O Banquete

O Banquete Platão
Platão




Resenhas - O Banquete


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Dant 25/04/2020

O banquete é um dos principais diálogos de Platão. Nessa obra temos um baquete (ao que se dá ao nome da obra) na casa do poeta agatão, onde se encontra figuras importantes de atenas como fredo, pausânias, erixímarco, aristófanes, e socrates.

O tema do banquete é uma investigação filosófica sobre Erõs (amor ou belo) onde essas importantes figuras se põe a criar um discurso em virtude do amor.
O baquete considerado um diálogo da fase madura do pensamento de Platão, foi escrito aproximadamente em 384 e 379 a.c.
Porém no ponto de vista dramático a obra se passa em algum momento do ano 416 a.c.

Nessa obra podemos ter um bom conhecimento da filosofia socrática, ja que socrates não deixou nada escrito, e que so podemos ter contato com ela através dos escritos de Platão seu discípulo.

O banquete é uma das obras mais importantes da filosofia ocidental,totalmente relevante na atualidade. Aqui Podemos ter contato com a grandeza que foi o pensamento platônico e socratico. É uma leitura fundamental para entender os grandes filósofos e alimentar nosso conhecimento.
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caio.lobo. 01/02/2023

Erotismo sem sexualidade de Sócrates (ou Platão)
Reler O Banquete depois de muitos anos proporcionou uma visão mais literária do que minha visão antiga que era de todo filosófica. Platão é um gênio da literatura, como se não bastasse ser o gênio maior da filosofia. Em O Banquete Platão faz rir com um Sócrates ?erótico?, adulado e amado, mas sábio, e no ?seu saber que nada sabe? demonstra erudição na matéria do amor, ou melhor, do erotismo. Aqui a ressalva: erótico não é necessariamente sexual, mas entre as tantas terminologias para amor na Grécia Antiga, Eros se sobressai como o mais penetrante. Tentar definir Eros é o enredo deste banquete pós-noite de bebedeira, e cada um dos convidados irá acrescentar um tanto de conhecimento, até chegar na apoteose de Sócrates.

Seria Eros aquele que origina o universo, um dos Deuses mais antigos como cita Fedro? Isso mostra a influência dos mistérios órficos em Platão.  Esse amor nos faz melhores, mas Pausânias discorda, sendo dois os Eros, pois duas são as Afrodites: há a divina de Hesíodo, do céu (Urânia), esta que nasceu dos testículos e esperma sagrado caídos do divino Urano no mar, como de um nascimento virginal; a outra de Homero, filha do tirânico Zeus com Dione, esta é a Afrodite do populacho (pandêmia). Uma eleva às coisas sagradas, aos Deuses, à religião, à arte, à filosofia e ao sublime; a outra leva à fornicação, à prostituição, ao amor ao dinheiro, ao egoísmo, ao estupro e a todo prazer doentio.

E fala Aristófanes. Conta o belo mito do humano andrógino, que é extremamente poderoso, pois é completo em si mesmo. Se torna arrogante e acha que pode ser como os Deuses, mas estes castigam o Andrógino cortando-o ao meio e formando dois seres separados. Estamos em busca de nossa metade que falta, seja ela a metade masculina ou feminina. Isso remete a Jung e sua teoria do Animus e Anima, mas podemos ir mais longe, pois da mesma forma que o homem precisa encontrar sua contraparte feminina dentro de si e mulheres a contraparte masculina, há, ainda mais hoje, homens que precisam encontrar o homem dentro de si e mulheres precisam revisitar a mulher que habita nelas. Aqui começa a ficar claro que o amor erótico é uma falta, sentimos falta de um ?não sei o que?.

Agatão, bom em palavras, sublima Eros até o último, é a perfeição das perfeições. Aí fala Sócrates, e acaba com o discurso apoteótico, e isso utilizando da sua maiêutica. Fazendo perguntas perspicazes faz com que Agatão dê as respostas. Eros é de algo e não de nada, e esse algo é o que Eros deseja. Oras, se deseja é porque lhe falta algo, e a natureza do amor é querer a beleza. Eros busca sempre e cada vez mais a beleza, e não se satisfaz sem encontrar a beleza sublime, a beleza das belezas. Essa beleza é a verdade que se reflete imperfeitamente noutras belezas, então beleza é verdade. O que nos falta é a beleza, por isso a buscamos. Por isso que o amor erótico é muitas vezes chamado de paixão, pois é uma insaciabilidade, quanto mais temos a pessoa amada mais a queremos, e mesmo nos aproximando, abraçando, possuindo e adentrando a pessoa amada ainda não nos sentimos satisfeitos, pois além da pessoa amada ser apenas o reflexo da beleza que mais nos afeta e nos traz afeto, ainda assim não é o Belo, e mesmo que fosse quereríamos ser unos com o Belo.

Aqui há um ponto interessante, pois Sócrates cita a sua mestre nas matérias de Amor, a sacerdotisa Diotima. Aqui ficamos entre o mítico e real, pois penso se essa figura feminina realmente existiu ou se seria a anima de Sócrates, o seu Eros interno, pois ela mesma ensina que o Eros é um demônio (daimon) interno, esse ser interno de cada um de nós que nos inspira. Seria talvez a bela figura demoníaca de Sócrates a sacerdotisa Diotima, e ele se completou, sendo o andrógino primordial. Então Sócrates já estaria perto do divino!

Por fim, chegando próximo do final, Platão joga com seu humor em sabedora na figura de Alcibíades. Este apaixonado por Sócrates, mas Sócrates não atende suas cantadas, e mesmo na vez que dormiram juntos, Sócrates não fez nada, dormindo como um irmão ou um pai com Alcibíades. Já bêbado, Alcibíades está todo dionisíaco e caótico, e graças a essa loucura que consegue trazer uma lição importante. Ele não entende como pode amar um homem fisicamente horroroso como Sócrates, e o pior, todos os novinhos também amavam Sócrates. Fica claro que este amor platônico não é carnal, mas pela grande alma que habita em Sócrates. Sabe-se que havia na Grécia o amor de uma pessoa mais velha por um jovenzinho e este amor era recíproco. Isso pode ser elevado a um amor mais sublime e não sexual. O jovem ama o velho por sua sabedoria e esse amor se sublima com a transmissão de conhecimento. Da mesma forma o velho ama o jovem, pois seu desejo está em torna-lo sábio.

Devo destacar aqui a bela e erótica tradução de Donaldo Schüler, que é fluída e provavelmente deixou o texto com uma cara mais próxima de Platão, com todo humor, sarcasmo e sabedoria que o filósofo quis transmitir.
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Ana 29/01/2021

É um tanto complicadinho, mas é, definitivamente, maravilhoso!

Platão traz uma forma de escrita com variadas descrições de um mesmo tema (Eros/o amor), com diferentes falas e sugestões, o que torna a leitura muito agradável, em especial pelo jeito dos personagens - entre estes, Sócrates.

Eu, pessoa leiga que ainda não adentrara profundamente na filosofia grega, achei um ótimo livro, principalmente por tratar de um termo tão famoso, mas que eu pouco conhecia, o "amor platônico".
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Getulio 17/05/2020

Amor
A obra apresenta grandes e conceituados pensadores da época tentando de alguma forma realizar um elogio ao Amor.
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Elane48 05/05/2020

Encantador
Por que esse livro ainda não virou roteiro de cinema??? Que enredo!!! É a primeira vez que leio Platão. Fiquei encantada com a retórica empregada e sofri junto com Alcibíades toda aquela dor de amor. Contudo, deixo claro que o discurso que mais apreciei foi o de Agaton, que fez poesia, como se vê na página 52 nessa edição da Edipro.
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gi 07/05/2023

Sobre o amor
Me surpreendeu o tema da conversa no jantar. O banquete é literalmente isso, um banquete que é voltado aos amigos, e nisso temos as conversas entre eles e bebidas.
Aqui temos a visão de cada um dos quais estavam no banquete sobre o Amor, e com letra maiúscula pois fica o questionamento de que o Amor é um deus, e ao longo das réplicas e tréplicas vamos desconstruindo a ideia, uma a uma, sendo cada vez mais profundas as reflexões e mais elaborados os argumentos. Gostei muito por ser curto e direto. E me deixou curiosíssima para ler ilíada, tem muuita referência.
?mas no que há de mais brando entre os seres é onde ele anda e reside. Nos costumes, nas almas de deuses e de homens ele fez sua morada, e ainda, não indistintamente em todas as almas, mas da que encontre com um costume rude ele se afasta, e na que o tenha delicado ele habita. Estando assim sempre em contato, nos pés como em tudo, com os que, entre os seres mais brandos, são os mais brandos, necessariamente é ele o que há de mais delicado.? ??
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Afranio.Cunha 15/12/2020

Diálogos Platônicos
Os diálogos Platônicos são fonte de diverso ensinamentos. Com seu método Platão através da sua principal personagem, discuti temas eternos como: o amor, a piedade, a verdade, todos centrados no homem. Nesse Sócrates discorre sobre o amor e suas nuances. Os diálogos Platônicos devem ser lidos e relidos, pois são atemporais.
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Maria Eduarda 16/10/2023

O Banquete-Platão
O banquete, obra do filósofo grego Platão, é uma das mais ricas narrativas do autor. Eu adorei a experiência de ler esse livro, estava imensamente interessada em ler sobre ?O mito das almas gêmeas?, e quando eu soube que tratava desse exemplar, eu não perdi tempo.

Em primeiro plano, o discurso é feito por Platão, Eros, Aristófanes, Agatão entre outros. A obra é um respaldo de debates e repleta de questões sobre o amor, felicidade, virtudes e mitologia grega. E sem objeções o discurso que mais me interessou foi o do comediógrafo Aristófanes, no qual se tratava do ?Mito das almas gêmeas?.
?Aristófanes, por sua vez, narra sobre os três gêneros da humanidade. Éramos um todo, e a essa totalidade dá-se o nome de amor, era essa a nossa antiga natureza. Feita a divisão, o amor tornou-se um desejo, uma vontade de completar-se, está sempre na busca de algo que sabe que lhe falta. A união é a cura, a bem-aventurança e a felicidade. Por isso sendo os homens o amor em essência, buscam-no uns nos outros?.

Nesse viés, é notório que o livro exemplifica que no início dos tempos os seres eram completos, com duas cabeças, quatro braços e quatro pernas, completos e felizes. Todavia, em um conflito com Zeus, os homens foram cindidos com uma espada, dividindo-os ao meio para enfraquecê-los. Zeus pediu a Apolo que cicatrizasse o ferimento, pra que vissem constantemente a imagem do castigo e do lado da fenda vissem o poder de Zeus, assim nasceu o umbigo. Dessa maneira, os homens se encontraram desamparados, em constante procura da sua outra metade, sem a qual não viveriam, no qual passariam o resto da vida à procura. Logo, tendo assumido a forma que nós temos hoje, os seres procuram sua outra metade, a sua alma gêmea, pois a saudade nada mais é do que o sentimento de que algo nos falta, algo que era nosso antes.

Vale ressaltar, que Platão vai utilizar uma linguagem poética-imagética para tentar refutar essa teoria, mas no fundo, a plasticidade da escrita foi que ficou na convenção como a obra mais bela que explica sobre o amor.
A cara metade. A alma gêmea. O pedaço de mim. Quem é este Outro que deveria nos completar? Para a angústia dos Deuses, eu encontrei a minha alma gêmea.
Warley Pablo 17/10/2023minha estante
Nossa, você é linda demais!
Eternamente grato por também ter encontrado minha metade, sou o homem mais feliz do mundo. Obrigado, meu amor, muito obrigado por existir!!!!!


Warley Pablo 17/10/2023minha estante
Incrível sua resenha, querida! Muito precisa, como sempre.


Maria Eduarda 17/10/2023minha estante
??




Vítor 05/10/2020

Um livro muito interessante, principalmente para quem gosta filosofia. Mas exige uma leitura bem atenta, em um sentindo de se manter conectado na história, senão pode se tornar entediante parte da leitura.
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EduardoCDias 11/07/2022

O que é o amor?
O poeta Agatão reune alguns amigos para um banquete, entre os quais encontra-se Sócrates. Contrariando os costumes, resolvem não se embriagar, bebendo, cada um, o que acha que deve beber. É então feita a sugestão de um ?concurso? de discursos sobre o amor. Achei a tradução e o posfácio técnicos demais. Acho que merece a leitura de outra tradução.
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Dioguinho 15/01/2021

Um senhor banquete?
Pois bem, o livro é bastante interessante por expor diversas formas de interpretar o Deus Eros ou o amor, como queiram chamar. Assumo logo de cara que em diversas partes do livro a compreensão foi bem difícil de ser feita, principalmente pela extrema carga teórica contida em algumas ideias. Porém, eu lhes asseguro que cada página do livro é reveladora e, apesar das dificuldades em alguns momentos, com certeza vale a pena ler o livro não só pelas brilhantes ideias que são expostas, mas também, pela amostra de como seriam esses encontros entre grandes mentes filosóficas da Grécia Antiga (algo que me encantou muito no decorrer do texto).

Em fim, leitura altamente recomendada ?
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Bruno 29/10/2023

Exemplar marcante da obra platônica em edição bilíngue (relevante apenas para estudiosos do grego antigo) e comentada.
O Banquete influenciou toda a filosofia posterior e a perspectiva ocidental do amor.
O posfácio de José Cavalcante de Souza traz sua tese de doutorado a respeito da obra. Mais interessante, na minha opinião, sugiro o curso específico do Prof. Victor Sales Pinheiro no Dialético - boa opção para acompanhar o livro com as aulas.
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Felipe.Camargo 15/04/2022

53º Livro do ano: O banquete, Platão
Durante uma das minhas aulas, um aluno me perguntou se eu já havia lido ?O banquete?, depois da negativa da minha resposta, pensei que não poderia mais ficar sem ler uma das principais obras da filosofia. Por isso, decidi ler, mesmo não gostando muito da escrita de Platão. A obra retrata um jantar entre diversos personagens e decidem fazer um concurso sobre qual seria a melhor concepção de amor, sendo Sócrates o vencedor, com a sua concepção que relaciona o amor como um filho da pobreza e da riqueza. O livro, que além do popular mito do Andrógeno contado por Aristófanes, também tem uma declaração irascível de amor de Alcebíades para Sócrates. Um clássico da filosofia!
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