Os Robôs da Alvorada

Os Robôs da Alvorada Isaac Asimov




Resenhas - Os Robôs do Amanhecer


175 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Mitopacheco 20/02/2018

Uma ficção científica indescritível
Pretendo escrever algo curto, acabei de ler o livro e não quero que uma possível visão crítica surja (não acho que existam condições pra existência de alguma) e manche a notável impressão que ele deixou em mim, as tantas sensações e sentimentos que ele me fez ter, tudo que mais desejo é que os detalhes dessa obra fiquem guardados em minha memória pra sempre, sinto-me órfão ao acabar a trilogia dos robôs, mas recomendo à todos os curiosos leitores, e especialmente aos fãs de ficção científica, um dos melhores, se não o melhor, que já li.
comentários(0)comente



Ari 17/07/2020

O fardo da exploração da Galáxia.
Apesar de ser a continuação de "O Sol desvelado", 34 anos passaram-se entre os livros. Diante disso, as conexões sobre os assuntos abordados nas obras anteriores e livros correlacionados, nesse meio tempo, formam um escopo surpreendente. Ter lido sobre a robô psicologia (tarefa de Susan Calvin), e o título "As visões de Robô" fizeram todo sentido para uma maior compreensão desta obra.

Após dois anos na Terra, Baley é convocado a investigar a morte cerebral de Jander, o segundo robô humaniforme da saga, além de R.Daneel, criado por Dr. Fastolfe. A saga ganha um grande clímax, pois, além de sua postura profissional a ser zelada, Baley carrega o peso de resguardar a Terra diante de sua decadência e estagnação.

O volume é irrigado com grandes doses de questões comportamentais e filosóficas. A relação entre Baley e Gladia se intensifica e torna o livro mais voltado à condição humana. Não que seja maçante (longe disso). O dilema não se fixa somente nesse crivo, vai além, é abordado diante galáxias, compreendendo os siderais e as suas ligações com os robôs. Estas ligações são apresentadas ante o egocentrismo humano, o individualismo e a incapacidade de unir conceitos morais para uma solução conjunta.

Perante a estagnação humana frente a novos mundos a serem descobertos e povoados, estabelece-se um paradigma entre a solução do "roboticídio" e o impasse sideral. Em um atrito ferrenho entre os globalistas e os individualistas, quem irá chefiar a colonização da galáxia?

Esse é livro é um Sci-fi/romance policial como somente Azimov soube escrever.
comentários(0)comente



Marivaldo.Barreto 08/07/2020

Sou suspeito para falar sobre qualquer coisa de Isaac Asimov. Assim como os outros livros da série, sua imaginação nos leva a um futuro muito interessante.
comentários(0)comente



Carlos531 23/06/2020

Saudades!
Sabe quando você lê uma série de livros e, no final, você sente saudades dos personagens? Pois é, essa trilogia fez isso comigo!

Eu já conhecia o universo de Asimov, mas saber sobre personagens tão humanos, tão simples, frágeis, e com boas doses de mistério e investigação, acabam fazendo você querer mais livros, querendo saber o que acontece com os personagens depois de tudo o que passaram.

Não deixem de ler essa série, vocês vão gostar muito de cada personagem e de sua evolução com o passar do tempo, além é claro de ter um certo plot Twist no final que é incrível!

Procurem e leiam esta excelente obra!
comentários(0)comente



prof.vinic 12/06/2020

Um grand finale para uma obra única!
Este ano tirei para me atualizar em Asimov, e com este aqui terminei a trilogia do detetive Baley. Neste vamos visitar o planeta mais importante dos siderais, Aurora. Segue como continuação direta do livro 2, se passando alguns anos depois. O detetive agora tem que investigar a "morte" de um robô praticamente humano (diríamos gêmeo de Daneel seu companheiro robótico nas aventuras anteriores), com esta história Asimov fecha o seu grande ciclo de histórias de robôs. Vários outros livros são citados aqui, alguns como lendas antigas (a história da Dra. Susan Calvin, de Eu Robô) e outras como hipóteses futuras (psico-história, da Fundação), e de alguma forma todas estas histórias são interligadas deixando a entender que tudo pertence ao mesmo universo.

No entanto o enredo não é o mais cativante, eu por vezes fiquei desanimado de começar a ler um capítulo por não estar tão interessado assim (sou destes que só termina de ler no final do capítulo). Para mim o melhor dos três foi o primeiro mesmo, mas o autor conseguiu dar um bom plot twiste no final que eu não consegui prever. Os detalhes do planeta e a forma como seus habitantes vivem foram explicados en passant o que me agradou mais do que no livro anterior. E por falar nisso, o prefácio é o mesmo do livro 1 e 2, escrito pelo Asimov explicando as obras, mas eu acho que mais informações seriam interessantes.

Resumo da ópera, não é o melhor livro do Asimov, mas fecha bem esta trilogia e dá um senso de continuidade ao universo do autor. Ou seja, uma leitura agradável e uma boa diversão!
comentários(0)comente



Rafaela (@exlibris_sc) 11/06/2020

Rumo à um desfecho espetacular!
Assim como uma escada rumo ao paraíso, Asimov galga os degraus da excelência de forma gradativa e primorosa a cada livro da série dos Robôs (conhecida também como do Elijah Baley). Se você pensa que ficção científica é só robô, tecnologia avançada, viagem para o futuro (ou passado) e colonização espacial não poderia estar mais enganado. Aspectos culturais e sociais, intelectuais e de sexo são amplamente e muito bem abordados neste volume que consegue ser ainda melhor, mais elaborado e enriquecedor que seu antecessor O Sol Desvelado.

Não à toa o Bom Doutor demorou bons 34 anos para escrever sua continuação!

Como uma tapeçaria tecida com extrema expertise, Asimov traz referências de todo o seu universo em cada título. Em vários momentos lembrei das outras leituras do projeto #leiaasimov com menções à contos presentes em “Eu, Robô” bem como o tão falado Império Galáctico que não vejo a hora de ler mais sobre!

Neste, vamos com Baley à Aurora, o planeta líder, por assim dizer, dos Siderais que, se vocês não lembram ou não sabem, eram originalmente humanos. A sociedade auroreana é tão divergente quanto a solariana em relação à Terra de Baley e mais ainda da nossa.

Não existe diferença entre robôs e auroreanos, ao menos no papel porque na prática pequenos gestos, proibições e hábitos diferem-os claramente dos siderais. Temos a volta da melhor dupla que já vi, Elijah e Daneel, este último cada vez menos robô aos olhos do terráqueo que já o considera um amigo!

Esse é um dos aspectos mais brilhantes na série dos Robôs. Aos poucos vemos Elijah evoluindo como ser humano, se tornando alguém melhor que um terráqueo ou sideral.
Ele aprimora seu ser e elimina seus preconceitos, luta para vencer suas fobias de terráqueo e ver o povo da Terra fazendo parte da nova expansão pelas galáxias, seu método de investigação passa do “atirando para todos os lados até acertar” para um processo pensado e dedutivo que me lembrou bastante o senhor Holmes; e seu senso de certo e errado, desejo e compromisso que, apesar de discordar, fizeram todo o sentido durante a leitura.
.
Sem falar nas “previsões” asimovianas! Muitos dos comportamentos dos solarianos podemos ver atualmente em nossa sociedade, além das buscas para alcançar as tecnologias apresentadas no livro também se nota muitas referências no cinema, na tv e em jogos.
.
Poderia falar muito mais, mas digo apenas: leiam Asimov! Escolham um livro e leiam e leiam e leiam mais ainda!

site: https://www.instagram.com/p/CA34tfjDCDz/
comentários(0)comente



Nícolas 24/05/2020

E nasce a psico-historia
No último livro da trilogia robôs, Asimov segue seu projeto de construir todo um universo unificando os acontecimentos da série Fundação com a série robôs. Construção essa que já havia sido iniciada no "Limites da Fundação".

Recomendo que os livros de ambas as séries sejam lindos na mesma ordem que foram escritos para proporcionar toda a experiência que o autor quis criar.

Neste livro vemos o início do que um dia será a psico-historia de Hari Seldon além de uma trama de investigação envolvente num novo planeta, Aurora, que é diferente tanto da Terra quanto de Solaria em seus costumes.

Asimov, como sempre, usa seu livro para fazer várias críticas ao estilo de vida humano.

Para quem é fã de Asimov não tem erro. Mais uma obra prima do escritor!
comentários(0)comente



Kléver 22/05/2020

A alvorada de Asimov
Posso garantir que esse livro é o melhor (até o momento) da séries Robôs.

As complicações são tamanhas e a probabilidade de sucesso é mínima.

Conhecemos o mais antigo planeta sideral, Aurora.

Mais uma vez, o que mais chama a atenção são as diferenças que acercam o convívio social e, por incrível que pareça, a naturalização do sexo como um evento social.

A história começa a se desenhar e já podemos imaginar o futuro da humanidade (pelo menos os que escolherem partir das suas cavernas de aço) no espaço sideral.
comentários(0)comente



Lane @juntodoslivros 21/04/2016

O Futuro é da Humanindade
Meu querido Elijah Baley volta com mais uma de suas investigações e essa é ainda mais importante do que as anteriores.

Depois de dois anos da sua missão em Solaria, Elijah está bastante disposto a se libertar da vida dentro da Cidade. Ele sabe que vai chegar um dia em que as Cidades não vão poder mais suprir as necessidades das pessoas. E ir para a Área Externa da Cidade é um ótimo modo de treinar sua resistência ao ficar em espaço aberto.

Depois de voltar de Solaria como aconteceu no livro anterior, Elijah decide que deve ir a Aurora, um dos Mundos Exteriores. Aurora foi o primeiro Mundo Exterior a ser colonizado, é o mais forte e o maior entre todos. Ele quer pedir ajuda aos auroreanos para poder encontrar um modo dos terráqueos colonizarem um outro planeta, mas seus pedidos são sempre negados. Mal sabe que está mais perto do que imagina de voltar ao espaço. Ele só não esperava que as circunstâncias de sua ida fossem tão distintas de sua intenção inicial.

Elijah é convocado para ir a Aurora para desvendar um roboticídio, assassinato de um robô como ele gosta de denominar. O robô em questão era humaniforme, assim como o nosso conhecido R. Daneel Olivaw com a aparência de um humano e um cérebro positrônico mais desenvolvido que qualquer robô comum. Esse poderia ser um caso simples, mas o roboticídio envolve muito mais que desabilitar um robô. Envolve a reputação do auroreano Dr. Han Fastolfe, ele aparece em As Cavernas de Aço (link da resenha) e é citado em O Sol Desvelado (link da resenha) e seus estudos sobre os robôs humaniformes.

Na cidade de Eos, a maior cidade de Aurora, Elijah se vê envolvido em uma trama para desacreditar a reputação de um aureano que lhe ajudou no passado. A investigação no início parecia não ter solução já que a única pessoa no planeta que poderia ter os meios, as chances e os motivos de desabilitar o robô seria o próprio criador desse, o Dr. Han Fastolfe, que afirma ser inocente. Ele próprio conseguiu uma autorização especial em Aurora para levar Elijah ao planeta a fim de ajudá-lo a provar sua inocência. Além desses fatos, a Terra também acaba envolvida e Elijah deve resolver esse caso, caso contrário às chances de um dia os terráqueos poderem colonizar outros planetas será extinta.

Terceiro livro da Série dos Robôs, Os Robôs da Alvorada é um livro bem denso. Muitas informações são apresentadas e trabalhadas. O livro é bem grosso, então tenha em mente quando você vier fazer a leitura ela irá demorar um pouco para ser concluída. Apesar de Asimov não dar ponto sem nó, tudo que vem a ser apresentado tem um ponto para se interligar com outro e assim formar toda a sua descoberta do caso, a história poderia ter sido mais curta.

Adorei o fato desse livro se conectar com o conto Mentiroso!, que está no livro Eu, Robô. No livro sabemos que Susan Calvin é uma das pioneiras na criação dos robôs. O conto nos mostra um robô com o dom de ler mentes e contada como uma lenda sobre as histórias de robôs em Os Robôs da Alvorada. Também temos o conto O Homem Bicentenário presente nesse terceiro livro. A conexão entre os contos que não fazem parte da mesma série e participam, de um mesmo universo é bem bacana.

Depois de finalizar a leitura, só posso dizer que estou bastante impressionada com um elemento que Asimov colocou no livro. Fico me perguntando se algo assim aparecerá no próximo e último da Série dos Robôs ou em outros livros do mesmo universo do autor. Não posso deixar de me sentir ainda mais ansiosa pela leitura de outros livros do dele. :D


site: http://www.lostgirlygirl.com/2016/04/resenha-853-os-robos-da-alvorada-isaac.html
comentários(0)comente



Vanessa.Nunes 27/03/2020

Os Robôs da Alvorada
O detetive Elijah Baley é contratado pelo roboticista Dr. Fastolfe para viajar até Aurora (mundo exterior) para investigar um caso de roboticídio (nome dado para designar o desligamento de um robô). A vítima nessa história é um robô humaniforme chamado Jander Panell. Elijah precisa provar para as autoridades de Aurora que Fastolfe não tem culpa, sendo que o Dr e criador de Jander é o único que pode causar essa morte funcional. Baley tem que provar essa inocência para que sua carreira na terra não seja arruinada e que os terráqueos possam colonizar os mundos siderais.
Baley conta com a ajuda nessa missão do seu fiel amigo Daneel Olivaw e Giskard. O que Baley não espera é que o problema é mais complexo e que envolvem sua segurança e o destino da humanidade.



Para quem gosta de ficção científica, investigação, robôs e IA, este livro é uma ótima recomendação. Assim como as demais obras do autor Isaac Asimov.
comentários(0)comente



Wilson 05/02/2020

Ótimo
Mais uma peça importante para entender o universo criado por Asimov!
comentários(0)comente



@biaentreleituras 18/10/2019

O detetive Elijah Baley é convocado para conduzir uma investigação em Aurora, um planeta altamente desenvolvido no qual robôs e humanos vivem em perfeita harmonia, em Aurora não há distinção entre eles e é crime qualquer ato que possa destruir ou danificar as máquinas, são tidas como seres vivos. E é justamente nesse planeta que aconteceu um crime sem precedentes, um roboticídio.

Elijah tem certa reputação nos Mundos Exteriores e é chamado para solucionar o caso, Elijah estava mesmo precisando do apoio de Aurora junto aos Siderais para que a Terra pudesse obter autorização para colonizar outros planetas e, assim, enviar naves ao espaço. No entanto, a situação da Terra pode se complicar ainda mais caso o detetive não chegue a um resultado satisfatório em sua investigação.

O dr. Han Fastolfe é um dos maiores roboticistas de todos os mundos e uma importante figura política, no assunto robôs humaniformes ele é referência e o único que possui a chave para criá-los, não tendo dividido o seu conhecimento com os demais cientistas. Fastolfe criou apenas dois robôs humaniformes, Daneel que já um conhecido de longa data do detetive e Jander, o robô que foi assassinado.

A destruição de Jander não foi mero acaso e para quem alguém pudesse conseguir realizar o bloqueio em seu cérebro seria necessário anos de prática e ainda assim não conseguiria chegar ao bloqueio que destruiu Jander, o cérebro de um robô humaniforme é tão complexo quanto o cérebro humano e Fastolfe é a única pessoa que seria capaz de confundi-lo ao ponto de seu cérebro ser danificado e destruído, mas o doutor afirma não ser o responsável pelo roboticídio ao mesmo tempo em que afirma que não há nenhum outro cientista com competência para isso.

Como provar a inocência de Fastolfe se não há ninguém mais com conhecimento suficiente para matar Jander? Elijah precisa investigar qualquer pista, por menor que seja, e descobrir quem está por trás do roboticídio. Tudo o leva a acreditar que a comunidade científica está tentando incriminar Fastolfe por ele não compartilhar seus conhecimentos, no entanto, como os cientistas seriam capazes de causar o dano irreparável em Jander se eles não entendem a complexidade do cérebro de um robô humaniforme? Será que Fastolfe, para não ferir a sua reputação, esconde que há outro cientista que possa superá-lo?

Conforme avança na investigação, Elijah descobre como era o cotidiano de Jander e se surpreende com os fins para os quais ele era usado e com os segredos que cercam os suspeitos pela sua morte. Todos têm algo a esconder e a destruição de Jander poderia trazer benefícios a muita gente. É um caso complicado, mas Elijah precisa solucioná-lo, pelo bem da Terra.

*Resenha completa lá no blog > http://bit.ly/32tN0HV

site: http://vocedebemcomaleitura.blogspot.com/
comentários(0)comente



Luizgustavo 09/09/2019

muito bom!!!!
a melhor revelação de todos,quem diria , vale a pena ler.
comentários(0)comente



Tipo Coelhos 18/05/2016

Acabei de ler "Os robôs da Alvorada" e estou com aquela perplexidade pós livro.
Conheci Asimov em 2012, de um jeito que os fãs mais...clássicos, assim por dizer, desdenhariam: por conta do filme homônimo com a obra "Eu, robô".
Sim, eu adooorava o filme (ainda gosto!), é bem do jeitinho que eu gosto, com porrada, explosões e futurista.
Eu entendo depois de ler o livro, porque a galera detesta: não tem absolutamente NADA a ver com ele, só leva o nome e as três leis da robótica, porque de resto, é totalmente contra os princípios do Asimov que é a "demonização" assim por dizer, dos robôs.
É mais do que natural do instinto humano achar que a qualquer momento os robôs podem se virar contra a gente, tal como o monstro de Frankstein e o próprio filme, mas nada, absolutamente nada nas obras que conheço de Asimov chegam perto ou permitem essa possibilidade.

Eu, robô é um livro de nove contos que nos permite conhecer um pouco dos robôs e do funcionamento das leis da robótica. Nunca fui muito fã de contos mas estes me ganharam, me levando pra próxima leitura, que foi Fundação. A mais aclamada e talvez mais conhecida obra dele. Honestamente...não é a minha favorita, não acho que entrei no espírito da coisa e vou tentar ler novamente esse ano, pra conseguir matar a trilogia (ou sextologia?).
E então...li o "o Fim da Eternidade". Um dia faço um post exclusivo sobre este livro, mas ele se tornou o meu favorito do autor e um dos meus favoritos da vida toda. É um livro fantástico, fora de série!

E finalmente chego na série da resenha, que é a série dos robôs: Caverna de aço, O sol desvelado e enfim, Robôs da alvorada.
Não é necessário ter lido nada do Asimov antes ou ter conhecimento mais do que simples das leis da robótica (que tem atrás da capa de todos os livros)

Comprei cavernas de aço despretensiosamente esperando por um pouco mais das sensações que tive com "O fim da eternidade" e me supreendi. Aborda ooouutro tema, mas é igualmente excelente.

Cavernas de aço fala sobre Elijah Baley, um detetive terráque e seu parceiro inusitado, o robô R. Daneel Olivaw.

A história se passa em um futuro tecnológico (?) em que a terra está super populosa e os humanos não habitam mais a superfície e sim vivem embaixo da terra, em "colméias" de aço e reclusos, ao passo que o universo está em expansão, com vários planetas habitados, com culturas e populações diferentes.
A relação da terra com suas ex-colônias, os Mundos Siderais, é crítica, visto que os Siderais não aceitam mais terrestres em seus planetas, cheios de preconceitos. Para piorar, os robôs estão "roubando" os trabalhos dos humanos, que mal tem condições de sobreviver. E nessa panela de pressão acontece uma situação crítica: um Sideral é assassinado na terra.
O investigador Elijah Baley é chamado para resolver o caso e enquanto tem de lidar com a responsabilidade de descobrir quem está por trás do assassinato do Sideral, tem que aprender a lidar com seus próprios preconceitos, visto que os Siderais mandaram nada mais que um robô, o R. Daneel Olivaw, para ajudá-lo neste caso.

A relação dos dois é simplesmente fantástica. Ao passo que tem aquela coisa gostosa de detetive (eu sou mega fã de livros policiais) tem todo um universo, com leis e culturas diferentes, os robôs com suas lógicas e aquela coisa humana de lidar com os preconceitos: os que as pessoas tem para com você e os que você tem. Os diálogos são gostosos e é um livro muito fácil, tanto que este primeiro eu li em um dia, devorando absurdamente.
Para minha sorte, tão logo eu acabei, ja tinha na mão o segundo para ler:

O sol desvelado.
Este conta de novo com a parceria Elijah/Daneel mas desta vez não se passa na terra e sim em um dos mundos siderais, Solaria, onde eles tem de desvendar o mistério do assassinato de um homem em que dos suspeitos um é um robô (logo, impossível) e o outro é uma pessoa que não estava (?) na cena do crime.
Mais uma vez: a escrita de Asimov é fantástica. Ela te ganha, não é difícil de compreender com termos absurdos de robótica e vai sutilmente te ensinando tudo o que precisa ensinar, afinal de contas, para o protagonista terráqueo tudo também é novo e a história e total do ponto de vista dele.
Acabei este também em um dia e desesperada para ler a sequência, que ia demorar pra sair.

E assim que "Os robôs da alvorada saiu" eu o comprei....e deixei encostado por 6 meses. É uma loucura, eu sei. Eu estava no momento em outro clima, completamente envolvida com Game Of Thrones, e não queria não estar no clima certo para ler Asimov, que merece toda dedicação e coração, e fiz certo.
Peguei ele agora, com a cabeça fresquinha e só pra variar, não desapontou em nada.
Novamente temos Elijah e Daneel, desta vez eles vão desvendar um crime em outro planeta Sideral, Aurora e a vítima é diferente das vezes anteriores: um robô. Eles precisam descobrir quem foi o real "assassino" evitando assim que o grande roboticista que criou os robôs humaniformes (com carinha de humano , diferente daquelas latas brilhantes que conhecemos) seja injustamente acusado.
Este livro é um pouco maior que os dois anteriores e não deu pra ler em um dia rsrsrs maaaas, mantém a mesma tensão que os anteriores.
Cada vez que pegava para ler não queria parar e quase perdi minha estação algumas vezes... me peguei rindo sozinha pois os diálogos e as reações de Elijah são muito boas e depois das outras leituras, você ja está afeiçoado a ele e a Daneel. Neste livro achei que o Daneel ficou um pouco mais apagado em relação aos anteriors, e senti um pouco de falta da relação interessante dos dois, mas a relação dele para com os Siderais e o quanto Elijah mudou sua mente do primeiro para este livro é impressionante.
Ouso dizer que ja estou com saudades dele. É muito triste quando você termina uma série, sempre acha que o escritor podia ter escrito mais uns 20 livros desses e ainda ia ser pouco.

É divertido, leve, intrigante. Se você gosta de uma boa história de detetive e de robôs, não vai se decepcionar de forma alguma com a série. É uma delicia seguir a lógica e o raciocínio tanto do Elijah quanto dos robôs e é difícil não se afeiçoar a ambos.
É a combinação perfeira de ficção científica com literatura policial como nunca vi igual.
A nota é 5 de 5 favoritadíssimo e só posso dizer: leia leia leia e não vai se arrepender.

ps* Quero MUITO viver pra ter um robô! será que rola? rsrsrs


site: www.tipocoelhos13.blogspot.com.br
comentários(0)comente



Grazi Comenta 05/01/2017

''(…) Mas talvez chegue o dia em que alguém elabore as Leis da Humânica e então possa prever os traços gerais do futuro; e possa saber o que poderia estar reservado para a humanidade, em vez de apenas adivinhar, como estou fazendo; e saber como agir para melhorar as coisas, ao invés de fazer especulações. Às vezes, sonho em fundar uma ciência matemática, que imagino como ”psico-história”, mas sei que não vou conseguir e temo que ninguém conseguirá.''


Em termos gerais, Os Robôs da Alvorada resgata personagens e situações parecidas dos outros dois livros da série, mas em abordagem completamente diferente. Asimov sabe bem como utilizar de todas as formas possíveis o mesmo personagem e ainda fazê-lo interessante. Temos aqui mais um livro com tom introdutório à minha amada série da Fundação e, por isso, se tornou mais um dos meus favoritos.

Eu tô com medo das minhas resenhas sobre livros do Asimov acabarem ficando repetitivas, porque a opinião é sempre a mesma. A qualidade não muda: é muita ciência, bem utilizada e bem explicada. Muita ficção bem fundamentada. Narrativa complexa, intrincada, mas fácil e gostosa de ler. Ao mesmo tempo que você fica perdido sem saber o que está rolando, você entende que está tudo conectado e vai pegando as migalhas deixadas no enredo que acabam se juntando e dando nos finais maravilhosos dignos de Asimov. Por mais que esteja acostumada às suas tramas e já consiga sentir o tom do enredo, eu nunca adivinho onde este homem vai chegar. A experiência de uma ”leitura Asimov” é sempre surpreendente.

Aqui, o autor revisita cenários de outros livros, principalmente de Eu, robô, jogada muito boa e que torna as leituras mais empolgantes. É sempre bom conseguir conectar uma história a outra. É mencionado também o conto d’O Homem Bicentenário, algo que eu não esperava. O mais legal é que eles nunca são citados levianamente. Se outro livro da cronologia do Asimov apareceu em um mais avançado no futuro, preste atenção, ele vai fazer mudar tudo na trama.

''Que estranho! Todas as nossas lendas antigas se passam na Terra e, no entanto, elas não são conhecidas na Terra.''

Os Robôs da Alvorada nos apresenta o mundo de Aurora, o mais poderoso dos Mundos Siderais. Baley, mais uma vez, é chamado pelo doutor Fastolfe para ajudar a investigar um crime. Só que dessa vez, é um crime estranho: um roboticídio. Jander, um robô humaniforme da classe do Daneel Olivaw, sofreu uma paralisia mental e parou de funcionar. A reputação do doutor Fastolfe é ameaçada por isto, pois está sendo acusado de cometer este ato em prol de forçar a sua visão das coisas: a de que a Terra deve ser responsável por colonizar o restante da Galáxia e não os Mundos Siderais. Os outros cientistas auroreanos são contra esta visão e primam por uma Galáxia explorada e colonizada por robôs humaniformes. Logo, Baley torna-se responsável não só por descobrir o verdadeiro culpado pelo assassinato de Jander, mas também de definir o futuro da Galáxia.

Temos o retorno de alguns personagens queridos aqui e aparecimento de outros que sabemos que terão um grande papel na trama de Os Robôs e o Império. Descobri aqui também a origem de uma das grandes surpresas de Fundação e a Terra. As discussões que se fazem aqui são as mesmas dos livros anteriores e os sentimentos também. A estranheza pelos costumes não só dos Terráqueos futurísticos, mas também dos auroreanos é bem forte. Asimov explora bem a possibilidade que tem de discutir a diferença entre culturas e o choque que elas causam, trazendo assim conflitos desnecessários.

Enfim, tive mais uma leitura incrível e indispensável não só para os amantes de Asimov e da ficção científica, mas também para vários estudantes universitários. Falando sério. Essa série dá muita discussão para inúmeras matérias de psicologia, história e sociologia. Eu adoraria que um professor meu utilizasse livros assim em aula.
comentários(0)comente



175 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR