Habibi

Habibi Craig Thompson




Resenhas - Habibi


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MENINALY 06/05/2013

Sem palavras
Já tinha lido o hq Retalhos que é do mesmo autor, e já tinha adorado, mas neste ele se superou.Estoria que te prende do inicio ao fim (olha que tem estoria viu), fiquei encantada com cada pagina!!! Traço lindo de mais! Mais do que favorito,um dos melhores quadrinhos que já li em toda minha vida (e posso dizer que já li muitos quadrinhos).
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CooltureNews 11/05/2013

Publicada em www.CooltureNews.com.br
Uma história de várias formas de amores. Acredito que esta seja a frase que melhor se resume essa obra e acredito que não acharei frase melhor para falar desse livro, a história é profunda demais para conseguir por em palavras o que senti ao ler esse livro e escrever demais pode acabar sendo perda de tempo.

A primeira vez que vi a capa de Habibi (Quadrinhos na Companhia, de Craig Thompson) fiquei fascinada. A capa é linda e ninguém pode negar. Fiquei imaginando como alguém conseguiu fazer um desenho tão bonito, e o trabalho com as cores fez essa beleza se multiplicar. Quando li o nome do autor, Craig Thompson, lembrei imediatamente de outra obra dele, Retalhos (também do selo Quadrinhos na Companhia), obra que foi muito prestigiada entre os amantes de quadrinhos.

Habibi significa “meu amado” e o foco da história é exatamente esse: os laços que se formam entre alguns grupos ou pessoas que se tornam fortes, indestrutível à ação do tempo e espaço, não permitindo que a ausência e a falta de notícias seja um motivo para esquecer ou deixar de ter afeto.

Habibi conta a história de dois escravos fugitivos. Eles que se conheceram quando um, Zam, ainda era um bebê e a outra, Dodola, uma adolescente. Após um longo tempo juntos, eles acabam se separando, mas nenhum dos dois deixou de procurar pelo outro.

Vamos conhecendo a história de Zam e Dodola aos poucos, o autor sempre alterna a história com detalhes importantes das situações que permeiam a HQ. A história se passa no Oriente Médio nos dias atuais, onde o lucro exacerbado provoca desigualdade social. O resultado disso todos nós sabemos: fome, miséria e péssimas condições de higiene envolvem a vida das pessoas mais pobres dessas nações, e como o local da história é o deserto, a água se torna ouro nas mãos de quem a possui.

Ao mesmo tempo que conhecemos um pouco mais da vida de nossas personagens, vamos sendo levados a uma história mais mítica, sobre a religião islâmica e histórias das mil e uma noites. Isso faz com seja difícil identificar um ano em que as personagens se encontram. Isso acontece devido ao enredo que nos leva às origens da religião e das tradições islâmicas, se misturando aos problemas que vivemos nos dias atuais.

Na história também temos um lado sexual, muito bem traçado e contextualizado em toda a história. Nessas partes o leitor é colocado diante de das principais situações e questionamentos da atualidade: a venda do corpo para a prostituição (e seu uso para a luxúria daqueles que buscam satisfazer a carne) e o ato sexual como consequência do Eros. Quando nos deparamos com esses trechos, é difícil não se emocionar, seja por tristeza ou alegria.

Durante toda a história veremos extremos de diversas situações que irão se contrastar, e acredito que esse tenha sido o intuito do quadrinista na história: nos fazer ver esses dois lados juntos e questionarmos como vivermos, nossas próprias vidas e em qual extremo nossa sociedade se encaixa. É um choque necessário para entendermos que precisamos mudar.

O enredo é maravilhoso, mas preciso dar destaque também as ilustrações de Craig, que possui um traço belíssimo que chega a hipnotizar o leitor. A cada pagina percebemos o cuidado que ele teve em cada quadro, diferenciando quadros sobre nossos personagens daquele voltados para a história islâmica. Nos quadros sobre o corão (livro sagrado para o islã) os traços se tornam obras de arte tamanha a beleza. Fiquei estupefata com os detalhes feitos com perfeição e extrema beleza.

Me encantei profundamente com essa HQ. Essa é um obra rica em detalhes e cheia de carinho dado pelo autor, que ficou 7 anos trabalhando nesta obra. Vale a pena comprar, dar de presente e guardar eternamente em sua casa.
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Flavescit 17/06/2013

Perfeito
Lindo! Maravilhoso! Talvez os leitores que já entendam um pouco de religião possam aproveitar melhor a obra de uma forma diferente daqueles que são alheios ao assunto. A obra, apesar de tratar sobre religião, agrada ateus, cristãos, muçulmanos e judeus. Eu diria que não há falhas na narrativa do autor, que parece ter estudado a fundo a cultura que tentou retratar. Li em quatro dias, não tinha como deixar de largar o livro, simplesmente incrível.
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NFN 08/08/2013

HABIBI, DE CRAIG THOMPSON: ESCATOLOGIA E IRONIA
Existe uma constante no resenhismo de Habibi, o gibi-tijolo de Craig Thompson: as comparações com Will Eisner. O segundo gibi de Thompson depois de Retalhos [entre os dois está Carnet de Voyage, ainda não publicado no Brasil], Habibi, com a sua escala épica, com o seu período indeterminado e com as suas referências religiosas certamente é mais pretensioso do que qualquer coisa que Eisner já fez [outra coisa é que seja tão bem sucedido], mas é fácil ver de onde vem a comparação.

site: http://www.newfrontiersnerd.com.br/2013/08/habibi-de-craig-thompson-escatologia-e.html
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Dose Literária 17/04/2013

É um livro lindo sobre luta e superação do ser humano...
Habibi conta a história de dois escravos fujitivos e o amor que os une, em meio a idas e vindas da vida. E seria apenas isso se não fosse a genialidade do roteiro, entremeando as situações com maestria e talento.
Dodola é uma menina esperta que é destinada a casar-se demasiadamente cedo.
Obrigada a cumprir essa nova função de esposa, ela aceita (até de certa forma) seu papel até que tudo muda quando seu marido é morto e ela é enviada para ser vendida como escrava.
No meio de toda essa confusão, Dodola escapa levando consigo o pequeno Zam, ainda bebê.
Eles crescem no deserto, sozinhos e tendo apenas um ao outro como companhia. Dodola conta histórias para acalmar, alegrar e passar o tempo para Zam, todas elas com lições valiosas que vão marcar o futuro do menino.
Mas, como tudo é finito, Dodola e Zam são separados e muitas outras situações ocorrem à partir disso.

Continue lendo... http://www.doseliteraria.com.br/2013/02/habibi-craig-thompson.html
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naniedias 27/08/2013

Habibi, de Craig Thompson
Quadrinhos na Cia. - 672 páginas
Uma jornada incrível, maravilhosa e emocionante contada por belíssimas ilustrações e um texto bastante impressionante.


Título: Habibi
Título Original: Habibi
Autor: Craig Thompson
Ilustrador: Craig Thompson
Tradutor: Érico Assis
Editora: Quadrinhos na Cia.
ISBN: 978-85-359-2131-1
Ano da Edição: 2012
Ano Original de Lançamento: 2011
Nº de Páginas: 672


Sinopse:
Ainda criança, Dodola foi vendida por seu pai para um escriba. Com ele, ela perdeu sua inocência e aprendeu a escrever. Mas passou pouco tempo ao lado do novo marido, pois foi roubada e tornou-se escrava.

Ainda enquanto cativa, deparou-se com Zam, apenas um bebê que ela reclamou como sendo seu. Quando conseguiu fugir, levou consigo o garoto.
E assim começou uma das mais lindas histórias de amor que já conheci.


O que eu achei do livro:
Excelente!

Fantástico, sublime, maravilhoso, encantador, tocante, envolvente e místico!
Habibi leva ao leitor uma das mais lindas e emocionantes histórias de amor que eu já tive a oportunidade de ler. Vai muito além do amor fraternal, muito além do amor carnal, é um amor puro, transcendental!
Não há palavras para descrever tal sentimento e Craig Thomas se utiliza de belíssimas imagens para contar essa história.

Ler Habibi é emergir no fantástico universo da cultura árabe!
O autor não deixa claro um país específico para a sua história. Existe um deserto, um vilarejo em ruínas com pessoas que vivem em situação precária e um magnífico palácio para um rico sultão, rodeado por residências para aqueles que vivem bem. Esses são os cenários pelos quais a história vai passando.
A leitura do livro lembra As Mil e Uma Noites, e essa famosa história da cultura árabe certamente foi uma referência para o autor. Mas a referência mais presente na obra é o Al Corão, livro sagrado muçulmano. O autor menciona diversas passagens desse livro, utiliza o poder das palavras conforme pregado por essa crença e recheia a sua história com a maravilhosa e encantadora cultura árabe muçulmana.

A história do livro beira a perfeição. Não acredito que nada nesse mundo atinja tal patamar e somente por isso não digo que o livro é perfeito, mas confesso que sou incapaz de apontar um único defeito, um único detalhe que não tinha sido capaz de me maravilhar.

Os personagens de Craig Thompson são muito bem delineados: complexos, coerentes, humanos e muitas vezes confusos e perdidos como todos nós somos.
São personagens que cativam e emocionam. É impossível não acreditar em cada uma das pessoas que ele insere em sua história.
O que achei mais incrível foi que o autor não colocou personagens só por colocar - todos que ali estão têm sua importância e retratam seus papéis com perfeição no arco da história.

Aliás, a história criada por Thompson também é brilhante!
O autor não se fia a uma narrativa completamente linear. O enredo segue, na maior parte do tempo, uma evolução cronológica e linear, mas detalhes do passado são inseridos no meio da narrativa, tornando a leitura ainda mais lúdica e bela. Pequenos detalhes vão se encaixando conforme o leitor progride na leitura e tudo faz sentido no final das contas. Quando finalmente percebi que o primeiro acontecimento do livro (a venda de Dodola por seu pai) estava conectado a outras coisas, foi simplesmente incrível!
Leia e se surpreenda também.

O que dizer das ilustrações?
Habibi é uma Graphic Novel e conta sua história em quadrinhos. As ilustrações são, portanto, parte fundamental da história.
Não faço ideia de quanto tempo Craig Thompson levou para criar esse livro, mas certamente foi um trabalho exaustivo.
Não só sua escrita é maravilhosa, mas suas imagens encaixam com brilhantismo ao texto. Ou seria sua escrita que se encaixa com brilhantismo às imagens que fez? Impossível dizer. O casamento entre a parte escrita e a parte ilustrada é simplesmente envolvente e encantador demais.
Cada página é uma explosão de beleza! Meus olhos não se cansavam de olhar para o mesmo quadro em uma única página por tempos que nenhum relógio no mundo seria capaz de marcar. Eu literalmente me perdi nos desenhos desse talentosíssimo ilustrador. São tantos detalhes que se escondem, que se revelam, que pulam ao olhos. Ainda estou extasiada com tanta beleza.

A edição da Companhia das Letras, que lançou o livro sob o selo Quadrinhos na Cia., ficou muito linda!
Ao vivo, a capa é um pouco mais escura do que a imagem que ilustra esse post e é simplesmente deslumbrante. Somente a capa já é capaz de ganhar o leitor.
Aquele que abre o livro e folhei poucas páginas, já está fisgado e não conseguirá deixar o volume para trás.
O incauto que inicia a leitura não poderá dormir antes de atingir o final (eu não consegui)!

O livro inteiro é poético.
As imagens encantam de forma quase impossível de explicar (clique aqui para acessar uma pesquisa no Google que mostra algumas das extasiantes ilustrações do autor). A história emociona no fundo da alma.
O amor entre os escravos fugidos Dodola e Zam é algo puro e verdadeiro, é um amor da alma.
Entre lágrimas, tento passar para palavras o quanto os dois conseguiram me encantar, mas não consigo, porque é algo que não se pode colocar em palavras - é muito mais do que qualquer junção de letras possa dizer.

Já praticamente no final da resenha, tenho certeza que não consegui passar o que o livro fez comigo. Foi mágico, intenso e delicioso. Eu gosto de reler histórias (realmente acho que a segunda leitura na maioria das vezes é ainda melhor do que a primeira), mas raramente tenho vontade de começar a releitura tão logo terminei a primeira leitura. Foi assim com esse livro. Acho que poderia ficar relendo a história de Dodola e Zam infinitas vezes. Para sempre.
É lindo demais! Me encantou sobremaneira.

Quem ler a história ainda será brindado com várias micro-histórias dentro da maior. Imagino que ler esse livro é ler uma nova história a cada vez, desvendando detalhes que acabaram perdidos nas leituras anteriores.
Mesmo que se leia mil vezes. E eu lerei frequentemente, com certeza.
Além das micro-histórias, que são belíssimas e contam muito da cultura árabe, o livro ainda traz questionamentos filosóficos e críticas à sociedade.
Não sei o que mais eu poderia pedir de uma história. Aliás, sei: nada.

Habibi é certamente um dos melhores livros que li esse ano e está dentre os melhores que li em toda a minha vida. Estou me sentindo completamente entorpecida e maravilhada.

Se eu recomendo essa leitura?!
Muito, muito e muito!
Leia Habibi e se encante.


Nota: 10


Leia mais resenhas no blog Nanie's World!


site: http://www.naniesworld.com/2013/08/Habibi-Craig-Thompson-Quadrinhos-na-Cia.html
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kell 28/10/2013

Sublime.
Eleva o espírito a todas as formas do amor.
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Cilmara Lopes 13/11/2016

Um talento inconfundível!
Um trabalho lindo, primoroso e significativo!
Dodola e Zam, são duas crianças escravas que acabam unidas pelo destino e também separadas pelo mesmo.
Um enredo envolvente, com muita aventura, contos, arte de primeira, é uma grafic novel rica!
Assim como em "Retalhos", aqui em "Habibi" Craig Thompson fala do amor, religião, vida e principalmente sobre aprendizado. Ele utiliza o "Corão" e o livro "Mil e Uma Noites" para embasar praticamente todo o roteiro, tem tantas experiências relatadas que é impossível ler somente uma vez.
O peso da verdade, da realidade, a maldade da humanidade, sentimos o sofrimento dos personagens, pouquíssimos autores conseguem passar isso.
Uma leitura memorável e importante para a categoria não só de grafic novel, mas da literatura! Uma obra completa!
Vale mais do que á pena ler! Principalmente atualmente, onde se discute muito sobre o Islamismo, o quadrinho adentra na cultura por trás da crença dos fiéis. Faça valer os 7 anos de pesquisa de Thompson, garanto que reterá mais conhecimento do que em muitos livros de história.
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Susi 24/03/2024

Se esse livro pudesse ser resumido em apenas uma frase, seria "a palavra tem poder". Habibi conta a história de Dodola, uma jovem de 12 anos tentando fugir da escravidão após ver seu marido ser morto na sua frente. Na fuga em busca da liberdade, Dodola encontra Cam - ou zam, como foi rebatizado - e toma para si a responsabilidade de manter essa pequena criança de três anos segura em um mundo extremamente cruel. Habibi é uma história sobre sofrimento, mas acima de tudo, é uma história sobre o amor.
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Jacqueline 27/08/2014

Uma história de amor contada por meio de múlitplas referências e linguagens
Referências religiosas e a caligrafia árabe perpassam a história de encontros e desencontros de dois escravos fugitivos, personagens centrais da saga. Por meio de desenhos e grafismos primorosos, somos transportados ora a cenários bem possíveis, ora a outros bem oníricos e fantasmagóricos.
Seguindo a mais pura tradição das 1001 noites, a contação de histórias (quase sempre de cunho religioso) garante a sobrevivência.
Um livro sobre o amor e sobre como as histórias podem nos salvar.

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Anny128 07/10/2014

Habibi é uma daquelas histórias que te deixam sem palavras ao final. Na verdade, não dá para dizer que seja uma daquelas: poucas leituras, em toda a minha vida, me deixaram extasiada quanto esta.
Craig Thompson narra a história de dois escravos fugitivos, Dodola e Zam. Ela, uma menina de 12 anos que já passou por muitas dificuldades até ali, o que provavelmente alimentou seu espírito, naturalmente inteligente, de uma grande perspicácia e perseverança. Ele, um bebê negro de apenas 3 anos, que quase perdeu a vida de forma banal por um de seus algozes, sendo salvo por um triz pelas mãos de Dodola.A narrativa tem por cenário o mundo árabe, sendo permeada constantemente com referências ao Corão trechos esses que, ao contrário de impor uma religião, enriquecem o contexto e dão corpo à vida dos protagonistas. Traços fortes da cultura árabe são enaltecidos, até em seus microscópicos detalhes. Nem dá para imaginar a profundidade da pesquisa realizada por Craig até chegar à edição definitiva...
Passamos por diversos momentos das vidas dos dois, que são recheadas de grandes dificuldades e superações. Mesmo as maiores adversidades e distanciamentos forçados não foram capazes de destruir o sentimento que um nutre pelo outro, relação esta que só ganha substância a cada página. Thompson reinventou Shakespeare; mas seu Romeu e sua Julieta possuem uma carga dramática ainda mais humana, mais crua, muito mais cruel.
Os traços da HQ são belíssimos. Toda em preto e branco, nunca deixando de lado a referência ao universo árabe, inclusive em relação à fonte utilizada nos diálogos. Cenários de tirar o fôlego, com uma riqueza de detalhes que eu, iniciante dos quadrinhos que sou, nunca havia vislumbrado. Um espetáculo para os olhos!
Apesar de se tratar de um livro extenso, contando com mais de 600 páginas, conta com um enredo ágil. As folhas passam em um piscar de olhos, deixando aquela vontade de ler cada vez mais devagar só para o livro não terminar tão rápido.
As sensações são tantas, de tamanha intensidade e variedade, que fica difícil descrever em uma resenha despretensiosa como essa. Resta o convite para o mergulho no universo de Habibi!

site: http://www.leioeu.com.br/2014/06/habibi.html
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Bruno Novais 15/09/2015

Composição Perfeita!
Obviamente do desenho nem tem o que falar, já sou apaixonado pela forma de desenhar do Quadrinista Craig Thompson e principalmente se tem uma ótima história para acompanhar. Adorei a forma "não linear" que ele conduz o livro misturando passado, presente e histórias do alcorão. O envolvimento dos personagens é tão emocionante, tão devagar e tão detalhado que naturalmente você já se vê completamente envolvido com eles. E o que eu gostei mais é a maneira que ele subverteu o "clichê" dos romances vistos em vários livros. E como sempre, a maneira pessoal que ele trata sobre religião, que muitas vezes contem muitas criticas, mas ao mesmo tempo com um respeito enorme. Comprei esse livro para dar de presente para um amigo e aproveitei e comprei um pra mim, foi a melhor coisa que eu fiz!!!
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Monique 14/12/2015

Um livro inegavelmente belo pela qualidade gráfica e pelo esmero técnico de Craig Thomson, sem dúvida um dos mais belos quadrinhos que já li. Porém, há um bocado de pontos negativos na construção orientalista do enredo e dos personagens.
Debates interessantíssimos podem ser levantados por este livro, pois há o confronto, de um lado, entre uma Vanatólia lendária e quase mítica e, de outro, uma sociedade moderna e capitalista aos moldes "ocidentais".
Para mais informações, recomendo fortemente a resenha abaixo, é de fato um texto que reconhece as qualidades bem merecidas do livro e ainda sim consegue fazer críticas muito relevantes.

site: http://www.hoodedutilitarian.com/2011/10/can-the-subaltern-draw-the-spectre-of-orientalism-in-craig-thompsons-habibi/
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Mila F. @delivroemlivro_ 29/06/2016

Lindo!
Habibi foi uma Graphic Novel que desejei ler assim que terminei a leitura de Retalhos, também do mesmo quadrinista: Craig Thompson. O interessante em Habibi é que ele tem sofrido diversas críticas, tanto positivas quanto negativas o que o torna aquele livro que você precisa ler para tirar suas próprias conclusões.
As críticas dizem mais respeito a questão como a cultura Oriental é abordada no livro, alguns acham que há uma sátira a religião, outros dizem que o autor está tentando humanizar os árabes para os norte-americanos, mas o próprio quadrinista refutou tudo e disse que Habibi deveria ser visto como um conto de fadas, pois foi com esta intenção que ele o escreveu.
Não quero entrar nesses detalhes profundos e acadêmicos, mas acho válida toda e qualquer crítica: positiva ou negativa. O que pretendo com esta resenha é falar sobre o enredo e o que senti ao ler, o que achei dessa Graphic Novel.
Bem, desde que comecei a ler quadrinhos percebi que eu estava completamente enganada na minha ideia de que esse tipo de literatura era rasa e vazia e, pois a cada GN ou HQ que leio me deparo com uma profundidade enorme que muitas vezes não encontro em romances. Sim, já achei que quadrinhos era coisa para criança. Ledo engano.
Habibi é mais uma Graphic Novel que tem profundidade e emociona o leitor. Trata-se da história de Dodola e Zam, dois escravos, que por destino se encontraram e cresceram juntos, se apaixonaram, mas que também por força do destino foram separados e viveram vidas completamente distintas.
Enquanto Dodola tornou-se prostituta, Zam tornou-se eunuco. Tinham que viver constantemente à margem da sociedade e tendo seus próprios sofrimentos, no entanto, mesmo com o passar de vários anos o sonho de cada um era voltar a se encontrar. Ficarem juntos.
De fato, em Habibi temos uma história de amor incrivelmente forte. Vejam bem, eu disse forte e não bonita. É uma historia imensamente triste, cheia de dor, sofrimento e perdas. É difícil e doloroso acompanhar certas partes da Graphic Novel, há cenas chocantes e tristes. Por vezes me deparava com sentimentos que não sabia descrever, que me envolviam e que me faziam parar a leitura e tomar fôlego.
É incrível o quanto Dodola e Zam tiveram que passar quando estiveram separados, o quanto mesmo se conhecendo e se amando eles tiveram que se começar o processo do zero, pois ambos estavam absolutamente mudados. O quanto eles tiveram que aprender a se amarem, para amarem mais completamente um ao outro.
Particularmente amei Habibi e recomendo a leitura, também quero dizer que o trabalho gráfico da Companhia das Letras está fabuloso, cada detalhe: na mudança de capítulos, nas páginas trazendo todo o sentimento que as ilustrações abordavam, capa, tradução, tudo está absolutamente enriquecendo mais e mais a obra. Dá gosto.
Habibi é uma das Graphic Novels que podem ser vistas como um conto de fadas, mas é mais que isso: é uma GN que transforma nossa visão de ver os sentimentos e os seres humanos. É bom pegar um livro que tem a capacidade de nos mudar.


site: www.delivroemlivro.com.br
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