Marcela.Andrade 24/01/2016
É natal e Cecília adora o natal. Diz que tem cheiro, gosto e está ansiosa para saber se os seus pedidos de natal serão atendidos. Doente e sem poder sair de casa, passa maior parte do tempo no seu quarto. Entre os descansos e as visitas dos parentes ela faz anotações no seu caderninho chinês sobre suas reflexões e lembranças. Ariel é o seu mais novo amiguinho e conversas com ele a fazem refletir de forma bastante suave, intrigante e empolgante sobre como enxergar a vida, os seres, o passado, o presente e o futuro.
Através das divergentes teorias do criacionismo, evolucionismo, pansmermia... Jostein Gaarder nos apresenta uma linda e leve história sobre o todo.
É um livro fácil e bom de ler, mesmo aparecendo ideais teoricamente opostas e momentos tristes.
Ele fala sobre a morte? Sim e não só.
Sim, a morte está presente na história, mas mesmo sendo um tema triste é tratado de forma suave. Não só a morte, mais que isso. Percebi na história o amor nas grandes ações e nos detalhes mais sutis. Me levou a uma viagem curiosa através dos 5 sentidos e concluí que temos apenas 1 sentido, o ser. A maneira como as teorias do início da vida aparecem me fez por alguns instantes achar que cada uma foi a que verdadeiramente deu origem a tudo.
Tão cheio de possibilidades reais, fantásticas e fantasiosas que em poucas páginas tanto pode nos levar a grandes reflexões, como só à sensação gostosa de uma linda história.
Mais uma vez tive a sensação de que quando dizem que não podemos esquecer a criança que existe dentro de nós, isto está relacionado com a curiosidade, a vontade de descobrir, com o se permitir imaginar, não ter medo de arriscar, não achar que já sabe tudo, ter mais leveza...