Resenhas - Se deus me chamar não vou

Ninive.Lacerda 17/01/2022

Cai de paraquedas nesta leitura. Minto. O trecho a seguir, que inicia o livro,  me aproximou dela: " Esta é a história deste ano, deste meu ano, não do ano de todo o mundo, porque cada um está tendo um ano todo seu e eu só posso contar a história do ano que é meu. A não ser quando eu for escritora, aí sim vou poder contar a história do ano dos outros."

Dito e feito, Mariana conta a história singular de uma outra, da Maria Carmem. A leitura é rápida devido aos capítulos curtos. A narrativa é gostosa, fluída e cheia de observações da criança Maria Carmem - daquelas que aparentemente não nos dizem nada, mas muito nos ensinam.

Devo falar também da tristeza, da melancolia, de situações, como o bullying, e sentimentos pesados demais para uma criança... O desenrolar do livro foi uma surpresa para mim. Acabei a leitura desejando abraçar a menina Maria Carmem.

Sophia.Ferraz 09/10/2023

é um pouco triste
é muito bom ver a narração de uma criança, apesar de o livro ser escrito por um adulto (se não me engano). achei realmente triste algumas partes, principalmente relacionada a escola e ao fatos dos pais estarem tão focados em suas próprias vidas que nem percebiam o que estava acontecendo.

Sam 23/09/2023

Perspicaz
Esse livro é fortemente indicado para todas as pessoas que convivem com alguma criança. Talvez elas não tenham a dimensão do quanto suas ações, boas ou ruins, influenciam a vida dessas crianças. Talvez esse livro as leve a refletir sobre isso.

liaramoss 17/02/2022

estamos todos em banho maria.
"Eu terei crescido que nem um apartamento-grosso, e velho, e cheio de umidades, sem delicadezas nem balões coloridos, ninguém passa pra conferir se o vento não me levou porque sou inteira sólida. Acho que vem daí a palavra solidão, pessoas tão sólidas que ninguém vem checar se estão ruindo."

VRAU, UM TAPA NA CARA.

não sei muito o que dizer sobre esse livro além de LEIAM. Maria Carmem tem 11 anos, o que para ela é a pior idade pra se ter, e está passando por algumas situações em casa, na escola e na loja de velhos que os pais são donos e então decide narrar tudo em seu computador, como se fosse um diário, e é isso que acompanhamos.
A dor de uma garota solitária na escola e até em casa, a história sobre se sentir um peso para todos ao seu redor, sobre pedir ajuda de alguma força divina e também ser ignorada, sobre tentar se manter em meio ao caos, tendo apenas 11 anos. Queria abraçar Maria Carmem e não largar nunca.

Teve um capítulo que foi bem desconfortável de ler e que não sei se mudou muitas coisas na narrativa, pra mim não, por isso não dei 5 estrelas, MAS é um livro rápido, importante e com um final muito muito muito bom.

Brunatf 24/01/2021

Gostei
Achei que a leitura seria mais profunda do que realmente acabou sendo para mim.
Mas foi uma leitura realmente muito fluida e gostosa, daquelas que deixam o coração quentinho, e gostei também do fato de a autora ter incluído um tema polêmico sobre o relacionamento dos pais da Maria Carmem.

Raiza 16/06/2021

Os pensamentos de uma criança
Com essa leitura fiquei triste , me diverti em alguns momentos, refleti muito, me encantei com os pensamentos dessa criança, me emocionei e com certeza quero a versão física pra marcar muito. Livro lindo ????

Ana Lícia 23/03/2021

Solidão
"Acho que existem crianças mais solitárias que os velhos."

Mais uma obra tocante, sensível e cheia de nuances quanto a solidão, que tive o prazer de conhecer.
Nossa narradora protagonista é uma menina de 11 anos, Maria Carmem.
Carmem está na idade de descobertas e, de uma forma cruel começa a se ver fisicamente através dos olhos dos "amiguinhos" da escola, que a denominam como : gorda e feia.
Para nós que iremos conhece-la de verdade, veremos que é linda, sagaz, curiosa, ótima escritora e cheia de medo e coragem.

Maria Carmem nos apresenta um medo que a maioria tem, medo da solidão. Ela acha que ninguém nunca vai ama-la, que nunca terá um amor. Que ficará sozinha sempre.

O fato da família de Carmem ter uma loja voltada para produtos direcionado a idosos é sensacional. Pois faz todo um paralelo entre juventude e velhice e a solidão que ambos podem sentir. Gostei muito da forma que autora desenvolveu os conflitos internos de Carmem.

Um livro curto, narrativa cativante e , com uma dose certa de melancolia. Adorei conhecer Maria Carmem, sua família, e suas dificuldades.

Livro lindo!


"Do que você tem medo?
[...] de ficar velha logo e ainda ser sozinha e não ter ninguém pra comprar uma cadeira de rodas pra mim."

Bia 12/08/2021

Tocante
O livro é narrado por uma criança, e em sua sincera visão de mundo e através de algumas metáforas curiosas (como a do guarda-chuva), ela relata o que se está passando em sua cabeça, os sentimentos que está nutrindo por outras pessoas e como se vê em meio à nova situação amorosa dos pais. É um livro que desafiou a minha área de conforto, e me surpreendeu.

juliarib_f 29/02/2024

Estar em banho-maria
Descobri minha paixão pela escrita da Mariana Salomão com a leitura de "As Sílabas do Sábado". Mari deixa os personagens falarem por si só, é o exemplo perfeito de quando o autor é apenas um porta-voz. Quando as estórias nascem dentro da Mari, elas são tão grandes que precisam se libertar, precisam ser conhecidas. Precisam ser lidas. E aí, por não existirem materialmente, Mari dá de si e por si para serem reais: a mente, os dedos, o coração, a vida.

Luiz 14/08/2022

Identificação e sensibilidade
Quanto vazio pode caber em alguém, né? não sei se fico feliz ou triste por ter me identificado tanto. Nos faz refletir sobre o quão desrespeitoso é diminuir ou ignorar os sentimentos - tão legítimos e patentes - das crianças.

Sensibilidade ímpar da Mariana Carrara.

Bianca 09/09/2021

Carmem somos todos nós e os anos infinitos que cabem em um único dia. Uma escrita leve e que te leva longe.

Descobri que sou sólida e que lojas de velhos podem ser interessantes, mas ainda mais interessante, são todas as crianças que a gente não teve tempo de ouvir -o que inclui a gente mesmo-.

Livroterapia MS 27/06/2023

A escritora
Uma menina, que enfrenta as facetas da vida em sua íntima solidão. A escola, lugar de acolhimento a abandona; a família lugar de apoio, a esquece. Então ela escreve.

@limakarla 02/02/2022

É tão lindo e forte acompanhar uma criança de 11 anos contando sobre a sua vida. Sobre o bullying na escola, problemas com o próprio corpo, com a própria percepção, sua relação com os pais, enfim, um livro pra se identificar, se entristecer, mas também ficar feliz e se fortificar.

Olivia 24/01/2021

Como assim eu já acabei???
Esse livro é tudo que tem de bom no mundo.
Maria Carmen é uma garotinha de 11 anos que começou escrever sobre a vida dela do nada porque a professora disse que ela era boa com palavras, e que seria uma escritora. A partir daí ela vai narrando as coisas que vão acontecendo na vida dela de uma maneira tão genial, criativa MDS é tudo tão maravilhoso.... Se essa mesma história fosse narrada do ponto de vista de um dos adultos não teria sido tão bom, nunca seria.
Eu ri tanto nessas horas de leitura, eu chorei e eu gargalhei mais ainda foi tudo maravilhoso......

"O conhecimento talvez não seja a melhor coisa do mundo, já não sei se quero tanto assim. Lembrei que quando eu aprendi a ler entrei em desespero, porque descobri que não era mais possível olhar as palavras sem ler. Tentei muitas vezes, queria de volta os desenhos-letras jogados pelas ruas. Letreiros e placas e avisos, foi uma lição sem volta. Tudo o que as palavras dissessem me tornei obrigada a ouvir. Fico pensando quantas coisas não vou poder nunca mais deixar de saber."

"Tinha impressão de que não era possível ser uma mulher bonita e desejada e amada e ao mesmo tempo, quando ninguém está olhando, simplesmente menstruar e fazer cocô."

" Família é um vaso muito rígido, se você dobrar ou esticar demais ou enfiar muita coisa dentro, tudo quebra em um milhão de cacos. Família é um vaso que quebra até por excesso de flores."

brunalecture 23/01/2021

Eu ouvi tanta gente falar desse livro que eu esperava bem mais dele, mas foi uma leitura boa.
Passei raiva em alguns momentos e ri em outros, foi bom ler uma história narrada com a leveza de uma criança, mas eu criei tantas expectativas e talvez por isso eu tenha me decepcionado um pouco.