Criança 44

Criança 44 Tom Rob Smith




Resenhas - Criança 44


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Mad28 29/07/2015

Criança 44 - Resenha
Devo dizer que este livro me deu sentimentos bastante diferentes e opostos ao longo da sua narrativa.
Visto o tema, eu já esperava um livro chocante, e recebemos logo o choque bem de cara. Ou seja, a parte que (na minha opinião) é a mais chocante do livro é logo a princípio, essa parte arrepiou-me toda.
Depois desse capítulo, a história continua muitos anos depois o que faz com que seja um pouco confuso, e mais para a frente, existem outras partes confusas sim.
O livro faz ainda algumas descrições bem chocantes e detalhadas dos métodos de tortura usados pela União Soviética nestes anos, o que não é algo que uma pessoa consiga ler de ânimo leve. Mas são exatamente estas partes chocantes que levam o leitor a entender tão bem o clima e a pressão sentida na União Soviética nos anos 50/60, no qual as pessoas temiam mais os oficiais do governo e das forças militares mais do que se temiam umas às outras.
O livro segue sempre o Leo, e a Raisa, a sua mulher, aparece também diversas vezes. E a Raisa é exatamente a personagem que mais me fez mudar de opinião. Ela torna-se realmente surpreendente de uma forma bastante negativa e eu cheguei mesmo a odiá-la durante o livro.
Por outro lado, o Leo torna-se surpreendente de uma forma negativa. Ele é mais inteligente e corajoso do que parece durante a maioria do livro, foi realmente surpreendente.
Uma das coisas que não gostei do livro foi o facto de o assassino ser demasiado óbvio. Durante grande parte do livro nós não temos ideia de quem é, mas quando finalmente começam a dar pistas quanto a ele, é tão óbvio que uma pessoa até pensa porque raio é que não tinha pensado nisso antes.
O final foi deixado demasiado em aberto, coisa que eu não fiquei grande fã, mas como é um final meio que bonito, eu até deixei isso passar.
Outra coisa que deviam saber é que, a sinopse leva a pensar na história errada. O Leo não vai contra os superiores e simplesmente investiga, ele vai ter umas razões realmente boas, e a parte dos assassínios só ocupa prai metade do livro, e a primeira metade é como é que eles chegam à vista do Leo, o seu trabalho e a relação dele com a mulher e os colegas.
Recomendo para quem gosta deste género, mas não esperem muito.
Boas leituras.
Resenha completa e frases/quotes no site a seguir.

site: http://presa-nas-palavras.blogspot.pt/2015/07/a-crianca-n-44-resenha.html
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Lia 13/07/2015

Criança 44 - Sensacional
Sem dúvidas, um dos melhores livros que já li. Comecei a ler e não consegui mais parar.

A história tem como cenário a União Soviética de 1953. Época liderada por Stálin e suas ideologias extremas e apoiada pela MGB, polícia secreta do Estado. A polícia tinha a função de perseguir, prender, deportar, torturar e até matar qualquer pessoa que tivesse indícios contra as ideias do líder, o que era considerado crime contra o Estado. Enquanto isso, crianças estavam sendo assassinadas, porém os assassinatos não eram investigados, pois na propaganda do novo regime de governo tudo era perfeito, crimes eram inexistentes.

No entanto, quando o corpo de um menino é encontrado nos trilhos de uma ferrovia e a família acredita se tratar de um assassinato, o agente do Estado Liev Demidov, convence-os a acreditar que foi um acidente. Mas o próprio agente percebe que há algo estranho nesse caso. Quando Liev se vê obrigado a entregar à MGB sua esposa Raíssa, acusada de espionagem, ele começa a colocar em dúvida sua confiança nas ações do governo.

A partir daí, se desenrola a história de Liev, sua função na MGB, o relacionamento com a esposa e a busca incansável pela investigação do terrível crime.

O livro é baseado na história real de um serial killer na antiga URSS. As cruéis características do governo stalinista foram minuciosamente pesquisadas pelo autor, que narra de uma maneira perfeita a sociedade soviética da época, arrasada, passando fome, frio, medo e sendo agredida física e psicologicamente pelo sistema.

Primeiro livro do autor Tom Rob Smith e não deixou a desejar, Criança 44 é um livro forte, com personagens muito bem construídos e uma verdadeira aula de História, e que desperta grandes reflexões tanto sobre politica e poder quanto transtornos psicológicos e família. É impossível não se envolver. E o final é brilhante e surpreendente.
Adorei a leitura e recomendo!!!
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Beca 04/07/2015

Naquela biblioteca...
Ele estava lá, na prateleira de novidades da biblioteca. Era uma quinta-feira e eu já tinha "rodado" atrás de um romance. Muito difícil algo me conquistar...Difícil mesmo, tudo parecia ser tão sem graça, nada interessante. Já estava cansada.. estava há muuuuuito tempo sem tocar em um livro e precisava muito de um naquele momento! Mas como em um filme, o acaso aparece do nada e muda tudo. Já tinha desistido de encontrar algo interessante até que no último momento antes de sair da biblioteca, do nada mesmo, eu olho para trás, apenas avistei a palavra "novidades". É claro que me senti atraída e voltei imediatamente para verificar as obras que eram novidades por terem sido doadas recentemente. Olhei, olhei, li, visualizei e nada! Nenhum daqueles livros me conquistou, nenhum me seduziu a ponto de levá-lo para casa e lê-lo desesperadamente. Até que um, ali no cantinho, me chamou a atenção pela capa. Imediatamente recorri a sinopse e me encantei quando li "União Soviética". Meus olhos brilharam, nem preciso dizer o quanto aprecio tal contexto histórico. Tudo que diz respeito a igualdade e justiça de imediato tem minha simpatia. Foi uma escolha maravilhosa pegar este livro porque ele trás aspectos específicos da União no período de Stalin. Fiquei surpresa em perceber que diante da produção desse livro, o autor, que pesquisou incessantemente, odeia tudo que se refere ao sistema soviético. Imagino que tenha sido no mínimo difícil pesquisar, ler, estudar sobre algo que não se aprecia. No entanto, ele fez uma trilogia onde Criança 44 é o primeiro seguido de O discurso Secreto e Agente 6. Em apenas 5 dias "devorei" o livro, linguagem magnífica, fácil, simples, era difícil parar de ler. Gostei muito do livro, me apaixonei por Liev (personagem central) e estou ansiosa para ver o filme, que na versão brasileira leva o nome de Crimes Ocultos. O autor, Tom Rob Smith, me conquistou e já comprei o mais novo livro dele, A Fazenda. Esses livros de investigação,policial, suspense já me seduz. Sheldon e Allan já eram meus queridões, foi bom conhecer Tom. No momento, enquanto aguardo a chegada de A Fazenda (essas compras pela internet...), estou me deliciando com Quem Tem Medo de Escuro de Sheldon e A Carta Roubada de Allan Poe. Então é isso pessoal, se apaixonem assim como me apaixonei lendo essas obras!


site: http://wwppwork.blogspot.com.br/
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Adrielle 03/07/2015

Um excelente livro que retrata o que foi a era de Stalin, os horrores vividos pelo povo para manter status ao mundo de um pais organizado e centralizado, e no meio disso tudo, ocorre a incrivel investigacao sobre o assassinato de 44 crianças....livro sensacional!
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Vanessa.Brizola 01/07/2015

Excelente!
Um dos livros mais marcantes que li nos últimos tempos!
Após uma onda de má sorte, em que minhas leituras foram fracas e anticlímax, finalmente Tom Rob Smith conseguiu tirar meu sono e me deixar ansiosa pelas páginas desse maravilhoso suspense. A história tem uma premissa que nem chega a ser inédita para quem acompanha muito o gênero, mas a consistência da narrativa rica pela intensa pesquisa do autor nos transporta a um mundo do qual não estamos muito familiarizados: a revolução russa, a mão de ferro stalinista e o poder do estado sobre a população durante os primeiros anos da URSS.
Foi uma leitura profunda e chocante. Adorei e recomendo para os fãs do gênero e os não.
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Fer Kaczynski 26/05/2015

Excelente!
Este livro estava em minha extensa lista de leitura faz anos, como ainda neste mês será lançado um filme baseado nesta história, resolvi adiantar.

Durante o governo de Stalin, um agente muito fiel do governo chamado Liev Deminov investiga uma série de assassinatos de crianças, e na tentativa de impedir que este fique a solta lutará contra todos inclusive o próprio governo.

site: http://dailyofbooks.blogspot.com.br/2015/05/resenha-crianca-44-tom-rob-smith.html
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Dea 10/02/2015

criança 44
Criança 44 é um romance muito interessante que narra a época da guerra e suas condições desumanas e miseráveis, em que predominava a desconfiança e todo tipo de preconceito contra o próximo. É um livro para se emocionar, engajar nos diversos mistérios e aventuras pelos quais os personagens tem que vivenciar transparecendo toda luta e determinação para sobreviver em uma fase bem hostil de suas vidas.
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Mari 05/02/2015

Liev é o personagem principal, que juntamente com Raíssa, irá tentar desvendar uma série de assassinatos de crianças ao longo de uma parte da Rússia, na época de Stálin. Em sua tentativa de impedir que esse assassino fique a solta, lutará contra tudo e contra todos - inclusive seu governo e suas próprias certeza.

O livro nos apresenta uma história policial e de suspense? Sim, mas também fala muito de crescimento pessoal (principalmente pela parte de Liev).

Tive uma relação de gostar e sofrer de tédio com esse livro.

Com um início forte, tratando de questões emocionais, psicológicas e até mesmo filosóficas e ideológicas, esse livro tem um imenso poder de mostrar a que ponto o ser humano é capaz de chegar em situações de desespero, por convicções incutidas na mente da pessoa ou por pura ganância.

Apesar de inicialmente ser difícil compreender como esse livro gerou a sinopse que gerou na contracapa do livro ou aqui no Skoob, com o tempo as coisas vão se encaixando e fazendo mais sentido. Principalmente do meio para o final você finalmente percebe que estava, sim, lendo o livro certo e que a sinopse era pra ser aquela mesmo.

O autor também apresenta uma brilhante associação entre as mortes e o motivo que as originou.

A essa altura você deve estar se perguntando "Mas e o tédio de que você falou?" . Bem, meu tédio é algo bem pessoal e foi gerado apenas pelo fato do cara ser estilo Highlander. Algumas escapadas até são críveis, mas várias delas são simplesmente muito inverossímeis pros meus neurônios. Não estou dizendo aqui que o cara fica ileso a tudo e nem se sai ou não vivo da história, estou dizendo apenas quem em várias das partes que ele efetivamente escapa há um exagero imenso no grau de dificuldade apresentado sendo a do uso do dente e do corpo a pior delas, na minha humilde opinião.

Em resumo, acabo dando 4 estrelas para ele por ser diferente do que eu esperava e ousado em virtude da ambientação e tema escolhidos.
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Caroline Gurgel 30/01/2015

Cruel, como o comunismo...
Criança 44 estava na minha lista de leitura há muito tempo, mas sempre ficava para trás, até que foi sorteado como o livro do mês para o debate de um grupo de leitores do qual participo. É um suspense, não costumo ler muitos livros assim, mas o fato de ser ambientado no terrível pós-guerra stalinista despertou meu interesse.

Tom Rob Smith ambienta seu romance na opressora União Soviética de 1953 e nos conta a história de Liev Demidov, um agente da MGB, departamento de Segurança do Estado, que acreditava piamente no sistema stalinista. Por mais cruel e brutal que fossem, Liev apoiava sempre todas as “desculpas” do sistema, as “verdades” irrefutáveis, acreditava que os meios justificavam os fins e que tudo era um prol de uma sociedade igualitária.

Na bela sociedade soviética não existia assassinato, não existia infelicidade ou falta de qualquer suprimento. Se havia alguma morte, certamente tinha sido um acidente e nenhum cidadão ousava discordar. O medo calava a todos, ninguém nunca via nem ouvia nada. Eis que um dia um menino aparece morto nos trilhos de uma ferrovia e a família, desconfiada de que a criança fora assassinada, precisava ser silenciada. Liev fica incumbido de convencê-los de que tudo não passou de um acidente, mas, mesmo com toda sua cegueira em relação ao Estado, uma semente de desconfiança é plantada no respeitado agente.

Aos poucos, com o aparecimento de outras vítimas com morte semelhante, Liev passa a investigar os possíveis assassinatos em série, o que colocará a sua vida – e de sua família – em risco. Diante de tanta desumanidade, em quem confiar? Pode confiar na sua esposa, Raíssa Demidov? Quem é amigo e quem é inimigo? Quem fala a verdade?

O livro é narrado em 3ª pessoa e nos apresenta a barbárie da União Soviética do pós-guerra de forma crua. Entramos em um mundo frio, sem piedade, cruel e injusto, onde uns poucos da elite do Governo usufruem de regalias e mordomias e a maioria da população vive oprimida e marginalizada. Quanto mais leio histórias sobre o comunismo, mais nojo tenho do sistema. É duro imaginar que os cenários que vemos aqui um dia existiram e isso nos faz refletir sobre o mundo em que vivemos hoje, o quanto ainda precisamos evoluir ou se às vezes estamos retrocedendo alguns passos. Leituras como essa precisam estar sempre vivas, sempre presentes, para não nos deixar esquecer das atrocidades cometidas no passado e, assim, nos fazer pensar e tentar não permitir que tudo se repita.

Minhas expectativas em relação a essa leitura eram bem altas. Todo mundo havia amado, as recomendações eram muitas e os elogios, infinitos. Tinha acabado de ler Inverno do Mundo, de Ken Follett, uma ficção histórica riquíssima em detalhes, que se passa na Segunda Guerra Mundial e também entra um pouco no pós-guerra. Ou seja, eu vinha praticamente do mesmo ambiente escolhido por Tom Rob Smith. Vinha de uma leitura 5 estrelas e, portanto, demorei a gostar da trama de Smith, demorei a confiar em suas informações.

Por melhor que fosse a narrativa, não me via encantada pelos personagens, não me via dentro da história, nem entendia muito qual era a do autor. Parecia um bloqueio, um preconceito, como se naquelas primeiras duzentas páginas eu já tivesse decidido que não ia gostar do livro e pronto. Só não abandonei porque fui encorajada a continuar – e que bom que o fiz! A segunda metade do livro conseguiu, finalmente, me sugar.

Comecei a entender e a gostar da caracterização dos personagens, comecei a querer saber o que tinha acontecido e o que aconteceria, quem era quem, o que queriam e o porquê de seus atos. Finalmente dei meu braço a torcer e aplaudi a trama que o autor criou. A narrativa é muito bem estruturada, por mais que só percebamos isso nas últimas cem páginas. Os personagens passam de apáticos a carismáticos, de incompreensíveis a coerentes.

Em uma avaliação final, a leitura vale a pena e deixa um gostinho de quero mais. Honestamente, não saberia recomendá-lo para os fãs de suspense, uma vez que só me vi tensa nos últimos 30% da leitura. Para quem gosta de ficção histórica e de livros com jeito de script de filme é imperdível.


❤ ❤ ❤ ♡ ♡
★ ★ ★ ★ ☆

site: www.historiasdepapel.com.br
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*Rô Bernas 28/01/2015

Ler este livro foi uma grata surpresa. Ele não faz meu estilo de leitura (ou pelo menos eu achava que não rs), mas por ter entrado no desafio do TBR Jar Virtual, ele foi o sorteado da vez. Não desisti e me peguei amando o livro. Os personagens foram muito bem, psicologicamente, construídos.
Vale ressaltar que todo o contexto histórico no qual o livro se passa é inspirado em fatos reais. A história do livro retrata a vida na antiga Rússia de uma forma altamente realista. G-Zuis...como era terrível viver sob o regime comunista. Direitos? Nenhum. Deveres? Todos e mais um pouco. As pessoas viviam o medo e a falta de esperança. Tinha uma coisa hoje, amanhã podia não ter mais. E nem precisava de provas...uma leve suspeita era mais que suficiente, para ser preso, humilhado, castigado, morto. Não se podia confiar nem na própria sombra. Muitas vezes eu ficava apavorada me perguntando: “se fosse comigo?”
Ah, torci muito por Liev e Raissa...eles são cativantes! Foi um choque ao perceber quem era o assassino. Em um determinado momento eu desconfiei de quem era, e acertei, mas não o motivo que levou a fazer tanta atrocidade com as crianças.
Criança 44 é o primeiro de uma trilogia e gostei tanto que já comecei a ler o segundo.
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Rascunho com Café 28/01/2015

Uma grata surpresa
Um crime, um protagonista confuso e um sistema que nega a existência de assassinatos, esse é o mote do maravilhoso “Criança 44”.

Em seu romance de estreia Tom Rob Smith, merecidamente, levou o prêmio como melhor “thriller” de 2008 pela Associação Crime Writer's. A obra é fantástica, comovente e de um realismo impressionante, é preciso ter cuidado com essa leitura, para não se envolver emocionalmente, porque as cenas descritas ali são muito angustiantes.

Tom escreve com períodos curtos, mas longe de ser simples, sua descrição flui, o autor consegue descrever bem a pobreza e a dificuldade de se viver na Rússia stalinista. Seus personagens não são superficiais, é possível perceber o amadurecimento do personagem Liev e de seu casamento no decorrer da trama, percebemos que ele não é um vilão e sim um idealista. Na visão dele, descobrimos como tudo em que acreditava era uma mentira.

O mistério é muito bem elaborado e plausível, porém os sufocos pelos quais o protagonista passa são um pouco fora da realidade, ele é quase um “super homem” apesar de no começo do livro ser viciado em anfetaminas. Um homem comum certamente não passaria por tudo o que aconteceu com ele e sairia vivo, porém esse detalhe não interfere na boa qualidade da obra.

O thriller tem adaptação cinematográfica, com estreia prevista para abril de 2015, com os papeis de Tom Hardy (Liev), Noomi Rapace (Raisa) e Gary Oldman como General Mikhail Nesterov.

“Criança 44” tem dois livros como continuação e ambos podem ser lidos independentes, mas claro, que se você é fã de livros de mistério, como eu, certamente vai querer retornar a Rússia de Liev.


site: www.rascunhocomcafe.com.br
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Anna 23/01/2015

Adaptado no pós 2° guerra mundial, precisamente na antiga União Soviética de Stalin, Criança 44, além de um suspense pra lá de instigante, aborda infinitas questões políticas e sociais.
Durante a leitura,  nos é apresentado um comunismo na sua  forma mais crua e assustadora. As pessoas vivem o medo, não lhes é permitido questionar, tomar decisões e ir contra o sistema. Elas são como máquinas. Não tem o direito de pensar, de contestar e nem de duvidar da estrutura comunista.
Liev, o personagem principal, segue exatamente esse raciocínio. Ele "vai" de acordo com as ordens, ele vive a vida que lhe ordenaram viver. Mas certas coisas fogem do controle e ele é obrigado a opor-se. É aí que as coisas começam a "esquentar".
Egoísta, não contestador, covarde emocional, que prefere esquecer suas ações para que possa dormir sem a consciência pesada, é comovente acompanhar a transição fascinante de Liev, que vai amadurecendo emocionalmente e enxergando as coisas como elas realmente são. Cada palavra, cada personagem inserido, cada capítulo, terá sentido em algum momento do livro. Nada é insignificante, tudo tem uma lógica muito bem elaborada e tecida pelo autor.
Tom me fez mergulhar numa trama em que eu não sabia o que aconteceria na próxima página, e mesmo sendo uma escrita centrada e equilibrada, me senti afetada e nervosa a cada descoberta. 
O livro todo é uma charada e desvendá-la aos poucos é muito estimulante !
Eu recomendo!5 inesquecíveis estrelas ★★★★★
Denise 24/01/2015minha estante
Adorei a resenha :)


Anna 25/01/2015minha estante
:D




Eli Coelho 20/01/2015

Magnifico. Uma aula de história.
Esse livro presta-se além de tudo a ser uma aula de história sobre o regime de Stalin após a Revolução Russa. Não que tenha essa intenção, mas é delicioso ler sobre a brutalidade da MGB (depois KGB) para manter a ordem. Até a metade do livro é isso que se acompanha e até parece que o autor esqueceu de investigar o crime (afinal é literatura policial). Esse cenário serve de fundo para entender as transformações da personagem principal.

O livro conquista desde a primeira página, quando acompanhamos as aventuras de 2 garotos que caçam um gato para não morrer de fome. Quase no final do livro entende-se qual a participação deles para o desfecho da história.

Um livro muito bem escrito. Imperdivel. RECOMENDO!
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Tatiane Buendía Mantovani 19/06/2014

Peguei este livro para ler após vê-lo relacionado ao Açougueiro de Rostov, Andrei Chikatilo, que andei pesquisando alguns dias atrás. Achei a capa bonita e, curiosa sobre a vida do assassino serial russo, mergulhei na leitura. Após um período de readaptação de expectativas, pude sentir realmente o clima do livro: ele não é sobre Andrei Chikatilo, embora o autor mesmo nas notas finais afirme ter se “inspirado” nos crimes e na vida dele para criar seu romance. (De semelhança mesmo, somente o primeiro nome do assassino e nuances do modus operandi)
Bom, sobre a estória, a personagem principal é Liev Demidov, um agente do governo soviético que se depara com um caso de criança assassinada e abandonada em uma ferrovia. O Estado diz que não é um caso de assassinato, só um acidente. Liev, como um bom agente lobotomizado e totalmente imerso na cultura e sistema de seu país acredita piamente e se indispõe com a família da criança, que insiste que foi um assassinato. Só após deparar-se com diversos outros casos semelhantes (e encobertos), Liev tem os olhos abertos à realidade que o Estado se recusa a aceitar: toda a perfeição do comunismo soviético, com suas repressões, lavagens cerebrais e controle férreo do Estado sobre a vida do cidadão, ainda assim, é passível de brechas para que o comportamento dito “ocidental” (entenda: violência e loucura) floresça em meio ao seu jardim de pseudo-perfeição estatal.
O livro pinta um pano de fundo extremamente elucidativo sobre a vida e a cultura da União Soviética Stalinista, narrando o a ação do governo em relação à segurança e o controle absurdo sobre até mesmo os pensamentos dos cidadãos. A miséria, o medo, os excessos e a arbitrariedade em acusações e execuções, é de deixar qualquer ocidental moderno de queixo caído.
O livro começa em 1933, em um prólogo que é de partir o coração, narrando uma situação historicamente conhecida da miséria de um país pós-guerra assolado por uma fome tal que leva aldeias inteiras a pratica de canibalismo.
Gostei imensamente e recomendo a leitura!
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Guilherme Amaro 30/03/2014

Criança 44
Criança 44 de Tom Robin Smith, publicado editora Record 2008, 434 páginas.

Uma obra com excelente precisão dos detalhes daquela época como: nomes de lugares, pessoas, dados históricos, objetos, gastronomias entre outros. Sem contar na contra capa; um mapa da ferrovia de parte da Rússia e Ucrânia.

O livro Criança 44 se parece muito com o 1984 de George Orwell, mostrando todo o sistema opressor, torturas, agentes, população com medo do sistema que controla tudo e a todos.

Sobre o livro encontra -se uma Rússia oprimida por Stalin, um menino é encontrado morto sobre os trilhos de uma ferrovia, mas a sua família alega que foi assassinato. Liev Demidov, um agente da MGB vai investigar o caso, com o decorrer de diversos eventos Liev enxerga a verdade do seu trabalho, dos assassinatos e a realidade sobre o estado soviético e por isso começa a ser perseguido pela agência para qual trabalhou durante anos.

A narrativa é intrigante, com muito mistério, aventura, reviravoltas e drama.
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