July 14/07/2020Admirável mundo novo"Nossa civilização escolheu as máquinas, a medicina e a felicidade" p. 280.
Um mundo onde as pessoas são programadas em laboratórios e condicionadas a fazer apenas o papel que lhe é definido por casta, já no seu nascimento. Não existe dor, sofrimento, infelicidade, doença ou velhice, graças ao soma, uma droga que inibe todos esses sentimentos e não deixa você indisposto após o efeito.
Um mundo maravilhoso não é mesmo?
Mas esse mundo também não tem arte, poesia, liberdade, livros e Deus. Será que é tão admirável assim?
Um mundo baseado no que uma pessoa acredita (Henry Ford) que é o melhor para todos, mas ninguém é capaz de mesurar o que as pessoas sentem e pensam em seu inconsciente.
Apesar de ser novo e admirável, esse mundo carrega muito do antigo.
- Uma sociedade escrava do consumismo e capitalismo;
- Conhecimento não é para todo mundo: "a ciência é perigosa, temos de mantê-la cuidadosamente acorrentada e amordaçada" p. 270;
- Não existem livros, arte ou Deus;
- Censura;
- Os padrões de beleza que são impostos hoje pela sociedade, também são no Admirável mundo novo. Eram repugnantes e causavam náuseas pessoas baixas, gordas, mestiças, velhas, com seios grandes e caídos, com roupas fora de moda ou do padrão.
Ordem social (estabilização), civilização, consumo e obediência = felicidade. É tudo que importa e se prega no Admirável Mundo Novo.
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Quando um Selvagem (pessoa que não faz parte da civilização) é apresentado as ideias que são pregadas nesse novo mundo: p. 287.
- Jonh!
Do banheiro veio um ruído desagradável e característico.
- Comeu alguma coisa que não lhe fez bem? - perguntou Bernard.
O Selvagem fez um sinal afirmativo.
- Comi a civilização.
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PS: Ou você se acostuma a conviver dentro do sistema, mesmo contra as coisas que você acredita, ou o sistema te mata.