Heitor 08/01/2024
A morte dar-se de mulher bonita é para o morto morrer feliz
Não imaginaria diferente e, se caso necessário fosse, sairia como o contrariado dessa obrigação. repetiria o mesmo: a morte assim como bem dito ? bonita.
e também, com perdão da fofoca, mas nem para quem ela se deu, na sua confusão, impelida dada a curiosidade de certos desencontros postais, a levou segui-lo, a encontrar-se e a encontrá-lo.
a obra, em minha leitura, se deu em duas partes, quase duas leituras, mas bem casadas e complementares; como poderia bem dizer: prestando a ser um livro (dos bons).
à primeira vista, nos entregamos a lógica global de seus efeitos. é inevitável, a morte não mais trabalha, moribundos não mais morrem. que vem?
disso, sem nos darmos conta, somos conduzidos ao segundo momento, conforme se cria uma figura, uma personalidade, que aos poucos trocava palavras com viventes daquele país e, do mesmo modo, quando menos, estamos a acompanhá-la em sua sala subterrânea, fria, acompanhada de sua consciente gadanha. enfim, impossível mais intimidade que esta.
seguindo, portanto, restou apenas uma das relações mais maravilhosas que se poderia registrar, entre a morte e seu problema.
tornando-se um dos livros, dentre poucos, que o arrebata por completo em, precisamente, na última frase dita; quando, assim que recolhe as páginas ao estado natural que lhe ensinam, terminada a leitura, o fim ecoa e ecoa e ecoa dentro de si. uma divertida obra!