A Guerra da Papoula

A Guerra da Papoula R.F. Kuang




Resenhas - A Guerra da Papoula


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Paulo.Ratz 22/08/2022

MEU DEUS!
Eu tinha esquecido de marcar esse livro como lido aqui. É uma AULAAAAA de como escrever! O livro vai construindo a atmosfera e os personagens com calma e no final do primeiro livro aconteceu já TANTA coisa e a personagem amadureceu tanto que parece que você leu uns 5 livros! Eu nem sei se vou conseguir esperar os próximos sairem em português, talvez eu tenha que ler em inglês mesmo (ou não, pq sou uma negação pra continuar série e tudo que prometo não cumpro rs).
Catia 22/08/2022minha estante
Mais um livro que vai pra minha lista por seguir suas indicações.
Depois que comecei a te seguir voltei a ler com entusiasmo, e li em meses muito mais que em anos. ?


Thayná Krueger 22/08/2022minha estante
Até hoje esperando o Paulo ler a continuação da série Amiga Genial.


giopridee 23/09/2022minha estante
simplesmente impecável!


Alessandra 06/10/2022minha estante
Minha melhor leitura do ano! To louquinha na continuação!! Tomara que a intrínseca não demore pra trazer


Ariadny 12/04/2023minha estante
Uma das melhores construções de mundo e de personagens, dei 4,5 estrelas só porque uma parte da história ficou um pouco enrolada, mas com certeza é um dos melhores livros da atualidade.


fernanda 27/06/2023minha estante
só pq vc gostou eu vou lerrrr


Alendari 10/11/2023minha estante
A sinopse começou a me convencer de ler esse livro, mas o seu comentário? nuh. Já pus na lista.


Bazinha 05/02/2024minha estante
saí com 30 traumas diferentes, mas o livro é mt bom


Nati 22/03/2024minha estante
Esse livro é de alguma série?


Luciana.Sobrinho 07/04/2024minha estante
É uma trilogia. Estou nesse primeiro e gostando bastante




iamdudis 02/07/2022

"Não acredito em deuses, mas acredito em poder."
A trilogia "A Guerra da Papoula" foi escrita pela autora R.F. Kuang. Vencedora dos prêmios Astounding Award, Crawford Award e Compton Crook Award, a série também foi indicada para outras premiações conceituadas.

A inspiração para a criação desse universo foi na sangrenta história da China do século XX. O imperialismo e a colonização é o enredo do livro, mas o que é mais interessante é a inserção de de deuses e monstros na narrativa, tornando-a muito maior que apenas política.

Fang Runin é uma órfã da Segunda Guerra da Papoula e foi adotada por uma família no sul de Nikan, numa cidade conhecida como Tikany. Rin é uma anti-heroína que foi inspirada na figura histórica da vida real Mao Zedong (presidente da China no séc. XX) e também na Azula (Avatar: A Lenda de Aang).

Rin se tornou uma das minhas personagens favoritas nesse ano. Ela é obstinada, vingativa, ardilosa e violenta, e acima de tudo humana e complexa.

A família adotiva de Rin possui um comércio clandestino de ópio. A vida dela muda quando surge uma oportunidade de casamento arranjada pelos seus "pais" com um mercador com triplo da idade dela, Rin não aceita esse destino e estuda para entrar na academia mais prestigiosa do Império.

A academia militar de Sinegard somente tem como acadêmicos filhos da elite do país. A instituição tem como objetivo formar generais e estadistas. Rin consegue ingressar na academia acreditando que estaria salva, mas infelizmente ela encontra maiores adversidades por ser pobre e de pele escura, tendo que treinar muito mais que os outros e sobreviver com alunos e mestres puristas.

Eu sempre gostei muito de entender o autor também por traz de seus livros, a origem da história que será contada, ano de publicação e a mensagem que o autor quer transmitir. Livros que me provocam pensamentos mais reflexivos, exigem da minha parte uma busca por informações adicionais. Isso interfere muito na minha nota também. Esse livro é brilhante e provocador, mexendo com a sua moralidade e no que de fato você acredita ? praticamente em todo o livro.

Para as românticas não existe uma subtrama de romance. O livro é mais sobre lealdade, amizade e alianças improváveis.

O livro tem também como trama questões místicas e sobrenaturais. Alguns personagens usam substâncias psicoativas e se aproximam de deuses para cultivar poderes xamânicos.

Surgindo novas guerras, Rin assim como outros alunos da academia é uma arma do Império ? estando pronta ou não para novas adversidades ela acaba envolvida em um jogo de xadrez geopolítico do Império.

>Preciso informar sinalizar que o livro possui diversos gatilhos e muitos deles explícitos e gráficos. Todo o tipo de gatilho que você possa imaginar existe nessa série, rs.<

Os capítulos são enormes, você terá que ter um tempo para concluir o capítulo caso seja complexada(o) como eu, kkk. A leitura requer paciência e foco, são muitas informações e acontecimentos, senão estiver atenta(o) irá perder muitos detalhes importantes.

Apesar de ter amado esse livro, tem alguns eventos que não têm profundidade, ou parecem ser "finalizados" rapidamente. Outra coisa, é o fato da Rin conseguir ter mesmo nível de luta que outros alunos que treinam desde que começaram andar... algumas coisas assim me incomodaram. Mas o livro é ótimo e recomendo muito.
son of athen 02/07/2022minha estante
Livro de artista
Resenha de artista


Meus Anos Em Livros 03/07/2022minha estante
Gostei da sua resenha!! ??


duda :) 03/07/2022minha estante
simplesmente doida pra ler esse livro.


DANILÃO1505 03/07/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!


Cleber 03/07/2022minha estante
Não conhecia esse livro e realmente parece ser bem interessante. Adorei sua resenha????


Guilherme 03/07/2022minha estante
Eu quero muuuuuito ler esse livro. Eu até tinha começado ele em inglês antes de lançar aqui, mas agora que lançou vou ler em português mesmo


Adam 03/07/2022minha estante
Seu corretor disse: Zedong...kkkkkkkk


iamdudis 03/07/2022minha estante
@Adam, está correto ele é conhecido tbm por ser Wade-Giles, Mao Tsé-Tung e Zedong.


Brujo 03/07/2022minha estante
Muito boa a sua resenha, me deixou bastante interessado no livro !


Adam 10/07/2022minha estante
@iamdudis
Sim, eu só não sabia que seu corretor era tão intelectual a ponto de entender um nome não comum! Hahaha...???


Adam 10/07/2022minha estante
@iamdudis
Hoje estou um saco para ler!


Evi 28/07/2022minha estante
Ahh fiquei muito obcecada por esse livro, é uma pena que os dois livros restantes ainda não estejam disponiveis em português. Adorei o livro, a leitura é simples, eu recomendo muito, terminei ele em três/quatro dias, porque eu voltava páginas para não perder nenhum detalhe. Mais uma vez, recomendo muito, gente.


Vanessa402 10/08/2022minha estante
Alguém sabe me dizer se tem previsão pro lançamento dos outros livros em português??


iamdudis 10/08/2022minha estante
Final do ano vai vir o segundo a princípio


Meus Anos Em Livros 10/08/2022minha estante
Eu estou esperando na fila já! Esse livro é o meu favorito de 2022 até agora ??




emysants 19/04/2024

Fantasia mais bem escrita que eu já li.
Eu achei que tinha lido livros de fantasia bons até ler A Guerra da Papoula. Fazer uma resenha sobre esse livro é muito difícil, eu nem sei ao certo por onde começar.

Eu acho que nunca li um livro que retratasse tão fielmente a guerra, com todos os seus horrores e atrocidades. As descrições das batalhas, da violência em si que ocorrem durante a narrativa são EXTREMAMENTE gráficas e atroz. Então aviso desde já, que o livro possui inúmeros gatilhos, pq esse livro é SOBRE A GUERRA, uma história que é inspirada na Segunda Guerra Sino-Japonesa e no Massacre Nanquim. Então se você for sensível a cenas de uso e dependência de dr0gas, t0rtura, genocídi0, ped0fili4 e estupr0, é melhor pular as cenas.

É admirável a forma como a autora se preparou para escrever essa história. A escrita é impecável, fluida e viciante. É tudo muito bem desenvolvido, com uma construção de universo impecável. Ela sabe exatamente como conduzir a narrativa sem perder o foco do real objetivo da história, que é mostrar a guerra como ela é, com personagens complexos, cheios de nuances e humanizados.

A protagonista é incrível, amei a construção dela. Gostei do fato da autora ter feito a Rin como uma anti heróina, ela é amável e odiável em medidas iguais, fazendo você se questionar das próprias morais em alguns momentos. Saindo da linha de protagonista certinha que nunca erra, ela não é perfeita e nem tenta ser e isso a torna mais realista.

Esse foi um dos livros mais bem escritos que já li. Parabéns R. F. Kuang, você conseguiu me deixar obcecada por essa trilogia! Não vejo a hora de ler a continuação. Recomendo esse livro fortemente! Leia, apenas leia e depois me agradeça.
Jenni 19/04/2024minha estante
A escrita dessa autora é impecável mesmo, leria até a lista de compras. A trilogia já é a minha favorita e ainda não me recuperei


emysants 19/04/2024minha estante
eu ainda tô tentando me recuperar do primeiro livro! tô ansiosa pra ler os próximos livros, a escrita dessa autora me deixou encantada


Dai Solyom 21/04/2024minha estante
Só pela sua resenha fiquei com mta vontade de ler


emysants 27/04/2024minha estante
@dai o livro é ótimo, recomendo demais, tenho certeza que irá gostar




Ivis 07/02/2024

Um espetáculo de sangue ,vingança e intrigas
É NECESSÁRIO SER FORTE PARA LER ESSEA HISTÓRIA.
Que livro devastador
A forma que R.F .Kuang nos apresenta os horrores da guerra e as consequências dela é unica e inimaginável.
O horror e a carnificina que a autora apresenta é brutal e essencial para a conscientização de quem estar lendo.
É uma crítica política e social nua e crua.
Que escancara os horres e violências
R.F Kuang deixa claro a intenção de ser receptáculo de ser a voz por trás de uma história silenciada .
yaslira 07/02/2024minha estante
Esse livro é incrível de diversas formas!!


Larissia.Bezerra 07/02/2024minha estante
Eu queria muito ler, vejo as pessoas falando muito bem desse livro. Porém sei que não tenho estrutura emocional pra isso, então sigo só vendo os comentários sobre...


Cacau369 07/02/2024minha estante
Ele tá na minha lista de leitura desse ano?




Samukk 25/09/2023

Bom !!!
Esse livro é totalmente inverso do que eu leio. O começo é muito empolgante e vc fica curioso em acompanhar os acontecimentos, só que do meio para o final tudo fica muito lento e os personagens vão perdendo a graça.
É uma fantasia criativa que mistura mitologia e história, funciona, mas faltou manter o ritmo que o começo impõe. Recomendo a leitura pra quem gosta desse estilo !
Gabriela_Sut 26/09/2023minha estante
Chocada com a nota kkkkk eu gostei bastante desse livro, mas entendo o que você quis dizer. Quando dá aquela virada na história realmente muda bastante o ritmo da história. Mas não foi algo que me desagradou.
Bacana ver a sua opinião! ??


Por Garoto 26/09/2023minha estante
Concordo totalmente, senti o mesmo relacionado ao ritmo e aos personagens. Imagino que eles terão um melhor desenvolvimento no próximo volume.


Samukk 26/09/2023minha estante
Gabriela_Sut Até que eu gostei, o início salvou a história . A parte do torneio e ela lutando com o n... foi a melhor parte . Gostei muito !


Samukk 26/09/2023minha estante
@Por Garoto concordo com vc .tbm espero .


Naiara 22/10/2023minha estante
Quero ler esse também. Estou muito curiosa. Adoro livros que tem mitologia.




Andressa1327 09/01/2024

Visceral
Era desse tipo de obsessão que eu sentia falta. Que livro incrível senhoras e senhores. Como pude demorar tanto a ler essa obra-prima?. A construção de mundo, a linha temporal, a condução da narrativa... impecáveis. Não há momentos tediosos, não há trechos desnecessários ou arrastados. Eu senti exaustão emocional como se tivesse lido cinco livros em um por conta de todos os acontecimentos que se desdobram um atrás do outro, tensão a todo momento, aquela leitura que vc prende o fôlego sem nem perceber que está fazendo isso.

Foi o primeiro livro com temática de guerra que li, que realmente narra uma guerra, totalmente gráfico, sem maquiar nem romantizar. A autora descreve todas as atrocidades que os homens cometem ao se acharem superiores aos outros, quando deixam de enxergar o outro como ser humano. E foi extremamente louvável o quanto no final do livro ela deixou claro, que os deuses não provocam as tragédias, os humanos escolhem isso. Todas as decisões foram tomadas por pessoas, eles não são forçados à maldade, tudo se resume a escolhas. A maldade humana não precisa de uma justificativa fantástica, sobrenatural, é apenas o homem decidindo fazer o mal. E não há nada de divino nisso, pelo contrário.

Evitei ao máximo pesquisar muito sobre o livro antes de ler, pois queria descobrir sozinha do que se tratava, mas fui atrás da confirmação das minhas suspeitas de que o conflito abordado no livro faz referência às guerras sino-japonesas, afinal, "uma ilha minúscula em forma de arco e entupida de gente" não foi nada sutil. Kuang usou a fantasia para marcar nos leitores informações importantes, aquilo que não vemos nos livros de história, aquilo que foi embaçado por outros acontecimentos, a dor que só o povo que sobreviveu pode passar adiante. A verdade que o país kawaii nem sempre foi kawaii. E ao saber disso a leitura do capítulo 21 torna tudo mais doloroso, faz referência ao genocídio em Nanquim, foram torturas, estupros e mortes de pessoas reais que nunca deve ser esquecido.

No mais, a autora conseguiu passar todos os sentimentos dentro da Rin, dentro do Altan, o ódio puro e a sede de vingança. Ver atrocidades e não sentir vontade de revidar é coisa de pessoas evoluídas, eu sou baixa, então senti ódio real do início ao fim e sou incapaz de julgar a Rin, isso seria hipocrisia da minha parte. Ninguém sabe como está a mente do palhaço. E tive mais revolta ainda já que li um livro sobre guerra, genocídio no time errado, já que coisas assim estão acontecendo atualmente de verdade em vários lugares no mundo. E o homem é a única raiz de todo o mal.
Karla.Kassiane 09/01/2024minha estante
Parabéns pela resenha, tua indignação me fez ficar muito curiosa tanto pelo livro quanto pela história real.


Andressa1327 09/01/2024minha estante
Obgda ?




Queria Estar Lendo 05/06/2022

Resenha: A Guerra da Papoula
A Guerra da Papoula (The Poppy War) é o primeiro volume da trilogia de mesmo nome, escrito pela autora R.F. Kuang. Foi seu livro de estreia, e que estreia! Essa fantasia adulta inspirada na história da China e nos conflitos sino-japoneses é um espetáculo visual e narrativo, do começo ao fim.

Antes de começar a resenha, fica o aviso de que esse é um livro +18 com muitos gatilhos. Os principais deles envolvem violência extrema, gore, tortura física e psicológica, estupro, guerra. Você pode encontrar a lista de todos os gatilhos da obra neste link aqui.

A Guerra da Papoula (The Poppy War) conta a história de Rin, uma órfã de guerra que vive com uma família adotiva que pouco se importa realmente com ela. Rin aprendeu a sobreviver por conta própria e a se fortificar sozinha, e é por isso que decide participar de uma prova para ingressar na Academia de Sinegard, a maior escola do império de Nikara, lugar onde se formam grandes generais e soldados de guerra. Lá, ela acredita que pode ter uma chance de fazer valer todo o seu esforço.

Uma vez que passa na prova e conhece o mundo longe do pequeno vilarejo onde vivia, Rin descobre que há muito mais crueldade espalhada por aí - e que ela é forte o suficiente para superá-las e mostrar o seu valor. Rin quer se tornar a maior da sua geração; e muito vai precisar para se provar digna de construir um grande legado.

Ainda mais ao descobrir que existe algum tipo de poder adormecido dentro de si; um poder que fala diretamente com o divino.

"Quem controlava quem? Era o soldado que chamava pelo deus, ou o deus no corpo do soldado?"

Falar mais da história é, a meu ver, muito spoiler, porque a graça de A Guerra da Papoula (The Poppy War) está justamente no quanto ela se torna mais e mais grandiosa com o passar das páginas, escalonando os problemas, os perigos, as provações e a jornada da nossa protagonista.

Sua viagem e mudança para a Academia já são coisas grandiosas e gatilhos motivacionais para Rin se fortificar; é um mundo cruel, especialmente com pessoas que não vieram de berços de ouro como ela, e Rin passa a perceber que é ela por ela em toda essa situação. Ela faz amigos em Sinegard, mas poucos em comparação com os rivais em seu caminho.

R.F. Kuang tece uma história não de uma heroína mostrando o seu valor, mas de uma anti-heroína entendendo que precisa abraçar seu lado sombrio para combater um horror ainda maior.

"Você vai derrotar seu inimigo, e a vitória vai se tornar cinzas em sua boca."

Diferente do desastre que foi Viúva de Ferro, aqui a gente tem tempo de acompanhar a ascensão e queda de uma protagonista que começa ingênua e que desconhece tudo que existe além do seu vilarejo, mas que vai agarrar com unhas e dentes as oportunidades e que não vai descansar até estar à altura delas.

A Guerra da Papoula (The Poppy War) é um livro majestoso e visceral. É uma história sobre o pior da guerra. Discute abertamente a tirania, o fascismo e a opressão racial. Fala de maneira afiada sobre misoginia e sobre o sufoco que minorias vivenciam.

R.F. Kuang é certeira em tudo que propõe, e perturba pela realidade com que trata esses assuntos. A quantidade de gatilhos está diretamente conectada à história realista que ela está contando; sua guerra não é heroica, não é bonita, não esperançosa. É terrível, mortífera, destruidora. O mundo em que nos encontramos é moldado por nações à beira de um colapso sem precedentes; no passado, uma das "Guerras da Papoula", conforme o título do livro, quase irrompeu em uma calamidade, quando o império da Federação se aproximou demais do Império de Nikara, mas foi impedida. Por quanto tempo isso vai durar?

Rin vive todos os estágios de um soldado em formação. Ela vive todos os estágios de uma garota conhecendo o pior do mundo.

Mas nem tudo é sombrio e tenebroso; há momentos de paz. Há momentos de sorrisos e alegria. Há momentos de amizades e compreensão. Rin encontra outros como ela na Academia, como Kitay e Niang; Nezha, seu antagonista na escola, acaba não sendo assim tão sombrio quando o conhecemos um pouco mais. É tudo sobre nuances, e cada personagem importa para a narrativa, para o desenvolvimento e para a história.

"Eu não acredito em deuses. Mas acredito em poder."

E não, não tem romance. Alguns vislumbres de flertes e de interesse, mas não chega a 1% da narrativa (da minha parte, graças a deus!).

Além da guerra e do espetáculo narrativo que é a jornada da nossa protagonista, A Guerra da Papoula (The Poppy War) também tem um cenário fantástico muito criativo, com um dos sistemas de magia mais incríveis que eu já tive o fascínio de ler. O modo com a autora tece a parte fantástica da história, com lendas e deuses se tornando parte da trama, acompanha o conhecimento da Rin. Com o tempo, lendas deixam de ser lendas, deuses deixam de ser deidades distantes, e se tornam pontos importantes do livro.

O panteão divino, como se entrelaça com o passado desse mundo, desde a origem até o que é hoje; o quanto afeta a guerra que vai nascer, e o destino dela. É tudo de encher os olhos!

"Não quer conhecer o rosto do inimigo?"
"Não, eu não quero. Porque então eu talvez pense que eles são humanos. E eles não são."

A Guerra da Papoula (The Poppy War) é o tipo de livro tão espetacular e maravilhoso que torna impossível falar a respeito. Eu gostaria de passar horas e horas aqui detalhando cada momento que me fez prender a respiração, cada decisão da protagonista que me deixou numa pilha de ansiedade, cada reviravolta que trouxe tensão para a narrativa. Mas só posso dizer: leiam.

Se você gosta de fantasia adulta, de estratégias de guerra e de acompanhar uma personagem que é real em todo o seu carisma, em seus medos e sua coragem, A Guerra da Papoula (The Poppy War) também vai ser um favorito para você.

site: https://www.queriaestarlendo.com.br/2022/05/resenha-poppy-war-rf-kuang.html
Gabi 16/11/2023minha estante
Totalmente lindaaaa??


Gabi 16/11/2023minha estante
Umas

Um dos personagens femininas mais bem construídos que eu já li!!!


ValAria40 27/01/2024minha estante
Sua resenha é tão boa quanto o livro! Concordo com tudo. Tô indo agora ler sua resenha sobre Viúva de Ferro rs




@lendocomjulian 27/12/2022

Fechando o ano com chave de ouro
O livro conta a história de Rin, uma órfã de guerra que, para fugir de um casamento arranjado, estuda a exaustão e entra na única academia militar do Império Nikara.
Passar no teste era apenas para a elite do Império, para filhos de generais e políticos importantes. Assim, Rin é uma tremenda exceção e na Academia faz de tudo para se provar pertencente aquele lugar.
Em Sinegard, sob a tutela de um professor peculiar, Rin descobre uma arte arcana de se conectar aos deuses e assim possuir poderes sobrenaturais.
Para acessar os deuses, há um alto custo, mas será que vale a pena? (só lendo para saber)
Os aprendizados são interrompidos com um ataque da Federação Mugen à academia Sinegard e nesse momento a história muda.
Acompanhamos a protagonista, integrando uma divisão ?especial? do Império para defender uma cidade litorânea, onde a Federação pode acessar Nikara.
Fechamos a história com a Guerra e suas repercussões.

O livro é excelente. Muito interessante desde o começo (já começamos o livro acompanhando o teste para entrar na Academia). A leitura é muito fluida e rápida. Os eventos acontecem no livro com uma velocidade inacreditável. A Academia e o sistema escolar são muito bons, e o professor Jiang me fez rir algumas vezes.

O livro contém um aleta de gatilho e é extremamente necessário. A guerra é descrita de uma forma brutal, sem dó nem piedade. As crueldades descritas pelos personagens e contada pelos sobreviventes é pesada mesmo.

O sistema de magias, panteão e criaturas mitológicas que aparecem são diferentes do que eu já tinha visto. Não costumo ler sobre a cultura chinesa, e fiquei bem encantado por essa mitologia.

O gancho para o segundo livro é excelente também e te deixa bastante curioso para ver qual será o desfecho dessa ?próxima? missão.

Fechando o ano com chave de ouro, esse livro com certeza está entre os meus favoritos e não sei porque não li antes, vale muito a pena!
Recomendadíssimo!

Li esse livro junto com a @lcmundosfantásticos

Venha ler com a gente e desvendar novos mundos fantásticos.
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Let 20/09/2022

Uma fantasia histórica com magia e guerra
Não sei como descrever a experiência de leitura desse livro. Ele foi dividido em 3 partes e eu senti vibes completamente diferentes em cada uma. Algumas mais densas e pesadas. Inclusive, chequem os gatilhos, pq tem muito conteúdo explícito de tortura e morte. Não é um livro fácil de ler.

A protagonista é o ponto alto pra mim: aquela que quase se torna a vilã pelas decisões que toma. Começa como ?ninguém? e se transforma na mais poderosa, mas por um preço bem alto. Rin está disposta a tudo, principalmente por vingança! Amei acompanhar o desenvolvimento dela.

Sobre a ambientação: eu já sabia que seria uma fantasia baseada na história militar da china, mas eu tive muita dificuldade de entender algumas partes que envolviam estratégia militar e as disputas entre os povos. Isso acabou afetando a experiência pra mim.

Mas é claramente uma obra prima! A escrita da autora é fascinante e apesar de alguns capítulos bem longos e cansativos no meio, ela soube amarrar mto bem td q acontece nas 500 páginas! Temos personagens fortes e cativantes, reviravoltas, fatos históricos, trama política e magia muito bem misturados. Mal vejo a hora de ler a continuação e ver até onde a Rin vai chegar ?
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Dhiego Morais 21/08/2022

O hype de milhões é merecido!
? Sim! Eu li "A Guerra da Papoula" e o hype é merecido!

? Gente, demorei, mas acabei! E se eu pudesse resumir essa experiência, seria com uma mistura de dois memes: o da mulher "meu Deus, eu tô passada, chocada" com o repórter da uva levando choque e dizendo as sábias palavras "AAAAAI, AAAAAI!"

"A Guerra da Papoula" é um início de trilogia fantástico, com um cenário e cultura inspirados no leste asiático. Observamos o desenvolvimento de Rin, uma jovem que se vê obrigada a se casar com um comerciante por arranjo no continente Nikara, mas que decide reescrever o próprio destino, mesmo que para isso ela passe por intensas provações, por descrença, crueldades, guerras e decisões angustiantes.

Rin, como personagem, tem um desenvolvimento cuidadoso, sem pressa. Logo, os leitores poderão acompanhar a passagem dos anos, a vida dura e a sede por ser maior e mais forte, enquanto conflitos internos entre ser justa e vingativa aumentam.

Mas atenção! Este primeiro livro tem uma série de GATILHOS! Aos mais sensíveis, saibam que "A Guerra da Papoula" não transita somente pela jornada do herói, mas aborda temas pesados: cenas de violênci4 explícita; tortur4; estupr0 e abus0 sexu4l; consumo de drog4s; genocídi0; experiências ilegais com prisioneiros/inocentes (campos de cncentraçã0); etc.

Outros temas como a espiritualidade e o xamanismo são outros temas absolutamente presentes no livro de R. F. Kuang.

Enquanto a Federação de Mugen, na ilha do arco se prepara para uma nova Guerra da Papoula contra o Império Nikara, política, traições e deuses entram em confluência. O futuro se tinge de tons de morte e destruição.

? Se eu fosse vocês, já começaria a ler agora "A Guerra da Papoula" ?
Lyta @lytaverso 21/08/2022minha estante
Excelente resenha e adorei os memes kkkkkk


iampablo 21/08/2022minha estante
tô doido pra começar esse! esperando o meu chegar


Dhiego Morais 21/08/2022minha estante
Hahaha obrigado! Os memes são certeiros =D


Dhiego Morais 21/08/2022minha estante
Aaaa assim que chegar já pode ir lendo! Você vai amar!




edisik 29/10/2023

Eu achei o começo meio chato, muita discussão sobre deuses e nenhuma ação. E demorei um pouco para pegar o jeito como a escritora desenvolvia o texto. Depois da metade começa a ficar bom. Tomara que as continuações sejam de tirar o fôlego.
DeniseSC 30/10/2023minha estante
Eu coloquei esse livro como meta de leitura, mas estava esperando sua resenha, desde que seus históricos demonstraram não ser uma leitura boa...


edisik 30/10/2023minha estante
Não funcionou para mim. Mas a maioria gosta, tem uma boa nota.


edisik 30/10/2023minha estante
Acho que estou muito velho para Fantasia. Gosto mesmo é de um bom Suspense, Mistério, Policial, ficção científica.


DeniseSC 30/10/2023minha estante
Realmente vai muito do gosto, e as vezes até da vibe que está para esse tipo de leitura, vou ler e trocamos a experiência!


Isaac 30/10/2023minha estante
A república do dragão é muito bom !!!! Eu adorei !!!! Vale com toda a certeza a leitura !!




Rainy Girl 15/03/2024

Acho que nunca li um livro de fantasia que retrata a guerra de forma tão real. É um livro muito intenso e descritivo. Certas partes foram difíceis e confesso que tive que pular uma parte muito descritiva de tão horrível e dolorosa que era.
Por ser tão rico em detalhes e história, fiquei com medo de achar maçante, mas a escrita da autora me surpreendeu. Eu me vi devorando esse livro e formando várias teorias. Só não espere "romance", pois nem migalhas teve nesse primeiro livro da trilogia.
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Franci 02/11/2023

Três livros em um, mas só um é bom

Comecei a ler esse livro ainda em 2018.
Temos o primeiro livro, que é uma jornada de herói básica, a gente fica empolgado e investido em ver a Rin fugir de um casamento arranjado para ir estudar na famosa academia do mundo dele. Há parcimônia na construção de mundo, algum apelo na personagem tudo soa promissor.
Depois... Depois a Rin está na academia, fazendo inimizades sem motivo. Eu gosto de rinha de adolescente, que revela a estratificação daquele mundo. Cheios de estereótipos, mas já estivemos aqui antes. O nome do vento fez isso, e muito melhor.
Sim, todo esse cenario escolar lembra muito o Nome do Vento, porque temos até um Elodin, na caracterização do mestre com metodologias excêntricas. E a protagonista segue naquela jornada de ser humilhada e dar a volta por cima, mas tudo feito com tanta pressa, que ninguém consegue mais se conectar a ela.
O que eu senti é que a autora quis tanto ser levada serio, mostrar que Rin era protagonista que não era como todas as outras, que atropelou todas as construção de mundo e de personagem que ela poderia ter aproveitado pra dar mais substância a história.
Há um momento em que Rin tem a menarca, em que além de estranhar ela estudar tanto e não fazer ideia do que estava acontecendo, nós somos convidados a testemunhar ela destruindo o útero com uma cházinho pq nossa atrapalha muito os estudos aff... Sim, haja determinação. Como disse o médico, seria ótimo se todas as mulheres fossem como ela, afinal o que é apego ridículo a um órgão que só serve para dar bebês,ou doença, né? Eu poderia falar de como na ficção as mulheres têm que sempre se despir de algo associado ao seu sexo para ser levada sério, mas a real? É que foi nesse exato momento que percebi que o livro foi escrito por uma adolescente.
Dito e certo, fui na wiki e ela tinha escrito com uns 17 anos.
Daí pra frente, é só pra trás. A guerra chega, horrores acontecem, e em nenhum momento eu consigo respeitar a Rin como a tal™ que ela se propõe a ser e tudo soa mais como uma fanfic histórica, que utiliza todos acontecimentos reais que se inspirou do modo mais desajeitado possível.
Desajeitado não só pelo péssimo gosto de colocar relatos que podem ser encontrados em documentários e matérias sobre o estupro nanquim do modo mais direto possível, como pela audácia de fazer isso através de uma personagem que sumiu por quase toda a trama, e o único momento em que ela foi humanizada, foi pra relatar o abuso que sofreu. Percebam, são pequenas falhas, que juntas deixam o contexto horrível, mal pensado. Eu poderia relevar meu desconforto em como todas as personagens femininas são vilanizadas, e Rin não interage de modo decente com nenhuma delas, a imperatriz caricata cujo poder tem como fonte a sedução, a cuidadora má, ou as interações com a própria Venka, que foi apresentada como uma patricinha mimada, se fosse fatos isolados, mas juntando tudo... Não desce.
Tudo pra não falar das alegorias que a autora usa, visto que todos os países do mundo fictício dela foram inspirados em países reais. Houve uma falta de cuidado, de sensibilidade, que me incomodou, não pela dureza, mas por ser malfeito mesmo.
É a finalidade da história nos mostrar o que seria os horrores reais do massacre nanquim e do experimento da unidade 731, mas todo o meio é sacrificado.
Quando fechei o livro, pensei que com toda certeza ela teria ela teria feito algo muito melhor se tivesse feito esse livro dali a alguns anos. Agora que vi que ela acredita que a Rin é uma representação do Mao... Eu duvido um pouco.
O fato é que voltei a ler, tentando entender meu incomodo, porque a Kuang tem muito potencial, mas a execução nesse livro do que poderiam ser ótimas ideias ficou com deus.
Vamos ver se o segundo livro me dá alguma perspectiva.
Filipe 12/02/2024minha estante
Rin é a representação do Mao e ela que joga a "bomba atômica" potencializada. Ia falar que no próximo livro já tô esperando começar com ela chutando cachorro, mas lembrei que ela já matou um nesse




http.lucy 05/01/2023

Tá... o que aconteceu aqui
Em um momento temos uma adolescente aprendendo a lutar uma guerra em uma escola e do nada tem descrições horrorosas de cenas terríveis.

Quando me alertaram sobre os gatilhos desse livro eu ignorei como sempre porque normalmente nunca me afeta, mas aqui foi totalmente diferente. A forma escolhida pra narrativa, a descrição de detalhes em determinado momento do livro é tão horroroso (no sentido de ser desumano e não da escrita) que eu tive que parar de ler e tomar um copo d'água.

Eu tenho uma vaga ideia do que pode acontecer no próximo livro e apesar de estar muito curiosa pra saber como a história vai se desenvolver eu vou esperar um tempo pra tudo se acalmar na minha cabeça. O final desse livro ainda tá me atormentando
Anca 05/01/2023minha estante
fiquei curiosa, me dê um spoiler ai jjkkkk


http.lucy 05/01/2023minha estante
kkkakakak amg é muito bom, a escrita te prende horrores, só que tem descrições muito fortes de violência de todo tipo que você imaginar sendo a pior estupro, é bem pesado mesmo


Anca 06/01/2023minha estante
nossa, bem pesado mesmo




Tim 31/05/2023

Avatar a lenda de Rin
Eu estava esperando uma enxurrada de gatilhos, mas na verdade não vi muita coisa. Mais para o final da história, há uma passagem extremamente intensa, mas é só isso. Não sei se definiria como uma jornada do herói, já que o mundo não foi salvo e nada dependia exclusivamente de nossa protagonista Rin. Ela é um ser com uma habilidade singular, mas foram as escolhas dela que a levaram a descobrir tudo.

"A Guerra da Papoula" é uma fantasia chinesa que utiliza como base a história da invasão imperial japonesa à China. Com muitos mistérios, religião e um mundo destruído pelas drogas e desigualdades, a autora faz várias críticas a certas formas políticas governamentais. A história é intrigante e envolvente, chegando a momentos em que ri.

Acho o primeiro capítulo completamente coeso. Os outros são bons e bem estruturados, mas lá pelo capítulo 20 sinto a história se tornar um pouco cansativa. No capítulo 24, no entanto, o interesse retorna. Fico pensando se o segundo livro conseguirá manter minha atenção como esse, pois tenho uma leve sensação de que talvez não.

No final, gostei muito. Estava ansioso para ler uma fantasia épica. "Guerra da Papoula" me lembra muito "Avatar: A Lenda de Yang" misturado com "Mulan".
Giovanna383 31/05/2023minha estante
A guerra da Papula é a fantasia épica que todos estávamos ansiosos pra ler, um livro bom e coeso na minha opinião.




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