Operação Cavalo de Tróia

Operação Cavalo de Tróia J. J. Benítez




Resenhas - Operação Cavalo de Tróia 1


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Gabriel1994 25/09/2023minha estante
Imaginei que tu daria por volta de 2 estrelas. ?


Alex 26/09/2023minha estante
Muito obrigado pela resenha, sempre tive curiosidade, mas ele foi completamente vencido por suas palavras. Rsssss


Brujo 27/09/2023minha estante
?


bardo 30/09/2023minha estante
Achou muito? Saiba que o nono volume tem fucking 1040 págs O Benitez tinha uma estima da porra...O A Rebelião de Lúcifer outro dele até tem uma ideia curiosa, mas é tanta enrolação que vc tem vontade de estrangular o autor. A pretensa parte mais interessante ele conta em um parágrafo e de duas uma ou ele tá fumado ou aspirou muito incenso ungido pq vou te falar...


Vanessa.Castilhos 01/10/2023minha estante
Eu já estava com dúvidas, mas sua resenha foi decisória! Mt obrigada!


Agnaldo Alexandre 19/10/2023minha estante
Conheci esse livro na adolescência, lá no início dos anos 90. Estava começando a ler ficção científica e em busca do que existia disponível em português naquela época. Era difícil. Tinha esse, nunca li pois não me convencia. Muito papo de ser sério, fatos comprovados, um monte de lorota ao meu ver.


Brujo 19/10/2023minha estante
Agnaldo, se vc era um adolescente na década de 90 então somos da mesma época. Eu ter pego esse livro pra ler pela primeira vez por essa época e desisti ...


Agnaldo Alexandre 20/10/2023minha estante
Ah, legal cara. Em 91 eu estava com 15 anos e em busca de FC para ler, e na minha cidade era muito difícil. Vi esse livro, li na sinopse viagem no tempo e tal, pensei, legal, mas muito mais honesto o autor dizer: olha só gente, escrevi um livro de viagem no tempo, na é ficção, ok. Mas não, o cara queria pagar de real, com provas e envolver a Nasa. Eu sempre gostei de ciência, então aquilo para mim era desnecessário como leitura.

Alguns anos depois me formei em física e aí mesmo que é nunca mais pensei neste livro. Kkkkkkk


Crissandreto 05/11/2023minha estante
Eu comecei esse livro pela muita curiosidade sobre a história , os costumes da época. Mas antes da página 100 eu já me arrependi pq é simplesmente uma bost* ler tudo isso detalhado dessa forma densa. Vim nas resenhas para alguém me convencer a continuar e eu só quero mais ainda desistir


Brujo 06/11/2023minha estante
Olha, Cássia, eu adoraria ser a pessoa que vai te convencer a continuar a ler, mas eu mesmo só continuei porque eu não gosto de abandonar as leituras. A minha sugestão pra você, se decidir continuar na leitura, é que você simplesmente ignore as notas de rodapé gigantes que existem aos montes no livro... Não vai fazer grande diferença para a história e a leitura vai fluir bem mais.


bardo 06/11/2023minha estante
Todo mundo concorda então que esse é um candidato a lista dos "livros para morrer antes de ler?" :D


Brujo 06/11/2023minha estante
Hahahahah




Fabio Shiva 31/08/2010

Coloco em tópicos minhas principais impressões:
* É evidente um paralelismo com “O Código Da Vinci” de Dan Brown, obra publicada 19 anos depois de “Operação Cavalo de Tróia”. Me parece que Dan Brown aprendeu muito com J. J. Benítez, levou adiante seu “legado”, aprimorou suas fórmulas e truques.

* Uma simetria às avessas: Benítez jurou que sua história era verdadeira... e ninguém acreditou. Brown garantiu que a sua era pura ficção... e todo mundo levou a sério!



* No intervalo de tempo entre as duas obras, a surpresa foi perceber o quanto o mundo mudou! Tive a impressão de que a ideia de Benítez de afirmar que sua história aconteceu mesmo foi um subterfúgio que o permitiu publicar seu livro e escapar da censura! Se ele tivesse admitido em 1984 que sua obra era ficção, creio que não teria sido publicada em muitos países. No Brasil, por exemplo, o filme “Je Vous Salue Marie” foi censurado em 1985. Como relato “verídico”, no entanto, o esperto Benítez obrigou seus possíveis perseguidores religiosos a se concentrarem em desmentir a veracidade da história... e com isso eles esqueceram de tentar censurá-la, como teriam feito se desde o início a obra fosse admitida como sendo ficção (pois seria considerada falta de respeito).

* Já com “O Código Da Vinci”, menos de 20 anos depois, o cenário mundial era bem outro. Penso que a diferença principal, no que tange a esses dois livros, foi um enfraquecimento da instituição da Igreja Católica, que não mais teria forças para censurar a publicação de uma ficção não-ortodoxa sobre a vida de Jesus. A minha surpresa foi perceber como uma grande mudança se operou no mundo a esse respeito, em tão pouco tempo! É claro que pode ser tudo uma viagem minha...


* O problema é que Benítez se esforça tanto para provar que a história é verdadeira, que acaba sacrificando algumas regrinhas da boa ficção. A pesquisa foi primorosa, sem dúvida, mas o livro teria ficado bem mais atraente sem tantos detalhes técnicos. Achei que esses detalhes foram especialmente cansativos por estar lendo o livro agora, e não na época do lançamento. O livro envelheceu rápido, em minha opinião. Hoje não deve despertar uma sombra do impacto original.

* Achei curioso que o autor se esforçasse tanto por dar essa aura de veracidade e acabasse cometendo alguns erros crassos, que denunciaram o caráter de ficção de sua história. Comentarei apenas um: no início do livro, o autor do livro Benítez qualifica o homem conhecido como Major como “um gigante de 1,80 m”. Depois, quando já estamos na narrativa do Major, este usa exatamente as mesmas palavras para descrever Jesus: “um gigante de 1,80 m”. Elementar, meu caro Watson!


* Achei o livro interessante no início, chatinho no desenvolvimento, muito bom na meiúca e mais ou menos do meio pro final. Li pulando vários trechos com descrições técnicas, depois que vi que não faziam a menor falta na história. Algumas descrições biológicas achei profundamente imbecis, totalmente desnecessárias. Pra que eu quero saber o tamanho exato do braço de Jesus? (isto é, o tamanho exato da imaginação do autor).

* Esse é um ponto falho do livro. Ao se perceber que é mesmo uma ficção, muitas das descrições ficam totalmente dispensáveis. Não caberiam em absoluto em um livro de ficção, e soam inverossímeis em uma suposta história verídica.

* Também pulei a longa e mórbida descrição dos tormentos sofridos por Jesus na crucificação. Não gostei do filme “A Paixão de Cristo” pelo mesmo motivo: sofrimento pelo sofrimento, tô fora!

* Gostei de ter lido, pois matei uma vontade antiga. Aprendi bastante, felizmente! Mas confesso que saciei totalmente a vontade de ler essa série.

(19.05.10)

Sandra :-) 11/10/2010minha estante
"Gostei de ter lido, pois matei uma vontade antiga. (...) Mas confesso que saciei totalmente a vontade de ler essa série"[2].

Se eu tivesse lido há anos atrás, talvez o livro tivesse me envolvido mais... Fiquei a um passo de abandonar. Muito cansativo.


Tânia Souza 29/11/2010minha estante
"Também pulei a longa e mórbida descrição dos tormentos sofridos por Jesus na crucificação. Não gostei do filme ?A Paixão de Cristo? pelo mesmo motivo: sofrimento pelo sofrimento, tô fora!"

Eu não pulei essa parte, e confesso, foi muito triste, sabe Fabio, quando vi a divulgação de A Paixão de Cristo ( não assiti o filme pelas mesmas razões suas ) lembrei na hora desse livro, que li quando era adolescente. Tenho quase certeza que as cenas da crucificação (exaustivamente descritas pela tv e criticos) foram inspiradas em trechos do livro.


Mesmo tendo gostado de ler, nunca mais pensei em continuar com a leitura, sua resenha é que me fez lembrar disso.


Jose Antonio 27/03/2012minha estante
Com muitos detalhes técnicos é que J.J. conseguiu fazer com que os mais fervorosos céticos mantivessem no cantinho do seu cérebro, a dúvida da ficção, ou da realidade.


Brauns 15/07/2012minha estante
De fato o exagero dos detalhes técnicos e descrições é cansativo demais... mas devo me aventurar e ler mais alguns livros da série.


Marivaldo 23/09/2012minha estante
Amigo amei sua resenha,você escreve muito bem,parabéns!pretendo ler esse livro e tirar minhas conclusões,valeu.


Milena 19/02/2013minha estante
Vc descreveu tudo o que achei do livro, quase desisto quando me deparei em tantos detalhes técnicos da operação de volta ao tempo de Jesus! Mas devo admitir, esse livro é muito, muito bom! Permiti que minha imaginação atendesse ao pedido do autor em acreditar que tudo foi de verdade, claro que tem todas o peso da realidade que nos puxa de volta, mas como é bom ao terminar de ler esse livro imaginar o arrepio do personagem ateu ao encontrar Jesus e tudo o que ele representa.


Amauri 07/04/2013minha estante
Comecei o livro agora, quer dizer, estou na página 163 e achei as descrições dos locais muito minuciosas, talvez para dar uma veracidade sobre o fato da história ser verdadeira, mas poderiam ser dispensáveis. Mas estou gostando. Fiquei muitos anos evitando lê-lo, achei que quando estivesse preparado eu iria encontrá-lo, comprá-lo e aí sim leria.


Amauri 07/04/2013minha estante
Comecei o livro agora, quer dizer, estou na página 163 e achei as descrições dos locais muito minuciosas, talvez para dar uma veracidade sobre o fato da história ser verdadeira, mas poderiam ser dispensáveis. Mas estou gostando. Fiquei muitos anos evitando lê-lo, achei que quando estivesse preparado eu iria encontrá-lo, comprá-lo e aí sim leria.


Amauri 07/04/2013minha estante
Comecei o livro agora, quer dizer, estou na página 163 e achei as descrições dos locais muito minuciosas, talvez para dar uma veracidade sobre o fato da história ser verdadeira, mas poderiam ser dispensáveis. Mas estou gostando. Fiquei muitos anos evitando lê-lo, achei que quando estivesse preparado eu iria encontrá-lo, comprá-lo e aí sim leria.


Castro 18/07/2013minha estante
Apesar de concordar com muito do que diz o Sr. Fábio, gostei muito do livro à época em que o li. Li depois o número 2 e me decepcionei com uma continuação feita para aproveitar o sucesso inicial. De qualquer forma, a ficção da ficção ficou legal.


Humberto Junior 30/12/2013minha estante
"Uma simetria às avessas: Benítez jurou que sua história era verdadeira... e ninguém acreditou. Brown garantiu que a sua era pura ficção... e todo mundo levou a sério!"
Para mim o melhor comentário já feito tanto sobre o livro de Benítez, como sobre o de Brown!
No que se refere a obra "Operação Cavalo de Tróia" em si, a considero uma das ideias mais interessantes de quantas já surgiram para um livro. Cansativo realmente em suas partes técnicas, o que se analisado mais de perto não poderia ser de outra forma, uma vez que o autor afirma categoricamente que o livro é fruto do diário de um militar. Portanto nada mais natural que ele fosse bastante técnico sobre vários aspectos.
Por isso e pela insistência do Benítez em afirmar que a história é verídica, que a história merece três estrelas.


Kau 18/08/2014minha estante
Fantastica resenha, não sou mto de ler resenhas de livros que eu ainda não li, mas confesse que essa série é uma que me causa comichão para iniciar rs, e é bom ver resenhas onde as pessoas são sinceras com o que sentem e não somente falam que a obra é perfeita ou uma droga. Me deixou com mais vontade ainda de ler...


Ca 25/08/2014minha estante
Eu também vou pular a parte dos tormentos quando chegar na crucificação. Tenho pavor disso




Mateus Braga 30/08/2021

Interessante e "massante"
Cheguei em uma fase da vida em que comecei a me interessar (de maneira mais natural, sem implicações religiosas, se é que se pode dizer assim) sobre a Bíblia e os acontecimentos descritos nela.

Quase que simultaneamente, acabei descobrindo a obra de J.J. Benitez, e, como fã também da ficção científica (há os que defendam que não é o caso) me empolguei para ler o livro.

O maior problema da obra, na minha opinião, está relacionado ao detalhamento, muitas vezes exagerado, das descrições, mas é algo que se entender, uma vez que o autor quer passar a credibilidade de que os fatos descritos são reais (que ocorreram de fato).

No entanto, infelizmente para mim, a leitura acaba se tornando lenta muitas vezes. Por outro lado, essa observação não foi motivo para não gostar do livro como um todo.

Há aqui reflexões interessantíssimas sobre as ideias de Jesus quando o personagem o acompanhou em seus últimos dias de vida, e nesse sentido a obra atendeu minhas expectativas.
Mariana.Schmall 02/09/2021minha estante
Parabéns por ter lido esse livro! ?? Eu desisti. Desisti de 3 livros na vida, esse foi o primeiro deles..


Mateus Braga 03/09/2021minha estante
Hahaa, confesso que demorei um pouco. Fui pegando outros livros para ler em paralelo. Mas no final das contas até acabei gostando. Não sou muito fã de abandonar livros, apesar de também já ter largado uns ?


Mariana.Schmall 03/09/2021minha estante
Também não gosto de largar não, já li coisas horríveis até o fim, mas esse pra mim foi inevitável kkkkk.


Mateus Braga 03/09/2021minha estante
???




Wagner Fernandes 08/12/2022

Seria melhor em 300 páginas!
Muito prolixo.
"CAVALO DE TROIA", escrito por J. J. Benítez, é uma ficção científica que conta a viagem no tempo de dois astronautas americanos ao ano 30 d.C. e um deles acompanha os passos de Jesus na última semana antes da crucificação. A primeira parte começa com uma trama que lembra filmes de espionagem, telefonemas, encontros secretos, pistas que levam a documentos sigilosos, perseguição do FBI, etc. Foi bem bacana. O autor se coloca como o personagem central aqui. Depois a história conta o relato do manuscrito do "Major", o astronauta, e sua viagem secreta no tempo. É um pouco maçante pois descreve detalhes técnicos do funcionamento do programa, da nave, chamada "O Ninho", e enche o texto de notas de rodapé.
A parte com detalhes históricos sobre a administração, intriga e conflitos na corte romana é até interessante.
O livro tem, sim, seus altos e baixos, e compensa ler se você gosta de História e tramas palacianas e costumes do Oriente Médio da época de Cristo.
Os trechos que achei tediosos são alguns diálogos de Jesus com Jasão (o codinome do astronauta "Major") e as grandes citações do texto bíblico - simplesmente transcritas para encher páginas!
"CAVALO DE TRÓIA" tem boas passagens, mas E-XA-GE-RA na fantasia tentando associar Jesus e anjos a extraterrestres em discos voadores. Por que Deus e anjos precisariam de espaçonaves?
E o autor tenta impor sua interpretação das palavras de Cristo, infundindo suas crenças de que Jesus e os anjos eram alienígenas segundo o conceito da ufologia que ele advoga.
Tirando o disco voador e a associação de Jesus com extraterrestres, a narrativa foi até  empolgante. Uma FICÇÃO com uma historinha envolvente (assim como "O Código Da Vinci"). Claro, ainda repleta de notas, notas e mais notas!
O livro cairia bem em 300 páginas, mas nos é entregue um volume de quase 600! Algumas notas trazem curiosidades sobre os costumes da época. O castigo que sofria o desertor ou o sentinela que dormia em serviço era bem severo. Alguns eram condenados à morte. A explicação do porquê os guardas jamais poderiam ter abandonado o posto junto ao túmulo de Cristo faz total sentido em vista dessas punições.
No geral, valeu a leitura. Foi como subir um monte. Você começa empolgado, fica exausto na metade, quer desistir, mas ganha ânimo próximo do final. Bem assim.
E o final trouxe um gancho poderoso para o volume 2.
MAS... não pretendo continuar a leitura. As partes legais não compensam a chatice das demais.
Leia um RESUMO. Vale mais a pena.
romulo mafra 03/09/2023minha estante
assino embaixo!!! muita enrolação, e pensei exatamente isso, poderia ter sido a metade e por essa razão não vou ler o segundo (ah, outra coisa, pq não esperaram mais tempo, tinham de voltar logo no domingo às 7h sabendo do que estava pra acontecer?)




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Rubens.Memari 30/12/2021

Decepção do ano
Faz um tempo que eu ensaiava a leitura desse livro. Talvez a expectativa tenha crescido demais e no fim a experiência foi frustrante.
Seguem os principais pontos que me levaram a essa decepção :
1-Muita descrição técnica científica. Na época do lançamento do livro, esses detalhes podem ter tido um bom impacto, pois dá a sensação de autenticidade do relato. Nos tempos atuais, o autor teria muito a explicar em redes sociais e lives.
2-O autor reconta o Evangelho, apresentando uma nova versão da passagem de Jesus Cristo no mundo. Não gostei dessas novas versões apresentadas, e acredito que nenhum texto conhecido dê embasamento a essas mudanças.
3-O autor parece obcecado em atacar o cristianismo, especialmente a igreja católica. Funciona assim : eu reescrevo o Evangelho do jeito que eu quero, e a partir da minha versão, eu posso criticar a igreja do jeito que eu quiser. Aí fica fácil né Sr. Benitez...
4-Algumas narrativas afrontam o cristianismo como um todo. Sobre elas, não se encontram explicações nesse volume, talvez nos próximos...
Para não ser injusto, vou citar dois momentos que eu gostei :
1-O início da viagem no tempo. Me senti viajando junto com a tripulação, achei formidável!
2-A primeira flagelação imposta a Jesus. Aliás, a semelhança com o filme do Mel Gibson (Paixão de Cristo) é impressionante!
Enfim, estou decepcionado e não pretendo continuar a série. Quer se encontrar com Jesus Cristo? Leia o Novo Testamento, esqueça os óculos do Sr. J J Benitez.
Carolina 30/12/2021minha estante
Incrível que você tenha aguentado ler até o final


Carolina 30/12/2021minha estante
Deve ter sido penitência kkk


Rubens.Memari 30/12/2021minha estante
Chega de leitura penitencial kkk




Fabio 30/12/2009

Cavalo de Troia
minha concepção de Jesus se divide em antes e depois de ler Cavalo de Troia.



antes uma divindade inalcançavel...
hoje,
um Mestre proximo.
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stsluciano 10/03/2015

Ok. Pensei muito antes de resenhar este livro por acreditar que, inevitavelmente, questões religiosas teriam de ser abordadas e este não é o caminho que alguma vez pretendi tomar com o blog. Em duas ou três ocasiões já falei – ou mencionei de leve – religião em minhas resenhas, mas sempre de forma a não julgar, desmerecer, ou validar uma como melhor alternativa a qualquer outra.

Por outro lado, a série me trouxe momentos tão bons – já havia lido os volumes um, “Jerusalém”; o três, “Saidan”; o quatro, “Nazareth”; e o cinco, “Cesarea”; e agora resolvi reler todos para enfim terminar com a série, que vai até o nono volume – que achei injusto que não compartilhasse minhas experiências com ela em forma de resenha. Eu sei que vou mexer em um vespeiro, só não sei ainda o tamanho. Então, #MeJulguem

Meu primeiro contato com a série se deu há quase dez anos, quando alguém fez uma doação para a biblioteca da escola onde estudei dos volumes “Saidan”, “Nazareth” e “Cesarea”. Com os livros nas mãos, fiquei intrigado com a sinopse, havia ali, mais até que religiosidade, questões que em atraíram por ser eu o fã de ficção científica que naquela época já era. Depois de uma rápida pesquisa, meu irmão conseguiu na faculdade o volume “Jerusalém”, e pude então ler.

Agora, decidi recomeçar, partir do zero, e ler no espaço de tempo mais curto que conseguir – são nove livros – e não acho que será um trabalho tão grande assim. Benítez escreve bem. Muito bem.

Mas, antes de começar a desenvolver a resenha, acho justo responder a três perguntas que podem facilitar a quem ler que entenda minhas razões e o que nela falo:

Se eu acredito na figura histórica de Jesus? Sim.
Se eu acredito em Jesus como o filho de Deus? Sim.
Se eu acredito na série “Operação Cavalo de Troia” como algo mais que ficção? Não.

Estamos conversados? Então, prosseguindo.

Neste primeiro livro, acompanhamos Benítez até o México, onde uma figura misteriosa fez contato com ele dizendo que havia algo que talvez interessaria ao escritor, já na época um renomado pesquisador de fenômenos paranormais, ufológicos e religiosos. Mas, para ter acesso a tais informações, eles tem de se encontrar pessoalmente. Contato feito, pouco depois Benítez parte para os Estados Unidos, onde tem algumas pistas do local onde as informações estão guardadas, e ali ele percebe o quão importantes são, já que agentes americanos ficam no seu encalço, decididos, ele acredita, a não deixar que saia do país de posse destas informações.

Já aqui Benítez dá mostras do quão talentoso ele é como narrador e quão dono do ritmo do texto demonstra ser. Já nos primeiros capítulos, ele mescla a apreensão e ansiedade de se ele conseguirá ou não encontrar os documentos, com momentos de ação em seu desespero de manter a salvo aquilo que encontra, e humor por seu azar perene. Para sua surpresa e do leitor, o que vê ali é algo inimaginável, então, de volta a Espanha, transcreve o conteúdo dos documentos escritos por seu contato no México. Este é o primeiro livro.

O conteúdo encontrado por Benítez nos Estados Unidos é parte de um relato de uma operação supersecreta das forças armadas norte-americanas, que conseguira descobrir um meio de manipular o tempo através de complicados princípios de física quântica, tornando possível a viagem temporal. Após muito estudo e pesquisa, decidem que a primeira parada da expedição é a Jerusalém da época de Cristo, devendo os dois militares que nelas partissem tomar conhecimento dos fatos que aconteceram e que – se não me falha a memória – vão da triunfal entrada de Cristo em Jerusalém, até a crucificação; sem contudo, tomarem qualquer atitude que possa alterar o fatos.

Faziam parte da etapa prática da missão duas pessoas, um piloto, chamado de Eliseu, e o Major, que entregara a Benítez seu relato da missão, e que nela era chamado de Jasão, ambos já situados no que diz respeito aos costumes da época, vestidos como as pessoas se vestiam, e fluentes em idiomas como o grego e o aramaico. Enquanto Eliseu permanece no módulo que os transportara, Jasão deveria seguir em busca de acompanhar os atos de Jesus e dos apóstolos, tendo como primeiro objetivo encontrar a residência de Lázaro, o amigo que Jesus trouxera de volta dos mortos, e onde, com o beneficio dos relatos evangélicos, o controle da missão já sabia que o próprio Cristo estaria dentro de pouco tempo. Não há dificuldades em encontrá-la, todos sabiam acerca da ressurreição, Jasão é bem recebido e ali aguarda pela chegada de Jesus. Seu primeiro contato com aquele que ora chama de Mestre, ora de Galileu e Gigante, é um dos momentos mais ternos da narrativa do primeiro volume, assim como a conversa abaixo:



— Jasão, amigo, que se passa contigo? [disse Jesus]

Aquela descoberta voltou a mergulhar-me em confusão. O Mestre, sem sequer me olhar e sem esperar por uma resposta — que tipo de resposta lhe poderia dar? — continuou, num tom de cumplicidade que logo adivinhei.

—... Estás aqui para dar testemunho e não deves desfalecer.

— Então sabes quem sou...

Jesus sorriu, e pondo-me o seu comprido braço nos ombros, apontou a porta do jardim, onde ainda os seus discípulos montavam guarda.

— Passará muito tempo até que eles e as gerações vindouras compreendam quem sou e porque fui enviado por Meu Pai... Tu, por vires de onde vens, estás mais perto do que eles da Verdade.



Sem querer fazer resumo dos fatos, Jasão faz contato com Jesus e seus apóstolos, acompanha de perto os fatos daquela semana, graças a hospitalidade do povo judeu, e ficamos sabendo de tudo através de seu relato. Não é sobre isso que quero falar.

O ponto aqui é aplaudir o trabalho de pesquisa de Benítez. Todo o livro é recheado de notas de rodapé que nos situam sobre todos os aspectos possíveis referentes à sociedade israelense da época e perante as quais inevitavelmente Jasão irá se confrontar, como medidas de peso, distância, área, volume, costumes sociais, palavras, rituais, comidas, enfim, tudo é muito bem explicado nessas notas e não nos deixam flutuando na narrativa. Assim como a construção histórica e a descrição dos ambientes. A Jerusalém vista pelos olhos de Jasão nos é descrita em pormenores, e não só aspectos arquitetônicos, mas também sociais, e culturais, e isso contribui muito para a experiência que se tem com o livro.

Tenho um conhecimento bíblico bastante limitado, mas há um consenso no que diz respeito que a narrativa de Benítez difere bastante da tradição cristã, e no livro vemos passagens importantes, como a entrada no Templo, a audiência com Pilatos, a Via Crúcis. Um exemplo é o fato de, segundo a série, os apóstolos portarem armas e terem um perfil psicológico mais explosivo, além de não entenderem completamente o que lhes diz seu Mestre, acabando sempre por ficarem alheios ao sentido da mensagem que o Galileu gostaria de passar.

De toda forma, acredito que o livro é muito melhor aproveitado quando encarado como obra de ficção. E ponto. Fazendo isso o leitor tem a chance de se libertar de preconceitos e ideias preestabelecidas, podendo absorver melhor o que é narrado. O que não é tão fácil. Apesar de ter tomado esse caminho, não pude deixar de me emocionar uma porção de vezes, de não sentir uma ternura enorme pela figura de Jesus – que é, até certo ponto, o Jesus como eu o imagino: olhar penetrante, sorriso largo, abraço afetuoso – e de não sofrer com ele e os seus durante seu martírio.

No fim, recomendo a leitura. E não somente aos que creem. É literatura de primeira grandeza, bem estruturada, bem narrada, e ainda embasada em fatos que moldaram o mundo como ele é. Ninguém tem que terminar a leitura e acreditar que tudo ali fora real. Ao contrário. E, para quem gosta de narrativas históricas, é um prato cheio.


(…) que é o Amor?
— Dar.
— Dar? Mas o quê?
— Dar. Desde um olhar até à tua vida.




Nem falei tanto de religião quanto imaginava que o faria. Melhor assim!

site: http://www.pontolivro.com/2014/04/operacao-cavalo-de-troia-1-jerusalem-de.html
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Fabio.Barbosa 26/12/2022

Muito bom
Não sou uma pessoa apegada a religião, mas gostei muito desse livro por ele puxar mais para o lado histórico, falando muito sobre os costumes da época assim como as leis judaicas, então sim, super recomendo.
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Mel Fernandes 25/06/2021

Será que...?
Daqueles livros que você fica invocadx pensando... será que isso é ficção mesmo...? E torcendo pra não ser.
Juliana 25/06/2021minha estante
Tenho vontade de ler esse livro!




thaahsousa 30/06/2009

Interessante, porém Cansativo..
O livro é MUITO interessante, com muitos detalhes, e descrições capazes de fazer com que a pessoa seja trasportada para o lugar e acompanhe os acontecimentos 'ao vivo' diretamente da sua imaginação. Entretanto, o excesso de detalhes tanto em descrição de lugares, como relação com a química, matemática, fisica e biologia (afinal, trata-se de um experimento científico) torna a leitura cansativa e fatigante.
Luis.Henrique 19/01/2017minha estante
Interessante...mas infelizmente cansativo e exagerado nos termos tecnicos. Mas uma historia muito legal para ler.




Patricia Peres 12/01/2009

Para quem está começando a ler este livro, recomendo muita paciência e determinação, pois o início é um tanto enfadonho devido ao exagero de informações técnicas. Talvez o autor use tantas informações para tornar mais verídica a história. Passando esta fase inicial, já em Jerusalém e seguindo os passos de Jesus, a história fica muito boa e emocionante. A parte que mais me impressionou foram os momentos da tortura antes da crucificação. A descrição foi tão real e detalhista que não pude conter o nó na garganta diante tanto sofrimento.
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Recy 14/04/2021

Me prendeu do início ao fim, mesmo achando algumas partes muito técnicas ou excessivamente descritivas. Super recomendo, me abriu os olhos em diversos sentidos e devido a sei tamanho me deu ritmo e constância de leitura.
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Ludmila 27/01/2023

Muito legal saber como um "momento histórico" poderia ter acontecido, quando não existia nenhuma forma de tecnologia na época. A primeira parte do livro nos leva a crer que é uma história de perseguição policial, mas depois a gente descobre que não é nada disso.
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Samira.Coba 15/01/2021

É um livro muitoo bom, bom mesmo.
Porém também é um livro muito extenso, quanto mais eu lia, parecia que mais páginas brotavam do além, o livro parecia não ter fim.
Além disso achei o memso muito descritivo, o autor usou disso em excesso no livro, são páginas e páginas de informações que não tem utilidade pra história.
O livro foi muito bem escrito, montado e organizado, porém senti dificuldades de me conectar a quase todos os personagens.
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