Pedagogia do Oprimido

Pedagogia do Oprimido Paulo Freire




Resenhas - Pedagogia do Oprimido


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luva 14/12/2021

a leitura foi uma ótima dose de consciência de classe. A forma que Paulo Freire vê o mundo me encanta, quero poder ler seus outros manuscritos e entender mais sobre sua visão pedagógica
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ricardinho 16/11/2022

Militante
Professor, advogado, filósofo e ativista da causa marxista. Este foi Paulo Freire, aclamado por muitos, odiado por outros. Dentre as várias obras, destaca-se Pedagogia do Oprimido e é sobre tal livro que falarei aqui.
A dicotomia oprimido/opressor é evidenciada em toda a obra, estando claro que substitui, com o mesmo tom, o par proletariado/burguês. Dito isso, fica evidente o objetivo central do autor: engajamento revolucionário marxista tendo como meio a educação.
Freire inicia prevenindo os educadores/revolucionários sobre a falsa generosidade dos opressores, que têm como verdadeiro objetivo, a manutenção do status quo. Por outro lado, esclarece que os oprimidos são os indicados para lutarem por liberdade, pois conhece de perto a falta dela. Mas essa busca deve ser cuidadosa, distinguindo-se a consciência transformadora da hospedeira sob risco de acontecer, apenas, a inversão dos polos, e não o surgimento de um homem novo. Assim, a pedagogia do oprimido tem suas raízes na luta pela libertação e os oprimidos devem ser seus próprios modelos. Para tanto, primeiro deve-se transformar o mundo opressor. Em seguida, a pedagogia deixa de ser do oprimido e passa a ser a pedagogia dos homens em processo de permanente libertação.
Em uma próxima fase do livro, o autor afirma que a violência opressora jamais foi deflagrada pelos oprimidos na história, mas a rebelião do oprimidos é quase sempre tão violenta quanto à violência que os cria, podendo, ainda assim, inaugurar o amor (seria uma nova roupagem de paz é guerra de Orwell?). Afirma, também, que para os opressores, importando apenas os lucros, o que vale é ter mais, principalmente, às custas do ter menos dos oprimidos. Ainda assim, estando alienado, o oprimido quer os mesmos padrões de vida dos opressores (vê-se muito nos oprimidos da classe-média). Em outros casos, os oprimidos ouvem tanto que são incapazes que acabam aceitando a ideia. Está claro que não há uma metodologia de ensino na obra, mas um treinamento revolucionário recheado de citações com viés político marxista e/ou gramsciano (Che, Mao, Fidel, Marx, etc.).
Posteriormente, há uma importante análise do professor e que serve de reflexão, também, sobre a educação nos dias atuais. Ele classifica a educação em "bancária" (depósito de dados entediantes e que não agregam) e que proibe o pensar verdadeiro e problematizadora, em que há maior/real interação com o mundo, tornando o cidadão crítico. Excluindo a imposição de ideais partidários, essa ideia de educação pode agregar na definição de uma metodologia próxima do ideal (minha opinião). Mas Freire aproveita a oportunidade para dizer que deve-se educar inserido códigos da realidade do educando, deixando claro que ele sempre será vítima do sistema.
Já na fase final da obra, ensina-se a aplicar a pedagogia defendida pelo professor. Primeiro, o educador deve fazer visitas periódicas no local de aprendizagem, campo, por exemplo, e anotar o dia a dia das pessoas. As anotações vão desde comportamentos, passando por expressões e linguagem. Nessa fase, deve-se priorizar histórias de "coitados" e vítimas (seriam os mais fáceis de serem manobrados?). É importante entender que os educadores-educandos, como a programação educativa é dialógica, podem incluir temas conectores conhecidos como "temas dobradiças" (indutores a temas desejados). Uma dica útil dada pelo autor e que, realmente, deveria ser aplicado por professores: mostrar várias versões de uma mesma notícia e discutir os possíveis motivos para que haja diferenças nas apresentações. No entanto, ele também orienta que os educadores esclareça alguns "mitos" que servem apenas para confundir os educandos: existência da igualdade de classe e mérito, liberdade para escolher emprego, moralismo e cristianismo, etc.
Voltando a enfatizar o tema principal da obra, o autor diz que os poderosos sempre querem dividir para manter a opressão (favorecendo alguns membros de sindicatos, por exemplo, fazendo-os representá-los veladamente). Nesse ponto, é importante lembrar que esse lema, na verdade, era do marxista Lénin.
Finalizando o livro, há uma série de afirmações que servem de reflexão e mostram o objetivo principal da obra: problematizar é um antídoto contra a manipulação, diz sabiamente e com razão o autor. A única observação é que pode ser uma via de mão dupla; quando o populista deixa de sê-lo, poderá ser revolucionário. Quando lembramos dos últimos presidentes do Brasil, percebemos que isso não é verdade; compra e venda de trabalho é uma espécie de escravidão. Afirmação comunista e defasada; em estruturas dominadoras, os lares e as escolas funcionam como agências formadoras de futuros invasores. Seriam nesses lares ou nas escolas desvirtuadas?; a liderança deve desconfiar do homem oprimido, pois há sempre o opressor "hospedado" nele. As ditas vítimas do sistema não seriam confiáveis? Contraditório!; unidade dos oprimidos contra a divisão dos opressores. Revolução!; humanizar-se é ser proprietário do próprio trabalho. Isso significa que é indigno optar por ser empregado?
É um livro interessante e com objetivos claros, mas bem diferentes do que dizem alguns professores e ativistas. Indico a leitura e que tirem suas próprias conclusões. Também reflitam acerca da perigosa afirmação de Freire que diz que a revolução é biófila, mesmo que tenha que deter vidas. Seria no sentido figurado ou no literal (lembrando que ao fazer tal afirmação, ele cita um episódio do assassino Che em Serra Maestra).
Leia, reflita e viaje sem sair do lugar.

site: @photobrincando
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Ana Paula Martins 04/04/2024

Uma nova visão do amor
Pedagogia do oprimido foi uma leitura prazeirosa. Eu nunca tinha entendido tão bem a dialética como após ler esse livro. Ele não é restrito à pedagogia, pois, fazendo as devidas analogias, podemos aplicar o sentido de opressor e oprimido para a educação entre pais e filhos, para relações religiosas, para casais, enfim, é um livro que me ajudou a me espiritualizar e aprender a ser uma pessoa melhor nas minhas relações, de tão rico que é! Vale muito a pena a leitura.
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Sami 07/09/2022

Amor e revolução coexistem o tempo todo
Pedagogia do oprimido é um livro que aquece nosso coração e nosso espírito. Nos faz ver os problemas da sociedade e nos instiga a lutarmos como um, juntos.
Não é atoa que Paulo Freire é o educador mais citado mundialmente, e também carrega o título de patrono da educação. Sua visão de educação libertária é simplesmente incrível e o que impede ela de ser aplicada na sociedade não mudou desde os anos 60 quando Pedagogia do Oprimido foi escrito.
Esse livro deve ser lido com calma, com sabedoria e com o coração aberto. É um livro que fala de revolução, de amor, de diálogo, de consciência de classe. Incrivelmente atual no Brasil de hoje em dia, que retrocedeu mais de 20 anos de educação entre 2018 e 2022.
Deixo aqui minha opinião de que todo brasileiro que tenha acesso a literatura deveria ler esse livro, e assim conseguir enxergar de fato tudo ao nosso redor.
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Laryana.Victorino 10/08/2022

te amo paulinho
incrível como esse livro me deu um fôlego que eu não sabia que precisava. recomendo demais a leitura, mesmo se você não trabalha/estuda com educação.
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MareAna 09/10/2022

Um triplex igual o do lula na minha cabeça hein freire
A Mariana professora e psicóloga se ajoelha em reverência completa a Paulo freire, ainda vamos construir algo melhor e não sermos mais oprimidos e lutarmos pelos nossos
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Ursa_Menor 24/08/2021

Todos os professores e futuros professores deveriam ler esse livro, praticar essas ideias, transformar a teoria de Paulo Freire em uma prática cotidiana, exercitar a práxis de que o autor tanto fala. Em meio a essa nova reforma do ensino médio que vai afetar principalmente alunos de escola pública e elitizar cada vez mais o ensino, a leitura de Paulo Freire se torna cada vez mais necessária e emblemática, porque é essencial que a educação seja libertadora e humanizada, é essencial que os oprimidos se reconheçam nesse papel e se tornem revolucionários, que busquem pela sua libertação, que conheçam e lutem pelos seus direitos. Duas formas de se mudar o mundo é através da política e da educação, e estas estão entrelaçadas e precisam ser libertadoras.
Penso, eu como uma futura professora de história, como poderia aplicar toda a teoria de Paulo Freire em sala de aula, trazer uma história crítica, com foco nas classes mais baixas, na visão dos oprimidos e buscar na aprendizagem a construção de um processo revolucionário e transformador.
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Maikom.Abreu 17/08/2021

Mais filosófico do que pedagógico
Ao me propor a ler Pedagogia do Oprimido, pensava em reflexões sobre metodologias de ensino. Mas o que Paulo Freire traz é muito melhor e mais profundo, trata-se da sociedade, da realidade, do momento, da história humana, algo filosófico que nos leva a outras questões filosóficas.
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Guid 08/03/2022

"... na criação de um mundo em que seja menos difícil amar"
Paulo Freire é um teco repetitivo nesse livro, acho que por isso foi a leitura mais difícil do meu ano até então. É um livro muito especial, uma leitura que eu vejo como essencial, me trouxe diversas reflexões.
Ca entre nós, acho um pouco controverso o fato da escrita ser mais difícil, exige uma experiência com leitura, sendo que eu vejo esse livro como uma obra que deveria atingir as massas populares.
Mas a gente passa esse pano, Paulo Freire é f0da!
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Gabsam 08/02/2023

Faculdade Faculdade
Considerado uns dos pais da educação, sobre esse livro podemos dizer que depois desse livro , houve a separação .
Antes de freire e depois dele.
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Nathany 30/05/2021

Inspirador
Sou formanda em Letras e não entendo como esse livro não fez parte da lista obrigatória de leitura na universidade. São tantas coisas para se refletir a partir dessa leitura. Com certeza irei reler inúmeras vezes. Recomendo a todas as pessoas.
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InfinitaTBR- Jana 25/02/2023

Livro indispensável e atemporal.
Educação e amor de mãos dadas.

Não tem como ser um educador comprometido e negar a genialidade de Paulo Freire. Em ?Pedagogia do oprimido? pude reconhecer o seu profundo sentimento de amor ao próximo e sua vontade de libertar toda uma nação da ignorância e da opressão. Libertar não apenas o oprimido, mas também o opressor.

Fiquei atordoada com esta leitura, principalmente quando penso que se trata de um livro escrito e publicado na década de 1960, mas que é tão atual. Dolorosamente atual.

Não é uma leitura fácil, pois em certos trechos o pensamento de Freire é complexo e demanda um certo esforço para compreender. Mas ainda assim, é um livro que vale a pena insistir, porque o que é de fácil compreensão fica demasiadamente entranhado no leitor.

Há quem ache que seja um ensaio tendencioso, mas penso que isso é porque é um livro que fala acima de tudo sobre a necessidade de oportunidades iguais e justiça social.
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Ericarjflor 14/07/2022

A despeito do título o livro fala muito pouco de pedagogia. A maior parte do livro disserta sobre como as lideranças revolucionárias devem guiar o povo para a realização da revolução, inclusive com citações positivas a Marx, Lenin, Mao Tsé-Tung e Che Guevara.
Do pouco que é falado sobre pedagogia, nada é em relação a educação de crianças, somente é discutido experiências na alfabetização de adultos.
Em suma, aconselho a leitura desse livro da mesma forma em que aconselho a leitura do Manifesto Comunista, para se poder falar mal com propriedade.
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Rachel 01/04/2022

Livro necessário para quem decide seguir a carreira de docente. Entender a concepção bancária da educação é extremamente importante para conceber como a educação libertadora é o caminho. Grande mestre.
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Dougvdr77 10/05/2021

Um livro para todos
O Pedagogia do Oprimido, por mais que seja muito utilizado em cursos de pedagogia e licenciatura, é um livro necessário de ser lido por todos, é menos sobre o ato de ensinar de uma forma acadêmica e mais sobre refletir sobre o que é uma educação libertadora, sobre praxis, revolução. Um livro lindo tanto quanto o seu último parágrafo: "Se nada ficar destas páginas, esperamos que permaneça: nossa confiança no povo. Nossa fé nos homens e na criação de um mundo em que seja menos difícil amar"
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