Thauanni 07/10/2023
A expectativa era alta e a queda foi grande
Dizer que esperava amar esse livro é um eufemismo, porque sabendo das maravilhosidades que o Arthur C. Clarke consegue escrever e que os dois livros que eu li dele são favoritos da minha vida, eu jurava que Encontro com Rama ia alcançar o mesmo nível, mas infelizmente não foi o que aconteceu.
Pra começar, esse foi possivelmente o livro mais confuso que já li e eu não creio que eu tenha sido o problema pra isso acontecer. Eu entendi perfeitamente os outros livros do autor, mas aqui eu não compreendia merda nenhuma. Não entendi as descrições de Rama, não entendia as explicações, tudo era extremamente confuso pra mim. Achei uma linguagem científica muito complicada e que como a adorável burrinha que sou nessas áreas, não entendia NADA!! Por isso era uma narrativa muito cansativa, tinha dias que eu lia duas páginas e já não queria mais, mas insistia porque é um dos meus autores favoritos. Só isso já me estressou.
Depois tiveram umas pequenas frases que me incomodaram MUITO. Talvez seja só meu lado militante (que quase nunca aparece) surgindo e na real essas partes não tenham nada demais, mas como já não estava curtindo o livro, não contribuíram em nada pra melhorar minha opinião.
Os personagens são todos uns chatos. Eu sei que nessas obras de sci-fi o foco não são os personagens, mas mesmo em outros livros que seguem esse estilo eu gostava dos personagens e me interessava pelo que acontecia com eles. Aqui eu só queria que jogassem uma bomba em todos eles, especialmente no comandante Norton, que cara insuportável.
Pra não dizer que odiei totalmente, nos poucos momentos que eu conseguia visualizar alguma coisa da história, eu gostava. O mistério por trás de Rama, quem construiu tudo aquilo; foi bem bom. Gostei do final, que me causou uma pequenina explosão de cabeça, mas não chegou nem perto dos surtos dos finais dos outros livros do autor. A história tinha muito potencial, mas não foi bem aproveitada, na minha opinião.
“Mas pelo menos temos a resposta a uma velha pergunta. Não estamos sozinhos. As estrelas nunca mais serão as mesmas para nós.”