor. O leitor é capaz de entrar na história como quem assiste a um filme, podendo presenciar desde os fatos mais marcantes até os detalhes mais íntimos de sua vida.
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Nick 27/05/2021

Gostei muito do livro, mesmo ele sendo bem preconceituoso e assumir isso em muitas partes. Mas é extramente interessante ler toda a trajetória e vivências desde o acidente fazendo com que você queira saber cada vez mais qual foi a próximo etapa que ele iria passar. Senti a leitura bem fluída.
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Amandinha_13 20/10/2021

Legal
Pela sinopse achei que ia ser chato, mas acabou que é bem legalzinho. É um livro incrivelmente rápido de ler e contém um humor beeeem debochado.
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Marcos 21/01/2022

Sobre ter um corpo
Imagine ter um corpo e perder o controle dele, imagine ter dor todos os dias a todo tempo, imagine ser um peso para sua família tal qual a cruz para Jesus.

Agora, imagine que isso é um fato e você precisa seguir adiante. Não é uma questão de se amaldiçoar pelo que perdeu, mas de buscar aproveitar a chance que lhe foi dada para viver da melhor maneira possível.

Paiva não só conta sua história de forma humorada, mas também narra a história do país em que vive, sua cultura, seu povo, suas paixões e sua ciência. Você pode acabar sendo um dos acidentados que ficam paraplégicos ou tetraplégicos, mas o que fará da sua vida dali em diante é escolha sua.

Esse livro trás mais que um história da deficiência motora, trás um aconchego na hora do aperto.
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