Esboço

Esboço Rachel Cusk




Resenhas - Esboço


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Daniel 03/03/2020

Como uma concha

A capa é bastante significativa: uma concha, grande e bonita, daquelas que a gente na infância levava ao ouvido para “escutar” o barulho do mar. É uma boa imagem para representar a narradora - uma escritora que foi para Atenas dar um curso de criação literária - e também o próprio leitor: representa o ouvinte, alguém que vai colocar esta concha no ouvido e perceber o que virá.

Não há uma trama propriamente dita, uma história com começo, meio e fim, que se possa acompanhar. O que há são conversas, ou melhor, narrativas que os personagens contam à personagem escritora. Às vezes estas narrativas parecem contos, outras vezes parecem abstrações, percepções, reflexões.... Faz o leitor pensar sobre como a gente escuta os outros, como a gente conta nossas próprias histórias, se assumimos nossas culpas ou se as colocamos sobre os ombros dos outros... E dá uma vontade danada de continuar lendo.

Gostei de saber que este Esboço é o primeiro livro de uma trilogia.
victoria.maria 14/03/2022minha estante
vc falou tudo que eu gostaria de falar sobre o livro




Carolina.Gomes 03/03/2022

Do nada para lugar nenhum
O livro tem uma premissa interessante que, a princípio, despertou minha atenção.

A narradora é uma escritora que está indo ministrar um curso de escrita criativa, em Atenas.

No avião, ela conhece um homem que conta suas desventuras amorosas, e, até ai eu esperava que a leitura fosse fluir, mas não foi o que aconteceu.

Achei extremamente maçante, um emaranhado de palavras que, para mim, não levam a lugar nenhum.

Talvez, tenha sido essa a proposta da autora: mostrar como, atualmente, a comunicação entre as pessoas está mais para monólogos autocentrados e desconexos.

Cada pessoa vai narrando suas experiências e nada se conecta com nada.

Aqui e ali, encontrei reflexões interessantes, mas tive a sensação de estar perdendo tempo, insistindo numa leitura que não me agradou.

Como se trata de uma trilogia, o livro acaba assim? do nada e eu não estou curiosa para ler os demais.

Não entendi o hype e não concordo que se trate de ?um marco do romance contemporâneo?. Quanto exagero!

Concluo, por fim, que livros hypados não são a minha!

Para quem quiser se aventurar, boa sorte! Eu não recomendo.
Douglas Finger 03/03/2022minha estante
?


laleska reads 16/03/2022minha estante
aiiiiii, concordo!!!




Ariele.Carvalho 27/02/2024

Morno, quase esfriando.
Talvez tenha esfriado totalmente pra mim e só estou em negação.
A proposta é muito interessante, foi o que me chamou atenção para o livro. Porém, a execução não foi algo que me atraiu.
Muitas vezes é entediante e chato.
Enquanto lia, cheguei em duas conclusões da razão por não ter gostado, no final, é claro, pode ser só questão de gosto e contexto.

A primeira coisa que me incomodou foi que a maioria das histórias são sobre homens. De cada bueiro sai um homem pra apresentar seu monólogo. Que coisa chata! Eu quero saber o que um homem cis hetero branco de classe média ou alta tem a dizer? A resposta é NÃO.
Teve uma cena, onde a protagonista vai passear de barco com um velho rico que ela conheceu no avião, a protagonista mesma antecipa as críticas e se defende, não lembro os argumentos dela agora, até achei ok, mas mesmo assim, ainda julguei a cena completamente fora da realidade, algo surreal. Que mulher faria isso?
E aí que entramos na segunda coisa que me incomodou.
Será que uma mulher do norte global faria isso? (É uma dúvida genuína, eu acho que não, mas vai que?).
Com Esboço, decidi que não vou mais ler livros do norte global pelo resto do ano (com alguns recortes).
A partir de certo momento na leitura, eu só conseguia pensar como esse livro seria muito mais legal se fosse escrito por um (a) latino (a). As histórias dos personagens com suas vidinhas em países desenvolvidos, não são nada cativantes. Esse livro é... branco. Eles falam branco, se comportam como brancos, escrevem branco. Brancos do norte global. No final, ler esse livro foi um tormento, vou até dar uma nota menor.
Não há exatamente algo errado com o livro, eu só estou lendo histórias com uma realidade diferente dos personagens, portanto, não senti conexão alguma com eles. Não senti nada, apenas tédio.
Nem as reflexões foram interessantes. Não tem um pensamento fora da bolha, não sei... Talvez eu só as tenha achado sem sentido para o mundo em que eu vivo, o que eu entendo, eles lá no norte estão preocupados com outras coisas. São vivências completamente diferentes.

Em conclusão, não indico. Vá ler coisas melhores.
Julia G. 27/02/2024minha estante
Acho que cada livro representa uma realidade específica, e esse quis retrartar algo do qual não te interessou muito. Esse livro podem falar bastante sobre pessoas brancas e héteras por ser a realidade que a autora convive, do meio em que ela está inserida e até mesmo o pais que mora. Vemos isso em vários livros hoje em dia, como por exemplo os livros da Colleen Hoover, uma autora norte americana que representa esse tipo de pessoa. O livro em si não pode ser ruim apenas por representar uma sociedade específica, mas justamente por isso pode não agradar alguns. E só pela sinopse ele parece ser morno mesmo kkkk




allcalina 31/08/2021

No início, demorei pra entender a dinâmica do livro. Fiquei aguardando que a história engatasse na personagem narradora até perceber que esse não era o ponto.
A personagem de Faye é desenvolvida como ouvinte das histórias dos demais personagens e, ao passo que se lê cada uma delas, compreende-se um pouco mais a narradora.
De toda forma, ainda restam muitas coisas inexplicadas. Não sei se os demais livros serão assim, mas vou continuar a leitura.
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adson 08/07/2022

Demorei para terminar de ler e para fazer a resenha também. ?
Faz quase um mês que finalizei a leitura e até hoje me pergunto qual o intuito disso aqui, uma história sem nexo e rumo, arrastada e maçante. Algumas pessoas panfletam como um livro interessante mas não é! Enfim, jamais recomendaria. Uma perda de tempo.
Carolina.Gomes 09/07/2022minha estante
Oh livro ruim! KKKK


adson 09/07/2022minha estante
Demais kkkkk




cinnamongir1 19/01/2024

Esboço.
?[?] ele estava descrevendo aquilo que ela própria não era: em tudo que dizia sobre si, ela encontrava na sua própria natureza uma negativa correspondente. Essa antidescrição, na falta de um termo melhor, tinha, graças a uma espécie de exposição reversa, deixado algo claro para ela: enquanto ele falava, ela começara a se ver como uma forma, um esboço, com todos os detalhes preenchidos em volta enquanto a forma em si permanecia vazia. Mas essa forma, ainda que o seu conteúdo permanecesse desconhecido, lhe deu, pela primeira vez desde o incidente, uma noção de quem ela era agora.?

ok rachel cusk agora meio que quero ter longas e profundas conversas com estranhos vc venceu!!
(de preferência em uma viagem pra cursar criação literária em Atenas)

esse livro foi uma experiência! uma coletânea de diálogos cotidianos que alugaram a minha mente e despertaram mil reflexões - me senti (quase) como quando li Mrs. Dalloway no ano passado e, fala sério, não existe no meu vocabulário elogio maior que esse!

comecei a ler em uma casa de praia com um cemitério de conchas no quintal (o que vai ficar marcado na minha memória pra sempre) especialmente pela capa e todo o simbolismo pra história. com toda certeza vou finalizar a trilogia, que surpresa boa! 2024 começou muito bem ?
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Aniram 26/08/2023

Bem escrito, mas pouco instigante
Não esperava que Esboço fosse um livro de grandes enredos, não. Muito pelo contrário. Ao ler a sinopse, já concluí que a proposta de Rachel Cusk é a de apresentar uma escrita bem estruturada contendo 10 diálogos vividos pela protagonista durante um fim de semana de trabalho em Atenas; quase como se ela própria (a autora) estivesse fazendo um exercício de escrita criativa, desses que a narradora recomenda aos alunos do curso acontecendo na cidade. Portanto, comecei a leitura com expectativas baixas (e graças a Deus por isso!).

O livro se arrasta, as personagens são pouco carismáticas e quase nenhum dos dramas de classe média narrados me tocam (a não ser um ou outro); a narradora também não é muito confiável, trazendo suas pré-concepções das pessoas com quem conversa para a narrativa. É óbvio que essa foi, desde sempre, a intenção de Cusk: criar uma protagonista praticamente anônima, silenciosa, da qual não sabemos nada, mas que, aos poucos, vamos descobrindo a perspectiva através das interações com seres comuns cheios de histórias comuns. Ainda assim... foi mais desinteressante do que eu imaginava que seria a princípio. Aquele vizinho de voo, então, um porre! Toda a história dele, um porre! Um homem chato contando histórias enganosas sobre suas ex-eposas para conquistar uma turista.

Resumindo: o livro é bem escrito e a autora tem seus méritos (as descrições de Atenas são mesmo fantásticas), mas de modo geral é um enredo sobre nada que vai a lugar nenhum. Os gregos parecem super enfadonhos aqui e não enxerguei toda essa profundidade que alegam nas reviews positivas: só mesmo pessoas que não têm a preocupação de pegar o busão lotado para ir trabalhar todos os dias se agarrando a pequenas frustrações para preencher o vazio existencial. Talvez, como parte do proletariado brasileiro com meus boletos somando um valor mais alto que o saldo no banco, eu não faça parte do público majoritariamente eurocentrado e estadunidense desse livro. Superestimado demais.
jordanaverissimo 14/10/2023minha estante
Concordo. Acho que nem é necessário fazer um recorte de classe pra ver que essa profundidade não existe e está tudo nas palavras escolhidas. Em outras palavras: até pra histórias de classe média é bem chato, sem verossimilhança nenhuma. Enfim, fiquei feliz de saber que mais gente não gostou.




Natália 25/03/2020

Um livro que reforça uma teoria pessoal, livremente embasada nas vozes da minha cabeça, rsrs, que defende que qualquer tema, assunto, cena pode ser extremamente interessante se for conduzido às luzes por uma voz narrativa tão poderosa e natural quanto a da autora. Nesse livro, nós participamos do olhar atento da personagem principal, que tem alguns e poucos detalhes pessoais revelados entremeados às cenas que descreve e pessoas que encontra numa viagem à Grécia, para ministrar um curso de escrita criativa. Sem ser um livro propriamente sobre escrita, mas como um exercício de observação, o que se destaca é a forma singular com que a personagem tem a habilidade de particularizar e destacar situações banais, com reflexões profundas sobre vida, relacionamento, amizade. Excelente!
Fer 25/03/2020minha estante
Amei a resenha, está incrível! ???


Natália 25/03/2020minha estante
Ahhh muito obrigada, querida!!! ???




Carla Verçoza 06/06/2021

Um ótimo livro!
Uma história sobre encontros, vidas, interações e, principalmente, escuta. Não há grandes acontecimentos em si, o mérito está na forma como as conversas se desenrolam, está nos detalhes. Pouco se sabe sobre a narradora, ela encontra pessoas durante uma viagem à trabalho e relata o que ouve deles (não dá para chamar de diálogos, pois ela quase não fala). Aos poucos ela vai revelando alguns aspectos de si mesma.
“Havia uma diferença grande, falei, entre as coisas que eu queria e as que pelo visto podia ter, e até que eu tivesse de uma vez por todas me conciliado com esse fato decidira não querer absolutamente nada.”
Várias histórias aparentemente triviais vão se apresentado e imergi facilmente em cada conversa, que mostra a parcialidade dos acontecimentos pessoais, a sutiliza de perceber a multiplicidade, vulnerabilidade, inseguranças dos interlocutores. Recomendo, vou seguir lendo os outros dois livros da trilogia.
“Em outras palavras, ele estava descrevendo aquilo que ela própria não era: em tudo que dizia sobre si, ela encontrava na sua própria natureza uma negativa correspondente. Essa antidescrição, na falta de um termo melhor, tinha, graças a uma espécie de exposição reversa, deixado algo claro para ela: enquanto ele falava, ela começara a se ver como uma forma, um esboço, com todos os detalhes preenchidos em volta enquanto a forma em si permanecia vazia.”
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rafinha 13/07/2022

O livro é muito bom e muito poético mas admito que tive dificuldade de terminar, costumo ter dificuldade em ler contos e como essa narrativa é a partir de fragmentos isolados acabou tendo o mesmo problema no ritmo de leitura.
Não é para todo mundo mas possui trechos lindos
ogatoleu 18/10/2023minha estante
Nossa, eu tive o mesmo problema. Sou chata pra ler contos




Manoel 15/04/2020

O LIVRO-ENIGMA

Eu não sou muito de tecer resenhas aqui, até porque gosto da presencialidade de uma discussão acalorada, mas, para minha própria surpresa, sou consumido por raiva enquanto digito, às 1h da manhã. Vi, li e ouvi a obra de Rachel Cusk ser aclamada em diversas instantes como um novo movimento literário ou, até mesmo, uma revolução. Fui fisgado. Li o livro e minha primeira impressão, minha primeira sensação, foi: nada. Sou Meursault atravessando incólume o funeral da mãe.

Sou formado em letras, o que para muitos não significaria nada, o que para mim alterou, por completo, meu modo de ler e enxergar um livro. A premissa da obra de Cusk, admito, pode sim, ser chamada de revolucionaria: aqui, temos uma mulher, professora de escrita criativa, viajando até Grécia por causa do trabalho. Lá, em cada um dos capítulos (na verdade, começando no percurso, com o vizinho no avião), ela absorve a história das pessoas que encontra. Alunos, amigos, novos amigos, etc. A obra inteira é ela ouvindo a história de vida dos outros.

Nós viemos de uma tradição literária, especialmente no ocidente, autocentrada. O personagem principal sempre foi o elemento mais importante num livro; para alguns, mais importante até do que a narrativa (entende-se narrativa por o jeito, O COMO, que a história é contada, narrada). Cusk efetua, aqui, uma mudança extrema. A personagem principal, a pessoa que deveria nos guiar naquele mundo, passa o livro inteiro escutando os outros; ela vive à meia luz. Isso é uma alteração tremenda para quem, como eu, estuda, constrói sua vida, ao redor da literatura.

Contudo, meu problema com o livro é justamente sua narrativa, o desenvolvimento, o modo com que esse ''Como'' acontece. It feels flat.

A obra, possui, algumas passagens comoventes por sua transparência e vulnerabilidade. Diálogos lindos, límpidos, argutos. Porém, nada nele ficou comigo. Eu não pensei nesse livro em momento algum fora da leitura. Ao contrário da conha na capa, em meus ouvidos, a obra não reverberou.

Meu incômodo com clamar essa produção como uma revolução é que demonstra um desanimo, uma apatia e, até mesmo, cinismo, com o cenário da literatura contemporânea. Numa indústria, e hoje sabemos que se trata de uma indústria, saturada com 50 tons de livros razoáveis, é compreensível ficar animado com Cusk. Mas, por outro lado, essa animação demonstra a subsistência do elitismo sobre o que é considerado ''revolucionário'' ou ''canônico''; tratando-se de um ato perigoso, conservado e continuado (leia-se protegido) pela academia literária e as revistas de grande prestígio.

Particularmente, não tenho nada contra esses termos e rótulos. Não mesmo. Hemingway, de quem não sou fã, mudou a literatura. Não tenho problema algum em admitir isso. Veja o modo que seus contemporâneos, e os escritores antes dele, escreviam. E perceba como, até hoje, o estilo de Hemingway reverbera, especialmente nos workshops e cursos de escrita criativa. Flaubert, de quem sou fã, é outro escritor revolucionário.

A palavra ''revolução'' designa um ato contrário a algum poder estabelecido, e de quem as consequências podemos sentir até hoje em diversas formas, em diversos lugares.

Rachel Cusk escreveu um bom livro (apesar de ''bom'' ser tão subjetivo e seletivo quanto ''ruim). Ela é, na minha opinião, uma boa escritora. Entretanto, apenas o tempo irá dizer se ambos são revolucionários ou não.
edu basílio 15/04/2020minha estante
manu, quem é o protagonista de "a hora da estrela": ricardo ou macabéa?


Manoel 15/04/2020minha estante
Ótima pergunta, Edu. Sempre que em vi o livro ser debatido, em disciplinas como introdução aos estudos literários, o cânone literário e teoria da narrativa, deu-se a entender que Macabéa fosse a ''protagonista''. Apesar dela não ser a narradora, a história em si gira em torno dela. Existe também quem discute, e eu gosto desse viés, que o livro, assim como A Tempestade, de Shakespeare, seja sobre storytelling em sim, sobre como um escritor sabe o destino de suas criações, arquiteta todo tipo de estratagema, e conta ao mundo. Dessa forma, Rodrigo é tão Clarice e tantos escritores, assim como Prospero é Shakespeare e tantos outros dramaturgos.


edu basílio 15/04/2020minha estante
rodrigo, ok, não ricardo... rsrsrs... eu aviso que eu sou um disléxico mental !!!


edu basílio 15/04/2020minha estante
rodrigo, ok, não ricardo... rsrsrs... por umas assim é que eu sempre aviso de antemão que eu sou um poço profundo de lerdeza !




Sofia 19/01/2022

O inesperado às vezes parece um convite do destino.
Um livro sobre histórias. Nossa narradora é apenas uma contadora delas, inclusive seu nome só é citado uma única vez em uma passagem muito rápida do livro. Tudo que conhecemos sobre ela, é que está indo para Atenas ministrar um curso de escrita criativa. E logo nesse voo ela conhece o autor da sua primeira história, o seu vizinho de poltrona que vai contar sobre seus casamentos fracassados, seus filhos e sua vida em torno do destino deles.

E assim, vamos passando de pessoa e pessoa que cruza a vida da nossa personagem e contam histórias. Os mais diversos tipos. De amor, de amizade, de casamento, de medo, de arrependimento. Somos como visitantes de um museu, passando de história em história e conhecendo mais sobre elas e aprendendo um pouco mais sobre o que elas tem a ensinar.

Não existe uma trama extraordinária, não existe um mistério a ser desvendado. É como se histórias fossem colocadas dentro de potinhos e foram reveladas aos poucos. Eu, que amo escrever e ouvir histórias, fiquei completamente encantada e imersa em cada uma delas. A forma de contar e os detalhes de cada personagem foram tão precisos que era como se estivessem na minha frente, conversando comigo. Genial.
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helena 14/08/2022

jeitos de ver a vida
(não é um 4 mas também não é um 3.5)

não acredito que finalmente acabei esse livro. eu demorei muito pq ele é muito cheio de coisas pra absorver e refletir, ele tá de verdade competindo com o conde de monte cristo como livro mais anotado (apesar do conde ter 1600 páginas e esse 192 rs)

um tema recorrente nesse livro são os pontos de vista de cada pessoa, e como cada um enxerga o mudo de uma forma completamente diferente. e eu adorei isso, porque ao ler sobre a vida e visões de tanta gente eu me senti como uma observadora, só vendo as coisas acontecerem, muito parecido como a própria narradora se sente. não sei mas foi uma experiência muito diferente

apesar de ter amado tudo o que o livro discute e a forma como a rachel cusk escreve (e ela escreve bem para um cacete) eu tinha zero de vontade de realmente pegar no livro pra ler, e era tanta coisa pra absorver que só conseguia ler um capítulo por vez. mas ainda sim foi um livro muito bom de ler, quero sim ler os próximos na trilogia, mas devo esperar um pouco porque acho que eles também vão exigir um pouco de paciência pra ler. mas eu gostei muito mesmo, nunca tive tantas reflexões lendo um livro

?enquanto ele falava, ela começara a se ver como uma forma, um esboço, com todos os detalhes preenchidos em volta enquanto a forma em si permanecia vazia.?
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Maria 17/04/2022

Os esboços
O livro começa com Faye, uma escritora inglesa recém-separada que está indo para Atenas para dar aula em uma oficina de escrita criativa. Não temos muitas informações sobre ela e através das interações com outras pessoas que vão surgir ao longo do livro é que vamos conhecendo a protagonista.
As coisas são reveladas sem grandes surpresas e reviravoltas, como se fossem esboços de várias histórias acontecendo.
Foi uma leitura que apreciei muito, pois tem um modo diferente de enxergar a vida ao mesmo tempo que são próximas da nossa própria vida.
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