Beta 08/01/2014Dor é dor, e não é porque o motivo dela é menor do que o outro que a faz doer menos.Cheia de todas as coisas ruins que se acumulam ao seu redor, Camryn vai para a rodoviária e parte sem rumo num ônibus interestadual.
E em sua parada no Kansas, ela conhece Andrew Parrish. Um jovem sexy, misterioso que está viajando para Wyoming para visitar o pai que está morrendo de câncer.
No início, Andrew se aproxima de Camryn para protegê-la, mas depois ambos sentindo a conexão, não apenas física, entre eles, partem em uma viagem em busca de seus verdadeiros sentimentos, desejos e medos.
Mesmo ela tendo prometido nunca mais se apaixonar desde a mote de Ian, ela se vê cada vez mais envolvida com o sexy Andrew, e o mesmo serve para Andrew, que por mais que tente não se envolver com Cam por seus próprios motivos e segredos.
Estamos apenas em Janeiro e já tenho o meu livro favorito do ano.
Não sei se consigo explicar apenas com simples palavras tudo o que esse livro me fez sentir, pensar e descobrir a respeito de mim mesma.
Quando iniciei a leitura, não esperava encontrar em Cam e Andrew tantos pensamentos, sentimentos e dúvidas que eu mesma sinto.
Dizer que esse livro vai ficar marcado pra mim é um eufemismo, ele penetrou minha pele como agulhas cobertas por tintas que nunca mais será retirada.
O que mais me impressionou e me grudou nas páginas do livro foi a viagem que eu fiz junto de Cam e Andrew. Eu fui da Carolina do Norte ao Kansas, do Kansas a Wyoming, de Wyoming fui pra maravilhosa Nova Orleans de Nova Oleans fui pro Texas.
Como eu sempre cito em minhas resenhas quando o livro me toca demais, eu viro o personagem, eu o sinto, eu sofro, eu me apaixono, eu me derreto com eles.
Os personagens sempre pulam das páginas e me levam para um mundo de aprendizado, e na minha humilde opinião, aqueles que dizem que sou louca e que um personagem é apenas alguém criado por uma outra pessoa num pedaço de papel, para mim não passa de alguém frustrado que não tem imaginação o suficiente para trazê-lo pra sua vida e aprender com ele.
E aqueles que trazem os personagens pra vida e não sabem se desgrudar deles e passam apenas a enxergar a vida pelos olhos deles, são pessoas que não tem capacidade de separar o real do imaginário e aprender com ambos. Confuso? Talvez. Mas parece pra pensar nisso.
Outra coisa que me chamou muito atenção neste livro foi uma resposta para uma pergunta que sempre me fizeram e eu nunca soube responder.
Por que eu não leio livros de auto-ajuda?
Pode parecer uma pergunta estranha em meio a essa resenha tão reveladora e confusa, mas eu explico.
Muitos amigos sempre tentaram me fazer ler livros de auto-ajuda e eu sempre disse a eles que não precisava, porque os livros que leio sempre me dão uma ajuda, um aprendizado ou uma lição.
Mas, eu estava errada. Os livros apenas estavam tentando me dizer que não preciso de um livro de auto-ajuda porque o que preciso aprender a interpretar não é uma narrativa em terceira ou primeira pessoa ou um livro explicando passo a passo, como recuperar um coração partido ou como ter sucesso na vida.
O que preciso saber interpretar é a vida.
Ela que nos dá tantas coisas boas, que coloca questões que às vezes não entendemos o significado porque nos recusamos a interpretar da forma correta, ela que dribla a gente fazendo-nos pensar que ela é cruel, quando na verdade ela está apenas te empurrando pra algo bom, pro seu verdadeiro destino.
Sempre acreditei em destino, e Entre o Agora e o Nunca me ensinou que eu não estava errada em acreditar nele.
O que para muitos é um pensamento infantil e ingênuo, para mim é a forma mais bela e clara de enxergar a vida.
Dor é dor, disse Andrew, e ele está mais do que certo. Dor é dor, e não é porque o motivo dela é menor do que o outro que a faz doer menos.
São palavras que jamais esquecerei.
Só esclarecendo o já esclarecido: Se recomendo este livro? Sim, e muito.
Na verdade, pare já de ler esta resenha e corra pra ler o livro.
E não vou dizer que só indico para maiores de 18 anos por conta das cenas explícitas de sexo. Seria hipocrisia da minha parte isso, porque eu mesma se tivesse menos de 18 anos, não deixaria de ler.
@GarotaLiber
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