Resenhas - O Silêncio da Casa Fria

Larissa @laridallabrida 15/09/2021

E se eu contar que eu não gostei?
Gente o livro me prendeu demais.
Tanto que li ele super rápido.

Mas infelizmente mesmo me prendendo totalmente a atenção eu não consegui me apaixonar pela história.

A história é muito bem contada, super bem trabalhada mas?.


Achei o final fraco.
Talvez até previsível.

Gisele @abducaoliteraria 29/08/2020

Essa foi uma das experiências de leituras mais inusitadas que tive nos últimos dias. Comecei a ler essa história sem saber absolutamente nada sobre ela, nem ao menos a sinopse ou o gênero. Cada linha foi uma surpresa, cada página revelou um mistério que me deixou completamente ansiosa para descobrir o que estava por trás dos acontecimentos estranhos da casa fria.

O início da história é uma incógnita. Elsie está internada e não consegue se lembrar nem falar sobre o que a levou até lá. Os últimos acontecimentos foram traumáticos, mas ela sempre teve uma vida difícil. Aos poucos, com o auxílio de um médico jovem e atencioso, ela começa a tentar se lembrar escrevendo através de um diário. A primeira lembrança é dolorosa, Elsie se recorda de perder o marido logo após o casamento e ter de se dirigir a uma das propriedades dele para ficar durante a sua gestação.

A casa, conhecida como A Ponte, está na família há muitas gerações, mas encontra-se mal cuidada, quase abandonada. Elsie é uma das últimas parentes vivas de seu marido, com exceção de Sarah, uma prima distante que se junta a ela para fazer lhe companhia durante esse tempo. A Ponte está localizada em um vilarejo distante e pacato, onde as pessoas aprenderam a temer a casa por conta de inúmeras histórias.

Elsie não é o tipo de personagem que cativa à primeira vista. Pelo contrário, sua dualidade nos faz ficar com o pé atrás com relação ao caráter dela, mas no decorrer da história você passa a enxergá-la como uma pessoa real. Que tem erros e acertos e um passado conturbado, que a deixou bastante marcada. Ela nunca almejou um final feliz, mas tê-lo vislumbrado tão próximo de si, através do breve casamento, a deixou ainda mais fragilizada.

A própria casa representa um personagem muito importante com todo o seu frio e silêncio. Acompanhamos histórias dentro de histórias para compreender um pouco do seu passado, tendo a oportunidade de vê-la através de outros pontos de vista. Cada rumor e história dá à Ponte um aspecto cada vez mais sombrio, mas até onde vai a realidade e começa a imaginação das pessoas?

A trama apresenta momentos de pura tensão e de gelar a espinha. Eu, como uma mera leitora que não está tão acostumada ao gênero, fiquei apreensiva e com medo, porque a autora soube cadenciar muito bem os momentos de mistério, terror e reviravoltas. E por falar em reviravoltas, eu fiquei com muito medo da história não ter uma conclusão digna no final, porque faltavam poucas páginas para acabar e muita coisa para resolver. Porém, a autora encontrou uma solução plausível, que na realidade estava diante dos meus olhos o tempo todo.

Uma das primeiras coisas que fiz quando finalizei o livro foi procurar a data da publicação original. Me surpreendi quando vi que Laura Purcell é uma escritora contemporânea, mas ela deu a esse livro uma atmosfera do século XIX impressionante. É sombria, melancólica e muito misteriosa; ela deu a história uma aura incrivelmente vitoriana.

A história também faz uma crítica ao quanto a mulher era silenciada no passado, em como era difícil as pessoas acreditarem em suas afirmações quando não eram validadas por um homem. Ainda mais quando essas afirmações se distanciavam do senso comum, automaticamente elas eram acusadas de loucas ou doentes.

Os detalhes da edição, como sempre, fazem jus a editora. Quanto mais você avança na história, enxerga como ela foi pensada e criada com carinho, porque cada elemento da capa (que são muitos) e da edição no geral, estão presentes na história, fazendo referência a diversos eventos dela. Isso em particular fez meus olhos brilharem!

Histórias de terror não são o meu forte. Talvez se eu soubesse da premissa antes de pegar o livro, eu teria desistido de encarar ele. Ainda bem que não foi isso que aconteceu, porque eu perderia a chance de conhecer uma ótima história, que me marcou e despertou o meu interesse de conhecer outras como ela.

Recomendo que você leia este livro em uma noite fria, na companhia de uma boa bebida quente. Mesmo se o clima não estiver assim, garanto que a atmosfera sombria e fria do livro irá te envolver. Você se verá em um ambiente cercado pela névoa de mistérios que a trama esconde, ávido para tentar descobrí-los. Mas cuidado, algumas portas devem permanecer trancadas.

site: http://abducaoliteraria.com.br/

clayci 01/07/2020

Entrou para meus favoritos
Até agora não consigo explicar como a Laura Purcell conseguiu me deixar tão entretida com essas figuras de madeira. Eu ficava tensa quando eles apareciam na história; e a descrição dessas cenas foram tão bem escritas, que me sentia observada enquanto eu lia. Gosto de romances góticos e de todos os elementos que formam esse gênero, mas esse livro conseguiu me conquistar a ponto de questionar as minhas próprias convicções.

Luhran 17/07/2021

?Não se pode explicar o medo; só se pode senti-lo?
Em 1635 uma família se preparava para receber o Rei e a Rainha em seus aposentos durante sua viagem de verão. Anne extremamente eufórica já vislumbrava cenas lindas repletas de alegria e comoção quando seus filhos apresentassem uma bela peça mascarada naquela noite que viria. Josiah, seu marido, também estava contente. Mas antes do dia chegar, precisaria dar um jeito de ofuscar totalmente sua filha mais nova Hetta, que havia nascido muda e era considerada um símbolo de maldição pela maneira no qual foi concebida.

Já em 1865, Elizabeth Bainbridge ou simplesmente Elsie, partia da ilustre Londres para viver em Fayford, onde seu falecido marido havia deixado uma mansão para a mesma como herança logo após uma grande ponte. Ao lado de Sarah, prima de Rupert, que a acolheu enquanto estava vivo, Elsie e a garota descobrirão naqueles cômodos motivos os suficientes para nunca terem ido até lá antes.

Por fim, no hoje, Elsie está internada no Hospital de ST. Joseph sob suspeita de começar um incêndio criminoso. Impossibilitada de falar, o dr. Shepherd fará de tudo para arrancar da viúva de Rupert um testemunho que possa inocentá-la ou incriminá-la de uma vez por todas.

Motivos de 1635, amaldiçoaram a casa que em 1865 Elsie vive. Longe da civilização e de sua fábrica de fósforos, a herdeira de Rupert não imaginava que os cômodos trancados quando fossem abertos fariam de sua estadia uma das piores experiências por ela vivida.

O silêncio da casa fria é um livro que em muitas partes fez com que eu prendesse a respiração e temesse o que leria a seguir. Com uma narrativa sombria, amedrontadora e definitivamente fria, Laura Purcell escreveu um romance macabro que intriga o leitor, mas que também o entedia pela lentidão de acontecimentos.

Dentre tudo, não é um livro no qual você se apaixona por personagens ou que lembrará dele ao destacar as melhores leituras que teve num período, mas com toda certeza nunca mais olhará bonecos de madeira da mesma forma.

Alessandro232 28/07/2020

Um romance gótico à moda antiga, mas com um toque de originalidade
"O Silêncio da Casa Fria" é o que podemos chamar de romance gótico à moda antiga.
Tudo relacionado com o universo gótico vitoriano está nesse livro:
os sinistros segredos de família, um lugar isolado com fama de ser amaldiçoado, seres de madeira que ganham "vida" e estão envolvidos em atos terríveis. No entanto, existem alguns aspectos peculiares no livro de Purcell que o diferem de tantas outras tantas obras góticas.
Um deles, o mais interessante, é o modo de narração diferenciado da autora.
O livro é dividido em três narrativas em paralelo: uma delas relacionada com o passado do ponto de vista de narradora protagonista não confiável. Outra também no passado em terceira pessoa e mais uma no tempo presente também em terceira pessoa; mas, essas duas com focalização em outra protagonista, a misteriosa Elsie.
É justamente este espelhamento que torna "O Silêncio da Casa Fria" um livro tão envolvente. A autora Laura Purcell faz uso de artifícios de escrita em ambas às narrativas, de modo que o leitor não tenha certeza se os fatos aparentemente sobrenaturais narrados são reais ou tem outra explicação. Além disso, Purcell investe mais na atmosfera de mistério/ suspense/ terror e somente cria cenas de horror no estilo "gore" nos fechamentos dos capítulos, que funcionam como uma espécie de "cereja do bolo", de modo a aumentar a curiosidade do leitor.
Purcell também dá uma densidade psicológica a Elsie revelando aos poucos seu dramático passado, o que novamente suscita alguns questionamentos sobre os estranhos eventos que ocorrem ao longo da narrativa. - neste aspecto, o livro lembra muito o clássico gótico "A Volta do Parafuso", de Henry James.
Ao optar por não explicar tudo, Purcell se arrisca, mas o livro tem um final bastante satisfatório, do tipo que vai fazer o leitor pensar nele por um bom tempo.
"O Silêncio da Casa Fria" é um romance gótico vitoriano nos moldes do período, mas diferencia-se dos outros por sua narrativa intrigante e "intricada", que mesmo quando termina deixa margem para interpretações. É um livro mais indicado para quem gosta do gênero, mas mesmo quem não gosta de histórias de terror e horror pode se interessar por seu enredo bem elaborado e envolvente. Ele poderia dar origem a um ótimo filme.
Leitura altamente recomendada.

amamjx 18/12/2023

?Algumas portas devem permanecer trancadas.?
Quando Elsie perdeu o marido apenas algumas semanas após o casamento, achou que já tinha sofrido o suficiente para uma vida inteira. Praticamente sozinha em uma casa enorme e isolada, ela jamais imaginou que os companheiros silenciosos ? painéis de madeira que imitavam pessoas em atividades cotidianas ?, um dia, seguiriam seus movimentos com os olhinhos pintados. Muito menos que eles apareceriam por conta própria em cômodos aleatórios? Será que os moradores estão desprovidos de sanidade, ou a casa é realmente amaldiçoada?

Estava querendo ler este há tempos, mas só recentemente consegui adquirí-lo e usufruir desta obra prima.
· Estética maravilhosa! Um livro de capa e folhas muito bem feitas.
· Terror psicológico intrigante.
· Ambientação fascinante.
· Personagens desenvolvidos.
· Me surpreendeu positivamente.
· Muita ação e loucura, loucura, loucura.
· Me lembrou a paciente silenciosa.
· Plot final de cair o queixo.
· Favoritado, 5 estrelas!

Amei a leitura! Meio arrastada no início, mas nada que seja cansativo.
Simplesmente fantástico! ?

Erica 19/04/2021

Muito bom
O livro te prende por passar em 3 momentos, você não consegue parar de ler por querer saber o que vem depois.

Helena 07/06/2021

Bom
Demorei um pouco para sentir o mínimo de empatia pelos personagens, mas ao longo da leitura fui percebendo a evolução de alguns e declínio de outros, o que me deixou super feliz, porque achei que a ***** fosse ser insuportável o livro todo.

O fato do livro contar sobre três épocas diferentes com histórias distintas que se interligam o tornou mais dinâmico e me prendeu na leitura, sem falar no ambiente londrino super chique do século XIX que deu uma vibe "A maldição da residência Hill" - falando, inclusive, sobre portas que nunca devem ser abertas.

Enfim, não sei se sou muito cagona mas hoje dormi de luz acesa kkkkk, recomendo pra quem gosta do gênero. Não esperava pelo final, mas o achei inconclusivo, senti falta de um epílogo pra explicar a história pros preguiçosos como eu.

Yas (@vestigiosdesolitude) 24/07/2022

Sem spoilers ?
Adorei a leitura!!! Um livro muito envolvente, a escrita bem fluída, uma ambientação sombria perfeita e bem descrita, uma história bem construída e interessante.

Fiquei muito imersa na história e todos os detalhes trazidos pela autora, achei impressionante o quanto ela consegue nos fazer sentir como se estivéssemos no local, presenciando aquele contexto.

O livro intercala três histórias conectadas, uma no século XVII dos antepassados, a história do século XIX (passado da protagonista), e a atual que se passa em um Hospital. A autora trouxe um detalhe bem interessante na trama e que eu não conhecia, que é o costume existente antigamente de utilizar figuras de madeira em tamanho real que ficavam em cômodos da casa, chamados de companheiros silenciosos, adorei saber mais sobre esse fato antes desconhecido.

Tenho apenas algumas ressalvas, as personagens não foram muito cativantes pra mim, achei elas bem detestáveis na verdade, e o outro detalhe é que a autora expõe questões de preconceito e alguns outros temas sem trabalhar uma crítica em cima dessas questões, então as personagens acabam tendo atitudes preconceituosas, e nada é discutido ou trabalhado, algo que me incomodou e contribuiu pra não conseguir gostar das personagens.

Apesar disso, foi uma ótima leitura, vale a pena conferir!

lulu 30/12/2022

Um mistério cativante.
Acompanhar Elsie numa sequência de maluquices foi quase como endoidar junto com ela, porque era tudo extremamente encaixadinho.
A escrita da Laura é muito boa. Totalmente simples, de fácil leitura, mas excelente.
Chegar ao final foi me sentir trouxa e pensar "como não pensei nisso antes?" E isso me divertiu, mesmo que tenha me deixado um pouco sentida.
Foi o primeiro livro que realmente senti medo ao ler, a deixar de ler a noite porque estava com medo hahahahaha porque realmente, é complicado.
Um livro que recomendo de olhos fechados. Darkside acertou muito nessa!

Marina 29/12/2020

Foi um dos primeiros livros de terror que eu li, gostei muito da experiência, mas foi possível observar vaaarios furos na história.

Lucas1429 27/04/2023

Sem paciência irmão!
Foi uma das decepções desde ano, é uma história muito parada por se tratar de "assombrações'' e muitas vezes confusa por misturas 3 cenários, esse livro me tirou do sério várias vezes por não ir a lugar nenhum. Bom, não recomendo a não ser que vc não tenha nada melhor pra ler

Duda @pagesofduda 02/02/2022

Que grata surpresa!
Esse livro me surpreendeu em todos os sentidos! Não é nada do que eu esperava, é muuuuuuito melhor! 5 estrelas, favoritado!

Diego Vertu @outro_livro_lido 25/06/2021

Pertubador
Em "O Silêncio da Casa Fria" somos apresentados a Elsie Bainbridge, uma mulher viúva que sai de Londres para morar em uma grande casa no interior.
Durante sua estadia coisas sobrenaturais e alguns assassinatos assombram a vida de Elsie.
Sarah, prima do marido de Elsie, entra em um sótão da casa que sempre está trancado lá ela encontra um diário que fala de uma antepassada da família Bainbrigde.
.
Livro pertubador que cumpre a tarefa pra que veio, divido em 3 partes que vão se encaixando perfeitamente. Explora o sobrenatural com móveis de madeira deixando a narrativa interessante. Peca ao criar um ambiente que já estamos muito acostumados nesse tipo de história (casarões de interior, sótão trancado, tempo frio...) também deixa algumas coisas sem explicações. O final achei bem reflexivo. Nota 4/5