Kívia 07/02/2013
Doce e encantador
Eu amei esse livro. Lie, reli e vou continuar relendo. É um livro infanto-juvenil que encanta até um adulto. Até porque literatura voltada pra o público infantil, quando é boa mesmo, presta para toda faixa etária. Estão aí O MENINO DO DEDO VERDE e O PEQUENO PRÍNCIPE para nos mostrar isso. Voltando ao livro: A morte aparece de forma muito delicada. Cecília é uma menininha com câncer, em fase terminal, que recebe a visita de um anjo que vem ajudá-la a partir. Alias, não só partir, mas fazê-la refletir sobre a vida. Tudo isso apoiado na filosofia (como é bem típico de Jostein Gaader).Por incrível que pareça, este não é o livro que vai fazer alguém chorar. Apenas refletir. O autor é muito sensível e gentil com as palavras. A gente percebe a saúde da menina se deteriorando no decorrer do enredo, mas essas passagens não nos chocam.
"Rasgou o papel e abriu uma caixinha amarela. Pousada num pedacinho de algodão uma borboletinha vermelha, um broche... Cecília tirou-a da caixa, mas assim que a tocou, a borboleta mudou de cor, passando de vermelha para verde. Logo em seguida ficou azul e roxa.
'Uma borboleta mágica!'
'... que muda de cor conforme a temperatura', acrescentou o pai.
Todos quiseram segurá-la. Quando a apertavam com força na palma da mão ela ficava azul e verde, mas só na mão de Cecília ficava roxa.
'É uma borboleta de febre', disse Lars, mas os outros fingiram não ouvir."