Thai Zavadzki (@meowbooksblog) 10/03/2020
O protagonista é chato, mas a trama e a mocinha compensam
Don é um professor universitário, um cientista que acredita que tudo pode ser resolvido com a ciência. Com esse raciocínio, ele cria um questionário para encontrar a esposa perfeita, já que está com 39 anos e ainda não se casara. Dessa forma ele conhece Rosie, uma mulher que não corresponde em nada com sua pesquisa, mas que ainda assim, ele se vincula a ela.
Primeiramente, Don claramente tem algum problema comportamental e o autor não deixou claro qual. Ele é irritante ao extremo, perfeccionista, prepotente. O início foi bem enfadonho e o fato de ser narrativa em primeira pessoa complica a leitura. O autor até coloca um desenvolvimento e uma moral, falando sobre a dificuldade pra definir um diagnóstico, mas é bem chato, num livro, ter um personagem dessa forma.
Os pensamentos de Don são tão irritantes quanto ele. No início eu pensei que esse seria mais um livro mediano pra lista. Mas aí aparece a verdadeira estrela do livro: Rosie.
Ela é uma pessoa despretensiosa, independente e perspicaz a qual logo no início você já se apega. Sem dúvidas, é o ponto mais alto do livro.
Eu sinto que, por ser escrito por um homem, o livro pecou em determinados fatores que podiam ser mais sutis, sendo que eu já esperava, então não chegou a ser um defeito para mim, mas deixo na resenha mais como forma de aviso.
O livro se torna fluido depois que a figura feminina aparece e, por essa edição ser baixinha, eu li bem rápido, em dois dias, e me diverti bastante. Tem uma escrita simples e bem fácil.
Eu achei o motivo que os uniu bem diferente e interessante, trazendo um tom de mistério cotidiano. Também temos cenas engraçadas, românticas... é um livro super fofo. Vale a pena conhecer, mesmo com os pequenos defeitos ressaltados.
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