Resenhas - Os Miseráveis

letícia 28/09/2021

Perfeito
Sério! Esse livro me matou por dentro. Victor Hugo mandou bem demais. Pretendo investir mais em literatura francesa depois de ter lido esse espetáculo de romance.

Gisele Gusmão 12/06/2022

Os miseráveis, Victor Hugo
Como o próprio Victor Hugo diz sobre Os miseráveis: “O livro que o leitor tem sob os olhos neste momento é, do princípio ao fim, no seu conjunto e nos seus pormenores, sejam quais forem as intermitências, as exceções ou os desfalecimentos, a marcha do mal para o bem, do injusto para o justo, do falso para o verdadeiro, da noite para o dia, do apetite para a consciência, da podridão para a vida, da bestialidade para o dever, do inferno para o céu, do nada para Deus. Ponto de partida: a matéria; ponto de chegada: a alma. Hidra no princípio, anjo no fim” (Parte 5. Jean Valjean, Livro primeiro, Capítulo XX). O livro trata de injustiças, fome, miséria, abandono de crianças e luta contra as injustiças, tendo como pano de fundo Paris das várias revoluções pós-Revolução Francesa. Jean Valjean acaba de sair da prisão onde ficou por dezenove anos de trabalhos forçados por ter roubado um pão para dar aos seus sobrinhos que estavam passando fome. Ao chegar em Digne não encontra lugar para comer e dormir por ser um ex-condenado e é aconselhado a procurar abrigo na casa do bispo. Nos anos de trabalhos forçados Jean Valjean se transformou num homem sem esperanças, mas o encontro com o Bispo transformou toda sua trajetória e precisou de esconder sua identidade para continuar vivendo em paz. Durante a trajetória de Jean Valjean várias personagens com suas histórias são apresentados ao leitor tais como Fantine, Cosette, Marius, que são os títulos de três das cinco partes em que o livro é dividido, e Javert um policial que o perseguiu por muitos anos. O livro tem alguns momentos de digressões que pode desanimar o leitor, mas vale a pena persistir. O livro escrito no século XIX ainda é muito atual em vários pontos dos quais destaco:
- Sobre a importância da educação e ciência: “Quero dizer que o homem tem um tirano, a ignorância. É pela morte desse tirano que dei o meu voto, desse tirano que inventou a realeza, autoridade nascida da mentira, enquanto a ciência é a autoridade que surge da verdade. O homem deve ser governado pela ciência” (Parte 1. Fantine, Livro primeiro, Capítulo X). “A verdadeira divisão da humanidade é esta: os que possuem a luz e os que só têm trevas. Diminuir o número dos últimos, aumentar o número dos primeiros, eis a verdadeira finalidade das coisas. É por isso que gritamos: — Ensino! ciência! — Aprender a ler é iluminar com fogo; cada sílaba é uma centelha” (Parte 4. O idílio da Rue Plumet e a epopeia da Rue Saint-Denis, Livro sétimo, Capítulo I).
- Distribuição de riqueza: “Por boa distribuição é preciso entender não distribuição igual, mas distribuição equitativa. A primeira igualdade é a equidade” (Parte 4. O idílio da Rue Plumet e a epopeia da Rue Saint-Denis, Livro primeiro, Capítulo IV).
- Sobre a miséria: “É que, com efeito, quem só viu a miséria do homem nada viu; é preciso ver a miséria da mulher; quem só viu a miséria da mulher nada viu; é preciso ver ainda a miséria da criança” (Parte 3. Marius, Livro oitavo, Capítulo V).

clayy 09/01/2022

considerações
QUE LIVRO BOM! Li ele para a escola, mas já quero comprar o original. Meu Deus que admiração pela obra os miseráveis!

Luã 02/05/2021

Melhor livro que já li na vida!
Eu poderia fazer um texto imenso tratando das diversas nuances que o livro aborda, mas a grandeza dessa obra não pode ser mensurada em palavras, pois Victor Hugo vai ao fundo da experiência humana e além.

CPF1964 10/02/2020

Opinião
O melhor livro que li até hoje.
Meu favorito da vida.

Silvinha 14/09/2023

Morrer não é nada; horrível é não viver
E que vida!!! Toda a extraordinária vida de Jean Valjean, do pobre que rouba um pão para viver ao homem que salva a vida de muitos, muitas misérias ocorrem a esse homem. Mas no meio de todas elas, ele se ergue e se transforma, tudo pelo amor à menina Cosette, que passa a tratar como filha e por quem faz tudo.

Esse realmente é um romance incrível, até para quem já conhece a história. São muitos detalhes em suas 1511 páginas, e em alguns momentos confesso que as divagações de Victor Hugo me aborreceram porque queria logo seguir com a história. Em outros momentos, gostei de poder filosofar junto a ele sobre condições humanas.

Só digo que vale muito a pena se aventurar por este livro e pela história de Jean Valjean.

MARYNHA 13/08/2023

OS MISERÁVEIS
Hoje é comemorado dia dos pais ( 13 DE AGOSTO DE 2023 segundo domingo agosto, data movel ) e pensei na literatura, poucos livros temos onde haja um pai que se destaque não é ? Ou será que eu não tenho lido os livros certos ? rsrs. Mesmo os livros escritos por grandes escritores homens não temos um pai herói, será ? Há claro a figura do homem em todos mas falo a figura do PAI, O SUPRIDOR DA FAMILIA, O PROTETOR , o que dá a própria vida se possível for.
Então li recentemente um livro em Leitura Coletiva com as amigas @livroscit e @taisa e eis ali, ali mesmo, neste livro extraordinário, que todo leitor, que se considere leitor, deve ler, sim, é um dever e se for com prazer melhor ainda! OS MISERÁVEIS, com O EXTRAORDINÁRIO JEAN VALJEAN.
Eis aqui um pai na figura do protagonista JEAN VALJEAN, um pai que nunca teve esposa ou mesmo uma namorada, um jovem que foi preso por, no desespero da fome, não dele, mas dos sobrinhos, roubou um pão. Pão rima com prisão, com degradação, com aniquilação. Por um pão roubado em um inverno que não havia trabalho ele foi preso por 20 anos de sua vida. Saiu vivo, um homem já maduro, mas sem absolutamente nada de Esperança, nada de nada. Jean Valjean não era nada, não tinha nada, apenas sua vida. O que ele não sabia era que a Providência só precisava disso dele, a vida e a coragem, e isso ele tinha de sobra.
Ele pagou a pena ? sim, mas para a sociedade não. Era e sempre seria um ladrão. E numa recaída de erro ele encontrou alguém que comprou a alma dele com o perdão e o amor ágape. Comprou para ele mudar de vida, e ele CREU e mudou, fez o bem, prosperou, ajudou centenas de pessoas, transformou a sociedade !! Mas havia uma sombra o tempo inteiro atrás dele e quando ele pensou que tinha se redimido de tudo na vida e pago a promessa que fizera pelo perdão, aparece algo maior que ele, O AMOR DE PAI. E em mais um ato de coragem, justiça, misericórdia, ele adotou uma criança que lhe deu o sentido da vida novamente. Era COSSET, uma criança órfã muito sofrida, cuja mãe deu a vida por ela, e a Providência providenciou um pai, não de sangue, mas de afeto, de proteção, de cuidado, amparo, zelo, e um amor tão grande que, se não tinha um porque JEAN VALJEAN continuar a viver, uma mão Poderosa lhe deu um POR QUEM viver. Pela sua filha adotiva Cosset
E o homem que nunca soubera o que era carinho, abraço, gratidão, amor, se viu sendo amado e amando uma filha adotiva por quem ele faria tudo, absolutamente tudo para ela ser Feliz.
Aqui está um PAI, JEAN VALJEAN. Digno de aplausos e honra, um homem( que sem dinheiro) não tinha valor algum para a sociedade mas com todo valor para quem realmente importava: Deus e Cosset.

Leia e esteja em suspense página a página com JEAN VALJEAN e sua batalha para viver em uma sociedade com muitas semelhanças com hoje. Os que tem tudo pensam que nunca morrem e muitos que não tem nada também tem inveja dos que tem. Onde a justiça não tem SEMPRE sinônimo de CERTO. Aqui Victor Hugo te leva ao contexto do PÓS REVOLUÇÃO FRANCESA, com a volta da monarquia parlamentarista porém cujo povo nunca era todo olhado.

OS MISERÁVEIS é uma obra que gera TCCs nas Universidades, discussões filosoficas, sociais e morais. O DIREITO é exaltado nesta obra singular. A FÉ mostrada em sua exagerada forma mas também na sua forma como deveria ser, ás vezes por meio de uma só pessoa.

Temos romance também. Porque o AMOR ainda é o MOVEDOR do mundo.

Acompanhem posts nos igs abaixo


site: @livroscit @miniarte21

Carla 26/03/2021

Que livro incrível. Cada uma das nuances que ele apresentam tocam a gente de uma forma tão profunda que nem sei explicar. Os personagens são todos tão bens construídos, até mesmo aqueles que nem têm grande protagonismo. É uma leitura pesada mas extremamente gostosa.

Yury.Costa 09/09/2021

O Clássico dos Clássicos
Eu não vou dizer que li os miseráveis, mas que o venci.
É até difícil tentar resenhar uma obra dessas, robusta de páginas, parágrafos ideias e personagens. Mas, irei tentar de forma simples e rápida.
Eu recomendo esse livro? Sim, sem sombra de dúvidas. É um livro para todas as pessoas? Não, nem um pouco.
Você precisa ser uma pessoa extremamente paciente, principalmente caso queira ler todo o livro, sem pular parte alguma. Caso não tenha essa paciência, recomendo que procure a versão apenas focada na história principal dos personagens e não nas digressões do autor.
E o que são essas digressões? Basicamente partes da trama em que o autor divaga sobre temas diversos como a batalha de Waterloo ou sobre como funciona o sistema de esgoto de Paris. Isso tem haver com a história? Sim. Mas, poderia não existir ou então existir de forma resumida? Sim!
Eu sofria com essas partes longe do foco principal e inclusive foram por conta delas que eu li esse livro em parcimônia, abandonando ele por semanas, para então voltar a história. Porém, cabe dizer que por mais que eu não goste dessas partes, não são completamente jogadas no texto. Como eu disse, tem ligação com a trama principal e o autor tinha total ciência do que estava escrevendo. Em várias partes da história ele mesmo comenta que está divagando do foco, porém que seria importante para se entender o panorama geral.
Eu discordo um pouco, porque era frustrante quando eu queria saber o que estava acontecendo com os personagens e então era levado para saber sobre como o esgoto de Paris funcionava. *rindo de nervoso*
A parte das digressões, vamos aos personagens.
Cada um deles é único e é incrível como o autor consegue dar a cada um deles uma ligação, tanto narrativa quanto emocional que em vários pontos da trama se interligam. Em especial o personagem Jean Valjean, um dos personagens mais interessantes que já li e que mais me inspirou na vida.
No fim, é uma obra gigantesca, mas que vale muito a pena.
Não a considero perfeita, mas um verdadeiro clássico mesmo nos pontos em que não me agradaram.

Maura Regina 27/07/2022

Leitura necessária
Não posso dizer que Os Miseráveis é atemporal pois existem várias passagens problemáticas. Principalmente, quando falamos da posição da mulher na sociedade. Porém, considerando a época em que essa obra prima foi escrita não podemos ser tão exigentes quanto a esse ponto. Acredito que VH, se estivesse vivo hoje, como bom progressista, teria pontos de vista bem diferentes quanto às mulheres.
Os Miseráveis nos mostra, de forma visceral, como a sociedade pode ser cruel, julgadora e opressora. Pessoas de "bem" se colocando num pedestal, se achando melhores que tudo e todos. Podemos dizer sim que muita coisa do social progrediu desde lá. Porém, de vez em quando aparece uns defensores dos bons costumes e acabamos por regredir.
Os Miseráveis é leitura necessária para aqueles que acreditam que basta a meritocracia para conseguirmos "vencer". é leitura necessária para todos!!!

Heider 01/10/2022

Primoroso
"É mais que um romance: seu protagonista é o povo francês." Sim, mas não só o povo francês, os personagens se misturam com a história, com a sociologia, com o direito, com a política.

Vitor Hugo permite que andemos por Paris, do luxo ao esgoto; que sejamos expectadores de diálogos fantásticos e momentos importantes de uma perspectiva única; que passemos pelas galés, por vilarejos, por casas simples, por igrejas, por conventos, por vários cantos de Paris, por barricadas e monumentos que não existem mais. Suas personagens representam tantos que é difícil não nos colocarmos no lugar de alguns deles. Jean Valjean, Monsenhor Bienvenuet, Fantine, Cosette, Javert, Marius, Éponine, Gavroche, Enjolras, Guillenormand, Fauchelevant e etc; é difícil não sentir empatia por eles.

A história de Jean Valjean é uma história de redenção, de um miserável que sofre na pele a dureza da lei, condenado pela sociedade, encontra um norte na fé que o salva. Durante sua jornada ele entra em contato com os outros miseráveis (que não são poucos) que são tocados pelo exemplo de Jean Valjean. Os miseráveis mostra como a miséria faz parte da estrutura social, como as leis e o Estado propiciaram sua manutenção.

Victor Hugo é também um personagem histórico importante na França e Os Miseráveis é a obra de sua vida e expressão dos seus ideais. V. Hugo exalta de forma apaixonada, como bom político que é, seu nacionalismo e a defesa do progresso, crítica adversários políticos e governantes.

A leitura é muito fluída, intercala bem as explicações e a ação, a linguagem é acessível, a edição da Martin Claret é muito boa e o material é de qualidade. O ponto negativo vai para o desconforto: o livro é pesado, não dá para segurar por muito tempo sem algum tipo de apoio. Outra reclamação é que na minha edição percebi alguns erros que passaram pela revisão, mas foi só em um capítulo do quarto livro se não me engano.

Espero fazer uma releitura em alguns anos. Estou curioso para conhecer as adaptações que ainda não assisti. Acho que não preciso dizer o quanto recomendo, provavelmente uma das melhores experiências que um leitor pode ter.

Fabih 02/06/2020

Meu Deus, certamente não serei capaz de superar as últimas páginas desse espetáculo de livro... Por onde andará Jean Valjean
É extenso, a gnt lê a passos de formiguinha as vezes, sente-se como se não fosse capaz de concluir a leitura, mas ao final: um enorme prazer, uma realização pessoal alegria por ter podido ter contato com uma obra tão majestosa... se não tem medo de calhamaço LEIA!!

Vic 15/03/2022

Uma experiência de leitura irrevogavelmente necessária
"Os Miseráveis" é um romance de Victor Hugo. Publicado em 1862. É um calhamaço de 1511 páginas, um dos mais temidos gigantes entre os clássicos da literatura francesa e mundial. Não é apenas uma leitura, é uma experiência profunda, repleta de aprendizados, mas nunca vagos e meramente moralizantes. Aqui nós temos um retrato social cirúrgico, que desnuda a realidade de se viver em sociedade, as desigualdades e seus cruéis percursos nas almas humanas. Mesmo ambientada e escrita em um contexto histórico e espacial tão diverso, a obra de Victor Hugo se mantém extremamente atual e necessária, independente de onde estejamos.
É mais uma obra para ser lida e relida a vida inteira, pois ela sempre terá mais a nos dizer, pois, para finalizar com a máxima dessa obra e nas palavras do próprio autor que constam na contra-capa: "Enquanto houver lugares onde seja possível a asfixia social; em outras palavras, e de um ponto de vista mais amplo ainda, enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, livros como este não serão inúteis."

Felipe.Murta 01/04/2021

Literalmente, um "livrão"
É o tipo de livro que assusta pelo tamanho, mas a qualidade da escrita compensa todas as suas mais de 1500 páginas.

A narrativa é alternada entre a trama principal (mais fluida e fácil de ler) e um pouco da história da França (um pouco mais arrastada, mas tudo contextualizado e complementar à trama).

Só posso dizer que Victor Hugo é um gênio, vou colocar na lista de leitura suas outras obras igualmente famosas e aclamadas pela crítica: O Corcunda de Notre-Dame e O Homem que Ri.