Pedro 14/07/2015Fragmentada - Teri Terry Fragmentada é o segundo volume da trilogia Slated, e vai dá continuidade a história ao livro Reiniciados. Ainda narrado em primeira pessoa sob o ponto de vista da personagem Kyle, vamos conhecer um pouco mais sobre a Londres de 2020.
Com uma crise econômica, o Reino Unido se separou da Europa, fechando assim suas fronteira e acarretando manifestações de grupos organizados; de um lado a Movimento da Lei e Ordem (os Lordeiros), defendendo o regime vigoroso e do outro o Partido Livre, a favor da liberdade. Desde então quem domina é o M. L. O e para controlar a violência, foi criado um sistema de reiniciarão do cérebro dos jovens infratores onde é colocado um NIVO no braço que mede o índice humorístico da pessoa, nunca podendo se rebelar para que não decorra em morte.
Kyla é uma das que tiveram seu cérebro reiniciado e perdeu todas as lembranças da sua antiga vida. Mas como percebido no livro anterior, algo no processo havia dado errado, e sonhos estranhos começaram a aparecer. Agora ela sabe que algo não está certo nesse processo, mas precisará encontrar respostas para saber os motivos de ter sido reiniciada. E o que ela descobrirá irá por em risco todos os seus passos e amigos.
Ben (também reiniciado), seu novo melhor amigo, é um dos que acabaram desaparecendo após questionar sobre o seu passado e não há rastros que dê indícios de sua vida. Por outro lado, Kyla acaba se envolvendo com os Partido Livres, que tem planos para derrubar o Movimento da Lei e Ordem.
Com a mente fragmentada, será que Kyla conseguirá encontrar seu amigo ainda vivo? Quais os planos do Partido Livre para a garota e por que seu processo de reiniciar deu errado? Quem séria Kyla no passado? O M. L. O. é confiável? O M. L. é confiável? Nessa nova Londres questionar é extremamente perigoso e ela precisa confiar nas pessoas certas para não acabar nas mãos dos temidos Lodeiros que a espreita a cada movimento.
Fragmentada está mais frenético do que o primeiro volume da trilogia. Terri Terry tem uma narrativa muito rápida, e sendo em primeira pessoa, torna uma leitura mais envolvente, porém isso só acontece após umas 150 páginas de leitura, já que a autora volta a situar o leitor no mundo que criou, citando as personagens e lembrando quem são, apesar de não ter passado nem um mês desde os acontecimentos de Reiniciados.
As cenas de ação não são tão bem descritas, às vezes me encontrava perdido nessas últimas sem saber o que tava acontecendo, apesar de saber da luta que estava havendo. Outro ponto também não muito bem forte são as personagens, no primeiro livro era de se esperar não saber muito deles, afinal a garota estava reiniciada, mas nesse aqui ela continua sem saber muito sobre eles e o pouco que sabe é descoberto em conjunto com o leitor.
Uma coisa que fica a desejar é que Kyla não reflete muito sobre como será se o M. L. O. for derrotado, ela crer que todos reiniciados serão livres, mas pode não ser que isso aconteça e essa parte não é muito explorada. É de se esperar que os reiniciados sejam terroristas que estão ali porque cometeram algum crime, claro que têm inocentes, mas e os que não são inocentes? Eles vão criar um sistema para saber quem é ou quem não? É algo que fica no pensamento de quem está lendo.
A impressão que fica é que a autora guardou o melhor da trilogia para Despedaçada, o terceiro livro,. Com o final desse, muitas respostas, inclusive respostas antigas, ainda ficaram no ar e que provavelmente será explorado nesse próximo.
De qualquer forma, não é um livro ruim, a premissa é um tanto original e a curiosidade aguçada pela trama muito misteriosa torna a leitura prazerosa, não há momentos em que ficamos desgostoso com Fragmentada. Mas a autora poderia explorar mais o mundo criado e tentar não ser repetitiva nos pensamentos da personagem. Fora isso, é uma distopia que até então recomendo.
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